Anísio Abraão Davi, da Beija-Flor, é preso pela PF no Rio


Presidente de honra da escola de samba já havia sido preso pela PF em 2007 na Operação Hurricane

Por Talita Figueiredo

A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira, 29, o bicheiro Aniz Abrahão David, o Anísio, com outras 14 pessoas, entre elas o agente da PF do Rio Luciano Delgado Botelho, lotado na Delegacia da Ordem Social e Política (Delinst). Anísio é presidente de honra da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, na Baixada Fluminense, e acusado de comandar uma quadrilha de estelionatários que lavava, em Natal (RN), dinheiro arrecadado com a exploração ilegal de caça-níqueis na região metropolitana do Rio. A PF não informou quanto de dinheiro a quadrilha movimentava.   Botelho, segundo o superintendente da PF no Rio Valdinho Caetano, teria uma "participação ativa" na quadrilha, seria sócio de Anísio, mentor intelectual da lavagem de dinheiro e teria pontos de exploração de caça-níqueis em Nilópolis. A Operação 1357 - o nome foi dado porque os acusados se relacionavam pelo apelido de "primo" e os números escolhidos para identificar a operação são números primos - derivou da Operação Escambo, da Polícia Federal do Rio Grande do Norte, que investigava operações de câmbio irregular.   "Eles detectaram a presença de um agente da PF naquela área que freqüentava muito as casas de câmbio irregulares e notificaram a PF em Brasília. Iniciamos uma investigação e descobrimos que o agente tinha uma grande importância na quadrilha. Ele conhecia um doleiro em Natal e sugeriu ao Anísio que o dinheiro fosse lavado lá. O agente subiu na hierarquia do bando e consideramos que ele seja sócio do Anísio. Era ele quem transportava o dinheiro para Natal e fazia o câmbio", disse o superintendente.   Para a operação, a 2ª Vara Criminal Federal de Natal expediu, a pedido da PF, 16 mandados de prisão. Dois foram cumpridos em Natal, 13 no Rio e o último não foi finalizado porque o suspeito morreu na semana passada de morte natural. Anísio, o agente da PF Luciano Delgado Botelho, e outras duas pessoas que tiveram mandado de prisão preventiva decretados foram levados nesta tarde para Natal. Os outros nove presos que tiveram a prisão temporária decretada ficarão à disposição da Justiça num presídio do Rio.   A prisão foi pedida à Justiça Federal do Rio Grande do Norte porque a lavagem de dinheiro era feita lá. A operação contou com 150 agentes da PF que cumpriram também 32 mandados de busca e apreensão - dois no Espírito Santo, 28 no Rio de Janeiro e dois em Natal. Máquinas de caça-níqueis, automóveis de luxo - como os dois Mercedez com adesivo da Beija-Flor de Anísio -, computadores e documentos estão entre os objetos apreendidos. Os presos responderão por crime de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, exploração de caça-níqueis e câmbio irregular.   No ano passado, Anísio foi preso duas vezes durante a Operação Hurricane (furacão), que também identificou uma quadrilha envolvida com caça-níqueis. Ele foi solto pela última vez em dezembro por conta de uma liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e participou do desfile da Beija-Flor, campeã do Carnaval. Anísio afirmou na ocasião que não precisava dar satisfações da vitória. "Isso não é uma resposta à CPI (do Carnaval da Câmara, que levantou suspeitas de manipulação no desfile de 2007). Fazemos isso todo ano. Em seis anos, foram cinco campeonatos", declarou.   Em 1993, ele também foi preso acusado de fazer parte da cúpula do jogo do bicho. Até esta noite, o advogado de Anísio, Ubiratan Guedes, não havia retornado às ligações da reportagem. O nome do advogado do agente da PF e dos outros presos não havia sido revelado pela Superintendência da PF.   (Com Solange Spigliatti, do estadao.com.br)   Atualizado às 18h40 para acréscimo de informações  

