URV: as três letras que antecederam o real, controlaram a inflação e mudaram a economia brasileira


Estadão publicou um Guia Especial explicando como funcionava o novo indexador do Plano Real

Por Liz Batista
Atualização:
O ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso segura a cartilha da URV (Unidade Real de Valor) enquanto concede entrevista na porta do Ministério, em Brasília, DF. 01/3/1994. Foto:Wilson Pedrosa/Estadão Foto: Wilson Pedrosa/Estadão

“País recebe em calma novo indexador”. Assim a manchete do Estadão de 1 de março de 1994 anunciava a introdução da URV no mercado. Era o segundo estágio do programa de estabilização econômica conhecido como Plano Real, e foi colocado em prática através da medida provisória 434, de 27 de fevereiro.

Sem existir em uma cédula física, a URV (Unidade Real de Valor) era uma moeda escritural ancorada no câmbio através da paridade com o dólar, que serviu como indexador base para a conversão de valores em um novo padrão monetário. A URV deu início à uma nova realidade econômica no País, após décadas de inflação descontrolada.

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>> Estadão - 1/3/1994

O Estado de S.Paulo - 01/3/1994 Foto: Acervo/Estadão

Com uma vasta vivência de planos econômicos malsucedidos - que incluíram confiscos, congelamento de preços e de salários - os brasileiros aguardavam o novo plano com um misto de esperança e resignação.

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Sua metodologia trouxe uma série de inovações, entre elas a introdução da URV que funcionou como um anteparo para conter o efeito corrosivo da inflação sobre a moeda antes da introdução do Real, enquanto a equipe econômica do governo Itamar Franco buscava estabilizar os preços e lidar com a dívida externa e com o rombo nas contas públicas.

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O Estado de S.Paulo - 01/3/1994 Foto: Acervo/Estadão
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O Brasil da URV

Naquele 1º de março, salários, aposentadorias e pensões foram convertidos logo no lançamento da URV. Contas bancárias, contratos, preços e aplicações financeiras puderam ser convertidos voluntariamente até 30 de junho. Na data o Estadão publicou um Guia Especial para explicar o funcionamento do novo indexador.

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A rotina dos dias seguintes se estabeleceu da seguinte forma: o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, cuidava de comunicar a estratégia das novas medidas econômicas e tranquilizar a população, enquanto esta guiava-se pelas tabelas publicadas nos jornais com o valor do indexador diário, informação indispensável à economia do dia a dia.

Em 1º de julho de 1994 o Plano Real entrou na sua fase seguinte e a URV foi substituída pela nova moeda, o Real. Na edição daquele dia o Estadão publicou os o valor da última conversão através da URV: CR$ 2.750 = R$ 1,00.

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ACERVO ESTADÃO

O ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso segura a cartilha da URV (Unidade Real de Valor) enquanto concede entrevista na porta do Ministério, em Brasília, DF. 01/3/1994. Foto:Wilson Pedrosa/Estadão Foto: Wilson Pedrosa/Estadão

“País recebe em calma novo indexador”. Assim a manchete do Estadão de 1 de março de 1994 anunciava a introdução da URV no mercado. Era o segundo estágio do programa de estabilização econômica conhecido como Plano Real, e foi colocado em prática através da medida provisória 434, de 27 de fevereiro.

Sem existir em uma cédula física, a URV (Unidade Real de Valor) era uma moeda escritural ancorada no câmbio através da paridade com o dólar, que serviu como indexador base para a conversão de valores em um novo padrão monetário. A URV deu início à uma nova realidade econômica no País, após décadas de inflação descontrolada.

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Com uma vasta vivência de planos econômicos malsucedidos - que incluíram confiscos, congelamento de preços e de salários - os brasileiros aguardavam o novo plano com um misto de esperança e resignação.

Sua metodologia trouxe uma série de inovações, entre elas a introdução da URV que funcionou como um anteparo para conter o efeito corrosivo da inflação sobre a moeda antes da introdução do Real, enquanto a equipe econômica do governo Itamar Franco buscava estabilizar os preços e lidar com a dívida externa e com o rombo nas contas públicas.

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O Brasil da URV

Naquele 1º de março, salários, aposentadorias e pensões foram convertidos logo no lançamento da URV. Contas bancárias, contratos, preços e aplicações financeiras puderam ser convertidos voluntariamente até 30 de junho. Na data o Estadão publicou um Guia Especial para explicar o funcionamento do novo indexador.

