Monstro do cinema, Zé do Caixão [1936-2020] encontra o seu destino


Mais que um personagem, cineasta criou com sua vida e obra um gênero próprio e inimitável

Por Edmundo Leite e Liz Batista
José Mojica Marins como Zé do Caixão faz sessão de fotos em cemitério, 14/8/1986. Foto: Juvenal Pereira/ Estadão Foto: Juvenal Pereira/ Estadão

"O Zé do Caixão é uma personagem que desafia a própria natureza, que utiliza a força do pensamento. Não tem religião, não tem Deus, não tem o diabo. Só sede de justiça."  [José Mojica Marins, em entrevista ao Caderno 2 em 1986]

Mestre do cinema nacional, José não dividia com Zé apenas o nome. Criador e criatura se misturaram durante anos no imaginário dos espectadores, tornando-se indissociáveis. Assim como Zé do Caixão comandava mentes, José Mojica Marins comandava o seu show. Com suas longas unhas, vestes negras, capa e cartola, ao melhor estilo de um ilusionista hipnotizador do século 19, Mojica empostava sua voz gutural para dar vida à sua criação. Uma personagem tão fascinante e complexa que era difícil de ser sintetizada.

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Na pele de sua personagem inimitável, perpetrou os clássicos do terror À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1963), Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1966) e O Estranho Mundo de Zé do Caixão (1967). Além do terror, o cineasta teve atuações no Cinema Novo e nas inevitáveis pornochanchadas dos anos 1970.

O Estado de S.Paulo - 15/08/1986 Foto: Acervo/Estadão

Em entrevista ao Estadão em 1986, ele buscou explicar a essência de Zé do Caixão: "Ainda pequeno eu admirava os homens que tinham as unhas do dedo polegar compridas. Então, por um bom tempo, fiquei com uma ou outra comprida. A coisa foi indo até eu fazer a personagem. O Zé do Caixão é uma personagem que desafia a própria natureza, que utiliza a força do pensamento. Não tem religião, não tem Deus, não tem o diabo. Só sede de justiça. Ele é revoltado com a própria natureza. Gosta de desafiá-la e de questioná-la. A pergunta que fica é uma só: se não tivesse a tesoura e deixasse a coisa ao natural, até onde chagaria? As unhas compridas, como garras para segurar o mundo e tudo que ele deseja."

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O Estado de S.Paulo - 22/7/1988 Foto: Acervo/Estadão
JoséMujica, vestido de Zédo Caixão,foi editor por um dia do caderno Variedades do Jornal da Tarde em 13/8/2008. Foto: Sérgio Castro/ Estadão Foto: Sérgio Castro/ Estadão
O Estado de S.Paulo - 27/4/1998 Foto: Acervo/Estadão
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O Estado de S.Paulo - 29/11/1964 Foto: Acervo/Estadão
Cartazde À Meia Noite levarei Sua Alma (1963) Foto: Acervo/Estadão

> Zé do Caixão nas páginas do jornal

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José Mojica Marins como Zé do Caixão faz sessão de fotos em cemitério, 14/8/1986. Foto: Juvenal Pereira/ Estadão Foto: Juvenal Pereira/ Estadão

"O Zé do Caixão é uma personagem que desafia a própria natureza, que utiliza a força do pensamento. Não tem religião, não tem Deus, não tem o diabo. Só sede de justiça."  [José Mojica Marins, em entrevista ao Caderno 2 em 1986]

Mestre do cinema nacional, José não dividia com Zé apenas o nome. Criador e criatura se misturaram durante anos no imaginário dos espectadores, tornando-se indissociáveis. Assim como Zé do Caixão comandava mentes, José Mojica Marins comandava o seu show. Com suas longas unhas, vestes negras, capa e cartola, ao melhor estilo de um ilusionista hipnotizador do século 19, Mojica empostava sua voz gutural para dar vida à sua criação. Uma personagem tão fascinante e complexa que era difícil de ser sintetizada.

Na pele de sua personagem inimitável, perpetrou os clássicos do terror À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1963), Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1966) e O Estranho Mundo de Zé do Caixão (1967). Além do terror, o cineasta teve atuações no Cinema Novo e nas inevitáveis pornochanchadas dos anos 1970.

O Estado de S.Paulo - 15/08/1986 Foto: Acervo/Estadão

Em entrevista ao Estadão em 1986, ele buscou explicar a essência de Zé do Caixão: "Ainda pequeno eu admirava os homens que tinham as unhas do dedo polegar compridas. Então, por um bom tempo, fiquei com uma ou outra comprida. A coisa foi indo até eu fazer a personagem. O Zé do Caixão é uma personagem que desafia a própria natureza, que utiliza a força do pensamento. Não tem religião, não tem Deus, não tem o diabo. Só sede de justiça. Ele é revoltado com a própria natureza. Gosta de desafiá-la e de questioná-la. A pergunta que fica é uma só: se não tivesse a tesoura e deixasse a coisa ao natural, até onde chagaria? As unhas compridas, como garras para segurar o mundo e tudo que ele deseja."

O Estado de S.Paulo - 22/7/1988 Foto: Acervo/Estadão
JoséMujica, vestido de Zédo Caixão,foi editor por um dia do caderno Variedades do Jornal da Tarde em 13/8/2008. Foto: Sérgio Castro/ Estadão Foto: Sérgio Castro/ Estadão
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"O Zé do Caixão é uma personagem que desafia a própria natureza, que utiliza a força do pensamento. Não tem religião, não tem Deus, não tem o diabo. Só sede de justiça."  [José Mojica Marins, em entrevista ao Caderno 2 em 1986]

Mestre do cinema nacional, José não dividia com Zé apenas o nome. Criador e criatura se misturaram durante anos no imaginário dos espectadores, tornando-se indissociáveis. Assim como Zé do Caixão comandava mentes, José Mojica Marins comandava o seu show. Com suas longas unhas, vestes negras, capa e cartola, ao melhor estilo de um ilusionista hipnotizador do século 19, Mojica empostava sua voz gutural para dar vida à sua criação. Uma personagem tão fascinante e complexa que era difícil de ser sintetizada.

Na pele de sua personagem inimitável, perpetrou os clássicos do terror À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1963), Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1966) e O Estranho Mundo de Zé do Caixão (1967). Além do terror, o cineasta teve atuações no Cinema Novo e nas inevitáveis pornochanchadas dos anos 1970.

O Estado de S.Paulo - 15/08/1986 Foto: Acervo/Estadão

Em entrevista ao Estadão em 1986, ele buscou explicar a essência de Zé do Caixão: "Ainda pequeno eu admirava os homens que tinham as unhas do dedo polegar compridas. Então, por um bom tempo, fiquei com uma ou outra comprida. A coisa foi indo até eu fazer a personagem. O Zé do Caixão é uma personagem que desafia a própria natureza, que utiliza a força do pensamento. Não tem religião, não tem Deus, não tem o diabo. Só sede de justiça. Ele é revoltado com a própria natureza. Gosta de desafiá-la e de questioná-la. A pergunta que fica é uma só: se não tivesse a tesoura e deixasse a coisa ao natural, até onde chagaria? As unhas compridas, como garras para segurar o mundo e tudo que ele deseja."

O Estado de S.Paulo - 22/7/1988 Foto: Acervo/Estadão
JoséMujica, vestido de Zédo Caixão,foi editor por um dia do caderno Variedades do Jornal da Tarde em 13/8/2008. Foto: Sérgio Castro/ Estadão Foto: Sérgio Castro/ Estadão
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"O Zé do Caixão é uma personagem que desafia a própria natureza, que utiliza a força do pensamento. Não tem religião, não tem Deus, não tem o diabo. Só sede de justiça."  [José Mojica Marins, em entrevista ao Caderno 2 em 1986]

Mestre do cinema nacional, José não dividia com Zé apenas o nome. Criador e criatura se misturaram durante anos no imaginário dos espectadores, tornando-se indissociáveis. Assim como Zé do Caixão comandava mentes, José Mojica Marins comandava o seu show. Com suas longas unhas, vestes negras, capa e cartola, ao melhor estilo de um ilusionista hipnotizador do século 19, Mojica empostava sua voz gutural para dar vida à sua criação. Uma personagem tão fascinante e complexa que era difícil de ser sintetizada.

