Com a greve prestes a entrar no nono dia nesta terça-feira, a paralisação dos caminhoneiros neste maio de 2018 já é maior da história do País, superando os oito dias dos protestos da categoria em 2015 e os dias em que caminhões de combustíveis ficaram parados em Minas e São Paulo em 1979. Independente do número de dias, a atual greve já é a que mais afetou a população.
Enquanto a maior parte das tentativas anteriores de paralisação nacional não conseguia chegar ao quinto dia, pela primeira vez uma greve de motoristas de caminhão consegue afetar o abastecimento e o transporte público das capitais e grandes cidades brasileiras. Mesmo antes de uma situação real de desabastecimento, a greve provocou temor de escassez de alimentos na população, quando nas outras vezes a corrida por produtos se limitava basicamente aos postos de gasolina. Outros efeitos eram sentidos pontualmente em alguns setores econômicos e algumas regiões com cidades mais afastadas dos centros de abastecimento.
Como as grandes metrópoles possuem ampla infra-estrutura e estoque de produtos, o efeito das graves anteriores, mesmo as mais longas, ficava restrito à alta dos preços, mas sem desabastecimento de itens básicos. Regionalmente, a maior paralisação de caminhoneiros aconteceu no Rio Grande do Sul em 1981, quando 15 mil motoristas ficaram 18 dias parados até conseguir o reajuste do preço do frete.
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