20 milhões de pessoas não tiveram acesso adequado a comida em 2023, aponta IBGE


Regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram os maiores índices de insegurança alimentar. Cenário nacional é de melhora no acesso à alimentação, mas ainda abaixo do registrado em 2013

Por Marcio Dolzan
Atualização:

O Brasil teve no ano passado 20,6 milhões de pessoas sem acesso adequado a comida, problema encontrado em quase um de cada dez domicílios do País. Além disso, outros 43,5 milhões de brasileiros demonstraram preocupação quanto a ter acesso suficiente aos alimentos. As regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram os maiores índices de insegurança alimentar no período.

Os números constam em novo recorte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgado nesta quinta-feira, 25, pelo Instituto Nacional de Geografia Estatística (IBGE). Eles são relativos ao quarto trimestre de 2023. Os dados apresentam um cenário de redução da insegurança alimentar em relação a períodos como 2017 e 2018, mas são piores do que em 2013, por exemplo (veja mais sobre a comparação abaixo).

De acordo com o levantamento, no fim do ano passado 11,92 milhões de brasileiros viviam em domicílios com insegurança alimentar moderada, e outros 8,67 milhões em casas cuja insegurança alimentar era considerada grave. A soma totaliza os 20,6 milhões sem acesso adequado a comida.

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O levantamento também mostrou que, no total, 43,56 milhões de brasileiros relataram ter preocupação ou incerteza quanto à capacidade de ter acesso aos alimentos no futuro Foto: Gabriela Biló/Estadão -26/9/2018
  • Segundo a escala brasileira, são considerados em situação de insegurança alimentar moderada os brasileiros que vivem em domicílios em que há redução na quantidade de alimentos entre os adultos, ou piora nos padrões de alimentação.
  • A insegurança alimentar grave, por sua vez, é aquela em que até mesmo as crianças da moradia não são alimentadas corretamente - ou seja, a fome já existe naquela casa.

O IBGE ressalta, contudo, que na PNADC não é possível contabilizar o total de brasileiros passando fome.

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“A pesquisa tem a intenção de classificar o domicílio. Se ele está com insegurança alimentar moderada, você sabe que aquele domicílio já não consegue manter uma variedade e já tem restrição de quantidade de alimentos pelo menos entre os adultos. A quantidade é diminuída na moderada, por exemplo, para que não falte o alimento, coisa que já acontece na grave”, explica André Martins, analista do IBGE.

“Pode haver um domicílio que está classificado em segurança alimentar moderada e grave, mas, por exemplo, vamos supor que esse domicílio tem criança. A criança pode estar sendo protegida da fome, mas o adulto pode estar passando fome. Isso a escala não consegue identificar”, exemplifica o analista.

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O levantamento também mostrou que, no total, 43,56 milhões de brasileiros relataram ter preocupação ou incerteza quanto à capacidade de ter acesso aos alimentos no futuro, o que é considerado insegurança alimentar leve.

  • Considerando todos os níveis, os maiores índices de insegurança alimentar foram registrados nos Estados do Norte, onde 39,7% dos domicílios apresentaram algum grau de insegurança, e Nordeste, cujo índice chegou a 38,8%;
  • As regiões Centro-Oeste (75,7%), Sudeste (77,0%) e Sul (83,4%) apresentaram os maiores percentuais de domícilios em segurança alimentar;
  • No Brasil, em mais da metade (50,9%) dos domicílios com insegurança alimentar moderada ou grave o rendimento por pessoa era inferior a meio salário mínimo.

Apesar de alto, Brasil apresenta queda no índice de insegurança alimentar

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Segundo o IBGE, nos últimos 20 anos o Brasil apresentou melhoras nos índices de segurança alimentar de sua população, apesar de registrar oscilações negativas no período. A comparação é baseada em levantamentos anteriores que constam nas PNADs ou na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

No ano passado, o País tinha 72,4% de suas residências em situação de segurança alimentar, proporção 9,1% maior do que a registrada na POF 2017-2018, quando 64,9% dos residentes em domicílios particulares informaram não ter preocupação no acesso aos alimentos. Em 2004, esse número era de 66,7% dos domicílios. O melhor índice foi constatado na PNAD de 2013, quanto 79,5% informaram estar em segurança alimentar.