Na pele de sua personagem inimitável, perpetrou os clássicos do terror À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1963), Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1966) e O Estranho Mundo de Zé do Caixão (1967). Além do terror, o cineasta teve atuações no Cinema Novo e nas inevitáveis pornochanchadas dos anos 1970.

O Estado de S.Paulo - 15/08/1986 Foto: Acervo/Estadão

Em entrevista ao Estadão em 1986, ele buscou explicar a essência de Zé do Caixão: "Ainda pequeno eu admirava os homens que tinham as unhas do dedo polegar compridas. Então, por um bom tempo, fiquei com uma ou outra comprida. A coisa foi indo até eu fazer a personagem. O Zé do Caixão é uma personagem que desafia a própria natureza, que utiliza a força do pensamento. Não tem religião, não tem Deus, não tem o diabo. Só sede de justiça. Ele é revoltado com a própria natureza. Gosta de desafiá-la e de questioná-la. A pergunta que fica é uma só: se não tivesse a tesoura e deixasse a coisa ao natural, até onde chagaria? As unhas compridas, como garras para segurar o mundo e tudo que ele deseja."

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JoséMujica, vestido de Zédo Caixão,foi editor por um dia do caderno Variedades do Jornal da Tarde em 13/8/2008. Foto: Sérgio Castro/ Estadão Foto: Sérgio Castro/ Estadão
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José Mojica Marins como Zé do Caixão faz sessão de fotos em cemitério, 14/8/1986. Foto: Juvenal Pereira/ Estadão Foto: Juvenal Pereira/ Estadão

"O Zé do Caixão é uma personagem que desafia a própria natureza, que utiliza a força do pensamento. Não tem religião, não tem Deus, não tem o diabo. Só sede de justiça."  [José Mojica Marins, em entrevista ao Caderno 2 em 1986]

Mestre do cinema nacional, José não dividia com Zé apenas o nome. Criador e criatura se misturaram durante anos no imaginário dos espectadores, tornando-se indissociáveis. Assim como Zé do Caixão comandava mentes, José Mojica Marins comandava o seu show. Com suas longas unhas, vestes negras, capa e cartola, ao melhor estilo de um ilusionista hipnotizador do século 19, Mojica empostava sua voz gutural para dar vida à sua criação. Uma personagem tão fascinante e complexa que era difícil de ser sintetizada.

Na pele de sua personagem inimitável, perpetrou os clássicos do terror À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1963), Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1966) e O Estranho Mundo de Zé do Caixão (1967). Além do terror, o cineasta teve atuações no Cinema Novo e nas inevitáveis pornochanchadas dos anos 1970.

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Em entrevista ao Estadão em 1986, ele buscou explicar a essência de Zé do Caixão: "Ainda pequeno eu admirava os homens que tinham as unhas do dedo polegar compridas. Então, por um bom tempo, fiquei com uma ou outra comprida. A coisa foi indo até eu fazer a personagem. O Zé do Caixão é uma personagem que desafia a própria natureza, que utiliza a força do pensamento. Não tem religião, não tem Deus, não tem o diabo. Só sede de justiça. Ele é revoltado com a própria natureza. Gosta de desafiá-la e de questioná-la. A pergunta que fica é uma só: se não tivesse a tesoura e deixasse a coisa ao natural, até onde chagaria? As unhas compridas, como garras para segurar o mundo e tudo que ele deseja."

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