Conheça as inovações e mudanças de formato do Estadão desde 1875


Formato berliner já foi utilizado pelo jornal em edições noturna e vespertina nas duas Guerras Mundiais

Por Edmundo Leite
Amostras com variações da altura e largura do jornal ao longo dos anos. Foto: Acervo Estadão

Desde que os primeiros exemplares saíram de uma impressora operada manualmente em 4 de janeiro de 1875, o Estadão inova no ofício de levar informações de qualidade aos seus leitores. A partir dali, o jornal que nascia com o nome de A Província de São Paulo mudaria diversas vezes de formato ao longo dos anos, acompanhando e protagonizando inovações gráficas, tecnológicas, do jornalismo e dos hábitos dos leitores.

Foi assim já no primeiro ano de existência, quando transformou a distribuição de jornais na capital com o jornaleiro francês Bernard Gregoire cavalgando pela cidade para ampliar o alcance do jornal, até então vendido somente na própria sede ou entregue na casa dos assinantes. A inovação tornaria-se o símbolo do jornal, que nos anos 1950 adotaria o cavaleiro como emblema da empresa.

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Evolução do ex-libris do Estadão a partir do desenho original de José Wasth Rodrigues Foto: Acervo/Estadão

Ao completar três anos, a primeira grande mudança gráfica surge com o nome do jornal passando a ser impresso em letras góticas. Em 1879, um pioneiro anúncio numa página colorida, técnica que ainda demoraria décadas a ser adotada, estamparia a última das quatro páginas do jornal.

Com a proclamação da República, em 1889, os novos tempos foram noticiados com uma capa considerada de uma ousadia gráfica até nos dias atuais, com os dizeres Viva a República estampando a primeira página em fundo branco. Na virada do ano pós proclamação, o nome no cabeçalho mudaria para O Estado de São Paulo no primeiro dia de 1890.

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Dois anos depois, em março de 1892, o jornal anunciava aos seus leitores uma completa mudança em seus tipos gráficos e, em 27 de março, o jornal abandona a tipologia gótica e o título do jornal surge com as letras do tipo bastão que até hoje permanecem com leves modernizações. Uma outra mudança a partir daquele dia foi a abreviação da palavra São, com o nome do jornal passando a ser estampado como O Estado de S. Paulo.

Primeira fotografia publicada no Estadão, em2/5/1908. Foto: Acervo Estadão

Na esteira das tiragens crescentes e da compra de novas e modernas impressoras o jornal vai, a partir da virada dos séculos 19 e 20, variando o número de colunas e de páginas. Com a publicação de uma fotografia pela primeira vez em suas páginas em 2 de maio de 1908, de um carro do rali São Paulo-Jundiaí, o jornal incorpora outra tecnologia que começava a se popularizar naqueles dias.

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Estadinho - Após a eclosão da Primeira Guerra Mundial e o interesse cada vez maior por notícias do conflito, sobretudo por parte da grande população de imigrantes italianos, em 1915 o jornal passa a imprimir uma edição noturna com fatos atualizados sobre a guerra. Por causa do formato de menor dimensão [31 x 45 cm], a Edição da Noite, que se estenderia até 1921, seria apelidada de Estadinho, em contraponto ao Estadão que circulava pelas manhãs.

Edição regular do Estadão e edição da noite [Estadinho], que circulou de 1915 a 1921, durante aPrimeira Guerra Mundial. Foto: Acervo Estadão

Além do noticiário sobre a Guerra, a edição que circulava à noite trazia outros assuntos, como noticiário da cidade, esportes e cultura. Foi no Estadinho que o célebre texto de Monteiro Lobato sobre a exposição de Anita Malfatti saiu publicado em 1917, causando uma polêmica que ecoaria na semana de arte moderna de 1922.

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No fim da década de 1920, em 1928, uma outra inovação gráfica - também em tamanho reduzido em relação ao formato standart do jornal, deixaria sua marca até 1944: o Supplemento em Rotogravura, uma revista quinzenal impressa em papel de melhor qualidade que valorizava as fotografias, algumas delas enviadas pelos leitores.

Edição regular do Estadão dos anos 1930 e Suplemento em Rotogravura que circulou quinzenalmente de 1928 a 1944 Foto: Acervo Estadão

Com a Segunda Guerra, o Estadinho voltaria a circular independente da edição regular matinal em 1939 e 1940, dessa vez como Edição da Tarde, inovando novamente com impressão em formato reduzido. A partir dos anos 1950, alguns suplementos também marcariam época em formato compacto: Feminino e Agrícola.

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Edição regular do Estadão e edição da tarde[Estadinho], que circulou de 1939 a 1940, na Segunda Guerra Mundial. Foto: Acervo Estadão

Após a chegada das cores em algumas páginas nos anos 1970 e da impressão colorida integral desde 1991, o nome do jornal passa a ser impresso na cor azul em 1993. A partir da consolidação da potencialidade gráfica, as inovações passariam a ser na diagramação e na tipologia, de modo a melhorar cada vez mais a experiência da leitura, com redesenhos periódicos modernizando o jornal.