A queda nos índices de insegurança alimentar moderada ou grave, por sua vez, é mais tímida: a grave caiu 0,2% nos últimos seis anos, enquanto a moderada teve redução de 2,5% no período.

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O Brasil teve no ano passado 20,6 milhões de pessoas sem acesso adequado a comida, problema encontrado em quase um de cada dez domicílios do País. Além disso, outros 43,5 milhões de brasileiros demonstraram preocupação quanto a ter acesso suficiente aos alimentos. As regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram os maiores índices de insegurança alimentar no período.

Os números constam em novo recorte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgado nesta quinta-feira, 25, pelo Instituto Nacional de Geografia Estatística (IBGE). Eles são relativos ao quarto trimestre de 2023. Os dados apresentam um cenário de redução da insegurança alimentar em relação a períodos como 2017 e 2018, mas são piores do que em 2013, por exemplo (veja mais sobre a comparação abaixo).

De acordo com o levantamento, no fim do ano passado 11,92 milhões de brasileiros viviam em domicílios com insegurança alimentar moderada, e outros 8,67 milhões em casas cuja insegurança alimentar era considerada grave. A soma totaliza os 20,6 milhões sem acesso adequado a comida.

O levantamento também mostrou que, no total, 43,56 milhões de brasileiros relataram ter preocupação ou incerteza quanto à capacidade de ter acesso aos alimentos no futuro Foto: Gabriela Biló/Estadão -26/9/2018
  • Segundo a escala brasileira, são considerados em situação de insegurança alimentar moderada os brasileiros que vivem em domicílios em que há redução na quantidade de alimentos entre os adultos, ou piora nos padrões de alimentação.
  • A insegurança alimentar grave, por sua vez, é aquela em que até mesmo as crianças da moradia não são alimentadas corretamente - ou seja, a fome já existe naquela casa.

O IBGE ressalta, contudo, que na PNADC não é possível contabilizar o total de brasileiros passando fome.

“A pesquisa tem a intenção de classificar o domicílio. Se ele está com insegurança alimentar moderada, você sabe que aquele domicílio já não consegue manter uma variedade e já tem restrição de quantidade de alimentos pelo menos entre os adultos. A quantidade é diminuída na moderada, por exemplo, para que não falte o alimento, coisa que já acontece na grave”, explica André Martins, analista do IBGE.

“Pode haver um domicílio que está classificado em segurança alimentar moderada e grave, mas, por exemplo, vamos supor que esse domicílio tem criança. A criança pode estar sendo protegida da fome, mas o adulto pode estar passando fome. Isso a escala não consegue identificar”, exemplifica o analista.

O levantamento também mostrou que, no total, 43,56 milhões de brasileiros relataram ter preocupação ou incerteza quanto à capacidade de ter acesso aos alimentos no futuro, o que é considerado insegurança alimentar leve.

  • Considerando todos os níveis, os maiores índices de insegurança alimentar foram registrados nos Estados do Norte, onde 39,7% dos domicílios apresentaram algum grau de insegurança, e Nordeste, cujo índice chegou a 38,8%;
  • As regiões Centro-Oeste (75,7%), Sudeste (77,0%) e Sul (83,4%) apresentaram os maiores percentuais de domícilios em segurança alimentar;
  • No Brasil, em mais da metade (50,9%) dos domicílios com insegurança alimentar moderada ou grave o rendimento por pessoa era inferior a meio salário mínimo.

Apesar de alto, Brasil apresenta queda no índice de insegurança alimentar

Segundo o IBGE, nos últimos 20 anos o Brasil apresentou melhoras nos índices de segurança alimentar de sua população, apesar de registrar oscilações negativas no período. A comparação é baseada em levantamentos anteriores que constam nas PNADs ou na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

No ano passado, o País tinha 72,4% de suas residências em situação de segurança alimentar, proporção 9,1% maior do que a registrada na POF 2017-2018, quando 64,9% dos residentes em domicílios particulares informaram não ter preocupação no acesso aos alimentos. Em 2004, esse número era de 66,7% dos domicílios. O melhor índice foi constatado na PNAD de 2013, quanto 79,5% informaram estar em segurança alimentar.

