Era uma vez em SP... Belvedere Trianon


O charmoso mirante, com salões e restaurante, existiu por 37 anos no local onde hoje é o MASP

Por Liz Batista
Atualização:
 

Terraços do Belvedere Trianon/ Reprodução

Antes do Museu de Arte de São Paulo (Masp) ser um dos grandes pontos turísticos da avenida Paulista, o número 1578 da via abrigava outra atração, o Belvedere Trianon. Um mirante, com terraços panorâmicos que proporcionavam a vista para todo o vale, para a avenida e para os jardins do Parque Trianon. O local também era conhecido como Miradouro da Avenida ou apenas o Belvedere da Avenida, como mostra o Estado da década de 1910. O escritório de arquitetura de Ramos de Azevedo, um dos mais conceituados na época, assinava a obra.

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O Estado de S. Paulo - 12 e 13/6/1916

 

Além dos terraços, também faziam parte do belvedere salões para festas e convenções com serviços de restaurante e confeitaria. A inauguração foi realizada com pompa em 12 de junho de 1916. Na festa, “o sr. dr. Washington Luís, prefeito da cidade, recebeu os convidados, à entrada do Miradouro”, no luxuoso restaurante e nos salões; “montados com fino mobiliário, ricos espelhos e todos os acessórios indispensáveis a um estabelecimento de primeira ordem”; champanhe, licores, doces e “croquettes” eram servidos aos convidados, descrevia o Estado no dia seguinte.

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Foto: Acervo/ Estadão
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Em pouco tempo, o espaço tornou-se um local de encontro da alta sociedade paulistana, algo como um clube. A agitada agenda social do Belvedere Trianon está documentada no jornal. Festas, concertos, bailes, “soirées”, reuniões e um “fino serviço de chá”, o “five o'clock tea”, estavam entre as constantes ofertas de lazer do espaço. A crise do café, no final da década de 1920, e o crescimento urbanístico da avenida Paulista impulsionaram mudanças no Trianon. O espaço deixou de ser restrito à elite e se tornou um ponto turístico. No lugar do requintado restaurante e dos salões, que foram fechados, um bar, que servia sorvetes e refrigerantes, passou a atender o novo público do mirante. Uma academia de dança passou a ocupar os salões inferiores. Madame Poças Leitão, que por anos respondeu pelas aulas de boas maneiras e desenvoltura no colégio Des Oiseaux, era agora a responsável por ensinar a arte do fox trote e do chá-chá-chá aos rapazes e moças.

 O Estado de S. Paulo - 15/6/1916

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Em 1953 o belvedere chegou ao fim. Foi demolido para ceder espaço à 1ª Bienal de Arte Moderna da cidade. Após o sucesso do evento, a prefeitura doou o terreno para construção do Museu de Arte de São Paulo (Masp), inaugurado em 1968.

Tags: Avenida PaulistaSão Paulo 

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Terraços do Belvedere Trianon/ Reprodução

Antes do Museu de Arte de São Paulo (Masp) ser um dos grandes pontos turísticos da avenida Paulista, o número 1578 da via abrigava outra atração, o Belvedere Trianon. Um mirante, com terraços panorâmicos que proporcionavam a vista para todo o vale, para a avenida e para os jardins do Parque Trianon. O local também era conhecido como Miradouro da Avenida ou apenas o Belvedere da Avenida, como mostra o Estado da década de 1910. O escritório de arquitetura de Ramos de Azevedo, um dos mais conceituados na época, assinava a obra.

O Estado de S. Paulo - 12 e 13/6/1916

 

Além dos terraços, também faziam parte do belvedere salões para festas e convenções com serviços de restaurante e confeitaria. A inauguração foi realizada com pompa em 12 de junho de 1916. Na festa, “o sr. dr. Washington Luís, prefeito da cidade, recebeu os convidados, à entrada do Miradouro”, no luxuoso restaurante e nos salões; “montados com fino mobiliário, ricos espelhos e todos os acessórios indispensáveis a um estabelecimento de primeira ordem”; champanhe, licores, doces e “croquettes” eram servidos aos convidados, descrevia o Estado no dia seguinte.