A rotina dos dias seguintes se estabeleceu da seguinte forma: o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, cuidava de comunicar a estratégia das novas medidas econômicas e tranquilizar a população, enquanto esta guiava-se pelas tabelas publicadas nos jornais com o valor do indexador diário, informação indispensável à economia do dia a dia.

Em 1º de julho de 1994 o Plano Real entrou na sua fase seguinte e a URV foi substituída pela nova moeda, o Real. Na edição daquele dia o Estadão publicou os o valor da última conversão através da URV: CR$ 2.750 = R$ 1,00.

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“País recebe em calma novo indexador”. Assim a manchete do Estadão de 1 de março de 1994 anunciava a introdução da URV no mercado. Era o segundo estágio do programa de estabilização econômica conhecido como Plano Real, e foi colocado em prática através da medida provisória 434, de 27 de fevereiro.

Sem existir em uma cédula física, a URV (Unidade Real de Valor) era uma moeda escritural ancorada no câmbio através da paridade com o dólar, que serviu como indexador base para a conversão de valores em um novo padrão monetário. A URV deu início à uma nova realidade econômica no País, após décadas de inflação descontrolada.

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Com uma vasta vivência de planos econômicos malsucedidos - que incluíram confiscos, congelamento de preços e de salários - os brasileiros aguardavam o novo plano com um misto de esperança e resignação.

Sua metodologia trouxe uma série de inovações, entre elas a introdução da URV que funcionou como um anteparo para conter o efeito corrosivo da inflação sobre a moeda antes da introdução do Real, enquanto a equipe econômica do governo Itamar Franco buscava estabilizar os preços e lidar com a dívida externa e com o rombo nas contas públicas.

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Naquele 1º de março, salários, aposentadorias e pensões foram convertidos logo no lançamento da URV. Contas bancárias, contratos, preços e aplicações financeiras puderam ser convertidos voluntariamente até 30 de junho. Na data o Estadão publicou um Guia Especial para explicar o funcionamento do novo indexador.

A rotina dos dias seguintes se estabeleceu da seguinte forma: o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, cuidava de comunicar a estratégia das novas medidas econômicas e tranquilizar a população, enquanto esta guiava-se pelas tabelas publicadas nos jornais com o valor do indexador diário, informação indispensável à economia do dia a dia.

Em 1º de julho de 1994 o Plano Real entrou na sua fase seguinte e a URV foi substituída pela nova moeda, o Real. Na edição daquele dia o Estadão publicou os o valor da última conversão através da URV: CR$ 2.750 = R$ 1,00.

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“País recebe em calma novo indexador”. Assim a manchete do Estadão de 1 de março de 1994 anunciava a introdução da URV no mercado. Era o segundo estágio do programa de estabilização econômica conhecido como Plano Real, e foi colocado em prática através da medida provisória 434, de 27 de fevereiro.

Sem existir em uma cédula física, a URV (Unidade Real de Valor) era uma moeda escritural ancorada no câmbio através da paridade com o dólar, que serviu como indexador base para a conversão de valores em um novo padrão monetário. A URV deu início à uma nova realidade econômica no País, após décadas de inflação descontrolada.

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Com uma vasta vivência de planos econômicos malsucedidos - que incluíram confiscos, congelamento de preços e de salários - os brasileiros aguardavam o novo plano com um misto de esperança e resignação.

Sua metodologia trouxe uma série de inovações, entre elas a introdução da URV que funcionou como um anteparo para conter o efeito corrosivo da inflação sobre a moeda antes da introdução do Real, enquanto a equipe econômica do governo Itamar Franco buscava estabilizar os preços e lidar com a dívida externa e com o rombo nas contas públicas.

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Naquele 1º de março, salários, aposentadorias e pensões foram convertidos logo no lançamento da URV. Contas bancárias, contratos, preços e aplicações financeiras puderam ser convertidos voluntariamente até 30 de junho. Na data o Estadão publicou um Guia Especial para explicar o funcionamento do novo indexador.

A rotina dos dias seguintes se estabeleceu da seguinte forma: o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, cuidava de comunicar a estratégia das novas medidas econômicas e tranquilizar a população, enquanto esta guiava-se pelas tabelas publicadas nos jornais com o valor do indexador diário, informação indispensável à economia do dia a dia.

Em 1º de julho de 1994 o Plano Real entrou na sua fase seguinte e a URV foi substituída pela nova moeda, o Real. Na edição daquele dia o Estadão publicou os o valor da última conversão através da URV: CR$ 2.750 = R$ 1,00.

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