Sociedade de Cultura Artística completa 100 anos


Sociedade surgiu contra ‘estagnação da arte’ de São Paulo

Por Carlos Eduardo Entini
Atualização:

A ideia de criar uma sociedade para divulgar a literatura e arte de brasileiros foi lançada pelo jornalista Arnaldo Simões Pinto em conversa na casa do poeta santista Vicente de Carvalho.  A notícia da criação da Sociedade de Cultura Artística foi publicada no Estado em 15 de fevereiro de 1912.  Uma das missões da nova instituição cultural paulistana era tirar o descompasso entre o progresso material em que vivia a cidade de São Paulo e a cultura, estagnada. 

Em 1915, Nestor Pestana, um dos fundadores, afirmou que ela nasceu do “rebaixamento moral da nossa intelectualidade nas gerações novas, para dar-lhe um ideal nobre de vida, tirando-a da materialidade grosseira em que se afundou”. O modelo de propagação da cultura seriam as conferências, porque “hoje gosta-se cada vez mais de ouvir do que ler”, relatava o jornal.  E, para “facilitar o sucesso”, elas seriam acompanhadas de concertos. Para participar dos concertos, conferências sobre arte e literatura brasileira, o associado pagava a mensalidade de 3 mil réis, o equivalente a 30 exemplares do Estado de hoje, ou R$ 90.  

Primeira noite

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A estreia da Cultura Artística não decepcionou aqueles que esperavam a valorização da cultura brasileira.  Depois do discurso de inauguração feito por um dos diretores da sociedade, Raimundo Correa, apresentou-se o folclorista Amadeu Amaral, autor de Dialeto Caipira (1920).  A primeira conferência foi sobre o poeta parnasiano Raimundo Correa (1859-1911) (leia a íntegra do discurso aqui).  Em seguida, foi recitado o poema Os Ciganos, do mesmo autor.

 

Obedecendo o modelo proposto, a primeira noite do Cultura Artística seguiu com apresentação das alunas do Conservatório Dramático e Musical, onde foi realizado o evento, sob regência do maestro João Gomes de Araújo. No piano, revezaram-se Nair Medeiros, Esther Pacheco e Maria Eugenia Cunto. Os aplausos recebidos “tinham o calor de uma convicção mais do que simples palmas de cortesia”, relatou o jornal.  A parte musical e a festa terminaram com o coral cantando Buona Notte.

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Primeira sede

Originalmente, a sede da sociedade seria inaugurada em 7 de setembro de 1922 no terreno comprado na rua Florisbella.  Mas, por dificuldades financeiras, só foi inaugurada na década de 1950, no mesmo local, atual rua Nestor Pestana.  Após o incêndio de 2008 que destruiu totalmente as instalações do teatro, menos a fachada com obra de Di Cavalcanti, cogitou-se mudança de endereço.  Mas ele está sendo reconstruído no mesmo local.

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A ideia de criar uma sociedade para divulgar a literatura e arte de brasileiros foi lançada pelo jornalista Arnaldo Simões Pinto em conversa na casa do poeta santista Vicente de Carvalho.  A notícia da criação da Sociedade de Cultura Artística foi publicada no Estado em 15 de fevereiro de 1912.  Uma das missões da nova instituição cultural paulistana era tirar o descompasso entre o progresso material em que vivia a cidade de São Paulo e a cultura, estagnada. 

Em 1915, Nestor Pestana, um dos fundadores, afirmou que ela nasceu do “rebaixamento moral da nossa intelectualidade nas gerações novas, para dar-lhe um ideal nobre de vida, tirando-a da materialidade grosseira em que se afundou”. O modelo de propagação da cultura seriam as conferências, porque “hoje gosta-se cada vez mais de ouvir do que ler”, relatava o jornal.  E, para “facilitar o sucesso”, elas seriam acompanhadas de concertos. Para participar dos concertos, conferências sobre arte e literatura brasileira, o associado pagava a mensalidade de 3 mil réis, o equivalente a 30 exemplares do Estado de hoje, ou R$ 90.  

Primeira noite

A estreia da Cultura Artística não decepcionou aqueles que esperavam a valorização da cultura brasileira.  Depois do discurso de inauguração feito por um dos diretores da sociedade, Raimundo Correa, apresentou-se o folclorista Amadeu Amaral, autor de Dialeto Caipira (1920).  A primeira conferência foi sobre o poeta parnasiano Raimundo Correa (1859-1911) (leia a íntegra do discurso aqui).  Em seguida, foi recitado o poema Os Ciganos, do mesmo autor.

 

Obedecendo o modelo proposto, a primeira noite do Cultura Artística seguiu com apresentação das alunas do Conservatório Dramático e Musical, onde foi realizado o evento, sob regência do maestro João Gomes de Araújo. No piano, revezaram-se Nair Medeiros, Esther Pacheco e Maria Eugenia Cunto. Os aplausos recebidos “tinham o calor de uma convicção mais do que simples palmas de cortesia”, relatou o jornal.  A parte musical e a festa terminaram com o coral cantando Buona Notte.

 

Primeira sede

Originalmente, a sede da sociedade seria inaugurada em 7 de setembro de 1922 no terreno comprado na rua Florisbella.  Mas, por dificuldades financeiras, só foi inaugurada na década de 1950, no mesmo local, atual rua Nestor Pestana.  Após o incêndio de 2008 que destruiu totalmente as instalações do teatro, menos a fachada com obra de Di Cavalcanti, cogitou-se mudança de endereço.  Mas ele está sendo reconstruído no mesmo local.

