Maria Antônia: duas histórias no mesmo ângulo


Fotógrafo volta aos locais do conflito entre estudantes do Mackenzie e da Filosofia da USP

Por Liz Batista e Carlos Eduardo Entini
Atualização:

Em 1968, as diferenças ideológicas entre os estudantes da USP e do Mackenzie explodiram no centro da cidade. Depois de 45 anos do episódio, conhecido como Batalha da Rua Maria Antônia, o fotógrafo Jacques Lepine refez o trajeto dos principais locais do conflito e os fotografou obedecendo os mesmos ângulos clicados pelos fotógrafos do Estado que cobriram o evento.

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Tudo começou de manhã, quando alunos do Mackenzie se revoltaram contra um pedágio instalado pelos alunos da USP para financiar o congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) e tentaram tirar algumas faixas expostas na frente do prédio da Filosofia. Segundo relato publicado pelo Estado, se instalou uma "verdadeira batalha de paus, pedradas tiros e bombas incendiárias'.

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Do alto dos prédios ocupados pelos estudantes eram lançados no prédio da Filosofia "mechas embebidas em combustível". A morte do estudante foi em torno das 15 horas, "no intenso conflito, entre os dois grupos, ouve-se um grito, e um rapaz caiu no chão. Era o secundarista José Guimarães, atingido por uma bala atrás da orelha".

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No fim do dia, a rua charmosa que abriga ainda hoje a Universidade Mackenzie e abrigou a Faculdade de Filosofia da USP estava irreconhecível. O prédio da Filosofia ficou praticamente destruído."A primeira impressão de quem visita o prédio (...) é a de que houve um grande incêndio. Vêem-se ali vidros quebrados, grandes manchas de fumaças (...) marcas de projéteis, papelada sobre a marquise e fios telefonicos rompidos", relatou o repórter do Estado. No prédio da faculdade funciona hoje o Centro Universitário Maria oAntônia.

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Para apagar o incêndio dois carros dos Bombeiros despejaram 18 mil litros de água. No dia seguinte a Força Pública interditou a rua. Somente moradores tinham acesso.

 

A morte do estudante foi anunciada do alto de um carro por José Dirceu, presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE), "alguns estudantes não conseguiram conter o pranto, começando a passeata a movimentar-se em direção á Rua da Consolação - aos gritos de 'assassinos, ditatoriais'", relatou o Estado. A passeata prosseguiu pela Avenida Ipiranga e reuniu cerca de 500 manifestantes. Os manifestantes paravam em diversos pontos para fazer discursos.

 

 

Durante a passeata, José Dirceu, presidente da UEE, faz discurso

Durante a passeata vários carros da polícia foram queimados. Em alguns casos os policiais eram retirados dos veículos pelos manifestantes e diante da proporção da manifestação não reagiam. No largo do "Paiçandu (...) os manifestantes assaltaram mais uma viatura da Radio Patrulha. Os ocupantes chegaram a tentar reagir com suas armas mas desistiram. O carro foi tombado e incendiado".

O conflito seguiu o dia inteiro. A manifestação só foi dispersada quando os estudantes tentaram voltar à Maria Antônia.

 
 

Projeto Fotográfico. A proximidade do aniversário da famosa batalha despertou o interesse de um morador daquela rua, o jornalista e fotógrafo Jacques Lepine. Redator do Banco de Imagens da Agência Estado, ele conhecia as clássicas imagens do confronto entre os estudantes da USP e do Mackenzie em 1968, e ao caminhar por sua vizinhança começou a se perguntar quantas das pessoas que cruzam hoje aquelas calçadas conheceriam o histórico embate travado ali.

 
 

A camisa de José Guimarães é mostrada em frente a galeria da Av. São João,

onde hoje abriga a famosa Galeria do Rock

A maior dificuldade para realizar o projeto, é justamente o que garante a beleza do produto final, a precisão do ângulo. “Foram três dias fotografando as mesmas cenas do ângulo exato da foto original”, conta Lepine, "era necessário acertar a altura, ângulo e inclinação exatos, isso sem contar as diferenças de distorção do equipamento objetivo usado na época e o que usei para o trabalho.

