O Sequestro do Voo 375: a história real de terror e morte que inspirou o filme


Desempregado sequestrou Boeing da Vasp em 1988 com intenção de arremessar aeronave contra o Palácio do Planalto

Por Liz Batista
Atualização:

Eu tenho contas a acertar com o governo Sarney”, com essas palavras o operador de máquinas Raimundo Nonato Alves da Conceição, anunciou o sequestro do Boeing 737-300 da Vasp, que realizava o voo 375 , de Porto Velho, Rondônia, com destino ao Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1988.

Armado com uma pistola 7.65, o sequestrador invadiu a cabine e ordenou que a rota fosse alterada para Brasília. Efetuou três disparos, um atingiu o comissário de voo, outro o engenheiro de voo e o terceiro foi efetuado na nuca do copiloto, Salvador Evangelista, que morreu. Sozinho com o piloto, Fernando Murilo de Lima e Silva, seguiu com a exigência. O plano era arremessar o avião contra o Palácio do Planalto.

>> Estadão - 30/9/1988 Foto: Acervo/ Estadão
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Após sobrevoar Brasília, o piloto convenceu Raimundo Nonato que a falta de combustível tornava necessário o pouso em Goiânia. Depois da aterrizagem, foram iniciadas negociações tensas com as autoridades. O sequestrador pediu um avião para fuga. Ao deixar o Boeing em direção ao Bandeirante, no qual pretendia escapar, foi baleado por policiais federais. Foram oito horas de terror, até o final do sequestro.

O dramático sequestro foi manchete do Estadão de 30 de setembro daquele ano. “Medo e morte no Boeing da Vasp”, dizia a capa do jornal. A cobertura contava como a ação criminosa havia se desenvolvido, a reação da polícia, acompanhava as medidas de emergência adotadas e a condução das investigações na busca por respostas.

>> Estadão - 30/9/1988 Foto: Acervo/ Estadão
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O herói. Condecorado com a Ordem do Mérito Aeronáutico, por sua conduta durante o sequestro, o comandante Fernando Murilo de Lima e Silva, agiu para proteger a vida dos 104 passageiros e tripulantes a bordo e também para poupar vidas em terra.Conduziu a aeronave para um local com baixa visibilidade na região de Brasília, o que dissuadiu o sequestrador de seu plano inicial de jogar o avião contra o Planalto. Tentou uma manobra de tonneau, simulou a perda de um motor e mergulhou o avião dando uma virada de 360 graus, para tentar desarmar o criminoso e por fim realizou o pouso em Goiânia com pouco combustível na aeronave.

Na época, a revista de passageiros não era obrigatória, nem municiada de aparelhos de raio-x e detectores de metal. Em suas declarações à imprensa, após o sequestro, o piloto pressionou autoridades para melhorar as condições de segurança nos voos. O sequestro mobilizou ações nesse sentido.

>> Estadão - 01/10/1988 Foto: Acervo/ Estadão
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O sequestrador. Desempregado,com 28 anos de idade, o maranhense Raimundo Nonato Alves da Conceição, havia trabalhado para a empreiteira Mendes Júnior no Iraque, durante a guerra do país contra o Irã. Um possível trauma desses anos de conflito, agravado pela distância da família, e a recente dificuldade em encontrar trabalho no Brasil em crise, essas eram as hipóteses aventadas por seu irmão e exploradas pela polícia para compreender a motivação do crime.

Raimundo Nonato foi levado ao Hospital Santa Genoveva, em Goiânia, depois de ter sido baleado e rendido pelos policiais. Foi considerado fora de perigo de vida, mas, cinco dias após sua internação, faleceu de insuficiência renal, pulmão de choque e parada cardíaca. Sua morte levantou suspeitas de envenenamento, exames toxicológicos foram realizados, sem apontar para essa causa.