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A ideia de criar uma sociedade para divulgar a literatura e arte de brasileiros foi lançada pelo jornalista Arnaldo Simões Pinto em conversa na casa do poeta santista Vicente de Carvalho.  A notícia da criação da Sociedade de Cultura Artística foi publicada no Estado em 15 de fevereiro de 1912.  Uma das missões da nova instituição cultural paulistana era tirar o descompasso entre o progresso material em que vivia a cidade de São Paulo e a cultura, estagnada. 

Em 1915, Nestor Pestana, um dos fundadores, afirmou que ela nasceu do “rebaixamento moral da nossa intelectualidade nas gerações novas, para dar-lhe um ideal nobre de vida, tirando-a da materialidade grosseira em que se afundou”. O modelo de propagação da cultura seriam as conferências, porque “hoje gosta-se cada vez mais de ouvir do que ler”, relatava o jornal.  E, para “facilitar o sucesso”, elas seriam acompanhadas de concertos. Para participar dos concertos, conferências sobre arte e literatura brasileira, o associado pagava a mensalidade de 3 mil réis, o equivalente a 30 exemplares do Estado de hoje, ou R$ 90.  

Primeira noite

A estreia da Cultura Artística não decepcionou aqueles que esperavam a valorização da cultura brasileira.  Depois do discurso de inauguração feito por um dos diretores da sociedade, Raimundo Correa, apresentou-se o folclorista Amadeu Amaral, autor de Dialeto Caipira (1920).  A primeira conferência foi sobre o poeta parnasiano Raimundo Correa (1859-1911) (leia a íntegra do discurso aqui).  Em seguida, foi recitado o poema Os Ciganos, do mesmo autor.

 

Obedecendo o modelo proposto, a primeira noite do Cultura Artística seguiu com apresentação das alunas do Conservatório Dramático e Musical, onde foi realizado o evento, sob regência do maestro João Gomes de Araújo. No piano, revezaram-se Nair Medeiros, Esther Pacheco e Maria Eugenia Cunto. Os aplausos recebidos “tinham o calor de uma convicção mais do que simples palmas de cortesia”, relatou o jornal.  A parte musical e a festa terminaram com o coral cantando Buona Notte.

 

Primeira sede

Originalmente, a sede da sociedade seria inaugurada em 7 de setembro de 1922 no terreno comprado na rua Florisbella.  Mas, por dificuldades financeiras, só foi inaugurada na década de 1950, no mesmo local, atual rua Nestor Pestana.  Após o incêndio de 2008 que destruiu totalmente as instalações do teatro, menos a fachada com obra de Di Cavalcanti, cogitou-se mudança de endereço.  Mas ele está sendo reconstruído no mesmo local.

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A ideia de criar uma sociedade para divulgar a literatura e arte de brasileiros foi lançada pelo jornalista Arnaldo Simões Pinto em conversa na casa do poeta santista Vicente de Carvalho.  A notícia da criação da Sociedade de Cultura Artística foi publicada no Estado em 15 de fevereiro de 1912.  Uma das missões da nova instituição cultural paulistana era tirar o descompasso entre o progresso material em que vivia a cidade de São Paulo e a cultura, estagnada. 

Em 1915, Nestor Pestana, um dos fundadores, afirmou que ela nasceu do “rebaixamento moral da nossa intelectualidade nas gerações novas, para dar-lhe um ideal nobre de vida, tirando-a da materialidade grosseira em que se afundou”. O modelo de propagação da cultura seriam as conferências, porque “hoje gosta-se cada vez mais de ouvir do que ler”, relatava o jornal.  E, para “facilitar o sucesso”, elas seriam acompanhadas de concertos. Para participar dos concertos, conferências sobre arte e literatura brasileira, o associado pagava a mensalidade de 3 mil réis, o equivalente a 30 exemplares do Estado de hoje, ou R$ 90.  

Primeira noite

A estreia da Cultura Artística não decepcionou aqueles que esperavam a valorização da cultura brasileira.  Depois do discurso de inauguração feito por um dos diretores da sociedade, Raimundo Correa, apresentou-se o folclorista Amadeu Amaral, autor de Dialeto Caipira (1920).  A primeira conferência foi sobre o poeta parnasiano Raimundo Correa (1859-1911) (leia a íntegra do discurso aqui).  Em seguida, foi recitado o poema Os Ciganos, do mesmo autor.

 

Obedecendo o modelo proposto, a primeira noite do Cultura Artística seguiu com apresentação das alunas do Conservatório Dramático e Musical, onde foi realizado o evento, sob regência do maestro João Gomes de Araújo. No piano, revezaram-se Nair Medeiros, Esther Pacheco e Maria Eugenia Cunto. Os aplausos recebidos “tinham o calor de uma convicção mais do que simples palmas de cortesia”, relatou o jornal.  A parte musical e a festa terminaram com o coral cantando Buona Notte.

 

Primeira sede

Originalmente, a sede da sociedade seria inaugurada em 7 de setembro de 1922 no terreno comprado na rua Florisbella.  Mas, por dificuldades financeiras, só foi inaugurada na década de 1950, no mesmo local, atual rua Nestor Pestana.  Após o incêndio de 2008 que destruiu totalmente as instalações do teatro, menos a fachada com obra de Di Cavalcanti, cogitou-se mudança de endereço.  Mas ele está sendo reconstruído no mesmo local.

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