Conselheira do Pacto Global da ONU e lidera a operação de Corporate Venture Builder da Fisher Venture Builder. Escreve mensalmente às terças

Opinião|Os modelos de inovação precisam ser repensados


Inovação é um jogo de longo prazo para gerar transformação de valor

Por Amanda Graciano

Certa vez me perguntaram se no Brasil somos capazes de replicar os modelos e metodologias de inovação que existem no exterior e eu rapidamente respondi que não.

Primeiro, por não acreditar que o modelo “copiar, colar e torcer que dê certo” funcione. Fazer desta forma é assumir uma visão simplista. Replicar o que vemos, lemos e ouvimos sobre o mundo dos negócios, inovação e tecnologia e esperar os mesmos resultados chega a ser inocente.

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No Brasil, existem diversos fatores que combinados irão nos trazer resultados diferentes dos observados em países como EUA e Israel. Entre eles estão: cenário econômico, cenário político, tamanho do mercado, desenvolvimento financeiro, infraestruturas criadas e a disposição delas. 

Um outro fator interessante e com bastante impacto, é o modelo mental – a crença de que se tivermos funding (palavra comumente usada para falarmos de investimentos) o resultado é certo. Os profissionais que assumem essa visão estão cometendo um erro. Mesmo se tivermos o dinheiro necessário, a chance de insucesso ainda existe.

Um estudo da Fundação Dom Cabral realizado em 2018 constatou que muito da inovação feita pelas corporações no País “olha para o retrovisor”. Ainda que a intenção de ser uma organização inovadora exista, boa parte do que é executado são melhorias ao que já existe.

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Amanda Graciano: não acreditoque funcione o modelo “copiar, colar e torcer que dê certo” Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 13/9/2021

E a inovação disruptiva? Segundo o estudo, o termo ainda é mais falado do que de fato colocado em prática. Afinal, como já dito antes, o foco da inovação no País por diversas questões é o horizonte do curto prazo, com foco para maximizar resultados, alguns ganhos de receitas mas com pouco olhar para a transformação.

Se a maior parte das lideranças das organizações estão conscientes que o mundo está em transformação e seu mercado irá sofrer uma grande mudança, porque, essas mesmas lideranças dizem que não estão preparadas ou possuem outras prioridades?

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É preciso migrar da prática incremental para um cenário de criação e transformação de valor. É preciso pensar em rede, de forma conectada e, de fato, nos organizamos para criar as estruturas que possibilitam que a inovação olhe para o futuro. Se o mundo está mudando rápido os modelos de inovação também precisam ser repensados.

E sim, antes que alguém pergunte, inovação é sobre pessoas. É com pessoas e com o que elas são capazes de realizar juntas que podemos criar esse futuro que almejamos. 

Certa vez me perguntaram se no Brasil somos capazes de replicar os modelos e metodologias de inovação que existem no exterior e eu rapidamente respondi que não.

Primeiro, por não acreditar que o modelo “copiar, colar e torcer que dê certo” funcione. Fazer desta forma é assumir uma visão simplista. Replicar o que vemos, lemos e ouvimos sobre o mundo dos negócios, inovação e tecnologia e esperar os mesmos resultados chega a ser inocente.

No Brasil, existem diversos fatores que combinados irão nos trazer resultados diferentes dos observados em países como EUA e Israel. Entre eles estão: cenário econômico, cenário político, tamanho do mercado, desenvolvimento financeiro, infraestruturas criadas e a disposição delas. 

Um outro fator interessante e com bastante impacto, é o modelo mental – a crença de que se tivermos funding (palavra comumente usada para falarmos de investimentos) o resultado é certo. Os profissionais que assumem essa visão estão cometendo um erro. Mesmo se tivermos o dinheiro necessário, a chance de insucesso ainda existe.

Um estudo da Fundação Dom Cabral realizado em 2018 constatou que muito da inovação feita pelas corporações no País “olha para o retrovisor”. Ainda que a intenção de ser uma organização inovadora exista, boa parte do que é executado são melhorias ao que já existe.

Amanda Graciano: não acreditoque funcione o modelo “copiar, colar e torcer que dê certo” Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 13/9/2021

E a inovação disruptiva? Segundo o estudo, o termo ainda é mais falado do que de fato colocado em prática. Afinal, como já dito antes, o foco da inovação no País por diversas questões é o horizonte do curto prazo, com foco para maximizar resultados, alguns ganhos de receitas mas com pouco olhar para a transformação.

Se a maior parte das lideranças das organizações estão conscientes que o mundo está em transformação e seu mercado irá sofrer uma grande mudança, porque, essas mesmas lideranças dizem que não estão preparadas ou possuem outras prioridades?

É preciso migrar da prática incremental para um cenário de criação e transformação de valor. É preciso pensar em rede, de forma conectada e, de fato, nos organizamos para criar as estruturas que possibilitam que a inovação olhe para o futuro. Se o mundo está mudando rápido os modelos de inovação também precisam ser repensados.

E sim, antes que alguém pergunte, inovação é sobre pessoas. É com pessoas e com o que elas são capazes de realizar juntas que podemos criar esse futuro que almejamos. 

Certa vez me perguntaram se no Brasil somos capazes de replicar os modelos e metodologias de inovação que existem no exterior e eu rapidamente respondi que não.

Primeiro, por não acreditar que o modelo “copiar, colar e torcer que dê certo” funcione. Fazer desta forma é assumir uma visão simplista. Replicar o que vemos, lemos e ouvimos sobre o mundo dos negócios, inovação e tecnologia e esperar os mesmos resultados chega a ser inocente.

No Brasil, existem diversos fatores que combinados irão nos trazer resultados diferentes dos observados em países como EUA e Israel. Entre eles estão: cenário econômico, cenário político, tamanho do mercado, desenvolvimento financeiro, infraestruturas criadas e a disposição delas. 

Um outro fator interessante e com bastante impacto, é o modelo mental – a crença de que se tivermos funding (palavra comumente usada para falarmos de investimentos) o resultado é certo. Os profissionais que assumem essa visão estão cometendo um erro. Mesmo se tivermos o dinheiro necessário, a chance de insucesso ainda existe.

Um estudo da Fundação Dom Cabral realizado em 2018 constatou que muito da inovação feita pelas corporações no País “olha para o retrovisor”. Ainda que a intenção de ser uma organização inovadora exista, boa parte do que é executado são melhorias ao que já existe.

Amanda Graciano: não acreditoque funcione o modelo “copiar, colar e torcer que dê certo” Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 13/9/2021

E a inovação disruptiva? Segundo o estudo, o termo ainda é mais falado do que de fato colocado em prática. Afinal, como já dito antes, o foco da inovação no País por diversas questões é o horizonte do curto prazo, com foco para maximizar resultados, alguns ganhos de receitas mas com pouco olhar para a transformação.

Se a maior parte das lideranças das organizações estão conscientes que o mundo está em transformação e seu mercado irá sofrer uma grande mudança, porque, essas mesmas lideranças dizem que não estão preparadas ou possuem outras prioridades?

É preciso migrar da prática incremental para um cenário de criação e transformação de valor. É preciso pensar em rede, de forma conectada e, de fato, nos organizamos para criar as estruturas que possibilitam que a inovação olhe para o futuro. Se o mundo está mudando rápido os modelos de inovação também precisam ser repensados.

E sim, antes que alguém pergunte, inovação é sobre pessoas. É com pessoas e com o que elas são capazes de realizar juntas que podemos criar esse futuro que almejamos. 

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