Consagrado como entrevistador depois de anos de sucesso como humorista, Jô Soares [1938-2022] recebeu a imprensa para uma entrevista em 1990 por causa da reestreia de seu show "O Gordo ao Vivo" no teatro. Para a repórter Regina Echeverria, Jô se disse também à vontade no papel de entrevistado: "Sempre fui alvo e seta ao mesmo tempo".
Entre outros temas, Jô falou sobre o poder do riso: "A reação de uma gargalhada é uma coisa incensurável, incontrolável. Tem a mesma força que a reação de um estádio de futebol cheio. Quando xingam o juiz, ou acham ridículo algo que acontece no campo, não há censura que segur isso, Nem no auge da ditadura havia como impedir que você xingasse o juiz ou que 100 mil pessoas dissesem um palavrão em coro. É impossível censurar uma gargalhada."
Leia a íntegra da entrevista, veja galeria e relembre outros momentos da vida de Jô Soares.
Em outra conversa com o Estadão, esta em 05 de maio de 1985, Jô Soares e outro gênio da arte da comédia, Chico Anysio, discutiram as bases para o humor e contaram como era a concepção de seus programas e personagem.
Entre as declarações de Jô Sores, vale destacar outra defesa da liberdade de expressão inerente ao humorismo. Ele declarou " o humor sempre foi uma arma de combate em todos os tempos (...)". Depois explicou porque acreditava na necessidade do humorista ser um "anarquista", um apartidário: "acho fundamental que o humorista não tenha um engajamento político-partidário. Porque, no fundo, ele tem de ser um anarquista, no melhor sentido da palavra; quer dizer, ele tem de estar sempre pronto para poder criticar qualquer facção, qualquer área (...) Acho que o artista só pode subir num palanque para pedir eleições diretas em todos os níveis (...)". Confira a entrevista:
Jô Soares, o showman do Brasil
Jô Soares (1972)
Foto: Sidney Corralo/Estadão ▲Jô Soares e Cyro del Nero no Prêmio Saci
Foto: Acervo/Estadão ▲Jô Soares e Cyro del Nero no Prêmio Saci
Foto: Acervo/Estadão ▲>> Estadão - 13/5/1962
Foto: Acervo/Estadão ▲Jô Soares (1972)
Foto: Osvaldo Luiz/Estadão ▲Jô Soares (1980)
Foto: Niels Andreas/ Estadão ▲Jô Soares (1972)
Foto: Sidney Corralo/ Estadão ▲Jô Soares (1972)
Foto: Sidney Corrallo/Estadão ▲Jornal da Tarde - 23/8/1980
Foto: Acervo/Estadão ▲Jô Soares (1980)
Foto: Niels Andreas/ Estadão ▲Jô Soares (1980)
Foto: Niel Andreas/Estadão ▲Jô Soares (1980)
Foto: Neils Andreas/Estadão ▲Jô Soares (1970)
Foto: Arnaldo/ Estadão ▲>> Estadão - 05/5/1985
Foto: Acervo/Estadão ▲Jô Soares (1988)
Foto: Lena Vettorazzo / Estadão ▲Jô Soares (1988)
Foto: Lena Vettorazzo /Estadão ▲Jô Soares (1988)
Foto: Lena Vettorazzo / Estadão ▲Jô Soares (1988)
Foto: Lena Vettorazzo/ Estadão ▲Jô Soares (1988)
Foto: Lena Vettorazzo/ Estadão ▲Jô Soares (1988)
Foto: Maurilio Clareto/Estadão ▲Hebe Camargo e Jô Soares
Foto: Moacyr Santos/Estadão ▲Jô Soares (2004)
Foto: Alex Silva/Estadão ▲Jô Soares (1996)
Foto: Paulo Pinto/ Estadão ▲Jô Soares (1997)
Foto: Vidal Cavalcante/Estadão ▲>> Estadão - 22/10/2011
Foto: Acervo/Estadão ▲>> Estadão - 12/4/1967
Foto: Acervo/Estadão ▲>> Estadão - 06/9/1990
Foto: Acervo/Estadão ▲