Fundado em 1875 para defender ideais republicanos, o Estadão nasceu quando o País ainda vivia sob a monarquia de D. Pedro II. Em 4 de janeiro daquele ano, uma segunda-feira, A Província de S. Paulo começou a circular em São Paulo, uma cidade de apenas 31 mil habitantes.
1) Com uma tiragem de 2.025 exemplares, a primeira edição do jornal foi impressa à luz de velas; contou com quatro páginas, uma delas dedicada inteiramente aos anunciantes.
Uma apresentação foi publicada na capa. Nela o diário se propunha a “offerecer à provincia de S.Paulo campo livre aos debates tão necessarios para solução de problemas importantes que interessem a seu desenvolvimento moral e material”, e firmava o compromisso de “fazer da independência o apanágio sua força”. Mas, alertava que sua imparcialidade não seria “a imparcialidade do silêncio.”
Você sabia?
2) O Estadão é o segundo jornal mais antigo do País em circulação.
3) O jornal cobriu todas as eleições presidenciais do Brasil e a cobertura pode ser vista aqui
4) Um jornaleiro francês chamado Bernard Gregoire, que percorria cidade a cavalo, tocando uma corneta para promover o jornal em 1876 inspirou o ex-Libris e logomarca do Estadão. Antes de Gregoire inovar e sair em sua montaria anunciando e vendendo o periódico pelas ruas da cidade, os jornais não eram distribuídos em pontos de venda, mas sim comprados diretamente pelos leitores na porta do local onde era feito seu periódico de preferência, ou recebido em casa se fosse assinante. A novidade caiu nas graças do público leitor paulistano.
5) O livro Os Sertões (1902), clássico literatura brasileira, nasceu nas páginas do Estadão. A obra de Euclides da Cunha teve como origem a cobertura da Guerra de Canudos feita pelo jornal. Euclides foi o correspondente do Estadão no sertão baiano, testemunhou o desenrolar do conflito e o narrou em telegramas ao jornal. Os telegramas eram publicados diariamente no Estadão
6) Outro clássico, a obra O Saci (1921) foi inspirada num inquérito sobre o personagem folclórico publicado no Estadão. O escritor de Monteiro Lobato, autor do clássico infanto-juvenil, reuniu relatos de leitores sobre as histórias de saci em suas regiões. Os leitores enviam cartas contando seus causos e elas eram publicadas no jornal
7) Um jornal com cara de revista, assim pode ser descrito o Suplemento em Rotogravura, outra inovação gráfica que o Estadão colocou em circulação no fim da década de 1920. Em tamanho reduzido em relação ao formato do jornal, o suplemento, veiculado até 1944, tinha a proposta de ser uma revista quinzenal. Contava com uma estética primorosa para o período, era impresso em papel de melhor qualidade que valorizava as fotografias, algumas delas enviadas pelos próprios leitores.
8) Durante a ditadura militar, o jornal foi submetido à censura prévia, teve censores instalados na sua redação. O Estadão se recusou a modificar a diagramação de suas páginas e para indicar que um conteúdo havia sido censurado, publicou poemas no espaço das notícias proibidas. As notícias impedidas de circular foram preservadas e podem ser acessadas no Acervo Estadão, onde é possível navegar por todas as páginas censuradas neste período, e bem como ver a página originalmente planejada pela redação.
9) As principais façanhas da aviação estão registradas no jornal desde o século de 19. Numa rara entrevista, Santos Dumont, inventor considerado o pai da aviação, disse ao jornal em 1916 que acreditava que, no futuro, o avião seria usado como um meio de transporte para passageiros.
10) Após 146 anos circulando em edições no formato “Standard”, o Estadão realizou uma transformação histórica em 2021, passou a adotar o formato que facilita a leitura, o padrão germânico ou “Berliner”, com 31,5 cm por 47 cm. A transformação não parou por aí, trouxe também novos conteúdos e um design gráfico avançado, com diferentes cores identificando as seções facilitando e dinamizando a experiência do leitor.
As mudanças vieram após quase um ano de estudos, pesquisas com leitores, assinantes, anunciantes e com a ajuda de consultorias internacionais. O Grupo Estado apresentou ao mercado um produto mais moderno, marcado pela preservação da quase sesquicentenária qualidade do jornal, fundado em 4 de janeiro de 1875.
