Um marco arquitetônico centenário de São Paulo, o edifício Martinelli foi o primeiro arranha-céu da cidade. Idealizado pelo comendador italiano Giuseppe Martinelli e projetado pelo arquiteto húngaro William Fillinger, o edifício localizado entre as ruas São Bento, São João e Líbero Badaró se tornou um retratou do progresso econômico paulista na década de 1920, e um grande exemplo das transformações urbanas da capital no período.
As obras do prédio começaram em 1924, foram paralisadas no ano seguinte devido a um embargo judicial. Após o processo, as obras foram retomadas e o imponente edifício foi inaugurado inacabado, em 1929, com 12 andares.
No ano anterior, o comendador Martinelli assumiu a condução das obras, acrescentando mais andares ao projeto, que foi concluído com 30 andares e 105 metros de altura e uma área total de 50mil m², em 1934.
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Estadão - 3 de janeiro de 1929
Mais de 600 operários e artesãos trabalharam na construção erguida com cimento importado da Suécia e da Noruega pela empresa de Martinelli. Escadas de mármore Carrara, louça inglesa, estruturas internas de madeiras nobres e elevadores suíços eram alguns dos elementos que tornavam o Martinelli não apenas grandioso, mas luxuoso.
Os saraus e chás-dançantes em seus salões reuniam a alta sociedade, seus apartamentos eram residência da aristocracia paulistana, e nas suas salas comerciais funcionaram sedes de partidos,clubes, sindicatos, escritórios de advocacia, consultórios médicos, o famoso Cine Rosário e o Hotel São Bento.
Estadão - 22 de agosto de 1929
Leilão
Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1943 o edifício foi tomado pelo Governo Federal e depois leiloado pela União. A década seguinte marcou o começo da sua degradação. No meio da década de 1970 foi interditado, desapropriado e reformado pela Empresa Municipal de Urbanização. Em 1992, foi tombado pelo Condephaat.