Criada pelo médico Bráulio Gomes em 1894, a Associação Maternidade de São Paulo nasceu como uma uma instituição privada e filantrópica e foi a primeira maternidade do Estado. A entidade, que funcionava num prédio de dez andares na Rua Frei Caneca, próximo à Avenida Paulista, atendia gratuitamente mulheres carentes que não tinham onde dar à luz. A receita dos partos de mulheres de famílias ricas financiava o das gestantes carentes. No local também funcionou a primeira Escola de Obstetrícia da Universidade de São Paulo (USP).
Na maternidade nasceram cerca de 1,2 milhão de paulistanos, entre eles figuras conhecidas como o político Paulo Maluf, as atrizes Fernanda Torres e Suzana Vieira, o piloto Ayrton Senna e o banqueiro Olavo Setúbal.
A crise financeira na entidade começou na década de 1970, quando começou a cair a procura por seu atendimento. Na década de 1990, em meio ao crescimento do mercado de planos de saúde, as pacientes particulares começaram a procurar outras maternidades e as pacientes da rede pública foram absorvidas por hospitais públicos através do SUS. A administração chegou a fazer uma parceria com a Unimed em 1998, o prédio passou a funcionar também como hospital, com atendimento de Pronto-Socorro. Mas essas medidas não foram suficientes para normalizar a receita da maternidade, que fechou as portas em 2003. O prédio foi demolido em 2014, após o local ter sido arrendado por R$ 18,5 milhões em um leilão, pela Casablanc Representações e Participações Ltda., ligada ao Banco Safra. O acervo da maternidade, com fichas clínicas e obras de arte, foi encaminhado aoArquivo Público de São Paulo.
Maternidade São Paulo
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Era uma vez em São Paulo
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