Dia Nacional da Liberdade de Imprensa: Acervo Estadão preserva páginas marcadas pela censura


Site mostra páginas originais censuradas na ditadura militar, quando agentes atuaram no jornal

Por Liz Batista
Censor da ditadura militar trabalhando no prédio do Estadão em 1973. Foto: Domício Pinheiro/ Estadão

Durante os anos de chumbo da ditadura militar, por quase três anos (entre o segundo semestre de 1972 e o início de 1975), o Estadão e o Jornal da Tarde tiveram censores agindo nas suas redações.

O envio de agentes para a sede do jornal aconteceu assim que a direção das publicações se recusou a praticar a autocensura e a seguir às determinações dos órgãos de censura do governo sobre assuntos que não deveriam ser abordados pelos veículos de imprensa.

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>> Veja as páginas originais censuradas e as publicadas 

A diretriz  foi a de manter o trabalho jornalístico sem censura prévia, cabendo aos censores excluir do noticiário o que o governo não queria que fosse a público.

>> Pagina censurada no Estadão de 19/11/1974 Foto: Acervo/Estadão
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>> Estadão - 19/11/1974 Foto: Acervo/Estadão

Os censores, instalados num canto da gráfica após os jornalistas recusarem sua presença na redação, liam todo o noticiário diário antes de o material ser impresso e definiam quais notícias poderiam ser publicadas e quais seriam eliminadas das páginas dos jornais. Leia também:>> Encontradas páginas inéditas da censura ao Estadão Outra decisão editorial marcou a história de resistência do Estadão contra a censura: no lugar de matérias cortadas pelos censores foram publicados poemas (versos de Os Lusíadas, de Camões) e cartas fictícias no Estadão; e receitas culinárias no Jornal da Tarde.

Conteúdos que não seriam retirados pelos censores, mas que serviam para denunciar a censura, atraindo a atenção dos leitores, por serem completamente fora das habituais matérias noticiosas que normalmente ocupavam aquelas páginas. Uma linguagem que possibilitava ao público notar as alterações.

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>> Pagina censurada do Estadão de 11/05/1973 Foto: Acervo/Estadão
>> Estadão de 11/05/1973 Foto: Acervo/Estadão
Na seçãoPáginas Censuradasé possível navegar pelas páginas proibidas pelos censores da ditadura militar Foto: Acervo/Estadão
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Leia também: >> Ditadura militar censurou notícias sobre epidemia de meningite em 1974>> 'Estado' teve noticiário sobre o Chile censurado, após golpe militar no país Outra medida adotada foi a de preservar os originais censurados, que não puderam ser levados à público na época. Hoje, a maior parte das milhares de notícias censuradas podem ser lidas em sua íntegra original no site do Acervo Estadão.  O leitor pode ver a página que foi proibida e clicar para visualizar a página publicada com poemas em seu lugar.

>> Pagina censurada do Estadão de 26/7/1974 Foto: Acervo/Estadão
>> Estadão de 26/7/1974 Foto: Acervo/Estadão
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>> Pagina censurada do Estadão de 04/9/1974 Foto: Acervo/Estadão
>> Estadão de 04/9/1974 Foto: Acervo/Estadão
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>> Pagina censurada do Estadão de 04/4/1973 Foto: Acervo/Estadão
>> Estadão de 04/4/1973 Foto: Acervo/Estadão

Leia também:>> Encontradas páginas inéditas da censura ao Estadão

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Censor da ditadura militar trabalhando no prédio do Estadão em 1973. Foto: Domício Pinheiro/ Estadão

Durante os anos de chumbo da ditadura militar, por quase três anos (entre o segundo semestre de 1972 e o início de 1975), o Estadão e o Jornal da Tarde tiveram censores agindo nas suas redações.

O envio de agentes para a sede do jornal aconteceu assim que a direção das publicações se recusou a praticar a autocensura e a seguir às determinações dos órgãos de censura do governo sobre assuntos que não deveriam ser abordados pelos veículos de imprensa.

>> Veja as páginas originais censuradas e as publicadas 

A diretriz  foi a de manter o trabalho jornalístico sem censura prévia, cabendo aos censores excluir do noticiário o que o governo não queria que fosse a público.

