Quino achou que Mafalda ficou obsoleta, mas o público não


Com sua língua afiada, visão crítica e ternura a personagem caiu no gosto dos leitores

Por Edmundo Leite e Liz Batista
Atualização:
Saudações de Mafalda aos leitores do Estadão, 1981. Foto: Quino/Reprodução

O cartunista argentino Joaquín Salvador Lavado Tejón, conhecido como Quino [1932-2020], será lembrado por sua vasta e crítica obra. Mas entre tantos personagens criados a menininha Mafalda, uma livre pensadora de mente afiada, pensamento crítico e enternecedora inocência, será lembrada como sua criação de maior sucesso. Apesar de tê-la abandonado em 1983, por considerá-la “obsoleta”, ela segue sendo sua personagem mais querida entre os leitores.

Suas tirinhas foram traduzidas para mais de 25 línguas, e a personagem tornou-se famosa e até mesmo temida. Quando perguntado sobre o que achava da menina prodígio, o escritor argentino Julio Cortázar disse “não importa o que eu penso de Mafalda. Me incomoda o que ela pensa de mim.” Até hoje a sagacidade e simplicidade da menina nascida da mente de Quino intriga intelectuais e encanta o público.

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Como vários autores de criações marcantes, o desenhista em algum ponto considerou que sua personagem não fazia mais sentido, e acreditou que bastava isso para partir para novas criações. E como sempre acontece, para desespero dos artistas, não era isso que os fãs pensavam. Em entrevista ao Estadão em 1999, Quino discutiu os rumos e o que considerou o esgotamento das tirinhas de Mafalda.  Contou, também, como buscava em novas criações apresentar suas críticas à sociedade moderna.

O cartunista Quino em 1974 Foto: Acervo/Estadão
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>> Estadão - 17/7/1991

Estadão - 17/7/1991 Foto: Acervo/Estadão

Curiosa e questionadora, humanitária e idealista, Mafalda testa a lógica e as ideologias do mundo adulto. Do alto da simplicidade dos seus 6 anos de idade, desconstrói as argumentações mais elaboradas e coloca em cheque as mais tradicionais teorias políticas.>> Estadão - 03/10/1994

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Estadão - 03/10/1994 Foto: Acervo/Estadão

Estadão - 03/10/1994 Foto: Acervo/Estadão
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>> Estadão- 13/2/1975

Estadão- 13/02/1975 Foto: Quino/Reprodução

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>> Estadão - 26/8/1981

Estadão - 26/8/1981 Foto: Acervo/Estadão
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Animação de Mafalda no site oficial de Quino >> Estadão - 25/12/1999

Estadão - 25/12/1999 Foto: Acervo/Estadão

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Saudações de Mafalda aos leitores do Estadão, 1981. Foto: Quino/Reprodução

O cartunista argentino Joaquín Salvador Lavado Tejón, conhecido como Quino [1932-2020], será lembrado por sua vasta e crítica obra. Mas entre tantos personagens criados a menininha Mafalda, uma livre pensadora de mente afiada, pensamento crítico e enternecedora inocência, será lembrada como sua criação de maior sucesso. Apesar de tê-la abandonado em 1983, por considerá-la “obsoleta”, ela segue sendo sua personagem mais querida entre os leitores.

Suas tirinhas foram traduzidas para mais de 25 línguas, e a personagem tornou-se famosa e até mesmo temida. Quando perguntado sobre o que achava da menina prodígio, o escritor argentino Julio Cortázar disse “não importa o que eu penso de Mafalda. Me incomoda o que ela pensa de mim.” Até hoje a sagacidade e simplicidade da menina nascida da mente de Quino intriga intelectuais e encanta o público.

Como vários autores de criações marcantes, o desenhista em algum ponto considerou que sua personagem não fazia mais sentido, e acreditou que bastava isso para partir para novas criações. E como sempre acontece, para desespero dos artistas, não era isso que os fãs pensavam. Em entrevista ao Estadão em 1999, Quino discutiu os rumos e o que considerou o esgotamento das tirinhas de Mafalda.  Contou, também, como buscava em novas criações apresentar suas críticas à sociedade moderna.

O cartunista Quino em 1974 Foto: Acervo/Estadão

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Estadão - 17/7/1991 Foto: Acervo/Estadão

Curiosa e questionadora, humanitária e idealista, Mafalda testa a lógica e as ideologias do mundo adulto. Do alto da simplicidade dos seus 6 anos de idade, desconstrói as argumentações mais elaboradas e coloca em cheque as mais tradicionais teorias políticas.>> Estadão - 03/10/1994

Estadão - 03/10/1994 Foto: Acervo/Estadão

Estadão - 03/10/1994 Foto: Acervo/Estadão

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Estadão- 13/02/1975 Foto: Quino/Reprodução

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Estadão - 26/8/1981 Foto: Acervo/Estadão

Animação de Mafalda no site oficial de Quino >> Estadão - 25/12/1999

Estadão - 25/12/1999 Foto: Acervo/Estadão

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Saudações de Mafalda aos leitores do Estadão, 1981. Foto: Quino/Reprodução

O cartunista argentino Joaquín Salvador Lavado Tejón, conhecido como Quino [1932-2020], será lembrado por sua vasta e crítica obra. Mas entre tantos personagens criados a menininha Mafalda, uma livre pensadora de mente afiada, pensamento crítico e enternecedora inocência, será lembrada como sua criação de maior sucesso. Apesar de tê-la abandonado em 1983, por considerá-la “obsoleta”, ela segue sendo sua personagem mais querida entre os leitores.

Suas tirinhas foram traduzidas para mais de 25 línguas, e a personagem tornou-se famosa e até mesmo temida. Quando perguntado sobre o que achava da menina prodígio, o escritor argentino Julio Cortázar disse “não importa o que eu penso de Mafalda. Me incomoda o que ela pensa de mim.” Até hoje a sagacidade e simplicidade da menina nascida da mente de Quino intriga intelectuais e encanta o público.

Como vários autores de criações marcantes, o desenhista em algum ponto considerou que sua personagem não fazia mais sentido, e acreditou que bastava isso para partir para novas criações. E como sempre acontece, para desespero dos artistas, não era isso que os fãs pensavam. Em entrevista ao Estadão em 1999, Quino discutiu os rumos e o que considerou o esgotamento das tirinhas de Mafalda.  Contou, também, como buscava em novas criações apresentar suas críticas à sociedade moderna.

O cartunista Quino em 1974 Foto: Acervo/Estadão

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Curiosa e questionadora, humanitária e idealista, Mafalda testa a lógica e as ideologias do mundo adulto. Do alto da simplicidade dos seus 6 anos de idade, desconstrói as argumentações mais elaboradas e coloca em cheque as mais tradicionais teorias políticas.>> Estadão - 03/10/1994

Estadão - 03/10/1994 Foto: Acervo/Estadão

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Estadão- 13/02/1975 Foto: Quino/Reprodução

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