Apostilas estão em 7 das 10 escolas do interior mais bem colocadas


Sistemas apostilados são mais baratos e têm o currículo já organizado, mas há resistência e críticas a 'engessamento'

Por Ocimara Balmant e Especial para o Estado

Das dez escolas do interior paulista com notas mais altas e maior participação de alunos na prova do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), sete usam sistema de ensino apostilado. A mais bem classificada, o Colégio Juarez Wanderley, público e mantido pela Embraer em São José dos Campos, adota o sistema Pitágoras. Além do Pitágoras, figuram na lista os sistemas Etapa, Anglo, Objetivo, Poliedro e Positivo. Em muitas cidades, principalmente nas menores, a escola apostilada costuma ser a melhor do município. "Hoje, o ensino médio é direcionado para o vestibular e o sistema atende muito bem a esse objetivo", explica Mariza Scalabrin, gerente de desenvolvimento social do Instituto Embraer. É um resultado oposto ao do observado na capital, onde colégios mais bem avaliados, como Vértice e Santa Cruz, usam material próprio e livros didáticos. Para Paula Louzano, diretora da Fundação Lemann, a escolha pedagógica obedece a uma lógica financeira. "Na capital, os pais pagam caro para que uma escola top contrate os melhores consultores e crie um material sob medida", diz ela.No interior, que cobra mensalidades mais baratas, adotar o método apostilado é uma decisão razoável. "Os sistemas chegam com um preço bom, trazem uma marca conhecida e, além disso, têm um currículo organizado", completa Louzano. Foi essa praticidade que motivou o Colégio Henriqueta Vialta Saad, de Taubaté, a optar pelo sistema Positivo. Mas o bom resultado no Enem, defende Ricardo Nunes Saad, coordenador de ensino médio, não é mérito da apostila. "Nosso diferencial é o professor e a sua vivência, a forma como prepara aula. Tanto que eles têm autonomia até para abrir mão desse material. Nosso professor de literatura, por exemplo, não usa apostila."Resistência. Apesar do crescente uso do material apostilado, ainda há tradicionais que resistem. É o caso do Colégio D"Incao, de Bauru, que oferece ensino de tempo integral. "A apostila ensina o aluno a executar, treina o indivíduo em simulados. É um processo que beira o adestramento", diz Carlos D"Incao, diretor da escola. Para ele, a principal vantagem do livro didático é o aprofundamento. É a mesma opinião da diretora do Colégio Imaculada, de Campinas. "Os livros didáticos são mais completos e os professores, afinados com nossa proposta, conseguem voltar e ensinar o conteúdo para os que não acompanharam. Pelo sistema de apostilas, o professor é obrigado a cumprir um plano e fica engessado", avalia Silvana de Fátima Ribeiro da Cruz. / COLABORARAM MARIANA MANDELLI, TATIANA FÁVARO e JOÃO CARLOS DE FARIA

 