Fotos: Jacques Lepine e Acervo Estadão

Atualizado em 8/10/2013, às 11h13.

Siga: twitter@estadaoacervo | facebook/arquivoestadao | Instagram | # Assine

Em 1968, as diferenças ideológicas entre os estudantes da USP e do Mackenzie explodiram no centro da cidade. Depois de 45 anos do episódio, conhecido como Batalha da Rua Maria Antônia, o fotógrafo Jacques Lepine refez o trajeto dos principais locais do conflito e os fotografou obedecendo os mesmos ângulos clicados pelos fotógrafos do Estado que cobriram o evento.

 
 

 

Tudo começou de manhã, quando alunos do Mackenzie se revoltaram contra um pedágio instalado pelos alunos da USP para financiar o congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) e tentaram tirar algumas faixas expostas na frente do prédio da Filosofia. Segundo relato publicado pelo Estado, se instalou uma "verdadeira batalha de paus, pedradas tiros e bombas incendiárias'.

Do alto dos prédios ocupados pelos estudantes eram lançados no prédio da Filosofia "mechas embebidas em combustível". A morte do estudante foi em torno das 15 horas, "no intenso conflito, entre os dois grupos, ouve-se um grito, e um rapaz caiu no chão. Era o secundarista José Guimarães, atingido por uma bala atrás da orelha".

 

No fim do dia, a rua charmosa que abriga ainda hoje a Universidade Mackenzie e abrigou a Faculdade de Filosofia da USP estava irreconhecível. O prédio da Filosofia ficou praticamente destruído."A primeira impressão de quem visita o prédio (...) é a de que houve um grande incêndio. Vêem-se ali vidros quebrados, grandes manchas de fumaças (...) marcas de projéteis, papelada sobre a marquise e fios telefonicos rompidos", relatou o repórter do Estado. No prédio da faculdade funciona hoje o Centro Universitário Maria oAntônia.

 

Para apagar o incêndio dois carros dos Bombeiros despejaram 18 mil litros de água. No dia seguinte a Força Pública interditou a rua. Somente moradores tinham acesso.

 

A morte do estudante foi anunciada do alto de um carro por José Dirceu, presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE), "alguns estudantes não conseguiram conter o pranto, começando a passeata a movimentar-se em direção á Rua da Consolação - aos gritos de 'assassinos, ditatoriais'", relatou o Estado. A passeata prosseguiu pela Avenida Ipiranga e reuniu cerca de 500 manifestantes. Os manifestantes paravam em diversos pontos para fazer discursos.

 

 

Durante a passeata, José Dirceu, presidente da UEE, faz discurso

Durante a passeata vários carros da polícia foram queimados. Em alguns casos os policiais eram retirados dos veículos pelos manifestantes e diante da proporção da manifestação não reagiam. No largo do "Paiçandu (...) os manifestantes assaltaram mais uma viatura da Radio Patrulha. Os ocupantes chegaram a tentar reagir com suas armas mas desistiram. O carro foi tombado e incendiado".

O conflito seguiu o dia inteiro. A manifestação só foi dispersada quando os estudantes tentaram voltar à Maria Antônia.

 
 

Projeto Fotográfico. A proximidade do aniversário da famosa batalha despertou o interesse de um morador daquela rua, o jornalista e fotógrafo Jacques Lepine. Redator do Banco de Imagens da Agência Estado, ele conhecia as clássicas imagens do confronto entre os estudantes da USP e do Mackenzie em 1968, e ao caminhar por sua vizinhança começou a se perguntar quantas das pessoas que cruzam hoje aquelas calçadas conheceriam o histórico embate travado ali.

 
 

A camisa de José Guimarães é mostrada em frente a galeria da Av. São João,

onde hoje abriga a famosa Galeria do Rock

A maior dificuldade para realizar o projeto, é justamente o que garante a beleza do produto final, a precisão do ângulo. “Foram três dias fotografando as mesmas cenas do ângulo exato da foto original”, conta Lepine, "era necessário acertar a altura, ângulo e inclinação exatos, isso sem contar as diferenças de distorção do equipamento objetivo usado na época e o que usei para o trabalho.

