O sargento Rafael Wolfgramm Dias, de 37 anos, morreu na noite de domingo, 16, cinco dias após ser baleado durante operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) no Complexo da Maré, conjunto de favelas na zona norte do Rio. Na mesma operação, outros dois agentes foram baleados - um deles, Jorge Henrique Galdino Cruz, acabou morrendo no mesmo dia.
Rafael Wolfgramm Dias estava internado no Hospital Federal de Bonsucesso desde a terça-feira, 11, quando aconteceu a operação. A morte dele foi confirmada pela Polícia Militar. O sargento integrava a corporação desde 2008, era casado e tinha um filho.
O agente costumava compartilhar em suas redes sociais imagens com a farda do Bope e notícias que saíam na imprensa sobre prisões de criminosos. Flamenguista, também gostava de republicar postagens enaltecendo as conquistas do rubro-negro carioca ou fazendo graça com os times rivais. Também aparece em fotos vestindo a camisa do clube nas arquibancadas do Maracanã.
O sargento também era bastante ligado à família e aos amigos. Em uma das fotos de capa, ele aparece segurando no colo o filho pequeno. Em diversas postagens, aparece sorridente ao lado de amigos, na piscina ou em campinhos de futebol.
De acordo com a PM, a operação que vitimou o sargento visava a localizar e prender criminosos envolvidos em roubos de veículos nas vias expressas da região. Os policiais do Bope foram atacados a tiros no complexo, sendo que o sargento acabou atingido no abdômen.
Ao todo, cinco suspeitos morreram durante a ação do Bope. A operação desencadeou uma onda de violência na terça-feira. A mando de traficantes, um ônibus foi incendiado e um caminhão foi colocado atravessado num dos sentidos da Avenida Brasil, uma das mais movimentadas do Rio. No dia seguinte, o Bope voltou à região, mas não houve confrontos.