'A humanidade de d. Paulo fazia a gente não temer nada', diz secretária
Maria Ângela Borsoi trabalhou com o cardeal durante 40 anos, o que considera um 'privilégio'; ela afirma ter recebido a notícia da morte com 'tranquilidade'
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Por Luiz Fernando Toledo
SÃO PAULO - Secretária do cardeal d. Paulo Evaristo Arns por 40 anos, Maria Ângela Borsoi foi ao velório dele na manhã desta quinta-feira, 15, na Catedral da Sé, na região central da capital paulista, e exaltou sua fé e humanidade. O cardeal morreu nesta quarta-feira, 14.
"Apesar de todo o sofrimento da luta que ele travou, que é de domínio público, sobretudo nos anos de chumbo, a alma franciscana cristã e a humanidade de Paulo Evaristo fazia o milagre de não deixar a gente temer nada", disse.
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Ela lembra que o cardeal morou em um sobrado no Sumaré nos anos 1980, na zona oeste de São Paulo, e as freiras que moravam com ele pediam mais segurança na casa, com medo de d. Evaristo ser atacado por algum desafeto por sua militância pelos direitos humanos durante a ditadura militar.
"Eu e as freiras tínhamos medo de que alguém fosse fazer algum mal a ele por tudo que tinha acontecido. Mas ele tirava o medo da gente."
Segundo relatou, o homem fazia graça da situação.
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A trajetória de d. Paulo Evaristo Arns
"Se alguém quisesse me pegar, estou toda hora na catedral", disse às mulheres. "Era brincalhão, jovial."
Para ela, a convivência com o cardeal foi um "privilégio". "Ele era muito disciplinado com horário, com o tempo das coisas. Tirava o fôlego de quem estava perto dele, na casa e na cúria", contou. "Moravam na casa três freiras, eu ficava meio período. Com o motorista, éramos uma pequena família dele."
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Maria Ângela disse que recebeu a notícia da morte de d. Paulo Evaristo com "tranquilidade". "Ele viveu 95 anos de uma vida maravilhosa. E graças à fé cristã, na vida imortal junto de Deus, e sabendo que era o sonho dele se encontrar com Deus. Ele já sonhava com o encontro final por causa da fé na ressurreição e na vida eterna. Minha conclusão é que ontem, às 15 para meio dia, ele finalmente chegou onde sonhava, para sempre."
Comoção. O velório de d. Paulo Evaristo Arns deverá prosseguir até sexta-feira, 16, com missas celebradas de duas em duas horas. Na manhã desta quinta-feira, fiéis formaram fila na Catedral da Sé para se despedir. Muitos chegavam de táxi só para acompanhar a cerimônia e saíam aos prantos.
Despedida de d. Paulo Evaristo Arns
SÃO PAULO - Secretária do cardeal d. Paulo Evaristo Arns por 40 anos, Maria Ângela Borsoi foi ao velório dele na manhã desta quinta-feira, 15, na Catedral da Sé, na região central da capital paulista, e exaltou sua fé e humanidade. O cardeal morreu nesta quarta-feira, 14.
"Apesar de todo o sofrimento da luta que ele travou, que é de domínio público, sobretudo nos anos de chumbo, a alma franciscana cristã e a humanidade de Paulo Evaristo fazia o milagre de não deixar a gente temer nada", disse.
Ela lembra que o cardeal morou em um sobrado no Sumaré nos anos 1980, na zona oeste de São Paulo, e as freiras que moravam com ele pediam mais segurança na casa, com medo de d. Evaristo ser atacado por algum desafeto por sua militância pelos direitos humanos durante a ditadura militar.
"Eu e as freiras tínhamos medo de que alguém fosse fazer algum mal a ele por tudo que tinha acontecido. Mas ele tirava o medo da gente."
Segundo relatou, o homem fazia graça da situação.
A trajetória de d. Paulo Evaristo Arns
"Se alguém quisesse me pegar, estou toda hora na catedral", disse às mulheres. "Era brincalhão, jovial."
Para ela, a convivência com o cardeal foi um "privilégio". "Ele era muito disciplinado com horário, com o tempo das coisas. Tirava o fôlego de quem estava perto dele, na casa e na cúria", contou. "Moravam na casa três freiras, eu ficava meio período. Com o motorista, éramos uma pequena família dele."
Maria Ângela disse que recebeu a notícia da morte de d. Paulo Evaristo com "tranquilidade". "Ele viveu 95 anos de uma vida maravilhosa. E graças à fé cristã, na vida imortal junto de Deus, e sabendo que era o sonho dele se encontrar com Deus. Ele já sonhava com o encontro final por causa da fé na ressurreição e na vida eterna. Minha conclusão é que ontem, às 15 para meio dia, ele finalmente chegou onde sonhava, para sempre."
Comoção. O velório de d. Paulo Evaristo Arns deverá prosseguir até sexta-feira, 16, com missas celebradas de duas em duas horas. Na manhã desta quinta-feira, fiéis formaram fila na Catedral da Sé para se despedir. Muitos chegavam de táxi só para acompanhar a cerimônia e saíam aos prantos.
Despedida de d. Paulo Evaristo Arns
SÃO PAULO - Secretária do cardeal d. Paulo Evaristo Arns por 40 anos, Maria Ângela Borsoi foi ao velório dele na manhã desta quinta-feira, 15, na Catedral da Sé, na região central da capital paulista, e exaltou sua fé e humanidade. O cardeal morreu nesta quarta-feira, 14.
"Apesar de todo o sofrimento da luta que ele travou, que é de domínio público, sobretudo nos anos de chumbo, a alma franciscana cristã e a humanidade de Paulo Evaristo fazia o milagre de não deixar a gente temer nada", disse.
Ela lembra que o cardeal morou em um sobrado no Sumaré nos anos 1980, na zona oeste de São Paulo, e as freiras que moravam com ele pediam mais segurança na casa, com medo de d. Evaristo ser atacado por algum desafeto por sua militância pelos direitos humanos durante a ditadura militar.
"Eu e as freiras tínhamos medo de que alguém fosse fazer algum mal a ele por tudo que tinha acontecido. Mas ele tirava o medo da gente."
Segundo relatou, o homem fazia graça da situação.
A trajetória de d. Paulo Evaristo Arns
"Se alguém quisesse me pegar, estou toda hora na catedral", disse às mulheres. "Era brincalhão, jovial."
Para ela, a convivência com o cardeal foi um "privilégio". "Ele era muito disciplinado com horário, com o tempo das coisas. Tirava o fôlego de quem estava perto dele, na casa e na cúria", contou. "Moravam na casa três freiras, eu ficava meio período. Com o motorista, éramos uma pequena família dele."
Maria Ângela disse que recebeu a notícia da morte de d. Paulo Evaristo com "tranquilidade". "Ele viveu 95 anos de uma vida maravilhosa. E graças à fé cristã, na vida imortal junto de Deus, e sabendo que era o sonho dele se encontrar com Deus. Ele já sonhava com o encontro final por causa da fé na ressurreição e na vida eterna. Minha conclusão é que ontem, às 15 para meio dia, ele finalmente chegou onde sonhava, para sempre."
Comoção. O velório de d. Paulo Evaristo Arns deverá prosseguir até sexta-feira, 16, com missas celebradas de duas em duas horas. Na manhã desta quinta-feira, fiéis formaram fila na Catedral da Sé para se despedir. Muitos chegavam de táxi só para acompanhar a cerimônia e saíam aos prantos.