Fotos: Jacques Lepine e Acervo Estadão

Atualizado em 8/10/2013, às 11h13.

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Em 1968, as diferenças ideológicas entre os estudantes da USP e do Mackenzie explodiram no centro da cidade. Depois de 45 anos do episódio, conhecido como Batalha da Rua Maria Antônia, o fotógrafo Jacques Lepine refez o trajeto dos principais locais do conflito e os fotografou obedecendo os mesmos ângulos clicados pelos fotógrafos do Estado que cobriram o evento.

 
 

 

Tudo começou de manhã, quando alunos do Mackenzie se revoltaram contra um pedágio instalado pelos alunos da USP para financiar o congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) e tentaram tirar algumas faixas expostas na frente do prédio da Filosofia. Segundo relato publicado pelo Estado, se instalou uma "verdadeira batalha de paus, pedradas tiros e bombas incendiárias'.

Do alto dos prédios ocupados pelos estudantes eram lançados no prédio da Filosofia "mechas embebidas em combustível". A morte do estudante foi em torno das 15 horas, "no intenso conflito, entre os dois grupos, ouve-se um grito, e um rapaz caiu no chão. Era o secundarista José Guimarães, atingido por uma bala atrás da orelha".

 

No fim do dia, a rua charmosa que abriga ainda hoje a Universidade Mackenzie e abrigou a Faculdade de Filosofia da USP estava irreconhecível. O prédio da Filosofia ficou praticamente destruído."A primeira impressão de quem visita o prédio (...) é a de que houve um grande incêndio. Vêem-se ali vidros quebrados, grandes manchas de fumaças (...) marcas de projéteis, papelada sobre a marquise e fios telefonicos rompidos", relatou o repórter do Estado. No prédio da faculdade funciona hoje o Centro Universitário Maria oAntônia.

 

Para apagar o incêndio dois carros dos Bombeiros despejaram 18 mil litros de água. No dia seguinte a Força Pública interditou a rua. Somente moradores tinham acesso.

 

A morte do estudante foi anunciada do alto de um carro por José Dirceu, presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE), "alguns estudantes não conseguiram conter o pranto, começando a passeata a movimentar-se em direção á Rua da Consolação - aos gritos de 'assassinos, ditatoriais'", relatou o Estado. A passeata prosseguiu pela Avenida Ipiranga e reuniu cerca de 500 manifestantes. Os manifestantes paravam em diversos pontos para fazer discursos.

 

 

Durante a passeata, José Dirceu, presidente da UEE, faz discurso

Durante a passeata vários carros da polícia foram queimados. Em alguns casos os policiais eram retirados dos veículos pelos manifestantes e diante da proporção da manifestação não reagiam. No largo do "Paiçandu (...) os manifestantes assaltaram mais uma viatura da Radio Patrulha. Os ocupantes chegaram a tentar reagir com suas armas mas desistiram. O carro foi tombado e incendiado".

O conflito seguiu o dia inteiro. A manifestação só foi dispersada quando os estudantes tentaram voltar à Maria Antônia.

 
 

Projeto Fotográfico. A proximidade do aniversário da famosa batalha despertou o interesse de um morador daquela rua, o jornalista e fotógrafo Jacques Lepine. Redator do Banco de Imagens da Agência Estado, ele conhecia as clássicas imagens do confronto entre os estudantes da USP e do Mackenzie em 1968, e ao caminhar por sua vizinhança começou a se perguntar quantas das pessoas que cruzam hoje aquelas calçadas conheceriam o histórico embate travado ali.

 
 

A camisa de José Guimarães é mostrada em frente a galeria da Av. São João,

onde hoje abriga a famosa Galeria do Rock

A maior dificuldade para realizar o projeto, é justamente o que garante a beleza do produto final, a precisão do ângulo. “Foram três dias fotografando as mesmas cenas do ângulo exato da foto original”, conta Lepine, "era necessário acertar a altura, ângulo e inclinação exatos, isso sem contar as diferenças de distorção do equipamento objetivo usado na época e o que usei para o trabalho.