A queda nos índices de insegurança alimentar moderada ou grave, por sua vez, é mais tímida: a grave caiu 0,2% nos últimos seis anos, enquanto a moderada teve redução de 2,5% no período.

O Brasil teve no ano passado 20,6 milhões de pessoas sem acesso adequado a comida, problema encontrado em quase um de cada dez domicílios do País. Além disso, outros 43,5 milhões de brasileiros demonstraram preocupação quanto a ter acesso suficiente aos alimentos. As regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram os maiores índices de insegurança alimentar no período.

Os números constam em novo recorte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgado nesta quinta-feira, 25, pelo Instituto Nacional de Geografia Estatística (IBGE). Eles são relativos ao quarto trimestre de 2023. Os dados apresentam um cenário de redução da insegurança alimentar em relação a períodos como 2017 e 2018, mas são piores do que em 2013, por exemplo (veja mais sobre a comparação abaixo).

De acordo com o levantamento, no fim do ano passado 11,92 milhões de brasileiros viviam em domicílios com insegurança alimentar moderada, e outros 8,67 milhões em casas cuja insegurança alimentar era considerada grave. A soma totaliza os 20,6 milhões sem acesso adequado a comida.

O levantamento também mostrou que, no total, 43,56 milhões de brasileiros relataram ter preocupação ou incerteza quanto à capacidade de ter acesso aos alimentos no futuro Foto: Gabriela Biló/Estadão -26/9/2018
  • Segundo a escala brasileira, são considerados em situação de insegurança alimentar moderada os brasileiros que vivem em domicílios em que há redução na quantidade de alimentos entre os adultos, ou piora nos padrões de alimentação.
  • A insegurança alimentar grave, por sua vez, é aquela em que até mesmo as crianças da moradia não são alimentadas corretamente - ou seja, a fome já existe naquela casa.

O IBGE ressalta, contudo, que na PNADC não é possível contabilizar o total de brasileiros passando fome.

“A pesquisa tem a intenção de classificar o domicílio. Se ele está com insegurança alimentar moderada, você sabe que aquele domicílio já não consegue manter uma variedade e já tem restrição de quantidade de alimentos pelo menos entre os adultos. A quantidade é diminuída na moderada, por exemplo, para que não falte o alimento, coisa que já acontece na grave”, explica André Martins, analista do IBGE.

“Pode haver um domicílio que está classificado em segurança alimentar moderada e grave, mas, por exemplo, vamos supor que esse domicílio tem criança. A criança pode estar sendo protegida da fome, mas o adulto pode estar passando fome. Isso a escala não consegue identificar”, exemplifica o analista.

O levantamento também mostrou que, no total, 43,56 milhões de brasileiros relataram ter preocupação ou incerteza quanto à capacidade de ter acesso aos alimentos no futuro, o que é considerado insegurança alimentar leve.

  • Considerando todos os níveis, os maiores índices de insegurança alimentar foram registrados nos Estados do Norte, onde 39,7% dos domicílios apresentaram algum grau de insegurança, e Nordeste, cujo índice chegou a 38,8%;
  • As regiões Centro-Oeste (75,7%), Sudeste (77,0%) e Sul (83,4%) apresentaram os maiores percentuais de domícilios em segurança alimentar;
  • No Brasil, em mais da metade (50,9%) dos domicílios com insegurança alimentar moderada ou grave o rendimento por pessoa era inferior a meio salário mínimo.

Apesar de alto, Brasil apresenta queda no índice de insegurança alimentar

Segundo o IBGE, nos últimos 20 anos o Brasil apresentou melhoras nos índices de segurança alimentar de sua população, apesar de registrar oscilações negativas no período. A comparação é baseada em levantamentos anteriores que constam nas PNADs ou na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

No ano passado, o País tinha 72,4% de suas residências em situação de segurança alimentar, proporção 9,1% maior do que a registrada na POF 2017-2018, quando 64,9% dos residentes em domicílios particulares informaram não ter preocupação no acesso aos alimentos. Em 2004, esse número era de 66,7% dos domicílios. O melhor índice foi constatado na PNAD de 2013, quanto 79,5% informaram estar em segurança alimentar.

