Entidades do maior setor da indústria nacional, responsável por colocar na mesa dos brasileiros todos os anos mais de 270 milhões de toneladas de comida e bebidas não alcoólicas, lançaram um movimento pela valorização dessa cadeia produtiva fundamental para o País. A partir da união da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (ABIR), Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (ABICAB) e Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI) nasceu a União Nacional da Cadeia Produtiva de Alimentos e Bebidas Não Alcoólicas, a UNCAB.
Responsável por 10,9% do PIB do Brasil, o setor gera em toda a cadeia produtiva 9,87 milhões de empregos diretos e indiretos. Dados da UNCAB mostram que a indústria brasileira de alimentos e bebidas processa 61% de tudo o que é produzido no campo. Com isso, o setor garante não só o desenvolvimento econômico e social do País, mas também leva alimentação diversa, segura e equilibrada à mesa dos brasileiros.
“Estamos oficializando uma união que já existe, na verdade, há muito tempo, com grande atuação em conjunto. Temos um poder significativo na geração de empregos, com fábricas de norte a sul do País, com uma capilaridade ímpar. Temos orgulho em fazer parte da solução com engajamento em muitas agendas positivas e compromissos robustos”, afirma Victor Bicca, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (ABIR).
A UNCAB nasce não só para demonstrar a importância e a força do setor, mas também para discutir temas como insegurança alimentar e questionar, por exemplo, aumento de impostos e a não elevação da carga tributária sobre alimentos e bebidas não alcoólicas. “Estamos vivendo um ano desafiador pela discussão da reforma tributária no Congresso. Lutar contra o aumento de impostos significa defender o acesso democrático aos alimentos”, diz o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (ABICAB), Jaime Recena.
O investimento em inovação e em novos processos, ingredientes e formulações é um dos pilares do setor – com o montante de R$ 36 bilhões aplicados somente em 2023. São mais de 38 mil empresas – das quais 35 mil são micro, pequenas e médias – produzindo alimentos todos os dias.
“A indústria de alimentos e bebidas tem uma importância inegável para o desenvolvimento econômico e social do País, é o maior setor econômico do Brasil. Entretanto, vem sendo muito atacada e, neste momento de regulamentação da reforma tributária, há ONGs e grupos de pressão pedindo o aumento de impostos sobre os alimentos chamados de ‘ultraprocessados’, um conceito que não encontra consenso científico nacional ou internacional. Somos o celeiro do mundo e nos firmamos como o maior exportador de alimentos industrializados do planeta. Não faz sentido ter nem um cidadão brasileiro passando fome. É constrangedor que venham pedir aumento de imposto sobre qualquer tipo de alimento”, diz João Dornellas, presidente executivo da ABIA.
O setor evoluiu nas últimas décadas em todas as categorias e em toda a cadeia, e essa inovação se dá do campo até a embalagem. Com isso, os brasileiros vêm ganhando cada vez mais opções de alimentos e bebidas, com diversos perfis nutricionais, e que se adaptam ao gosto, à necessidade e ao estilo de vida dos consumidores.
“O lançamento da UNCAB é uma demonstração do nosso compromisso em enfrentar desafios relevantes da indústria brasileira de alimentos e bebidas. Esse marco enfatiza nossa dedicação e nosso cuidado em abordar questões que têm um impacto direto nos interesses dos consumidores, enquanto garantimos o acesso a alimentos seguros e de qualidade. Em um país onde milhões de pessoas enfrentam a insegurança alimentar, esse compromisso se torna ainda mais crucial”, finaliza Claudio Zanão, presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI).