SÃO PAULO - A greve dos policiais no Espírito Santo não havia terminado oficialmente no dia 13 de fevereiro - o movimento começou no dia 4 e se estendeu até o dia 22 -, mas na Câmara dos Deputados já tramitava um projeto de lei para anistiar os servidores das punições penais e administrativas. Apresentado pelo deputado Alberto Fraga (DEM-DF), líder da Frente Parlamentar de Segurança Pública, a bancada da bala, o projeto tem como justificativa que “resta comprovado que esse movimento não é uma ação reivindicatória, mas sim uma reação, pois o Estado atuou de tal forma que a atuação dos militares e seus familiares se tornou um ato de defesa pela dignidade e pela sobrevivência”.
Ao Estado, ele, que é coronel da reserva da PM do Distrito Federal, disse ser contra a greve, mas ressaltou a precariedade das condições de trabalho da categoria. “O que está errado também é, entre todas as polícias, a PM ser a única a não poder fazer greve e ver exatamente ela ser desrespeitada pelos governadores”, disse. “Regulamentos antidemocráticos da corporação não permitem que uma categoria tão importante se manifeste, nem para dizer que está passando fome. Então, ao menos, com o projeto, tem que tentar salvar o emprego deles”, completou.
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