11) O Estadão cobriu as duas Guerras Mundiais. Edições especiais levaram ao leitor a cobertura dos conflitos que mudaram o mundo. Durante a Primeira Guerra e Segunda Guerra o jornal circulou em edições noturna e vespertina em formato “Berliner”.
12) O jornal tem um histórico de apoio ao esporte. Antes da primeira corrida da São Silvestre,em 1925, reunir competidores nas ruas da cidade, a Taça Estadinho, uma prova de “pedestrianismo” foi organizada pelo Estadão e disputada pela primeira vez em 1918. Orgulho do esporte nacional, a então jovem tenista, Maria Esther Bueno (1939-2018) contou com patrocínio do jornal para competir em Wimbledon em 1959, onde venceu seu 1º Grand Slam e voltou com a taça para casa.
13) Uma crítica esportiva, publicada em 1957, “previu” o destino grandioso de Pelé , o texto dizia que o “atacante santista está destinado a ser um notável futebolista” Quando a frase premonitória foi escrita, aquele que se tornaria o maior craque da história do futebol tinha 16 anos e conquistava seu primeiro título pela seleção brasileira, a Copa Roca, em seu segundo jogo com a camisa nacional.
Pelé em 100 fotos do Estadão
Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Domicio Pinheiro/ Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Brasil conquistou a Copa do Mundo de 1958 e 1962 com Pelé e Garrincha
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé e Garrincha
Foto: Carlos Chicarino/Estadão ▲Pelé e Kelly Cristina
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé na final da Copa do Mundo de 1970
Foto: Oswaldo Palermo/AE ▲Pelé
Foto: Acervo/AE ▲Despedida de Pelé do Santos
Foto: Claudine Petroli/Estadão ▲Despedida de Pelé do Santos
Foto: Equipe/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/AE ▲Despedida de Pelé do Santos
Foto: Acervo/Estadão ▲Despedida de Pelé do Santos
Foto: Reginaldo Manente/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo Estadão ▲Copa do Chile (1962)
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Oswaldo Jurno/ Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Jairzinho e Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Casamento do Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé no Chile
Foto: Reginaldo Manente/ Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé (1975)
Foto: Wellington Budim dos Reis ▲Pelé e Garrincha
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé e Coutinho
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé e Tostão
Foto: Domício PInheiro/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/ Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo ▲Pelé e Xuxa
Foto: Rodney Mello/ Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé goleiro
Foto: Acervo/Estadão ▲Seleção (1960)
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Domício Pinheiro/ Estadão ▲Pelé
Foto: Domício Pinheiro/Estadão ▲Pelé e Bellini
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé faz alongamento
Foto: Domício Pinheiro/ Estadão ▲Soco no ar
Foto: Domício Pinheiro/Estadão ▲Pelé
Foto: Domício Pinheiro/ Estadão ▲Pelé em campo
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé se despede da Seleção
Foto: Domício Pinheiro/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé no refeitório
Foto: Domício Pinheiro ▲O Reio do Futebol e a Rainha da Inglaterra
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé e Gérson
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé universitário
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé no treino
Foto: Alberto Marques/Estadão ▲Jogadores leem o Estadão
Foto: Acervo/Estadão ▲Cartas para Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé e seus fãs
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé de terno e gravata
Foto: Domício Pinheiro/Estadão ▲Pelé distribue autógrafos
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Domício Pinheiro/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé é examinado
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé no Chile
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé relaxa
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé discute em campo
Foto: Domício Pinheiro/Estadão ▲Pelé
Foto: Claudine Petroli/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé e Tostão
Foto: Acervo/Estadão ▲Bicicleta de Pelé
Foto: Domício Pinheiro/Estadão ▲Pelé e Aymoré
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé recebe o carinho dos fãs
Foto: Reginaldo Manente/Estadão ▲Pelé na rádio Eldorado
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé à mesa
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Domício Pinheiro/Estadão ▲Pelé e seu Aero Willys
Foto: Vizonni/Estadão ▲Pelá no ataque
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Domício Pinheiro/Estadão ▲Pelé
Foto: Domício Pinheiro/Estadão ▲Pelé (1969)
Foto: Reginaldo Manente/Estadão ▲Pelé e Eder Jofre
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé (1974)
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé (1974)
Foto: Domício Pinheiro/Estadão ▲Pelé (1969)
Foto: Reginaldo Manente/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé
Foto: Domício Pinheiro/ Estadão ▲Pelé (1960)
Foto: Domício Pinheiro/Estadão ▲Pelé (1959)
Foto: Acervo/Estadão ▲Didi e Pelé
Foto: Antônio Lúcio/Estadão ▲Pelé e Antônio Ermírio de Moraes
Foto: Joveci de Freitas/Estadão ▲Pelé
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé e Mazzola
Foto: Acervo/Estadão ▲Pelé ministro do Esporte
Foto: José Paulo Lacerda/ Estadão ▲Pelé
Foto: Sérgio Dutti/ Estadão ▲Pelé
Foto: Rafael Neddemermey/ Estadão ▲Pelé e o milésimo gol no jornal
Foto: Eduardo Nicolau/Estadão ▲Pelé (2019)
Foto: Wether Sanatana/ Estadão ▲14) Para promover a cultura na cidade de São Paulo, o Estadão construiu junto à sua sede um dos primeiros teatros da capital, o “Theatro Boa Vista”, em 1916.