Em depoimentos colhidos pela polícia no hospital, disse que estava vendo muita pobreza no Brasil e se revoltou com a situação - na época, sob a Presidência de José Sarney, o País era castigado pela alta da inflação e do desemprego. As autoridades e uma junta médica dedicavam-se a traçar um perfil mais detalhado da personalidade e quadro psiquiátrico do sequestrador, quando o quadro de saúde se deteriorou, levando à sua morte. As investigações foram concluídas, com questões sobre a motivação deixadas em aberto.

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Eu tenho contas a acertar com o governo Sarney”, com essas palavras o operador de máquinas Raimundo Nonato Alves da Conceição, anunciou o sequestro do Boeing 737-300 da Vasp, que realizava o voo 375 , de Porto Velho, Rondônia, com destino ao Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1988.

Armado com uma pistola 7.65, o sequestrador invadiu a cabine e ordenou que a rota fosse alterada para Brasília. Efetuou três disparos, um atingiu o comissário de voo, outro o engenheiro de voo e o terceiro foi efetuado na nuca do copiloto, Salvador Evangelista, que morreu. Sozinho com o piloto, Fernando Murilo de Lima e Silva, seguiu com a exigência. O plano era arremessar o avião contra o Palácio do Planalto.

>> Estadão - 30/9/1988 Foto: Acervo/ Estadão

Após sobrevoar Brasília, o piloto convenceu Raimundo Nonato que a falta de combustível tornava necessário o pouso em Goiânia. Depois da aterrizagem, foram iniciadas negociações tensas com as autoridades. O sequestrador pediu um avião para fuga. Ao deixar o Boeing em direção ao Bandeirante, no qual pretendia escapar, foi baleado por policiais federais. Foram oito horas de terror, até o final do sequestro.

O dramático sequestro foi manchete do Estadão de 30 de setembro daquele ano. “Medo e morte no Boeing da Vasp”, dizia a capa do jornal. A cobertura contava como a ação criminosa havia se desenvolvido, a reação da polícia, acompanhava as medidas de emergência adotadas e a condução das investigações na busca por respostas.

>> Estadão - 30/9/1988 Foto: Acervo/ Estadão

O herói. Condecorado com a Ordem do Mérito Aeronáutico, por sua conduta durante o sequestro, o comandante Fernando Murilo de Lima e Silva, agiu para proteger a vida dos 104 passageiros e tripulantes a bordo e também para poupar vidas em terra.Conduziu a aeronave para um local com baixa visibilidade na região de Brasília, o que dissuadiu o sequestrador de seu plano inicial de jogar o avião contra o Planalto. Tentou uma manobra de tonneau, simulou a perda de um motor e mergulhou o avião dando uma virada de 360 graus, para tentar desarmar o criminoso e por fim realizou o pouso em Goiânia com pouco combustível na aeronave.

Na época, a revista de passageiros não era obrigatória, nem municiada de aparelhos de raio-x e detectores de metal. Em suas declarações à imprensa, após o sequestro, o piloto pressionou autoridades para melhorar as condições de segurança nos voos. O sequestro mobilizou ações nesse sentido.

>> Estadão - 01/10/1988 Foto: Acervo/ Estadão

O sequestrador. Desempregado,com 28 anos de idade, o maranhense Raimundo Nonato Alves da Conceição, havia trabalhado para a empreiteira Mendes Júnior no Iraque, durante a guerra do país contra o Irã. Um possível trauma desses anos de conflito, agravado pela distância da família, e a recente dificuldade em encontrar trabalho no Brasil em crise, essas eram as hipóteses aventadas por seu irmão e exploradas pela polícia para compreender a motivação do crime.

Raimundo Nonato foi levado ao Hospital Santa Genoveva, em Goiânia, depois de ter sido baleado e rendido pelos policiais. Foi considerado fora de perigo de vida, mas, cinco dias após sua internação, faleceu de insuficiência renal, pulmão de choque e parada cardíaca. Sua morte levantou suspeitas de envenenamento, exames toxicológicos foram realizados, sem apontar para essa causa.

