Tiros e morte no Senado


Senador Arnon de Mello disparou contra desafeto político dentro do plenário e acabou matando outro senador

Por Carlos Eduardo Entini
Atualização:

Em 4 de dezembro de 1963, o Senado foi palco de um acerto de contas. A rixa entre os senadores alagoanos Silvestre Pericles e Arnon de Mello, acabou em tiros e morte. “Há anos que o sr. Silvestre Péricles me insulta e ameaça”, justificou em sua defesa o senador Arnon de Mello o autor de três disparos contra Pericles, que chegou a sacar sua arma, mas não disparou.

 

Os disparos de Mello não atingiram o alvo, mas um tiro atingiu o suplente de senador José Kairala. O político acreano estava no seu último dia de suplência, após seis meses no cargo. Morreu horas depois no hospital. Arnon de Mello, pai do ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello, não foi punido porque dispunha de imunidade parlamentar.

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Estadão - 6 de dezembro de 1963

 

Tiroteio no Senado

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Tiroteio no Senado

Foto: Efraim Frajmund/Estadão
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Foto: Efraim Frajmundo/Estadão
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Tiroteio no Senado

Foto: Efraim Frajmund/Estadão
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Tiroteio no Senado

Foto: Efraim Frajmund/Estadão
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Prêmio. O fotógrafo Efraim Frajmund conseguiu registrar toda a sequência do conflito, que começou com o discuros de Arnon de Mello na tribuna, de onde se defendeu das agressões do adversário, até a saída do plenário do senador Kairala. A foto do tiroteio recebeu o Prêmo Esso em 1964.

Estadão - 5 de dezembro de 1963

 
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A prisão em flagrante de Arnon de Mello foi decretada pelo presidente do Senado Auro de Moura Andrade. Silvestre Péricles foi enviado para o quartel da Aeronáutica em Brasília, onde ficou pouco mais de um mês. Em janeiro de 1964, ele foi para o Hospital do Exército no Rio de Janeiro, onde passou por algumas cirurgias. Em 16 de abril daquele ano foi inocentando e solto. De licença médica voltou ao Senado em 7 de junho.

A prisão de Arnon de Mello foi mais longa, quase sete meses. Logo após o crime ele foi levado ao quartel do Exército e depois transferido para a Base Aérea de Brasília, onde ficou até ser inocentado pelo assassinato de Kairala, em 30 de julho de 1964. O Senado abriu processo para cassação dos senadores, mas ela foi rejeitada. Arnon de Mello retornou ao Senado no dia seguinte à sua absolvição.

O Estado de S. Paulo - 5/12/1963

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Estadão - 1 de julho de 1964

 
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Em 4 de dezembro de 1963, o Senado foi palco de um acerto de contas. A rixa entre os senadores alagoanos Silvestre Pericles e Arnon de Mello, acabou em tiros e morte. “Há anos que o sr. Silvestre Péricles me insulta e ameaça”, justificou em sua defesa o senador Arnon de Mello o autor de três disparos contra Pericles, que chegou a sacar sua arma, mas não disparou.

 

Os disparos de Mello não atingiram o alvo, mas um tiro atingiu o suplente de senador José Kairala. O político acreano estava no seu último dia de suplência, após seis meses no cargo. Morreu horas depois no hospital. Arnon de Mello, pai do ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello, não foi punido porque dispunha de imunidade parlamentar.

Estadão - 6 de dezembro de 1963

 

Tiroteio no Senado

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Tiroteio no Senado

Foto: Efraim Frajmund/Estadão
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Tiroteio no Senado

Foto: Efraim Frajmund/Estadão
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Tiroteio no Senado

Foto: Efraim Frajmund/Estadão

Prêmio. O fotógrafo Efraim Frajmund conseguiu registrar toda a sequência do conflito, que começou com o discuros de Arnon de Mello na tribuna, de onde se defendeu das agressões do adversário, até a saída do plenário do senador Kairala. A foto do tiroteio recebeu o Prêmo Esso em 1964.

Estadão - 5 de dezembro de 1963

 

A prisão em flagrante de Arnon de Mello foi decretada pelo presidente do Senado Auro de Moura Andrade. Silvestre Péricles foi enviado para o quartel da Aeronáutica em Brasília, onde ficou pouco mais de um mês. Em janeiro de 1964, ele foi para o Hospital do Exército no Rio de Janeiro, onde passou por algumas cirurgias. Em 16 de abril daquele ano foi inocentando e solto. De licença médica voltou ao Senado em 7 de junho.

