Ícone do cinema de aventura, a série Indiana Jones, dirigida por Steven Spielberg e estrelada por Harrison Ford, começou em 1981 com Os Caçadores da Arca Perdida. Desde então é um sucesso de público e de crítica. Mesmo quando apontavam alguns problemas nos filmes, os críticos de cinema sempre exaltaram a obra de Spielberg. A atuação de Harrison Ford, nem sempre.
“O roteiro chega até mesmo a ter uma original e bem feita cena de amor (no barco), que desculpa a falta de carisma do protagonista Harrison Ford, um bom tipo, mas sem o menor magnetismo”, escreveu Rubens Ewald Filho ao apresentar o filme aos leitores em 1982.
O primeiro filme ganhou cinco Oscars e deu origem a mais quatro filmes: Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984), Indiana Jones e a Última Cruzada (1989), Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008) e a quinta aventura que chega aos cinemas dia 30 de junho: Indiana Jones e o Chamado do Destino.
Veja como cada filme da séria foi analisado pelos críticas de cinema do Estadão na época de seus lançamentos:
Os Caçadores da Arca Perdida (1981)
“Um grande filme de aventuras que nos faz redescobrir o prazer de ser novamente crianças em matinês de domingo à tarde, aplaudindo, vaiando os vilões e torcendo pelo mocinho”.
Rubens Ewald Filho, Estadão - 5/1/1982
“É um filme para deixar crianças hipnotizadas e redespertar nos adultos a nostalgia das primeiras aventuras cinematográficas….o melhor presente de Natal, para qualquer espectador”.
Edmar Pereira, Jornal da Tarde - 24/12/1981
Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984)
“O clima muda de uma cena para outra. Num minuto você está morrendo de rir e no seguinte está gritando. É mais como um passeio de montanha-russa”.
Rubens Ewald Filho, Estadão, 5/7/1984
“Está evidente que Indiana não é um filme realista, é uma fantasia e é até moralista. O herói vence, os vilões são castigados. Mesmo a cena do coração é um momento de magia, nem se vê o sangue”.
Rubens Ewald Filho, Jornal da Tarde, 25/6/1984
Indiana Jones e a Última Cruzada (1989)
“O espírito de diversão e brincadeira está sempre presente, pois a essência da série com Indiana Jones consiste em oferecer bom entretenimento ao público”.
Luiz Carlos Merten, Estadão, 15/6/1989
“Só os críticos, como o da revista Newsweek, é que acham que Indy já esgotou seu ciclo e deve ser aposentado. Para o público, o tipo de mocinho que ele representa está muito vivo”.
Sônia Nolasco, Estadão, 25/5/1989
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008)
“Houve inevitável atualização tecnológica, com farto uso de efeitos digitais, como em qualquer blockbuster. A pergunta que resta: como cinema-pipoca, é divertido? É, mas Caçadores da Arca Perdida era mais”
Luiz Zanin Oricchio, Estadão, 22/5/2008
“Como nos longas anteriores, Indy decifra enigmas, enfrenta insetos selvagens e vence obstáculos que ficariam absurdos em outros filmes. Tudo tem cara de déjà-vu, é claro, mas não funcionaria de outro jeito”.
Rafael Barion, Estadão, 23/5/2008