É o que pode ser lido no anúncio publicado no Painel de Negócios do Estadão em 1/3/1988: "grandes supermercados e butiques descobriram as vantagens de aproveitar a embalagem para divulgar sua marca, uma estratégia de marketing barata e eficiente, que traz ainda o benefício de embalar com rapidez a mercadoria comprada".
Além disso, foi introduzida como uma alternativa ao saco de lixo: "os consumidores levam para casa as sacolas com a marca da empresa, numa vida útil e prolongada pelos vários usos que delas se fazem, inclusive como saco de lixo".
Vale ressaltar que o uso da sacola como embalagem para lixo continua sendo um argumento forte, pois desde 1972 os paulistanos são obrigados por lei a embalar o lixo em saco plástico. Antes da distribuição das sacolas pelo comércio, o cidadão era obrigado a comprar sacos de lixo.
Anúncio publicado no suplemento Painel de Negócios do Estado de S. Paulo em 1/3/1988
Em 1970, sacolinhas plásticas eram 'brindes' para agradar e fidelizar os clientes. Anúncio da Eletroradiobrás, 1/1/1970
Sustantabilidade. O termo é atual, mas a discussão sobre a poluição do meio ambiente causada pelo plástico e por outras embalagens não é nova. Em 1973, antes mesmo dos supermercados aderirem em massa ao uso da embalagem plástica, pesquisadores e ambientalistas já argumentavam sobre o tempo prolongado para a degradação do plástico, a quantidade de embalagens geradas pela sociedade que não tinha destino e certo e pediam uma política internacional para a proteção do ambiente.
O Estado de S. Paulo, 25/3/1973
A reciclagem é também muita usada em relação ao papel nos Estados Unidos e países europeus. (...) O Brasil, ao que parece, não está nem um pouco inclinado a seguir os recentes bons exemplos dos Estados Unidos, apesar de ter montado, pelo menos nos grandes centros, os equipamentos necessários para a transformação do papel. Pode se constatar isso pelo desaparecimento de compradores e recolhedores de papel (...)."
O Estado de S. Paulo, 27/1/1984
Pesquisa e Texto: Carlos Eduardo Entini, Edmundo Leite e Rose SaconiSiga o Arquivo Estadão: twitter@estadaoarquivo | facebook/arquivoestadao | Instagram