No dia 20 de março de 2003 os Estados Unidos deram início à guerra do Iraque com um intenso bombardeio. Em pouco tempo, a força de coalizão conseguiu derrubar o governo de Saddam Hussein e instituiu um governo de natureza provisória. O conflito teve autorização do Conselho de Segurança da ONU, países como Brasil e França foram contra.
A invasão teve como uma das principais justificativas o perigo iminente de Saddam com suas armas químicas e outras de destruição em massa. O ditador foi capturado em dezembro de 2003. No meses seguintes, a verdade sobre as armas veio à tona. George Bush e Tony Blair assumiram que não havia o perigo, mas colocaram a culpa no trabalho dos serviços secretos.
Mas já era tarde. O conflito encerrado mais de oito anos depois custou a vida de 115,5 mil civis iraquianos e de 4.483 militares americanos. E não levou a estabilidade ao país, uma das promessas antes da invasão.
Veja abaixo a cronologia do conflito.
‘Provas’ de Powell não dobram resistência no Conselho de Segurança das Nações Unidas - O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, apresenta “provas irrefutáveis e inegáveis” de que o Iraque de Saddam Hussein escondia armas de destruição em massa.
Começa a Guerra - Mísseis buscam Saddam em ‘ataque de decapitação’ - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ordena invasão ao Iraque. Às 5h35, Bagdá estremeceu com o primeiro míssil: a guerra estava começando. Explosões foram ouvidas nos arredores da cidade e logo a Casa Branca confirmou que o ataque estava em curso.
Bagdá conquistada - Forças da coalizão chegam a Bagdá e tomam o controle da capital; o ditador Saddam Hussein desaparece.
Relatórios manipulados - Cientista britânico, David Kelly, comete suicídio depois da rede BBC ter veiculado a informação de que os relatórios sobre a capacidade de ataque do Iraque com armas de destruição em massa, apresentados em 2002 pela Inglaterra, foram manipulados para convencer a os ingleses da necessidade de invadir o Iraque.
Vieira de Mello é morto - Caminhão-bomba explode em Atentado à sede da ONU, em Bagdá, e mata 22 pessoas, inclusive o enviado especial da organização, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello; aliados de Bin Laden são suspeitos.
Preso Saddam - Tropas dos EUA capturam Saddam em um esconderijo subterrâneo em Tikrit.
Mentira sobre arsenais é o maior escândalo da história - Um ano após usar seu discurso sobre o Estado da União de 2003 para retratar um suposto arsenal de armas de destruição em massa no Iraque como uma grave ameaça aos EUA e ao mundo, Bush se defende da responsabilidade da guerra porque, “se não tivéssemos agido, os programas de destruição em massa do ditador teriam continuado até hoje”.
Mentira é reconhecida - Sob pressão, Bush abre investigação sobre armas - Iraque não possuía armas de destruição em massa. Bush e Tony Blair reconhecem que houve falhas no trabalhos dos serviços secretos.
Morto Saddam, violência explode - Ex-ditador Saddam Hussein é enforcado em Badgá. “Este é meu fim, mas eu comecei minha vida como um combatente e um militante político, então a morte não me assusta”, foram as últimas palavras de Saddam antes da execução.
Anúncio da saída - EUA anunciam a retirada de 12 mil soldados do Iraque em até 6 meses - O exército dos Estados Unidos começam a retirar os cerca de 140 mil soldados americanos posicionados no Iraque.
Fim do conflito - Depois de quase nove anos, os EUA encerram Guerra do Iraque sem citar ‘vitória’ - Uma cerimônia discreta em Bagdá, capital do Iraque, marcou a retirada das últimas tropas americanas no país. Foi o fim oficial do conflito deflagrado em 2003 e que custou a vida de 115,5 mil civis iraquianos e de 4.483 militares dos Estados Unidos.