A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira, 29, o bicheiro Aniz Abrahão David, o Anísio, com outras 14 pessoas, entre elas o agente da PF do Rio Luciano Delgado Botelho, lotado na Delegacia da Ordem Social e Política (Delinst). Anísio é presidente de honra da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, na Baixada Fluminense, e acusado de comandar uma quadrilha de estelionatários que lavava, em Natal (RN), dinheiro arrecadado com a exploração ilegal de caça-níqueis na região metropolitana do Rio. A PF não informou quanto de dinheiro a quadrilha movimentava.   Botelho, segundo o superintendente da PF no Rio Valdinho Caetano, teria uma "participação ativa" na quadrilha, seria sócio de Anísio, mentor intelectual da lavagem de dinheiro e teria pontos de exploração de caça-níqueis em Nilópolis. A Operação 1357 - o nome foi dado porque os acusados se relacionavam pelo apelido de "primo" e os números escolhidos para identificar a operação são números primos - derivou da Operação Escambo, da Polícia Federal do Rio Grande do Norte, que investigava operações de câmbio irregular.   "Eles detectaram a presença de um agente da PF naquela área que freqüentava muito as casas de câmbio irregulares e notificaram a PF em Brasília. Iniciamos uma investigação e descobrimos que o agente tinha uma grande importância na quadrilha. Ele conhecia um doleiro em Natal e sugeriu ao Anísio que o dinheiro fosse lavado lá. O agente subiu na hierarquia do bando e consideramos que ele seja sócio do Anísio. Era ele quem transportava o dinheiro para Natal e fazia o câmbio", disse o superintendente.   Para a operação, a 2ª Vara Criminal Federal de Natal expediu, a pedido da PF, 16 mandados de prisão. Dois foram cumpridos em Natal, 13 no Rio e o último não foi finalizado porque o suspeito morreu na semana passada de morte natural. Anísio, o agente da PF Luciano Delgado Botelho, e outras duas pessoas que tiveram mandado de prisão preventiva decretados foram levados nesta tarde para Natal. Os outros nove presos que tiveram a prisão temporária decretada ficarão à disposição da Justiça num presídio do Rio.   A prisão foi pedida à Justiça Federal do Rio Grande do Norte porque a lavagem de dinheiro era feita lá. A operação contou com 150 agentes da PF que cumpriram também 32 mandados de busca e apreensão - dois no Espírito Santo, 28 no Rio de Janeiro e dois em Natal. Máquinas de caça-níqueis, automóveis de luxo - como os dois Mercedez com adesivo da Beija-Flor de Anísio -, computadores e documentos estão entre os objetos apreendidos. Os presos responderão por crime de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, exploração de caça-níqueis e câmbio irregular.   No ano passado, Anísio foi preso duas vezes durante a Operação Hurricane (furacão), que também identificou uma quadrilha envolvida com caça-níqueis. Ele foi solto pela última vez em dezembro por conta de uma liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e participou do desfile da Beija-Flor, campeã do Carnaval. Anísio afirmou na ocasião que não precisava dar satisfações da vitória. "Isso não é uma resposta à CPI (do Carnaval da Câmara, que levantou suspeitas de manipulação no desfile de 2007). Fazemos isso todo ano. Em seis anos, foram cinco campeonatos", declarou.   Em 1993, ele também foi preso acusado de fazer parte da cúpula do jogo do bicho. Até esta noite, o advogado de Anísio, Ubiratan Guedes, não havia retornado às ligações da reportagem. O nome do advogado do agente da PF e dos outros presos não havia sido revelado pela Superintendência da PF.   (Com Solange Spigliatti, do estadao.com.br)   Atualizado às 18h40 para acréscimo de informações  

A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira, 29, o bicheiro Aniz Abrahão David, o Anísio, com outras 14 pessoas, entre elas o agente da PF do Rio Luciano Delgado Botelho, lotado na Delegacia da Ordem Social e Política (Delinst). Anísio é presidente de honra da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, na Baixada Fluminense, e acusado de comandar uma quadrilha de estelionatários que lavava, em Natal (RN), dinheiro arrecadado com a exploração ilegal de caça-níqueis na região metropolitana do Rio. A PF não informou quanto de dinheiro a quadrilha movimentava.   Botelho, segundo o superintendente da PF no Rio Valdinho Caetano, teria uma "participação ativa" na quadrilha, seria sócio de Anísio, mentor intelectual da lavagem de dinheiro e teria pontos de exploração de caça-níqueis em Nilópolis. A Operação 1357 - o nome foi dado porque os acusados se relacionavam pelo apelido de "primo" e os números escolhidos para identificar a operação são números primos - derivou da Operação Escambo, da Polícia Federal do Rio Grande do Norte, que investigava operações de câmbio irregular.   "Eles detectaram a presença de um agente da PF naquela área que freqüentava muito as casas de câmbio irregulares e notificaram a PF em Brasília. Iniciamos uma investigação e descobrimos que o agente tinha uma grande importância na quadrilha. Ele conhecia um doleiro em Natal e sugeriu ao Anísio que o dinheiro fosse lavado lá. O agente subiu na hierarquia do bando e consideramos que ele seja sócio do Anísio. Era ele quem transportava o dinheiro para Natal e fazia o câmbio", disse o superintendente.   Para a operação, a 2ª Vara Criminal Federal de Natal expediu, a pedido da PF, 16 mandados de prisão. Dois foram cumpridos em Natal, 13 no Rio e o último não foi finalizado porque o suspeito morreu na semana passada de morte natural. Anísio, o agente da PF Luciano Delgado Botelho, e outras duas pessoas que tiveram mandado de prisão preventiva decretados foram levados nesta tarde para Natal. Os outros nove presos que tiveram a prisão temporária decretada ficarão à disposição da Justiça num presídio do Rio.   A prisão foi pedida à Justiça Federal do Rio Grande do Norte porque a lavagem de dinheiro era feita lá. A operação contou com 150 agentes da PF que cumpriram também 32 mandados de busca e apreensão - dois no Espírito Santo, 28 no Rio de Janeiro e dois em Natal. Máquinas de caça-níqueis, automóveis de luxo - como os dois Mercedez com adesivo da Beija-Flor de Anísio -, computadores e documentos estão entre os objetos apreendidos. Os presos responderão por crime de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, exploração de caça-níqueis e câmbio irregular.   No ano passado, Anísio foi preso duas vezes durante a Operação Hurricane (furacão), que também identificou uma quadrilha envolvida com caça-níqueis. Ele foi solto pela última vez em dezembro por conta de uma liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e participou do desfile da Beija-Flor, campeã do Carnaval. Anísio afirmou na ocasião que não precisava dar satisfações da vitória. "Isso não é uma resposta à CPI (do Carnaval da Câmara, que levantou suspeitas de manipulação no desfile de 2007). Fazemos isso todo ano. Em seis anos, foram cinco campeonatos", declarou.   Em 1993, ele também foi preso acusado de fazer parte da cúpula do jogo do bicho. Até esta noite, o advogado de Anísio, Ubiratan Guedes, não havia retornado às ligações da reportagem. O nome do advogado do agente da PF e dos outros presos não havia sido revelado pela Superintendência da PF.   (Com Solange Spigliatti, do estadao.com.br)   Atualizado às 18h40 para acréscimo de informações  

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.