A partir deste 17 de outubro de 2021 começa a circular a nova versão impressa do jornal, em formato germânico (berliner), e com várias novidades no conteúdo.Saiba mais sobre o novo Estadão.

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Última edição do jornal em formato standart e a primeira em tamanho berliner Foto: Edmundo Leite/Estadão

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Amostras com variações da altura e largura do jornal ao longo dos anos. Foto: Acervo Estadão

Desde que os primeiros exemplares saíram de uma impressora operada manualmente em 4 de janeiro de 1875, o Estadão inova no ofício de levar informações de qualidade aos seus leitores. A partir dali, o jornal que nascia com o nome de A Província de São Paulo mudaria diversas vezes de formato ao longo dos anos, acompanhando e protagonizando inovações gráficas, tecnológicas, do jornalismo e dos hábitos dos leitores.

Foi assim já no primeiro ano de existência, quando transformou a distribuição de jornais na capital com o jornaleiro francês Bernard Gregoire cavalgando pela cidade para ampliar o alcance do jornal, até então vendido somente na própria sede ou entregue na casa dos assinantes. A inovação tornaria-se o símbolo do jornal, que nos anos 1950 adotaria o cavaleiro como emblema da empresa.

Evolução do ex-libris do Estadão a partir do desenho original de José Wasth Rodrigues Foto: Acervo/Estadão

Ao completar três anos, a primeira grande mudança gráfica surge com o nome do jornal passando a ser impresso em letras góticas. Em 1879, um pioneiro anúncio numa página colorida, técnica que ainda demoraria décadas a ser adotada, estamparia a última das quatro páginas do jornal.

Com a proclamação da República, em 1889, os novos tempos foram noticiados com uma capa considerada de uma ousadia gráfica até nos dias atuais, com os dizeres Viva a República estampando a primeira página em fundo branco. Na virada do ano pós proclamação, o nome no cabeçalho mudaria para O Estado de São Paulo no primeiro dia de 1890.

Dois anos depois, em março de 1892, o jornal anunciava aos seus leitores uma completa mudança em seus tipos gráficos e, em 27 de março, o jornal abandona a tipologia gótica e o título do jornal surge com as letras do tipo bastão que até hoje permanecem com leves modernizações. Uma outra mudança a partir daquele dia foi a abreviação da palavra São, com o nome do jornal passando a ser estampado como O Estado de S. Paulo.

Primeira fotografia publicada no Estadão, em2/5/1908. Foto: Acervo Estadão

Na esteira das tiragens crescentes e da compra de novas e modernas impressoras o jornal vai, a partir da virada dos séculos 19 e 20, variando o número de colunas e de páginas. Com a publicação de uma fotografia pela primeira vez em suas páginas em 2 de maio de 1908, de um carro do rali São Paulo-Jundiaí, o jornal incorpora outra tecnologia que começava a se popularizar naqueles dias.

Estadinho - Após a eclosão da Primeira Guerra Mundial e o interesse cada vez maior por notícias do conflito, sobretudo por parte da grande população de imigrantes italianos, em 1915 o jornal passa a imprimir uma edição noturna com fatos atualizados sobre a guerra. Por causa do formato de menor dimensão [31 x 45 cm], a Edição da Noite, que se estenderia até 1921, seria apelidada de Estadinho, em contraponto ao Estadão que circulava pelas manhãs.

Edição regular do Estadão e edição da noite [Estadinho], que circulou de 1915 a 1921, durante aPrimeira Guerra Mundial. Foto: Acervo Estadão

Além do noticiário sobre a Guerra, a edição que circulava à noite trazia outros assuntos, como noticiário da cidade, esportes e cultura. Foi no Estadinho que o célebre texto de Monteiro Lobato sobre a exposição de Anita Malfatti saiu publicado em 1917, causando uma polêmica que ecoaria na semana de arte moderna de 1922.

No fim da década de 1920, em 1928, uma outra inovação gráfica - também em tamanho reduzido em relação ao formato standart do jornal, deixaria sua marca até 1944: o Supplemento em Rotogravura, uma revista quinzenal impressa em papel de melhor qualidade que valorizava as fotografias, algumas delas enviadas pelos leitores.

Edição regular do Estadão dos anos 1930 e Suplemento em Rotogravura que circulou quinzenalmente de 1928 a 1944 Foto: Acervo Estadão

Com a Segunda Guerra, o Estadinho voltaria a circular independente da edição regular matinal em 1939 e 1940, dessa vez como Edição da Tarde, inovando novamente com impressão em formato reduzido. A partir dos anos 1950, alguns suplementos também marcariam época em formato compacto: Feminino e Agrícola.

Edição regular do Estadão e edição da tarde[Estadinho], que circulou de 1939 a 1940, na Segunda Guerra Mundial. Foto: Acervo Estadão

Após a chegada das cores em algumas páginas nos anos 1970 e da impressão colorida integral desde 1991, o nome do jornal passa a ser impresso na cor azul em 1993. A partir da consolidação da potencialidade gráfica, as inovações passariam a ser na diagramação e na tipologia, de modo a melhorar cada vez mais a experiência da leitura, com redesenhos periódicos modernizando o jornal.

