Maior especialista em assuntos de Defesa, armamentos militares e segurança na imprensa brasileira, Roberto Godoy [18/1/1949 - 29/3/2024] comumente era requisitado por emissoras de tevê para falar sobre esses e outros assuntos quando um conflito bélico explodia em algum lugar do mundo. Nesses dias, os seus colegas e amigos de Estadão já intuiam, ao se deparar com uma daquelas vans de equipes de TV no estacionamento, que Roberto Godoy deveria estar iluminado por refletores, na frente de algum cinegrafista, de um repórter e de um técnico em alguma mesa na redação do jornal.
Mas não era só na frente das câmeras que Roberto Godoy brilhava. Em outro ponto no sexto andar da sede do jornal, o repórter sentava à uma mesinha perto das máquinas de café e do carrinho da lanchonete na área de descanso da redação e proseava com quase todos que por ali passavam.
Da moça que trocava as cargas de café aos contínuos, das secretárias, diagramadores, repórteres, fotógrafos, editores, diretores ao pessoal da limpeza e até mesmo a desconhecidos eventuais, Roberto Godoy a todos mostrava com suas palavras e atenção que, mais que um especialista em assuntos bélicos, era um especialista em vida.
Bom de conversa, escutava, dava dicas, soprava informações essenciais aos colegas, contava histórias prazerosas e divertidas. Os intervalos da tarde para cafés e lanche na redação do Estadão não serão os mesmos com a partida de Roberto Godoy.
Leia algumas das reportagens produzidas pelo jornalista ao longo de mais 50 anos de carreira, entre elas as duas com que ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo, em 1971 e em 1984, por anos a maior premiação da imprensa brasileira.
Estadão - 9 de dezembro de 1983
Estadão - 9 de dezembro de 1983
Premiado
Estadão - 26 de novembro de 1971
Prêmio Esso de Jornalismo
Estadão - 22 de novembro de 1972
Estadão - 20 de novembro de 1981
Estadão - 11 de janeiro de 1975
Estadão - 20 de dezembro de 1981
Estadão - 3 de outubro de 1990
Estadão - 2 de setembro de 2001
Retrato
ACERVO ESTADÃO