Em depoimentos colhidos pela polícia no hospital, disse que estava vendo muita pobreza no Brasil e se revoltou com a situação - na época, sob a Presidência de José Sarney, o País era castigado pela alta da inflação e do desemprego. As autoridades e uma junta médica dedicavam-se a traçar um perfil mais detalhado da personalidade e quadro psiquiátrico do sequestrador, quando o quadro de saúde se deteriorou, levando à sua morte. As investigações foram concluídas, com questões sobre a motivação deixadas em aberto.

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Armado com uma pistola 7.65, o sequestrador invadiu a cabine e ordenou que a rota fosse alterada para Brasília. Efetuou três disparos, um atingiu o comissário de voo, outro o engenheiro de voo e o terceiro foi efetuado na nuca do copiloto, Salvador Evangelista, que morreu. Sozinho com o piloto, Fernando Murilo de Lima e Silva, seguiu com a exigência. O plano era arremessar o avião contra o Palácio do Planalto.

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Após sobrevoar Brasília, o piloto convenceu Raimundo Nonato que a falta de combustível tornava necessário o pouso em Goiânia. Depois da aterrizagem, foram iniciadas negociações tensas com as autoridades. O sequestrador pediu um avião para fuga. Ao deixar o Boeing em direção ao Bandeirante, no qual pretendia escapar, foi baleado por policiais federais. Foram oito horas de terror, até o final do sequestro.

O dramático sequestro foi manchete do Estadão de 30 de setembro daquele ano. “Medo e morte no Boeing da Vasp”, dizia a capa do jornal. A cobertura contava como a ação criminosa havia se desenvolvido, a reação da polícia, acompanhava as medidas de emergência adotadas e a condução das investigações na busca por respostas.

>> Estadão - 30/9/1988 Foto: Acervo/ Estadão

O herói. Condecorado com a Ordem do Mérito Aeronáutico, por sua conduta durante o sequestro, o comandante Fernando Murilo de Lima e Silva, agiu para proteger a vida dos 104 passageiros e tripulantes a bordo e também para poupar vidas em terra.Conduziu a aeronave para um local com baixa visibilidade na região de Brasília, o que dissuadiu o sequestrador de seu plano inicial de jogar o avião contra o Planalto. Tentou uma manobra de tonneau, simulou a perda de um motor e mergulhou o avião dando uma virada de 360 graus, para tentar desarmar o criminoso e por fim realizou o pouso em Goiânia com pouco combustível na aeronave.

Na época, a revista de passageiros não era obrigatória, nem municiada de aparelhos de raio-x e detectores de metal. Em suas declarações à imprensa, após o sequestro, o piloto pressionou autoridades para melhorar as condições de segurança nos voos. O sequestro mobilizou ações nesse sentido.

>> Estadão - 01/10/1988 Foto: Acervo/ Estadão

O sequestrador. Desempregado,com 28 anos de idade, o maranhense Raimundo Nonato Alves da Conceição, havia trabalhado para a empreiteira Mendes Júnior no Iraque, durante a guerra do país contra o Irã. Um possível trauma desses anos de conflito, agravado pela distância da família, e a recente dificuldade em encontrar trabalho no Brasil em crise, essas eram as hipóteses aventadas por seu irmão e exploradas pela polícia para compreender a motivação do crime.

Raimundo Nonato foi levado ao Hospital Santa Genoveva, em Goiânia, depois de ter sido baleado e rendido pelos policiais. Foi considerado fora de perigo de vida, mas, cinco dias após sua internação, faleceu de insuficiência renal, pulmão de choque e parada cardíaca. Sua morte levantou suspeitas de envenenamento, exames toxicológicos foram realizados, sem apontar para essa causa.

Em depoimentos colhidos pela polícia no hospital, disse que estava vendo muita pobreza no Brasil e se revoltou com a situação - na época, sob a Presidência de José Sarney, o País era castigado pela alta da inflação e do desemprego. As autoridades e uma junta médica dedicavam-se a traçar um perfil mais detalhado da personalidade e quadro psiquiátrico do sequestrador, quando o quadro de saúde se deteriorou, levando à sua morte. As investigações foram concluídas, com questões sobre a motivação deixadas em aberto.