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Em 1968, as diferenças ideológicas entre os estudantes da USP e do Mackenzie explodiram no centro da cidade. Depois de 45 anos do episódio, conhecido como Batalha da Rua Maria Antônia, o fotógrafo Jacques Lepine refez o trajeto dos principais locais do conflito e os fotografou obedecendo os mesmos ângulos clicados pelos fotógrafos do Estado que cobriram o evento.

 
 

 

Tudo começou de manhã, quando alunos do Mackenzie se revoltaram contra um pedágio instalado pelos alunos da USP para financiar o congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) e tentaram tirar algumas faixas expostas na frente do prédio da Filosofia. Segundo relato publicado pelo Estado, se instalou uma "verdadeira batalha de paus, pedradas tiros e bombas incendiárias'.

Do alto dos prédios ocupados pelos estudantes eram lançados no prédio da Filosofia "mechas embebidas em combustível". A morte do estudante foi em torno das 15 horas, "no intenso conflito, entre os dois grupos, ouve-se um grito, e um rapaz caiu no chão. Era o secundarista José Guimarães, atingido por uma bala atrás da orelha".

 

No fim do dia, a rua charmosa que abriga ainda hoje a Universidade Mackenzie e abrigou a Faculdade de Filosofia da USP estava irreconhecível. O prédio da Filosofia ficou praticamente destruído."A primeira impressão de quem visita o prédio (...) é a de que houve um grande incêndio. Vêem-se ali vidros quebrados, grandes manchas de fumaças (...) marcas de projéteis, papelada sobre a marquise e fios telefonicos rompidos", relatou o repórter do Estado. No prédio da faculdade funciona hoje o Centro Universitário Maria oAntônia.

 

Para apagar o incêndio dois carros dos Bombeiros despejaram 18 mil litros de água. No dia seguinte a Força Pública interditou a rua. Somente moradores tinham acesso.

 

A morte do estudante foi anunciada do alto de um carro por José Dirceu, presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE), "alguns estudantes não conseguiram conter o pranto, começando a passeata a movimentar-se em direção á Rua da Consolação - aos gritos de 'assassinos, ditatoriais'", relatou o Estado. A passeata prosseguiu pela Avenida Ipiranga e reuniu cerca de 500 manifestantes. Os manifestantes paravam em diversos pontos para fazer discursos.

 

 

Durante a passeata, José Dirceu, presidente da UEE, faz discurso

Durante a passeata vários carros da polícia foram queimados. Em alguns casos os policiais eram retirados dos veículos pelos manifestantes e diante da proporção da manifestação não reagiam. No largo do "Paiçandu (...) os manifestantes assaltaram mais uma viatura da Radio Patrulha. Os ocupantes chegaram a tentar reagir com suas armas mas desistiram. O carro foi tombado e incendiado".

O conflito seguiu o dia inteiro. A manifestação só foi dispersada quando os estudantes tentaram voltar à Maria Antônia.

 
 

Projeto Fotográfico. A proximidade do aniversário da famosa batalha despertou o interesse de um morador daquela rua, o jornalista e fotógrafo Jacques Lepine. Redator do Banco de Imagens da Agência Estado, ele conhecia as clássicas imagens do confronto entre os estudantes da USP e do Mackenzie em 1968, e ao caminhar por sua vizinhança começou a se perguntar quantas das pessoas que cruzam hoje aquelas calçadas conheceriam o histórico embate travado ali.

 
 

A camisa de José Guimarães é mostrada em frente a galeria da Av. São João,

onde hoje abriga a famosa Galeria do Rock

A maior dificuldade para realizar o projeto, é justamente o que garante a beleza do produto final, a precisão do ângulo. “Foram três dias fotografando as mesmas cenas do ângulo exato da foto original”, conta Lepine, "era necessário acertar a altura, ângulo e inclinação exatos, isso sem contar as diferenças de distorção do equipamento objetivo usado na época e o que usei para o trabalho.

