A Província de S. Paulo - 1/1/1876
Em 1881 o serviço foi outorgado à empresa Companhia de Águas e Esgotos. Em 1893 o governo do Estado de São Paulo assumiu a tarefa e criou a RAE, Repartição de Águas e Esgotos.
Independente da forma de gestão, o problema se mostrou estrutural. Com o crescimento populacional acelerado no século 20, da cidade e da região metropolitana, ficou claro que a cidade viveria a indisponibilidade de água por não possuir bacias hidrográficas suficientes para abastecê-la. Cantareira e Guarapiranga, os primeiros sistemas fornecedores de água, haviam se tornado ultrapassados.
O Estado de S. Paulo 23/8/1955
A solução foi transpor água de outras bacias, ou seja, importar de outros rios. Nos mesmo moldes que está sendo feita a tão criticada transposição do Rio São Francisco.
A primeira obra de transposição foi decidida depois da grave crise de água que a cidade viveu em meados da década de 20. Foram iniciados os sistemas do Baixo Cotia e do Rio Claro. Esse captaria água do rio com o mesmo nome, e ela seria transportada por meio de aquedutos e adutoras com extensão de 86 km. Obra considerada faraônica na época. A primeira parte da obra foi inaugurada em 1941, 15 anos depois do início.
Desde então as transposições para abastecer a região metropolitana de São Paulo não pararam, e já chegam a bacias hidrográficas de outros estados. O Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de cerca de 8 milhões de pessoas, já usa água de rios do sul de Minas Gerais.
O Estado de S. Paulo - 22/6/1969
A normalidade do abastecimento de água que a região vive é só aparência. Em 2009, Dilma Pena, presidente da Sabesp, reconheceu que a região está próxima de uma "escassez hídrica". "Acabou, não temos mais mananciais. Então nós temos que buscar mananciais de outras bacias", declarou Pena à TV Estado. Assista a entrevista aqui.
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Pesquisa e Texto: Carlos Eduardo Entini Siga o Arquivo Estadão: twitter@estadaoarquivo e facebook/arquivoestadao