Em favor da natureza


Por Jair Barboza
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                                                                                                       Tübingen. Fonte: Google imagens.

 

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A natureza é costumeiramente desprezada pelas mentalidades políticas de esquerda. Indiretamente, também o foi pelas mentalidades políticas de direita, porque as esquerdas não fustigarem suficientemente a estas com a questão ambiental.

De onde vem esse perigoso descaso? A seguir ensaio uma contribuição filosófica para o debate, tão importante para os dias atuais, em especial no Brasil.

No assim chamado Idealismo Alemão, movimento filosófico do século XIX, três filósofos se destacaram: Fichte, Schelling e Hegel.

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Schelling e Hegel, ao lado do poeta Hölderlin, foram amigos no seminário da cidade de Tübingen, sul da Alemanha. Portanto, dois pensadores que, em princípio, eram almas afins, e admiravam e amavam o seu colega poeta, do qual provavelmente pegaram muitas das próprias ideias sobre o mundo e a vida. Todavia, houve uma ruptura filosófica entre os futuros filósofos, e é essa ruptura justamente a que interessa a nós brasileiros, e o mundo esclarecido em geral, pois envolve o tema da natureza.

Outro personagem filosófico da época, Fichte, afirmara que a natureza era irrelevante, pois seria apenas uma resistência à ação moral do ser humano. Essa lição vem do racionalismo de Descartes, para o qual o humano deve de algum modo tornar-se o senhor e possuidor da natureza. Logo, a natureza é uma coisa meramente manipulável pelos seres racionais, e os seres destituídos de razão que nela habitam vão a reboque dessa manipulação.

Schelling, no entanto, opunha-se a essa visão demasiado antropocêntrica de Descartes e Fichte, e defendia uma recuperação da natureza para a reflexão filosófica, daí ter criado a assim chamada "filosofia da natureza".

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Na filosofia da natureza, uma bela passagem coloca em pé de igualdade o humano com o entorno. Schelling poeticamente coloca que "a natureza é o espírito visível, e o espírito é a natureza invisível". Com isso quer dizer que haveria uma identidade entre o nosso mundo interior e o mundo exterior. Rompe assim com Descartes e Fichte.

Mas, e Hegel, como entra nessa história? Segue Fichte, pois Hegel, na obra "Lições de estética", chega à estranha observação de que qualquer obra humana é superior a qualquer obra natural. A obra humana conteria espírito, a natural não. Assim, um pôr do sol desenhado por uma criança é superior ao pôr do sol real, portanto aquele é mais belo que este.

Com isso, propaga-se na modernidade uma reflexão filosófica que desprezou a natureza, considerada como mera resistência ao humano.

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Ora, Marx, o pai do pensamento político de esquerda, foi influenciado neste quesito não por Schelling, mas por Descartes, Fichte e Hegel. Sendo assim, por exemplo, no opúsculo marxista "Manifesto do partido comunista", não há uma palavra sequer em favor da natureza. E essa indiferença espalha-se por todo o seu pensamento.

Com tudo isso, entendemos porque partidos políticos de esquerda e seus líderes acham que a natureza é só para ser usada em favor do humano e do desenvolvimentismo em favor do maior número possível de humanos. Minorias, como por exemplo comunidades indígenas afetadas por construções de hidrelétricas, devem ter a sua voz ignorada.

Mas o que Schelling, com a sua filosofia da natureza, e o seu leitor Schopenhauer, com a própria metafísica da natureza, nos ensinam?  Que essa visão de mundo é especista, isto é, antropocêntrica, logo falha. O humano, diz Schopenhauer, tem a mesma identidade metafísica, a vontade, do animal e da natureza. Uma agressão à natureza (como a praticada em larga escala hoje em dia) seria, em última instância, uma autoagressão. Uma insanidade.

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Portanto, eu penso, Marx e os partidos de esquerda que a este seguem, sabendo ou não, filiam-se à flagrante falha de concepção filosófica de Descartes, Fichte e Hegel acima apontada. Tais esquerdas míopes, ao assumirem o poder, estendem essa falha a uma prática predatória em relação ao nosso entorno natural.

Cabe, pois, recuperar as profundas lições das filosofias da natureza de Schelling e Schopenhauer, como contribuição ao debate político contemporâneo sobre o tema.

Afinal, quem disse que a filosofia não serve para nada, quem disse que o filósofo mora no mundo das nuvens? As ideais são aquilo que movem o mundo. E infelizmente as ideias das esquerdas sobre a natureza, inspiradas em Descartes, Fichte, Hegel e Marx foram dar no que deu, isto é, mentes políticas míopes, desatualizadas em questões ambientais, como as que temos no Brasil. E a conta dessa insanidade somos todos nós, animais humanos e não-humanos, quem pagamos.