A queda nos índices de insegurança alimentar moderada ou grave, por sua vez, é mais tímida: a grave caiu 0,2% nos últimos seis anos, enquanto a moderada teve redução de 2,5% no período.

O Brasil teve no ano passado 20,6 milhões de pessoas sem acesso adequado a comida, problema encontrado em quase um de cada dez domicílios do País. Além disso, outros 43,5 milhões de brasileiros demonstraram preocupação quanto a ter acesso suficiente aos alimentos. As regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram os maiores índices de insegurança alimentar no período.

Os números constam em novo recorte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgado nesta quinta-feira, 25, pelo Instituto Nacional de Geografia Estatística (IBGE). Eles são relativos ao quarto trimestre de 2023. Os dados apresentam um cenário de redução da insegurança alimentar em relação a períodos como 2017 e 2018, mas são piores do que em 2013, por exemplo (veja mais sobre a comparação abaixo).

De acordo com o levantamento, no fim do ano passado 11,92 milhões de brasileiros viviam em domicílios com insegurança alimentar moderada, e outros 8,67 milhões em casas cuja insegurança alimentar era considerada grave. A soma totaliza os 20,6 milhões sem acesso adequado a comida.

O levantamento também mostrou que, no total, 43,56 milhões de brasileiros relataram ter preocupação ou incerteza quanto à capacidade de ter acesso aos alimentos no futuro Foto: Gabriela Biló/Estadão -26/9/2018
  • Segundo a escala brasileira, são considerados em situação de insegurança alimentar moderada os brasileiros que vivem em domicílios em que há redução na quantidade de alimentos entre os adultos, ou piora nos padrões de alimentação.
  • A insegurança alimentar grave, por sua vez, é aquela em que até mesmo as crianças da moradia não são alimentadas corretamente - ou seja, a fome já existe naquela casa.

O IBGE ressalta, contudo, que na PNADC não é possível contabilizar o total de brasileiros passando fome.

“A pesquisa tem a intenção de classificar o domicílio. Se ele está com insegurança alimentar moderada, você sabe que aquele domicílio já não consegue manter uma variedade e já tem restrição de quantidade de alimentos pelo menos entre os adultos. A quantidade é diminuída na moderada, por exemplo, para que não falte o alimento, coisa que já acontece na grave”, explica André Martins, analista do IBGE.

“Pode haver um domicílio que está classificado em segurança alimentar moderada e grave, mas, por exemplo, vamos supor que esse domicílio tem criança. A criança pode estar sendo protegida da fome, mas o adulto pode estar passando fome. Isso a escala não consegue identificar”, exemplifica o analista.

O levantamento também mostrou que, no total, 43,56 milhões de brasileiros relataram ter preocupação ou incerteza quanto à capacidade de ter acesso aos alimentos no futuro, o que é considerado insegurança alimentar leve.

  • Considerando todos os níveis, os maiores índices de insegurança alimentar foram registrados nos Estados do Norte, onde 39,7% dos domicílios apresentaram algum grau de insegurança, e Nordeste, cujo índice chegou a 38,8%;
  • As regiões Centro-Oeste (75,7%), Sudeste (77,0%) e Sul (83,4%) apresentaram os maiores percentuais de domícilios em segurança alimentar;
  • No Brasil, em mais da metade (50,9%) dos domicílios com insegurança alimentar moderada ou grave o rendimento por pessoa era inferior a meio salário mínimo.

Apesar de alto, Brasil apresenta queda no índice de insegurança alimentar

Segundo o IBGE, nos últimos 20 anos o Brasil apresentou melhoras nos índices de segurança alimentar de sua população, apesar de registrar oscilações negativas no período. A comparação é baseada em levantamentos anteriores que constam nas PNADs ou na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

No ano passado, o País tinha 72,4% de suas residências em situação de segurança alimentar, proporção 9,1% maior do que a registrada na POF 2017-2018, quando 64,9% dos residentes em domicílios particulares informaram não ter preocupação no acesso aos alimentos. Em 2004, esse número era de 66,7% dos domicílios. O melhor índice foi constatado na PNAD de 2013, quanto 79,5% informaram estar em segurança alimentar.

A queda nos índices de insegurança alimentar moderada ou grave, por sua vez, é mais tímida: a grave caiu 0,2% nos últimos seis anos, enquanto a moderada teve redução de 2,5% no período.