A prisão de Arnon de Mello foi mais longa, quase sete meses. Logo após o crime ele foi levado ao quartel do Exército e depois transferido para a Base Aérea de Brasília, onde ficou até ser inocentado pelo assassinato de Kairala, em 30 de julho de 1964. O Senado abriu processo para cassação dos senadores, mas ela foi rejeitada. Arnon de Mello retornou ao Senado no dia seguinte à sua absolvição.

O Estado de S. Paulo - 5/12/1963

 

Estadão - 1 de julho de 1964

 

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Em 4 de dezembro de 1963, o Senado foi palco de um acerto de contas. A rixa entre os senadores alagoanos Silvestre Pericles e Arnon de Mello, acabou em tiros e morte. “Há anos que o sr. Silvestre Péricles me insulta e ameaça”, justificou em sua defesa o senador Arnon de Mello o autor de três disparos contra Pericles, que chegou a sacar sua arma, mas não disparou.

 

Os disparos de Mello não atingiram o alvo, mas um tiro atingiu o suplente de senador José Kairala. O político acreano estava no seu último dia de suplência, após seis meses no cargo. Morreu horas depois no hospital. Arnon de Mello, pai do ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello, não foi punido porque dispunha de imunidade parlamentar.

Estadão - 6 de dezembro de 1963

 

Tiroteio no Senado

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Tiroteio no Senado

Foto: Efraim Frajmund/Estadão
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Prêmio. O fotógrafo Efraim Frajmund conseguiu registrar toda a sequência do conflito, que começou com o discuros de Arnon de Mello na tribuna, de onde se defendeu das agressões do adversário, até a saída do plenário do senador Kairala. A foto do tiroteio recebeu o Prêmo Esso em 1964.

Estadão - 5 de dezembro de 1963

 

A prisão em flagrante de Arnon de Mello foi decretada pelo presidente do Senado Auro de Moura Andrade. Silvestre Péricles foi enviado para o quartel da Aeronáutica em Brasília, onde ficou pouco mais de um mês. Em janeiro de 1964, ele foi para o Hospital do Exército no Rio de Janeiro, onde passou por algumas cirurgias. Em 16 de abril daquele ano foi inocentando e solto. De licença médica voltou ao Senado em 7 de junho.

A prisão de Arnon de Mello foi mais longa, quase sete meses. Logo após o crime ele foi levado ao quartel do Exército e depois transferido para a Base Aérea de Brasília, onde ficou até ser inocentado pelo assassinato de Kairala, em 30 de julho de 1964. O Senado abriu processo para cassação dos senadores, mas ela foi rejeitada. Arnon de Mello retornou ao Senado no dia seguinte à sua absolvição.

O Estado de S. Paulo - 5/12/1963

 

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Os disparos de Mello não atingiram o alvo, mas um tiro atingiu o suplente de senador José Kairala. O político acreano estava no seu último dia de suplência, após seis meses no cargo. Morreu horas depois no hospital. Arnon de Mello, pai do ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello, não foi punido porque dispunha de imunidade parlamentar.

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Prêmio. O fotógrafo Efraim Frajmund conseguiu registrar toda a sequência do conflito, que começou com o discuros de Arnon de Mello na tribuna, de onde se defendeu das agressões do adversário, até a saída do plenário do senador Kairala. A foto do tiroteio recebeu o Prêmo Esso em 1964.

Estadão - 5 de dezembro de 1963

 

A prisão em flagrante de Arnon de Mello foi decretada pelo presidente do Senado Auro de Moura Andrade. Silvestre Péricles foi enviado para o quartel da Aeronáutica em Brasília, onde ficou pouco mais de um mês. Em janeiro de 1964, ele foi para o Hospital do Exército no Rio de Janeiro, onde passou por algumas cirurgias. Em 16 de abril daquele ano foi inocentando e solto. De licença médica voltou ao Senado em 7 de junho.

A prisão de Arnon de Mello foi mais longa, quase sete meses. Logo após o crime ele foi levado ao quartel do Exército e depois transferido para a Base Aérea de Brasília, onde ficou até ser inocentado pelo assassinato de Kairala, em 30 de julho de 1964. O Senado abriu processo para cassação dos senadores, mas ela foi rejeitada. Arnon de Mello retornou ao Senado no dia seguinte à sua absolvição.

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