Apreensão de palmito ilegal dobra em 1 ano


Por José Maria Tomazela e SOROCABA

A quantidade de palmito clandestino apreendido este ano no interior de São Paulo dobrou em comparação ao ano passado, segundo a Polícia Militar Ambiental. Mais de 50 toneladas do produto in natura ou industrializado tinham sido apreendidas até anteontem.Quase todo o palmito ilegal era proveniente da palmeira juçara (Euterpe edulis), típica da Mata Atlântica, ameaçada de extinção. Como a palmeira em ponto de corte só existe em unidades de conservação, a dedução é que os parques estaduais, apesar de vigiados, são invadidos pelos palmiteiros.As maiores apreensões ocorreram no interior e no entorno dos parques Carlos Botelho, Intervales e Petar (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira), no Vale do Ribeira. A região, no sul do Estado, concentra a maior área contínua de floresta atlântica do País. Apenas a 3ª Companhia de Policiamento Ambiental, sediada em Sorocaba, apreendeu este ano 23,9 toneladas, sendo 17,3 in natura e 6,6 embaladas em vidros e prontas para a venda. O volume corresponde ao corte de aproximadamente 40 mil palmeiras. Em todo o ano passado, foram apreendidas 9,3 ton in natura e 1,3 ton beneficiada. De acordo com a Polícia Ambiental, a maior quantidade foi retirada do Parque Estadual de Carlos Botelho, com sede em São Miguel Arcanjo. A reserva, de 37,6 mil hectares, está na mira de quadrilhas especializadas que se estabeleceram em comunidades no entorno, sobretudo nos municípios de Tapiraí e Sete Barras. Os grupos dispõem de mateiros para localizar e marcar as palmeiras, cortadores que derrubam árvore e fazem o enfeixamento do palmito, e transportadores que usam jumentos e mulas para retirar a carga. O palmito é preparado no entorno, em fabriquetas improvisadas. Embalado em potes de vidro, é vendido para atravessadores ou diretamente para feirantes e donos de restaurantes da capital, Grande São Paulo e interior, às vezes com rótulos falsos.De acordo com a Polícia Ambiental, as apreensões aumentaram depois que o grupo de inteligência da corporação, com a ajuda de guarda-parques, mapeou as reservas da palmeira e as rotas de acesso. Depois de caminhar até 15 horas, em algumas ações a polícia montou jiraus - estruturas de madeira suspensas em árvores - e ficou à espera dos cortadores. Além do dano ambiental, o palmito clandestino representa risco sanitário: preparado sem higiene, pode causar botulismo - intoxicação por alimento contaminado. Araponga ameaçada. O canto metálico da araponga é cada vez mais raro nas áreas de Mata Atlântica. O corte indiscriminado da juçara acelera sua extinção e a de espécies como a jacutinga e o tucano-de-bico-verde. A escassez da espécie leva os palmiteiros a cortá-la mais jovem, antes que lance sementes, o que agrava o risco de extinção.

