Ataque a creche em Blumenau: ‘Ela só chora’, diz pai de menina de 4 anos que presenciou mortes


Vidraceiro afirma que criança relatou o momento em que o homem pulou o muro e invadiu o pátio

Por Vanessa Eskelsen
Atualização:

A filha de 4 anos do vidraceiro Henrique Araújo, de 31, estava no pátio da creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, em Santa Catarina, quando um homem de 25 anos pulou o muro e invadiu o local. O ataque* deixou quatro crianças mortas – três meninos e uma menina com idades entre 4 e 7 anos – e outras cinco feridas.

As vítimas são:

  • Bernardo Cunha Machado, de 5 anos
  • Bernardo Pabst da Cunha, 4 anos
  • Larissa Maia Toldo, 7 anos
  • Enzo Marchesin, de 4 anos
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Segundo relatos, as crianças foram atingidas enquanto brincavam na área externa. “Ela relatou que viu o moço de capacete rosa pular o muro com um martelo e uma faca na mão e chamou a professora”, disse Araújo. O “martelo” a que a criança se referia foi a machadinha usada pelo agressor para golpear os alunos.

A menina, afirmou o pai, contou ter visto o homem bater com a arma na cabeça de um coleguinha, Enzo, que acabou morrendo. “Ela só chora em casa. Para essas crianças voltarem para a escola vai ser complicado.”

Um homem não identificado que perdeu um filho no ataque saiu da creche no fim da manhã carregando o material escolar da criança. “Só sobrou a mochila do meu filho”, disse ele, que chorava e foi abraçado por outros presentes.

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“Agradeço a Deus todos os momentos que vivi com o meu filho. A partir de hoje a memória dele vai ser honrada no meu coração”, afirmou a jornalistas Bruno Bride, pai de Bernardo, de 5 anos, também vítima do ataque. Ele contou ainda que nesta manhã os dois foram para creche dando pulos “imitando um coelhinho”.

Quatro crianças foram mortas na creche em Blumenau. Foto: Anderson Coelho/AFP

Em nota de pesar, a direção da creche particular afirmou estar desolada. “Estamos desolados com a tragédia ocorrida no dia de hoje no nosso ambiente escolar, sofrendo terrivelmente e sentindo as dores que afetam cada criança, familiar, amigo. Ainda estamos tentando entender o ocorrido, que atinge o que nos é mais sagrado: a integridade de nossas crianças, que sempre foram aqui recebidas com amor e carinho.”

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O agressor fugiu do local após o ataque e se entregou no 10º Batalhão da Polícia Militar, onde foi preso e encaminhado à Polícia Civil.

NOTA DA REDAÇÃO: O Estadão decidiu não publicar foto, vídeo, nome ou outras informações sobre o autor do ataque, embora ele seja maior de idade. Essa decisão segue recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência em indivíduos e comunidades de ódio, o que resulta em novos casos. A visibilidade dos agressores é considerada como um “troféu” dentro dessas redes. Pelo mesmo motivo, também não foram divulgados vídeos do ataque em uma escola estadual na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, no último dia 27 de março.

A filha de 4 anos do vidraceiro Henrique Araújo, de 31, estava no pátio da creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, em Santa Catarina, quando um homem de 25 anos pulou o muro e invadiu o local. O ataque* deixou quatro crianças mortas – três meninos e uma menina com idades entre 4 e 7 anos – e outras cinco feridas.

As vítimas são:

  • Bernardo Cunha Machado, de 5 anos
  • Bernardo Pabst da Cunha, 4 anos
  • Larissa Maia Toldo, 7 anos
  • Enzo Marchesin, de 4 anos

Segundo relatos, as crianças foram atingidas enquanto brincavam na área externa. “Ela relatou que viu o moço de capacete rosa pular o muro com um martelo e uma faca na mão e chamou a professora”, disse Araújo. O “martelo” a que a criança se referia foi a machadinha usada pelo agressor para golpear os alunos.

A menina, afirmou o pai, contou ter visto o homem bater com a arma na cabeça de um coleguinha, Enzo, que acabou morrendo. “Ela só chora em casa. Para essas crianças voltarem para a escola vai ser complicado.”

Um homem não identificado que perdeu um filho no ataque saiu da creche no fim da manhã carregando o material escolar da criança. “Só sobrou a mochila do meu filho”, disse ele, que chorava e foi abraçado por outros presentes.

