São Paulo faz mais um aniversário e, como sempre, olha para trás e para frente ao rever e projetar sua trajetória desde aquele longínquo 25 de janeiro de 1554. Muitas vezes custa distinguir o que é passado, presente ou futuro, como na crônica ‘A cidade do barulho’, de Affonso Schmidt, publicada no Suplemento em Rotogravura do Estadão em janeiro de 1931:
"Em São Paulo não se dorme nem se repousa. Nossos nervos são mantidos dia e noite numa dolorosa excitação. No estado de vigília, cada hora que passa é um prego que nos espetam no cranco. Quer uma prova? Suspenda a leitura deste palmp de prosa e apure o ouvido. Lá fóra, está travado o irritante diálogo dos automoveis. Há horas em que as machinas discutem como regateiras num pateo de mercado... (...) ...Deve-se acrescenter a estes ruídos urbanos o pregão dos jornaes, o russo de prestação, o comprador de roupa velha, a matraca dos mascates, o grito lamentoso dos vendedores ambulantes..."
Leia a íntegra da crônica e reveja outras imagens de São Paulo em capas do Suplemento em Rotogravura, uma revista publicadade 1928 a 1944 pelo jornal com uma técnica de impressão mais sofisticada.
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