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Armado com uma pistola 7.65, o sequestrador invadiu a cabine e ordenou que a rota fosse alterada para Brasília. Efetuou três disparos, um atingiu o comissário de voo, outro o engenheiro de voo e o terceiro foi efetuado na nuca do copiloto, Salvador Evangelista, que morreu. Sozinho com o piloto, Fernando Murilo de Lima e Silva, seguiu com a exigência. O plano era arremessar o avião contra o Palácio do Planalto.

>> Estadão - 30/9/1988 Foto: Acervo/ Estadão

Após sobrevoar Brasília, o piloto convenceu Raimundo Nonato que a falta de combustível tornava necessário o pouso em Goiânia. Depois da aterrizagem, foram iniciadas negociações tensas com as autoridades. O sequestrador pediu um avião para fuga. Ao deixar o Boeing em direção ao Bandeirante, no qual pretendia escapar, foi baleado por policiais federais. Foram oito horas de terror, até o final do sequestro.

O dramático sequestro foi manchete do Estadão de 30 de setembro daquele ano. “Medo e morte no Boeing da Vasp”, dizia a capa do jornal. A cobertura contava como a ação criminosa havia se desenvolvido, a reação da polícia, acompanhava as medidas de emergência adotadas e a condução das investigações na busca por respostas.

>> Estadão - 30/9/1988 Foto: Acervo/ Estadão

O herói. Condecorado com a Ordem do Mérito Aeronáutico, por sua conduta durante o sequestro, o comandante Fernando Murilo de Lima e Silva, agiu para proteger a vida dos 104 passageiros e tripulantes a bordo e também para poupar vidas em terra.Conduziu a aeronave para um local com baixa visibilidade na região de Brasília, o que dissuadiu o sequestrador de seu plano inicial de jogar o avião contra o Planalto. Tentou uma manobra de tonneau, simulou a perda de um motor e mergulhou o avião dando uma virada de 360 graus, para tentar desarmar o criminoso e por fim realizou o pouso em Goiânia com pouco combustível na aeronave.

Na época, a revista de passageiros não era obrigatória, nem municiada de aparelhos de raio-x e detectores de metal. Em suas declarações à imprensa, após o sequestro, o piloto pressionou autoridades para melhorar as condições de segurança nos voos. O sequestro mobilizou ações nesse sentido.

>> Estadão - 01/10/1988 Foto: Acervo/ Estadão

O sequestrador. Desempregado,com 28 anos de idade, o maranhense Raimundo Nonato Alves da Conceição, havia trabalhado para a empreiteira Mendes Júnior no Iraque, durante a guerra do país contra o Irã. Um possível trauma desses anos de conflito, agravado pela distância da família, e a recente dificuldade em encontrar trabalho no Brasil em crise, essas eram as hipóteses aventadas por seu irmão e exploradas pela polícia para compreender a motivação do crime.

Raimundo Nonato foi levado ao Hospital Santa Genoveva, em Goiânia, depois de ter sido baleado e rendido pelos policiais. Foi considerado fora de perigo de vida, mas, cinco dias após sua internação, faleceu de insuficiência renal, pulmão de choque e parada cardíaca. Sua morte levantou suspeitas de envenenamento, exames toxicológicos foram realizados, sem apontar para essa causa.

Em depoimentos colhidos pela polícia no hospital, disse que estava vendo muita pobreza no Brasil e se revoltou com a situação - na época, sob a Presidência de José Sarney, o País era castigado pela alta da inflação e do desemprego. As autoridades e uma junta médica dedicavam-se a traçar um perfil mais detalhado da personalidade e quadro psiquiátrico do sequestrador, quando o quadro de saúde se deteriorou, levando à sua morte. As investigações foram concluídas, com questões sobre a motivação deixadas em aberto.

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