A quantidade de palmito clandestino apreendido este ano no interior de São Paulo dobrou em comparação ao ano passado, segundo a Polícia Militar Ambiental. Mais de 50 toneladas do produto in natura ou industrializado tinham sido apreendidas até anteontem.Quase todo o palmito ilegal era proveniente da palmeira juçara (Euterpe edulis), típica da Mata Atlântica, ameaçada de extinção. Como a palmeira em ponto de corte só existe em unidades de conservação, a dedução é que os parques estaduais, apesar de vigiados, são invadidos pelos palmiteiros.As maiores apreensões ocorreram no interior e no entorno dos parques Carlos Botelho, Intervales e Petar (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira), no Vale do Ribeira. A região, no sul do Estado, concentra a maior área contínua de floresta atlântica do País. Apenas a 3ª Companhia de Policiamento Ambiental, sediada em Sorocaba, apreendeu este ano 23,9 toneladas, sendo 17,3 in natura e 6,6 embaladas em vidros e prontas para a venda. O volume corresponde ao corte de aproximadamente 40 mil palmeiras. Em todo o ano passado, foram apreendidas 9,3 ton in natura e 1,3 ton beneficiada. De acordo com a Polícia Ambiental, a maior quantidade foi retirada do Parque Estadual de Carlos Botelho, com sede em São Miguel Arcanjo. A reserva, de 37,6 mil hectares, está na mira de quadrilhas especializadas que se estabeleceram em comunidades no entorno, sobretudo nos municípios de Tapiraí e Sete Barras. Os grupos dispõem de mateiros para localizar e marcar as palmeiras, cortadores que derrubam árvore e fazem o enfeixamento do palmito, e transportadores que usam jumentos e mulas para retirar a carga. O palmito é preparado no entorno, em fabriquetas improvisadas. Embalado em potes de vidro, é vendido para atravessadores ou diretamente para feirantes e donos de restaurantes da capital, Grande São Paulo e interior, às vezes com rótulos falsos.De acordo com a Polícia Ambiental, as apreensões aumentaram depois que o grupo de inteligência da corporação, com a ajuda de guarda-parques, mapeou as reservas da palmeira e as rotas de acesso. Depois de caminhar até 15 horas, em algumas ações a polícia montou jiraus - estruturas de madeira suspensas em árvores - e ficou à espera dos cortadores. Além do dano ambiental, o palmito clandestino representa risco sanitário: preparado sem higiene, pode causar botulismo - intoxicação por alimento contaminado. Araponga ameaçada. O canto metálico da araponga é cada vez mais raro nas áreas de Mata Atlântica. O corte indiscriminado da juçara acelera sua extinção e a de espécies como a jacutinga e o tucano-de-bico-verde. A escassez da espécie leva os palmiteiros a cortá-la mais jovem, antes que lance sementes, o que agrava o risco de extinção.

A quantidade de palmito clandestino apreendido este ano no interior de São Paulo dobrou em comparação ao ano passado, segundo a Polícia Militar Ambiental. Mais de 50 toneladas do produto in natura ou industrializado tinham sido apreendidas até anteontem.Quase todo o palmito ilegal era proveniente da palmeira juçara (Euterpe edulis), típica da Mata Atlântica, ameaçada de extinção. Como a palmeira em ponto de corte só existe em unidades de conservação, a dedução é que os parques estaduais, apesar de vigiados, são invadidos pelos palmiteiros.As maiores apreensões ocorreram no interior e no entorno dos parques Carlos Botelho, Intervales e Petar (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira), no Vale do Ribeira. A região, no sul do Estado, concentra a maior área contínua de floresta atlântica do País. Apenas a 3ª Companhia de Policiamento Ambiental, sediada em Sorocaba, apreendeu este ano 23,9 toneladas, sendo 17,3 in natura e 6,6 embaladas em vidros e prontas para a venda. O volume corresponde ao corte de aproximadamente 40 mil palmeiras. Em todo o ano passado, foram apreendidas 9,3 ton in natura e 1,3 ton beneficiada. De acordo com a Polícia Ambiental, a maior quantidade foi retirada do Parque Estadual de Carlos Botelho, com sede em São Miguel Arcanjo. A reserva, de 37,6 mil hectares, está na mira de quadrilhas especializadas que se estabeleceram em comunidades no entorno, sobretudo nos municípios de Tapiraí e Sete Barras. Os grupos dispõem de mateiros para localizar e marcar as palmeiras, cortadores que derrubam árvore e fazem o enfeixamento do palmito, e transportadores que usam jumentos e mulas para retirar a carga. O palmito é preparado no entorno, em fabriquetas improvisadas. Embalado em potes de vidro, é vendido para atravessadores ou diretamente para feirantes e donos de restaurantes da capital, Grande São Paulo e interior, às vezes com rótulos falsos.De acordo com a Polícia Ambiental, as apreensões aumentaram depois que o grupo de inteligência da corporação, com a ajuda de guarda-parques, mapeou as reservas da palmeira e as rotas de acesso. Depois de caminhar até 15 horas, em algumas ações a polícia montou jiraus - estruturas de madeira suspensas em árvores - e ficou à espera dos cortadores. Além do dano ambiental, o palmito clandestino representa risco sanitário: preparado sem higiene, pode causar botulismo - intoxicação por alimento contaminado. Araponga ameaçada. O canto metálico da araponga é cada vez mais raro nas áreas de Mata Atlântica. O corte indiscriminado da juçara acelera sua extinção e a de espécies como a jacutinga e o tucano-de-bico-verde. A escassez da espécie leva os palmiteiros a cortá-la mais jovem, antes que lance sementes, o que agrava o risco de extinção.

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