O Brasil teve no ano passado 20,6 milhões de pessoas sem acesso adequado a comida, problema encontrado em quase um de cada dez domicílios do País. Além disso, outros 43,5 milhões de brasileiros demonstraram preocupação quanto a ter acesso suficiente aos alimentos. As regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram os maiores índices de insegurança alimentar no período.

Os números constam em novo recorte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgado nesta quinta-feira, 25, pelo Instituto Nacional de Geografia Estatística (IBGE). Eles são relativos ao quarto trimestre de 2023. Os dados apresentam um cenário de redução da insegurança alimentar em relação a períodos como 2017 e 2018, mas são piores do que em 2013, por exemplo (veja mais sobre a comparação abaixo).

De acordo com o levantamento, no fim do ano passado 11,92 milhões de brasileiros viviam em domicílios com insegurança alimentar moderada, e outros 8,67 milhões em casas cuja insegurança alimentar era considerada grave. A soma totaliza os 20,6 milhões sem acesso adequado a comida.

O levantamento também mostrou que, no total, 43,56 milhões de brasileiros relataram ter preocupação ou incerteza quanto à capacidade de ter acesso aos alimentos no futuro Foto: Gabriela Biló/Estadão -26/9/2018
  • Segundo a escala brasileira, são considerados em situação de insegurança alimentar moderada os brasileiros que vivem em domicílios em que há redução na quantidade de alimentos entre os adultos, ou piora nos padrões de alimentação.
  • A insegurança alimentar grave, por sua vez, é aquela em que até mesmo as crianças da moradia não são alimentadas corretamente - ou seja, a fome já existe naquela casa.

O IBGE ressalta, contudo, que na PNADC não é possível contabilizar o total de brasileiros passando fome.

“A pesquisa tem a intenção de classificar o domicílio. Se ele está com insegurança alimentar moderada, você sabe que aquele domicílio já não consegue manter uma variedade e já tem restrição de quantidade de alimentos pelo menos entre os adultos. A quantidade é diminuída na moderada, por exemplo, para que não falte o alimento, coisa que já acontece na grave”, explica André Martins, analista do IBGE.

“Pode haver um domicílio que está classificado em segurança alimentar moderada e grave, mas, por exemplo, vamos supor que esse domicílio tem criança. A criança pode estar sendo protegida da fome, mas o adulto pode estar passando fome. Isso a escala não consegue identificar”, exemplifica o analista.

O levantamento também mostrou que, no total, 43,56 milhões de brasileiros relataram ter preocupação ou incerteza quanto à capacidade de ter acesso aos alimentos no futuro, o que é considerado insegurança alimentar leve.

  • Considerando todos os níveis, os maiores índices de insegurança alimentar foram registrados nos Estados do Norte, onde 39,7% dos domicílios apresentaram algum grau de insegurança, e Nordeste, cujo índice chegou a 38,8%;
  • As regiões Centro-Oeste (75,7%), Sudeste (77,0%) e Sul (83,4%) apresentaram os maiores percentuais de domícilios em segurança alimentar;
  • No Brasil, em mais da metade (50,9%) dos domicílios com insegurança alimentar moderada ou grave o rendimento por pessoa era inferior a meio salário mínimo.

Apesar de alto, Brasil apresenta queda no índice de insegurança alimentar

Segundo o IBGE, nos últimos 20 anos o Brasil apresentou melhoras nos índices de segurança alimentar de sua população, apesar de registrar oscilações negativas no período. A comparação é baseada em levantamentos anteriores que constam nas PNADs ou na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

No ano passado, o País tinha 72,4% de suas residências em situação de segurança alimentar, proporção 9,1% maior do que a registrada na POF 2017-2018, quando 64,9% dos residentes em domicílios particulares informaram não ter preocupação no acesso aos alimentos. Em 2004, esse número era de 66,7% dos domicílios. O melhor índice foi constatado na PNAD de 2013, quanto 79,5% informaram estar em segurança alimentar.

A queda nos índices de insegurança alimentar moderada ou grave, por sua vez, é mais tímida: a grave caiu 0,2% nos últimos seis anos, enquanto a moderada teve redução de 2,5% no período.

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