A partir deste 17 de outubro de 2021 começa a circular a nova versão impressa do jornal, em formato germânico (berliner), e com várias novidades no conteúdo.Saiba mais sobre o novo Estadão.

Última edição do jornal em formato standart e a primeira em tamanho berliner Foto: Edmundo Leite/Estadão

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Amostras com variações da altura e largura do jornal ao longo dos anos. Foto: Acervo Estadão

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Foi assim já no primeiro ano de existência, quando transformou a distribuição de jornais na capital com o jornaleiro francês Bernard Gregoire cavalgando pela cidade para ampliar o alcance do jornal, até então vendido somente na própria sede ou entregue na casa dos assinantes. A inovação tornaria-se o símbolo do jornal, que nos anos 1950 adotaria o cavaleiro como emblema da empresa.

Evolução do ex-libris do Estadão a partir do desenho original de José Wasth Rodrigues Foto: Acervo/Estadão

Ao completar três anos, a primeira grande mudança gráfica surge com o nome do jornal passando a ser impresso em letras góticas. Em 1879, um pioneiro anúncio numa página colorida, técnica que ainda demoraria décadas a ser adotada, estamparia a última das quatro páginas do jornal.

Com a proclamação da República, em 1889, os novos tempos foram noticiados com uma capa considerada de uma ousadia gráfica até nos dias atuais, com os dizeres Viva a República estampando a primeira página em fundo branco. Na virada do ano pós proclamação, o nome no cabeçalho mudaria para O Estado de São Paulo no primeiro dia de 1890.

Dois anos depois, em março de 1892, o jornal anunciava aos seus leitores uma completa mudança em seus tipos gráficos e, em 27 de março, o jornal abandona a tipologia gótica e o título do jornal surge com as letras do tipo bastão que até hoje permanecem com leves modernizações. Uma outra mudança a partir daquele dia foi a abreviação da palavra São, com o nome do jornal passando a ser estampado como O Estado de S. Paulo.

Primeira fotografia publicada no Estadão, em2/5/1908. Foto: Acervo Estadão

Na esteira das tiragens crescentes e da compra de novas e modernas impressoras o jornal vai, a partir da virada dos séculos 19 e 20, variando o número de colunas e de páginas. Com a publicação de uma fotografia pela primeira vez em suas páginas em 2 de maio de 1908, de um carro do rali São Paulo-Jundiaí, o jornal incorpora outra tecnologia que começava a se popularizar naqueles dias.

Estadinho - Após a eclosão da Primeira Guerra Mundial e o interesse cada vez maior por notícias do conflito, sobretudo por parte da grande população de imigrantes italianos, em 1915 o jornal passa a imprimir uma edição noturna com fatos atualizados sobre a guerra. Por causa do formato de menor dimensão [31 x 45 cm], a Edição da Noite, que se estenderia até 1921, seria apelidada de Estadinho, em contraponto ao Estadão que circulava pelas manhãs.

Edição regular do Estadão e edição da noite [Estadinho], que circulou de 1915 a 1921, durante aPrimeira Guerra Mundial. Foto: Acervo Estadão

Além do noticiário sobre a Guerra, a edição que circulava à noite trazia outros assuntos, como noticiário da cidade, esportes e cultura. Foi no Estadinho que o célebre texto de Monteiro Lobato sobre a exposição de Anita Malfatti saiu publicado em 1917, causando uma polêmica que ecoaria na semana de arte moderna de 1922.

No fim da década de 1920, em 1928, uma outra inovação gráfica - também em tamanho reduzido em relação ao formato standart do jornal, deixaria sua marca até 1944: o Supplemento em Rotogravura, uma revista quinzenal impressa em papel de melhor qualidade que valorizava as fotografias, algumas delas enviadas pelos leitores.

Edição regular do Estadão dos anos 1930 e Suplemento em Rotogravura que circulou quinzenalmente de 1928 a 1944 Foto: Acervo Estadão

Com a Segunda Guerra, o Estadinho voltaria a circular independente da edição regular matinal em 1939 e 1940, dessa vez como Edição da Tarde, inovando novamente com impressão em formato reduzido. A partir dos anos 1950, alguns suplementos também marcariam época em formato compacto: Feminino e Agrícola.

Edição regular do Estadão e edição da tarde[Estadinho], que circulou de 1939 a 1940, na Segunda Guerra Mundial. Foto: Acervo Estadão

Após a chegada das cores em algumas páginas nos anos 1970 e da impressão colorida integral desde 1991, o nome do jornal passa a ser impresso na cor azul em 1993. A partir da consolidação da potencialidade gráfica, as inovações passariam a ser na diagramação e na tipologia, de modo a melhorar cada vez mais a experiência da leitura, com redesenhos periódicos modernizando o jornal.

A partir deste 17 de outubro de 2021 começa a circular a nova versão impressa do jornal, em formato germânico (berliner), e com várias novidades no conteúdo.Saiba mais sobre o novo Estadão.

Última edição do jornal em formato standart e a primeira em tamanho berliner Foto: Edmundo Leite/Estadão

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