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                                                                                                       Tübingen. Fonte: Google imagens.

 

A natureza é costumeiramente desprezada pelas mentalidades políticas de esquerda. Indiretamente, também o foi pelas mentalidades políticas de direita, porque as esquerdas não fustigarem suficientemente a estas com a questão ambiental.

De onde vem esse perigoso descaso? A seguir ensaio uma contribuição filosófica para o debate, tão importante para os dias atuais, em especial no Brasil.

No assim chamado Idealismo Alemão, movimento filosófico do século XIX, três filósofos se destacaram: Fichte, Schelling e Hegel.

Schelling e Hegel, ao lado do poeta Hölderlin, foram amigos no seminário da cidade de Tübingen, sul da Alemanha. Portanto, dois pensadores que, em princípio, eram almas afins, e admiravam e amavam o seu colega poeta, do qual provavelmente pegaram muitas das próprias ideias sobre o mundo e a vida. Todavia, houve uma ruptura filosófica entre os futuros filósofos, e é essa ruptura justamente a que interessa a nós brasileiros, e o mundo esclarecido em geral, pois envolve o tema da natureza.

Outro personagem filosófico da época, Fichte, afirmara que a natureza era irrelevante, pois seria apenas uma resistência à ação moral do ser humano. Essa lição vem do racionalismo de Descartes, para o qual o humano deve de algum modo tornar-se o senhor e possuidor da natureza. Logo, a natureza é uma coisa meramente manipulável pelos seres racionais, e os seres destituídos de razão que nela habitam vão a reboque dessa manipulação.

Schelling, no entanto, opunha-se a essa visão demasiado antropocêntrica de Descartes e Fichte, e defendia uma recuperação da natureza para a reflexão filosófica, daí ter criado a assim chamada "filosofia da natureza".

Na filosofia da natureza, uma bela passagem coloca em pé de igualdade o humano com o entorno. Schelling poeticamente coloca que "a natureza é o espírito visível, e o espírito é a natureza invisível". Com isso quer dizer que haveria uma identidade entre o nosso mundo interior e o mundo exterior. Rompe assim com Descartes e Fichte.

Mas, e Hegel, como entra nessa história? Segue Fichte, pois Hegel, na obra "Lições de estética", chega à estranha observação de que qualquer obra humana é superior a qualquer obra natural. A obra humana conteria espírito, a natural não. Assim, um pôr do sol desenhado por uma criança é superior ao pôr do sol real, portanto aquele é mais belo que este.

Com isso, propaga-se na modernidade uma reflexão filosófica que desprezou a natureza, considerada como mera resistência ao humano.

Ora, Marx, o pai do pensamento político de esquerda, foi influenciado neste quesito não por Schelling, mas por Descartes, Fichte e Hegel. Sendo assim, por exemplo, no opúsculo marxista "Manifesto do partido comunista", não há uma palavra sequer em favor da natureza. E essa indiferença espalha-se por todo o seu pensamento.

Com tudo isso, entendemos porque partidos políticos de esquerda e seus líderes acham que a natureza é só para ser usada em favor do humano e do desenvolvimentismo em favor do maior número possível de humanos. Minorias, como por exemplo comunidades indígenas afetadas por construções de hidrelétricas, devem ter a sua voz ignorada.

Mas o que Schelling, com a sua filosofia da natureza, e o seu leitor Schopenhauer, com a própria metafísica da natureza, nos ensinam?  Que essa visão de mundo é especista, isto é, antropocêntrica, logo falha. O humano, diz Schopenhauer, tem a mesma identidade metafísica, a vontade, do animal e da natureza. Uma agressão à natureza (como a praticada em larga escala hoje em dia) seria, em última instância, uma autoagressão. Uma insanidade.

Portanto, eu penso, Marx e os partidos de esquerda que a este seguem, sabendo ou não, filiam-se à flagrante falha de concepção filosófica de Descartes, Fichte e Hegel acima apontada. Tais esquerdas míopes, ao assumirem o poder, estendem essa falha a uma prática predatória em relação ao nosso entorno natural.

Cabe, pois, recuperar as profundas lições das filosofias da natureza de Schelling e Schopenhauer, como contribuição ao debate político contemporâneo sobre o tema.

Afinal, quem disse que a filosofia não serve para nada, quem disse que o filósofo mora no mundo das nuvens? As ideais são aquilo que movem o mundo. E infelizmente as ideias das esquerdas sobre a natureza, inspiradas em Descartes, Fichte, Hegel e Marx foram dar no que deu, isto é, mentes políticas míopes, desatualizadas em questões ambientais, como as que temos no Brasil. E a conta dessa insanidade somos todos nós, animais humanos e não-humanos, quem pagamos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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                                                                                                       Tübingen. Fonte: Google imagens.