>> Pagina censurada no Estadão de 19/11/1974 Foto: Acervo/Estadão
>> Estadão - 19/11/1974 Foto: Acervo/Estadão

Os censores, instalados num canto da gráfica após os jornalistas recusarem sua presença na redação, liam todo o noticiário diário antes de o material ser impresso e definiam quais notícias poderiam ser publicadas e quais seriam eliminadas das páginas dos jornais. Leia também:>> Encontradas páginas inéditas da censura ao Estadão Outra decisão editorial marcou a história de resistência do Estadão contra a censura: no lugar de matérias cortadas pelos censores foram publicados poemas (versos de Os Lusíadas, de Camões) e cartas fictícias no Estadão; e receitas culinárias no Jornal da Tarde.

Conteúdos que não seriam retirados pelos censores, mas que serviam para denunciar a censura, atraindo a atenção dos leitores, por serem completamente fora das habituais matérias noticiosas que normalmente ocupavam aquelas páginas. Uma linguagem que possibilitava ao público notar as alterações.

>> Pagina censurada do Estadão de 11/05/1973 Foto: Acervo/Estadão
>> Estadão de 11/05/1973 Foto: Acervo/Estadão
Na seçãoPáginas Censuradasé possível navegar pelas páginas proibidas pelos censores da ditadura militar Foto: Acervo/Estadão

Leia também: >> Ditadura militar censurou notícias sobre epidemia de meningite em 1974>> 'Estado' teve noticiário sobre o Chile censurado, após golpe militar no país Outra medida adotada foi a de preservar os originais censurados, que não puderam ser levados à público na época. Hoje, a maior parte das milhares de notícias censuradas podem ser lidas em sua íntegra original no site do Acervo Estadão.  O leitor pode ver a página que foi proibida e clicar para visualizar a página publicada com poemas em seu lugar.

>> Pagina censurada do Estadão de 26/7/1974 Foto: Acervo/Estadão
>> Estadão de 26/7/1974 Foto: Acervo/Estadão

 

>> Pagina censurada do Estadão de 04/9/1974 Foto: Acervo/Estadão
>> Estadão de 04/9/1974 Foto: Acervo/Estadão

 

>> Pagina censurada do Estadão de 04/4/1973 Foto: Acervo/Estadão
>> Estadão de 04/4/1973 Foto: Acervo/Estadão

Leia também:>> Encontradas páginas inéditas da censura ao Estadão

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Censor da ditadura militar trabalhando no prédio do Estadão em 1973. Foto: Domício Pinheiro/ Estadão

Durante os anos de chumbo da ditadura militar, por quase três anos (entre o segundo semestre de 1972 e o início de 1975), o Estadão e o Jornal da Tarde tiveram censores agindo nas suas redações.

O envio de agentes para a sede do jornal aconteceu assim que a direção das publicações se recusou a praticar a autocensura e a seguir às determinações dos órgãos de censura do governo sobre assuntos que não deveriam ser abordados pelos veículos de imprensa.

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A diretriz  foi a de manter o trabalho jornalístico sem censura prévia, cabendo aos censores excluir do noticiário o que o governo não queria que fosse a público.

>> Pagina censurada no Estadão de 19/11/1974 Foto: Acervo/Estadão
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Os censores, instalados num canto da gráfica após os jornalistas recusarem sua presença na redação, liam todo o noticiário diário antes de o material ser impresso e definiam quais notícias poderiam ser publicadas e quais seriam eliminadas das páginas dos jornais. Leia também:>> Encontradas páginas inéditas da censura ao Estadão Outra decisão editorial marcou a história de resistência do Estadão contra a censura: no lugar de matérias cortadas pelos censores foram publicados poemas (versos de Os Lusíadas, de Camões) e cartas fictícias no Estadão; e receitas culinárias no Jornal da Tarde.

Conteúdos que não seriam retirados pelos censores, mas que serviam para denunciar a censura, atraindo a atenção dos leitores, por serem completamente fora das habituais matérias noticiosas que normalmente ocupavam aquelas páginas. Uma linguagem que possibilitava ao público notar as alterações.

>> Pagina censurada do Estadão de 11/05/1973 Foto: Acervo/Estadão
>> Estadão de 11/05/1973 Foto: Acervo/Estadão
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>> Pagina censurada do Estadão de 26/7/1974 Foto: Acervo/Estadão
>> Estadão de 26/7/1974 Foto: Acervo/Estadão

 

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Leia também:>> Encontradas páginas inéditas da censura ao Estadão

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