Teatro Boa Vista
Teatro Boa Vista
Foto: Acervo/Estadão ▲Teatro Boa Vista
Foto: Acervo/Estadão ▲Teatro Boa Vista
Foto: Acervo/ estadão ▲Teatro Boa Vista
Foto: Acervo/Estadão ▲Teatro Boa Vista
Foto: Acervo/ Estadão ▲Teatro Boa Vista
Foto: Acervo/ Estadão ▲Teatro Boa Vista
Foto: Acervo/ Estadão ▲Teatro Boa Vista
Foto: Acervo/Estadão ▲Teatro Boa Vista
Foto: Acervo/Estadão ▲15) A necessidade da criação da USP, a maior universidade do Brasil, surgiu como apontamento de uma estudo sobre a situação do ensino no Estado de São Paulo,desenvolvida pelo Estadão em 1926. A pesquisa mostrou a pobreza da escola secundária como um dos aspectos mais calamitosos do atraso brasileiro. Foi ele a base das conversas, que culminariam na ideia de Julio de Mesquita Filho e de seu grupo de criar a Universidade de São Paulo.
16) O Estadão acompanhou a expedição dos irmãos Villas-Boas em 1972 em busca dos últimos grupos isolados de indígenas no País e registrou o primeiro contato com os Panarás, conhecidos como “Índios Gigantes”.
17) Chico Buarque estreou como escritor no Estadão. O ganhador do prêmio Camões de 2019, fez seu debute no Suplemento Literário de 1966, publicou o conto Ulisses. O cantor e compositor tinha, então, 22 anos de idade. Na página do caderno, o texto de Chico dividiu espaço com os escritos de outros dois titãs das letras, o crítico Otto Maria Carpeaux e o poeta Augusto de Campos.
18) Um imortal frequenta as páginas do Estadão, o escritor Ignácio de Loyola Brandão, membro da Academia Brasileira de Letras desde 2019, escreve quinzenalmente para o jornal
19) O Estadão possui mais de 1.5 milhão de contatos fotográficos, com imagens raras e inéditas que são publicadas pelo Acervo Estadão.
Queen no Brasil 1981 - contatos fotográficos
Acendendo o cigarro
Foto: Mário Leite / Estadão Acervo ▲Me dá um cigarro
Foto: Mário Leite/ Estadão Acervo ▲Queen e a imprensa
Foto: Mário Leite / Estadão Acervo ▲Muvuca
Foto: Mário Leite / Estadão Acervo ▲Perfil
Foto: Mário Leite/ Estadão Acervo ▲Freddie
Foto: Mário Leite / Estadão Acervo ▲Curtindo
Foto: Mário Leite/ Estadão Acervo ▲Muito à vontade
Foto: Mário Leite/ Estadão Acervo ▲Jornal
Foto: Mário Leite / Estadão Acervo ▲Integrantes do Queen
Foto: Mário Leite / Estadão Acervo ▲Contatos Fotográficos
Foto: Mário Leite / Estadão Acervo ▲Quenn - Estádio do Morumbi (1981)
Foto: Rolando de Freitas/ Estadão ▲Galerias do Acervo
Foto: Acervo ▲20) Em 2023, Estadão lançou a Leia, um robô de inteligência artificial que usa conteúdos do jornal para tirar dúvidas. O chatbot experimental usa reportagens para formular respostas de qualidade. O projeto começou com textos de tecnologia publicados no Link e em dezembro entrou em nova fase e passando a formular respostas a partir de reportagens publicadas nas seções Cultura, Emais, Paladar, Life/Style e São Paulo também.