 

A natureza é costumeiramente desprezada pelas mentalidades políticas de esquerda. Indiretamente, também o foi pelas mentalidades políticas de direita, porque as esquerdas não fustigarem suficientemente a estas com a questão ambiental.

De onde vem esse perigoso descaso? A seguir ensaio uma contribuição filosófica para o debate, tão importante para os dias atuais, em especial no Brasil.

No assim chamado Idealismo Alemão, movimento filosófico do século XIX, três filósofos se destacaram: Fichte, Schelling e Hegel.

Schelling e Hegel, ao lado do poeta Hölderlin, foram amigos no seminário da cidade de Tübingen, sul da Alemanha. Portanto, dois pensadores que, em princípio, eram almas afins, e admiravam e amavam o seu colega poeta, do qual provavelmente pegaram muitas das próprias ideias sobre o mundo e a vida. Todavia, houve uma ruptura filosófica entre os futuros filósofos, e é essa ruptura justamente a que interessa a nós brasileiros, e o mundo esclarecido em geral, pois envolve o tema da natureza.

Outro personagem filosófico da época, Fichte, afirmara que a natureza era irrelevante, pois seria apenas uma resistência à ação moral do ser humano. Essa lição vem do racionalismo de Descartes, para o qual o humano deve de algum modo tornar-se o senhor e possuidor da natureza. Logo, a natureza é uma coisa meramente manipulável pelos seres racionais, e os seres destituídos de razão que nela habitam vão a reboque dessa manipulação.

Schelling, no entanto, opunha-se a essa visão demasiado antropocêntrica de Descartes e Fichte, e defendia uma recuperação da natureza para a reflexão filosófica, daí ter criado a assim chamada "filosofia da natureza".

Na filosofia da natureza, uma bela passagem coloca em pé de igualdade o humano com o entorno. Schelling poeticamente coloca que "a natureza é o espírito visível, e o espírito é a natureza invisível". Com isso quer dizer que haveria uma identidade entre o nosso mundo interior e o mundo exterior. Rompe assim com Descartes e Fichte.

Mas, e Hegel, como entra nessa história? Segue Fichte, pois Hegel, na obra "Lições de estética", chega à estranha observação de que qualquer obra humana é superior a qualquer obra natural. A obra humana conteria espírito, a natural não. Assim, um pôr do sol desenhado por uma criança é superior ao pôr do sol real, portanto aquele é mais belo que este.

Com isso, propaga-se na modernidade uma reflexão filosófica que desprezou a natureza, considerada como mera resistência ao humano.

Ora, Marx, o pai do pensamento político de esquerda, foi influenciado neste quesito não por Schelling, mas por Descartes, Fichte e Hegel. Sendo assim, por exemplo, no opúsculo marxista "Manifesto do partido comunista", não há uma palavra sequer em favor da natureza. E essa indiferença espalha-se por todo o seu pensamento.

Com tudo isso, entendemos porque partidos políticos de esquerda e seus líderes acham que a natureza é só para ser usada em favor do humano e do desenvolvimentismo em favor do maior número possível de humanos. Minorias, como por exemplo comunidades indígenas afetadas por construções de hidrelétricas, devem ter a sua voz ignorada.

Mas o que Schelling, com a sua filosofia da natureza, e o seu leitor Schopenhauer, com a própria metafísica da natureza, nos ensinam?  Que essa visão de mundo é especista, isto é, antropocêntrica, logo falha. O humano, diz Schopenhauer, tem a mesma identidade metafísica, a vontade, do animal e da natureza. Uma agressão à natureza (como a praticada em larga escala hoje em dia) seria, em última instância, uma autoagressão. Uma insanidade.

Portanto, eu penso, Marx e os partidos de esquerda que a este seguem, sabendo ou não, filiam-se à flagrante falha de concepção filosófica de Descartes, Fichte e Hegel acima apontada. Tais esquerdas míopes, ao assumirem o poder, estendem essa falha a uma prática predatória em relação ao nosso entorno natural.

Cabe, pois, recuperar as profundas lições das filosofias da natureza de Schelling e Schopenhauer, como contribuição ao debate político contemporâneo sobre o tema.

Afinal, quem disse que a filosofia não serve para nada, quem disse que o filósofo mora no mundo das nuvens? As ideais são aquilo que movem o mundo. E infelizmente as ideias das esquerdas sobre a natureza, inspiradas em Descartes, Fichte, Hegel e Marx foram dar no que deu, isto é, mentes políticas míopes, desatualizadas em questões ambientais, como as que temos no Brasil. E a conta dessa insanidade somos todos nós, animais humanos e não-humanos, quem pagamos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A natureza é costumeiramente desprezada pelas mentalidades políticas de esquerda. Indiretamente, também o foi pelas mentalidades políticas de direita, porque as esquerdas não fustigarem suficientemente a estas com a questão ambiental.