Das dez escolas do interior paulista com notas mais altas e maior participação de alunos na prova do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), sete usam sistema de ensino apostilado. A mais bem classificada, o Colégio Juarez Wanderley, público e mantido pela Embraer em São José dos Campos, adota o sistema Pitágoras. Além do Pitágoras, figuram na lista os sistemas Etapa, Anglo, Objetivo, Poliedro e Positivo. Em muitas cidades, principalmente nas menores, a escola apostilada costuma ser a melhor do município. "Hoje, o ensino médio é direcionado para o vestibular e o sistema atende muito bem a esse objetivo", explica Mariza Scalabrin, gerente de desenvolvimento social do Instituto Embraer. É um resultado oposto ao do observado na capital, onde colégios mais bem avaliados, como Vértice e Santa Cruz, usam material próprio e livros didáticos. Para Paula Louzano, diretora da Fundação Lemann, a escolha pedagógica obedece a uma lógica financeira. "Na capital, os pais pagam caro para que uma escola top contrate os melhores consultores e crie um material sob medida", diz ela.No interior, que cobra mensalidades mais baratas, adotar o método apostilado é uma decisão razoável. "Os sistemas chegam com um preço bom, trazem uma marca conhecida e, além disso, têm um currículo organizado", completa Louzano. Foi essa praticidade que motivou o Colégio Henriqueta Vialta Saad, de Taubaté, a optar pelo sistema Positivo. Mas o bom resultado no Enem, defende Ricardo Nunes Saad, coordenador de ensino médio, não é mérito da apostila. "Nosso diferencial é o professor e a sua vivência, a forma como prepara aula. Tanto que eles têm autonomia até para abrir mão desse material. Nosso professor de literatura, por exemplo, não usa apostila."Resistência. Apesar do crescente uso do material apostilado, ainda há tradicionais que resistem. É o caso do Colégio D"Incao, de Bauru, que oferece ensino de tempo integral. "A apostila ensina o aluno a executar, treina o indivíduo em simulados. É um processo que beira o adestramento", diz Carlos D"Incao, diretor da escola. Para ele, a principal vantagem do livro didático é o aprofundamento. É a mesma opinião da diretora do Colégio Imaculada, de Campinas. "Os livros didáticos são mais completos e os professores, afinados com nossa proposta, conseguem voltar e ensinar o conteúdo para os que não acompanharam. Pelo sistema de apostilas, o professor é obrigado a cumprir um plano e fica engessado", avalia Silvana de Fátima Ribeiro da Cruz. / COLABORARAM MARIANA MANDELLI, TATIANA FÁVARO e JOÃO CARLOS DE FARIA

 

Das dez escolas do interior paulista com notas mais altas e maior participação de alunos na prova do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), sete usam sistema de ensino apostilado. A mais bem classificada, o Colégio Juarez Wanderley, público e mantido pela Embraer em São José dos Campos, adota o sistema Pitágoras. Além do Pitágoras, figuram na lista os sistemas Etapa, Anglo, Objetivo, Poliedro e Positivo. Em muitas cidades, principalmente nas menores, a escola apostilada costuma ser a melhor do município. "Hoje, o ensino médio é direcionado para o vestibular e o sistema atende muito bem a esse objetivo", explica Mariza Scalabrin, gerente de desenvolvimento social do Instituto Embraer. É um resultado oposto ao do observado na capital, onde colégios mais bem avaliados, como Vértice e Santa Cruz, usam material próprio e livros didáticos. Para Paula Louzano, diretora da Fundação Lemann, a escolha pedagógica obedece a uma lógica financeira. "Na capital, os pais pagam caro para que uma escola top contrate os melhores consultores e crie um material sob medida", diz ela.No interior, que cobra mensalidades mais baratas, adotar o método apostilado é uma decisão razoável. "Os sistemas chegam com um preço bom, trazem uma marca conhecida e, além disso, têm um currículo organizado", completa Louzano. Foi essa praticidade que motivou o Colégio Henriqueta Vialta Saad, de Taubaté, a optar pelo sistema Positivo. Mas o bom resultado no Enem, defende Ricardo Nunes Saad, coordenador de ensino médio, não é mérito da apostila. "Nosso diferencial é o professor e a sua vivência, a forma como prepara aula. Tanto que eles têm autonomia até para abrir mão desse material. Nosso professor de literatura, por exemplo, não usa apostila."Resistência. Apesar do crescente uso do material apostilado, ainda há tradicionais que resistem. É o caso do Colégio D"Incao, de Bauru, que oferece ensino de tempo integral. "A apostila ensina o aluno a executar, treina o indivíduo em simulados. É um processo que beira o adestramento", diz Carlos D"Incao, diretor da escola. Para ele, a principal vantagem do livro didático é o aprofundamento. É a mesma opinião da diretora do Colégio Imaculada, de Campinas. "Os livros didáticos são mais completos e os professores, afinados com nossa proposta, conseguem voltar e ensinar o conteúdo para os que não acompanharam. Pelo sistema de apostilas, o professor é obrigado a cumprir um plano e fica engessado", avalia Silvana de Fátima Ribeiro da Cruz. / COLABORARAM MARIANA MANDELLI, TATIANA FÁVARO e JOÃO CARLOS DE FARIA

 

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