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Em 1968, as diferenças ideológicas entre os estudantes da USP e do Mackenzie explodiram no centro da cidade. Depois de 45 anos do episódio, conhecido como Batalha da Rua Maria Antônia, o fotógrafo Jacques Lepine refez o trajeto dos principais locais do conflito e os fotografou obedecendo os mesmos ângulos clicados pelos fotógrafos do Estado que cobriram o evento.

 
 

 

Tudo começou de manhã, quando alunos do Mackenzie se revoltaram contra um pedágio instalado pelos alunos da USP para financiar o congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) e tentaram tirar algumas faixas expostas na frente do prédio da Filosofia. Segundo relato publicado pelo Estado, se instalou uma "verdadeira batalha de paus, pedradas tiros e bombas incendiárias'.

Do alto dos prédios ocupados pelos estudantes eram lançados no prédio da Filosofia "mechas embebidas em combustível". A morte do estudante foi em torno das 15 horas, "no intenso conflito, entre os dois grupos, ouve-se um grito, e um rapaz caiu no chão. Era o secundarista José Guimarães, atingido por uma bala atrás da orelha".

 

No fim do dia, a rua charmosa que abriga ainda hoje a Universidade Mackenzie e abrigou a Faculdade de Filosofia da USP estava irreconhecível. O prédio da Filosofia ficou praticamente destruído."A primeira impressão de quem visita o prédio (...) é a de que houve um grande incêndio. Vêem-se ali vidros quebrados, grandes manchas de fumaças (...) marcas de projéteis, papelada sobre a marquise e fios telefonicos rompidos", relatou o repórter do Estado. No prédio da faculdade funciona hoje o Centro Universitário Maria oAntônia.

 

Para apagar o incêndio dois carros dos Bombeiros despejaram 18 mil litros de água. No dia seguinte a Força Pública interditou a rua. Somente moradores tinham acesso.

 

A morte do estudante foi anunciada do alto de um carro por José Dirceu, presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE), "alguns estudantes não conseguiram conter o pranto, começando a passeata a movimentar-se em direção á Rua da Consolação - aos gritos de 'assassinos, ditatoriais'", relatou o Estado. A passeata prosseguiu pela Avenida Ipiranga e reuniu cerca de 500 manifestantes. Os manifestantes paravam em diversos pontos para fazer discursos.

 

 

Durante a passeata, José Dirceu, presidente da UEE, faz discurso

Durante a passeata vários carros da polícia foram queimados. Em alguns casos os policiais eram retirados dos veículos pelos manifestantes e diante da proporção da manifestação não reagiam. No largo do "Paiçandu (...) os manifestantes assaltaram mais uma viatura da Radio Patrulha. Os ocupantes chegaram a tentar reagir com suas armas mas desistiram. O carro foi tombado e incendiado".

O conflito seguiu o dia inteiro. A manifestação só foi dispersada quando os estudantes tentaram voltar à Maria Antônia.

 
 

Projeto Fotográfico. A proximidade do aniversário da famosa batalha despertou o interesse de um morador daquela rua, o jornalista e fotógrafo Jacques Lepine. Redator do Banco de Imagens da Agência Estado, ele conhecia as clássicas imagens do confronto entre os estudantes da USP e do Mackenzie em 1968, e ao caminhar por sua vizinhança começou a se perguntar quantas das pessoas que cruzam hoje aquelas calçadas conheceriam o histórico embate travado ali.

 
 

A camisa de José Guimarães é mostrada em frente a galeria da Av. São João,

onde hoje abriga a famosa Galeria do Rock

A maior dificuldade para realizar o projeto, é justamente o que garante a beleza do produto final, a precisão do ângulo. “Foram três dias fotografando as mesmas cenas do ângulo exato da foto original”, conta Lepine, "era necessário acertar a altura, ângulo e inclinação exatos, isso sem contar as diferenças de distorção do equipamento objetivo usado na época e o que usei para o trabalho.

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