De onde vem esse perigoso descaso? A seguir ensaio uma contribuição filosófica para o debate, tão importante para os dias atuais, em especial no Brasil.

No assim chamado Idealismo Alemão, movimento filosófico do século XIX, três filósofos se destacaram: Fichte, Schelling e Hegel.

Schelling e Hegel, ao lado do poeta Hölderlin, foram amigos no seminário da cidade de Tübingen, sul da Alemanha. Portanto, dois pensadores que, em princípio, eram almas afins, e admiravam e amavam o seu colega poeta, do qual provavelmente pegaram muitas das próprias ideias sobre o mundo e a vida. Todavia, houve uma ruptura filosófica entre os futuros filósofos, e é essa ruptura justamente a que interessa a nós brasileiros, e o mundo esclarecido em geral, pois envolve o tema da natureza.

Outro personagem filosófico da época, Fichte, afirmara que a natureza era irrelevante, pois seria apenas uma resistência à ação moral do ser humano. Essa lição vem do racionalismo de Descartes, para o qual o humano deve de algum modo tornar-se o senhor e possuidor da natureza. Logo, a natureza é uma coisa meramente manipulável pelos seres racionais, e os seres destituídos de razão que nela habitam vão a reboque dessa manipulação.

Schelling, no entanto, opunha-se a essa visão demasiado antropocêntrica de Descartes e Fichte, e defendia uma recuperação da natureza para a reflexão filosófica, daí ter criado a assim chamada "filosofia da natureza".

Na filosofia da natureza, uma bela passagem coloca em pé de igualdade o humano com o entorno. Schelling poeticamente coloca que "a natureza é o espírito visível, e o espírito é a natureza invisível". Com isso quer dizer que haveria uma identidade entre o nosso mundo interior e o mundo exterior. Rompe assim com Descartes e Fichte.

Mas, e Hegel, como entra nessa história? Segue Fichte, pois Hegel, na obra "Lições de estética", chega à estranha observação de que qualquer obra humana é superior a qualquer obra natural. A obra humana conteria espírito, a natural não. Assim, um pôr do sol desenhado por uma criança é superior ao pôr do sol real, portanto aquele é mais belo que este.

Com isso, propaga-se na modernidade uma reflexão filosófica que desprezou a natureza, considerada como mera resistência ao humano.

Ora, Marx, o pai do pensamento político de esquerda, foi influenciado neste quesito não por Schelling, mas por Descartes, Fichte e Hegel. Sendo assim, por exemplo, no opúsculo marxista "Manifesto do partido comunista", não há uma palavra sequer em favor da natureza. E essa indiferença espalha-se por todo o seu pensamento.

Com tudo isso, entendemos porque partidos políticos de esquerda e seus líderes acham que a natureza é só para ser usada em favor do humano e do desenvolvimentismo em favor do maior número possível de humanos. Minorias, como por exemplo comunidades indígenas afetadas por construções de hidrelétricas, devem ter a sua voz ignorada.

Mas o que Schelling, com a sua filosofia da natureza, e o seu leitor Schopenhauer, com a própria metafísica da natureza, nos ensinam?  Que essa visão de mundo é especista, isto é, antropocêntrica, logo falha. O humano, diz Schopenhauer, tem a mesma identidade metafísica, a vontade, do animal e da natureza. Uma agressão à natureza (como a praticada em larga escala hoje em dia) seria, em última instância, uma autoagressão. Uma insanidade.

Portanto, eu penso, Marx e os partidos de esquerda que a este seguem, sabendo ou não, filiam-se à flagrante falha de concepção filosófica de Descartes, Fichte e Hegel acima apontada. Tais esquerdas míopes, ao assumirem o poder, estendem essa falha a uma prática predatória em relação ao nosso entorno natural.

Cabe, pois, recuperar as profundas lições das filosofias da natureza de Schelling e Schopenhauer, como contribuição ao debate político contemporâneo sobre o tema.

Afinal, quem disse que a filosofia não serve para nada, quem disse que o filósofo mora no mundo das nuvens? As ideais são aquilo que movem o mundo. E infelizmente as ideias das esquerdas sobre a natureza, inspiradas em Descartes, Fichte, Hegel e Marx foram dar no que deu, isto é, mentes políticas míopes, desatualizadas em questões ambientais, como as que temos no Brasil. E a conta dessa insanidade somos todos nós, animais humanos e não-humanos, quem pagamos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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