“Agradeço a Deus todos os momentos que vivi com o meu filho. A partir de hoje a memória dele vai ser honrada no meu coração”, afirmou a jornalistas Bruno Bride, pai de Bernardo, de 5 anos, também vítima do ataque. Ele contou ainda que nesta manhã os dois foram para creche dando pulos “imitando um coelhinho”.

Quatro crianças foram mortas na creche em Blumenau. Foto: Anderson Coelho/AFP

Em nota de pesar, a direção da creche particular afirmou estar desolada. “Estamos desolados com a tragédia ocorrida no dia de hoje no nosso ambiente escolar, sofrendo terrivelmente e sentindo as dores que afetam cada criança, familiar, amigo. Ainda estamos tentando entender o ocorrido, que atinge o que nos é mais sagrado: a integridade de nossas crianças, que sempre foram aqui recebidas com amor e carinho.”

O agressor fugiu do local após o ataque e se entregou no 10º Batalhão da Polícia Militar, onde foi preso e encaminhado à Polícia Civil.

NOTA DA REDAÇÃO: O Estadão decidiu não publicar foto, vídeo, nome ou outras informações sobre o autor do ataque, embora ele seja maior de idade. Essa decisão segue recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência em indivíduos e comunidades de ódio, o que resulta em novos casos. A visibilidade dos agressores é considerada como um “troféu” dentro dessas redes. Pelo mesmo motivo, também não foram divulgados vídeos do ataque em uma escola estadual na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, no último dia 27 de março.

A filha de 4 anos do vidraceiro Henrique Araújo, de 31, estava no pátio da creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, em Santa Catarina, quando um homem de 25 anos pulou o muro e invadiu o local. O ataque* deixou quatro crianças mortas – três meninos e uma menina com idades entre 4 e 7 anos – e outras cinco feridas.

As vítimas são:

  • Bernardo Cunha Machado, de 5 anos
  • Bernardo Pabst da Cunha, 4 anos
  • Larissa Maia Toldo, 7 anos
  • Enzo Marchesin, de 4 anos

Segundo relatos, as crianças foram atingidas enquanto brincavam na área externa. “Ela relatou que viu o moço de capacete rosa pular o muro com um martelo e uma faca na mão e chamou a professora”, disse Araújo. O “martelo” a que a criança se referia foi a machadinha usada pelo agressor para golpear os alunos.

A menina, afirmou o pai, contou ter visto o homem bater com a arma na cabeça de um coleguinha, Enzo, que acabou morrendo. “Ela só chora em casa. Para essas crianças voltarem para a escola vai ser complicado.”

Um homem não identificado que perdeu um filho no ataque saiu da creche no fim da manhã carregando o material escolar da criança. “Só sobrou a mochila do meu filho”, disse ele, que chorava e foi abraçado por outros presentes.

“Agradeço a Deus todos os momentos que vivi com o meu filho. A partir de hoje a memória dele vai ser honrada no meu coração”, afirmou a jornalistas Bruno Bride, pai de Bernardo, de 5 anos, também vítima do ataque. Ele contou ainda que nesta manhã os dois foram para creche dando pulos “imitando um coelhinho”.

Quatro crianças foram mortas na creche em Blumenau. Foto: Anderson Coelho/AFP

Em nota de pesar, a direção da creche particular afirmou estar desolada. “Estamos desolados com a tragédia ocorrida no dia de hoje no nosso ambiente escolar, sofrendo terrivelmente e sentindo as dores que afetam cada criança, familiar, amigo. Ainda estamos tentando entender o ocorrido, que atinge o que nos é mais sagrado: a integridade de nossas crianças, que sempre foram aqui recebidas com amor e carinho.”

O agressor fugiu do local após o ataque e se entregou no 10º Batalhão da Polícia Militar, onde foi preso e encaminhado à Polícia Civil.

NOTA DA REDAÇÃO: O Estadão decidiu não publicar foto, vídeo, nome ou outras informações sobre o autor do ataque, embora ele seja maior de idade. Essa decisão segue recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência em indivíduos e comunidades de ódio, o que resulta em novos casos. A visibilidade dos agressores é considerada como um “troféu” dentro dessas redes. Pelo mesmo motivo, também não foram divulgados vídeos do ataque em uma escola estadual na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, no último dia 27 de março.

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