Memória, preservação e acervos

Congresso Indigenista originou o Dia do Índio


Por Liz Batista e Carlos Eduardo Entini
Atualização:

O Estado de S.Paulo, 17 de abril de 1999

No Brasil, o Dia do Índio é celebrado em 19 de abril desde um decreto-lei do presidente Getúlio Vargas, em 1943. Mas a origem da data é resultado do 1º Congresso Indigenista Interamericano realizado no México em 1940.

O encontro contou com a participação de diversas autoridades governamentais dos países americanos. Mas vários líderes indígenas convidados se mostraram reticentes e desconfiados e não compareceram nos primeiros dias. Tudo indicava que o evento fracassaria. Mas, compreendendo a importância do diálogo proposto, diversas lideranças indígenas resolveram aderir ao congresso, que teve entre suas resoluções a adoção da data comemorativa para toda a América. O enviado brasileiro foi o antropólogo Edgard Roquette-Pinto.

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Foi também na década 40, que o Brasil viveu um momento importante no processo de conhecimento e integração da sua população indígena.

Em 1943, a Marcha para Oeste criada por Vargas para incentivar a ocupação e o desenvolvimento da região Centro-Oeste do país organizava expedições a terras selvagens. Entre os desbravadores, estavam três jovens sertanistas os irmãos Vilas-Bôas que recentemente tiveram suas trajetórias levadas ao cinema no filme Xingu.

 Foto: Estadão
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O político e militar José Vicente Faria Lima visto de uniforme e o sertanista brasileiro Cláudio Vilas-Boas (ao centro) posam com índios em São Paulo, na década de 50.

Foto: Antonio Aguillar/ ArquivoAE

Orlando, Cláudio e Leonardo Vilas-Bôas contribuíram significativamente para a preservação e conhecimento da região central do Brasil. Nos mais de trinta anos que passaram na região, catalogaram cerca de cinco mil indígenas de diferentes tribos.

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Em 1945, a Expedição Roncador-Xingupassou à chefia dos Vilas-Bôas. Essa mudança alterou os processos violentos aplicados nessas expedições. Ao relacionarem-se com os índios, os irmãos buscaram preservar o ideal do lendário sertanista Marechal Rondon: "Morrer se preciso, matar nunca."

 Foto: Estadão

Os irmãos sertanistas, Claudio  e Orlando Vilas-Bôas, 1990.

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Foto: Amancio Chiodi/ ArquivoAE

Pesquisa e texto: Lizbeth Batista e Carlos Eduardo EntiniSiga o Arquivo Estadão: twitter@estadaoarquivo e facebook/arquivoestadao

O Estado de S.Paulo, 17 de abril de 1999

No Brasil, o Dia do Índio é celebrado em 19 de abril desde um decreto-lei do presidente Getúlio Vargas, em 1943. Mas a origem da data é resultado do 1º Congresso Indigenista Interamericano realizado no México em 1940.

O encontro contou com a participação de diversas autoridades governamentais dos países americanos. Mas vários líderes indígenas convidados se mostraram reticentes e desconfiados e não compareceram nos primeiros dias. Tudo indicava que o evento fracassaria. Mas, compreendendo a importância do diálogo proposto, diversas lideranças indígenas resolveram aderir ao congresso, que teve entre suas resoluções a adoção da data comemorativa para toda a América. O enviado brasileiro foi o antropólogo Edgard Roquette-Pinto.

Foi também na década 40, que o Brasil viveu um momento importante no processo de conhecimento e integração da sua população indígena.

Em 1943, a Marcha para Oeste criada por Vargas para incentivar a ocupação e o desenvolvimento da região Centro-Oeste do país organizava expedições a terras selvagens. Entre os desbravadores, estavam três jovens sertanistas os irmãos Vilas-Bôas que recentemente tiveram suas trajetórias levadas ao cinema no filme Xingu.

 Foto: Estadão

O político e militar José Vicente Faria Lima visto de uniforme e o sertanista brasileiro Cláudio Vilas-Boas (ao centro) posam com índios em São Paulo, na década de 50.

Foto: Antonio Aguillar/ ArquivoAE

Orlando, Cláudio e Leonardo Vilas-Bôas contribuíram significativamente para a preservação e conhecimento da região central do Brasil. Nos mais de trinta anos que passaram na região, catalogaram cerca de cinco mil indígenas de diferentes tribos.

Em 1945, a Expedição Roncador-Xingupassou à chefia dos Vilas-Bôas. Essa mudança alterou os processos violentos aplicados nessas expedições. Ao relacionarem-se com os índios, os irmãos buscaram preservar o ideal do lendário sertanista Marechal Rondon: "Morrer se preciso, matar nunca."

 Foto: Estadão

Os irmãos sertanistas, Claudio  e Orlando Vilas-Bôas, 1990.

Foto: Amancio Chiodi/ ArquivoAE

Pesquisa e texto: Lizbeth Batista e Carlos Eduardo EntiniSiga o Arquivo Estadão: twitter@estadaoarquivo e facebook/arquivoestadao

O Estado de S.Paulo, 17 de abril de 1999

No Brasil, o Dia do Índio é celebrado em 19 de abril desde um decreto-lei do presidente Getúlio Vargas, em 1943. Mas a origem da data é resultado do 1º Congresso Indigenista Interamericano realizado no México em 1940.

O encontro contou com a participação de diversas autoridades governamentais dos países americanos. Mas vários líderes indígenas convidados se mostraram reticentes e desconfiados e não compareceram nos primeiros dias. Tudo indicava que o evento fracassaria. Mas, compreendendo a importância do diálogo proposto, diversas lideranças indígenas resolveram aderir ao congresso, que teve entre suas resoluções a adoção da data comemorativa para toda a América. O enviado brasileiro foi o antropólogo Edgard Roquette-Pinto.

Foi também na década 40, que o Brasil viveu um momento importante no processo de conhecimento e integração da sua população indígena.

Em 1943, a Marcha para Oeste criada por Vargas para incentivar a ocupação e o desenvolvimento da região Centro-Oeste do país organizava expedições a terras selvagens. Entre os desbravadores, estavam três jovens sertanistas os irmãos Vilas-Bôas que recentemente tiveram suas trajetórias levadas ao cinema no filme Xingu.

 Foto: Estadão

O político e militar José Vicente Faria Lima visto de uniforme e o sertanista brasileiro Cláudio Vilas-Boas (ao centro) posam com índios em São Paulo, na década de 50.

Foto: Antonio Aguillar/ ArquivoAE

Orlando, Cláudio e Leonardo Vilas-Bôas contribuíram significativamente para a preservação e conhecimento da região central do Brasil. Nos mais de trinta anos que passaram na região, catalogaram cerca de cinco mil indígenas de diferentes tribos.

Em 1945, a Expedição Roncador-Xingupassou à chefia dos Vilas-Bôas. Essa mudança alterou os processos violentos aplicados nessas expedições. Ao relacionarem-se com os índios, os irmãos buscaram preservar o ideal do lendário sertanista Marechal Rondon: "Morrer se preciso, matar nunca."

 Foto: Estadão

Os irmãos sertanistas, Claudio  e Orlando Vilas-Bôas, 1990.

Foto: Amancio Chiodi/ ArquivoAE

Pesquisa e texto: Lizbeth Batista e Carlos Eduardo EntiniSiga o Arquivo Estadão: twitter@estadaoarquivo e facebook/arquivoestadao

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