 

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Em pouco tempo, o espaço tornou-se um local de encontro da alta sociedade paulistana, algo como um clube. A agitada agenda social do Belvedere Trianon está documentada no jornal. Festas, concertos, bailes, “soirées”, reuniões e um “fino serviço de chá”, o “five o'clock tea”, estavam entre as constantes ofertas de lazer do espaço. A crise do café, no final da década de 1920, e o crescimento urbanístico da avenida Paulista impulsionaram mudanças no Trianon. O espaço deixou de ser restrito à elite e se tornou um ponto turístico. No lugar do requintado restaurante e dos salões, que foram fechados, um bar, que servia sorvetes e refrigerantes, passou a atender o novo público do mirante. Uma academia de dança passou a ocupar os salões inferiores. Madame Poças Leitão, que por anos respondeu pelas aulas de boas maneiras e desenvoltura no colégio Des Oiseaux, era agora a responsável por ensinar a arte do fox trote e do chá-chá-chá aos rapazes e moças.

 O Estado de S. Paulo - 15/6/1916

 

Em 1953 o belvedere chegou ao fim. Foi demolido para ceder espaço à 1ª Bienal de Arte Moderna da cidade. Após o sucesso do evento, a prefeitura doou o terreno para construção do Museu de Arte de São Paulo (Masp), inaugurado em 1968.

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Antes do Museu de Arte de São Paulo (Masp) ser um dos grandes pontos turísticos da avenida Paulista, o número 1578 da via abrigava outra atração, o Belvedere Trianon. Um mirante, com terraços panorâmicos que proporcionavam a vista para todo o vale, para a avenida e para os jardins do Parque Trianon. O local também era conhecido como Miradouro da Avenida ou apenas o Belvedere da Avenida, como mostra o Estado da década de 1910. O escritório de arquitetura de Ramos de Azevedo, um dos mais conceituados na época, assinava a obra.

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Além dos terraços, também faziam parte do belvedere salões para festas e convenções com serviços de restaurante e confeitaria. A inauguração foi realizada com pompa em 12 de junho de 1916. Na festa, “o sr. dr. Washington Luís, prefeito da cidade, recebeu os convidados, à entrada do Miradouro”, no luxuoso restaurante e nos salões; “montados com fino mobiliário, ricos espelhos e todos os acessórios indispensáveis a um estabelecimento de primeira ordem”; champanhe, licores, doces e “croquettes” eram servidos aos convidados, descrevia o Estado no dia seguinte.

 

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Em 1953 o belvedere chegou ao fim. Foi demolido para ceder espaço à 1ª Bienal de Arte Moderna da cidade. Após o sucesso do evento, a prefeitura doou o terreno para construção do Museu de Arte de São Paulo (Masp), inaugurado em 1968.

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Antes do Museu de Arte de São Paulo (Masp) ser um dos grandes pontos turísticos da avenida Paulista, o número 1578 da via abrigava outra atração, o Belvedere Trianon. Um mirante, com terraços panorâmicos que proporcionavam a vista para todo o vale, para a avenida e para os jardins do Parque Trianon. O local também era conhecido como Miradouro da Avenida ou apenas o Belvedere da Avenida, como mostra o Estado da década de 1910. O escritório de arquitetura de Ramos de Azevedo, um dos mais conceituados na época, assinava a obra.

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Além dos terraços, também faziam parte do belvedere salões para festas e convenções com serviços de restaurante e confeitaria. A inauguração foi realizada com pompa em 12 de junho de 1916. Na festa, “o sr. dr. Washington Luís, prefeito da cidade, recebeu os convidados, à entrada do Miradouro”, no luxuoso restaurante e nos salões; “montados com fino mobiliário, ricos espelhos e todos os acessórios indispensáveis a um estabelecimento de primeira ordem”; champanhe, licores, doces e “croquettes” eram servidos aos convidados, descrevia o Estado no dia seguinte.

 

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Além dos terraços, também faziam parte do belvedere salões para festas e convenções com serviços de restaurante e confeitaria. A inauguração foi realizada com pompa em 12 de junho de 1916. Na festa, “o sr. dr. Washington Luís, prefeito da cidade, recebeu os convidados, à entrada do Miradouro”, no luxuoso restaurante e nos salões; “montados com fino mobiliário, ricos espelhos e todos os acessórios indispensáveis a um estabelecimento de primeira ordem”; champanhe, licores, doces e “croquettes” eram servidos aos convidados, descrevia o Estado no dia seguinte.

 

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