Ataque a escolas de Aracruz, no ES, deixou quatro pessoas mortas; saiba quem são as vítimas


Três professoras e uma aluna de 12 anos morreram baleadas pelo adolescente que invadiu dois colégios

Por Giovanna Castro
Atualização:

O atentado às escolas de Aracruz, no Espírito Santo, na última sexta-feira, 25, deixou quatro pessoas mortas. Duas professoras da Escola Estadual Primo Betti, a primeira a ser invadida, morreram no local e uma morreu no sábado, 26, após ser internada em estado grave e passar por uma cirurgia. A vítima mais nova foi Selena Sagrillo, uma menina de 12 anos que estudava no segundo colégio invadido pelo atirador, o Centro Educacional Praia de Coqueiral.

Os velórios das vítimas aconteceram neste fim de semana e foram marcados por homenagens e protestos. Conheça mais sobre elas:

Selena Sagrillo, de 12 anos

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Selena tinha recém completado 12 anos e era aluna da segunda escola a ser invadida pelo atirador em Aracruz. Foto: Arquivo Pessoal/Thais Fanttini Sagrillo Zuccolotto

Selena havia completado 12 anos em outubro. Ela era aluna do 6° ano do ensino fundamental da escola Centro Educacional Praia de Coqueiral, a segunda a ser invadida pelo atirador. Em uma carta aberta, a mãe da menina disse que ela “estava se tornando uma mulher poderosa, alma livre, feminina”.

“A promessa de uma vida inteira foi desfeita. Todo um futuro interrompido. A custo do ódio, do desamor, do terror. Não venho aqui clamar por retaliação, pois de ódio, estou farta. Clamo por piedade e por segurança para nossas crianças serem as milhões de pequenas revoluções que elas poderiam ser”, disse em carta Thais Fanttini Sagrillo Zuccolotto, mãe de Selena. Leia a íntegra aqui.

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Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, de 48 anos

Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, uma das vítimas do atentado às escolas de Aracruz, no ES. Foto: Reprodução/Facebook

Maria, mais conhecida pelo seu sobrenome, Penha, lecionava artes na Escola Estadual Primo Bitti sob contrato de designação temporária desde março deste ano. A professora morreu no local logo após o disparo dos tiros. Ela deixou o marido, o eletricista Wellington Banhos, e três filhos: um menino de 11 anos e duas meninas, de 7 e 17 anos.

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À imprensa, Wellington contou que soube do ataque por meio da filha mais nova. “Minha filha mandou mensagem para mim, fui ao hospital para verificar e fui para a escola. Eu queria ver ela, abraçar ela. Mas não consegui”, disse.

Cybelle Passos Bezerra Lara, de 45 anos

Cybelle Passos Bezerra Lara, professora morta em ataque às escolas de Aracruz, ES. Foto: Reprodução/Facebook
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Assim como Maria da Penha, Cybelle também morreu na escola em que trabalhava, a Primo Betti, após os tiros. Ela era mestre em Matemática pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e lecionava a disciplina na escola desde 2018.

Na mesma semana em que foi morta, Cybelle havia recebido a premiação de Boas Práticas da Educação em um evento que aconteceu na própria escola e contou com a presença do governador reeleito Renato Casagrande (PSB).

Flávia Amoss Merçon Leonardo, de 38 anos

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Flávia Amoss Merçon Leonardo, professora vítima de atentado às escolas de Aracruz, no ES. Foto: Reprodução/Facebook

Flávia era professora de Sociologia na Escola Estadual Primo Bitti. Ela tinha título de mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e era doutora em Antropologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela chegou a ser internada no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves (HEJSN), em Serra, e passou por uma cirurgia, mas morreu no dia seguinte ao atentado.

Em nota, o Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFES disse que “Flávia dedicou sua trajetória acadêmica aos estudos juntos às comunidades pesqueiras e tradicionais do Espírito Santo”. “Aguerrida e doce, sempre acreditou num mundo e num país mais justo e democrático, e sempre esteve à frente em busca dessa conquista. Foi uma pessoa dedicada em tudo que realizou. Uma pesquisadora brilhante e atenta, respeitosa e responsável”, diz o texto.

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Entenda o caso de Aracruz

Um adolescente de 16 anos abriu fogo contra professores e estudantes de duas escolas no município de Aracruz, localizado no litoral norte do Espírito Santo. O caso aconteceu na manhã desta sexta-feira, 25.

Flagrado por câmeras de segurança instaladas na escola da rede estadual e primeira a ser atacada, a Primo Bitti, o atirador chegou ao local dirigindo um veículo Renault Duster dourado que tinha as placas cobertas.

Ostentando uma suástica – símbolo nazista – em um dos braços, além de roupa tática e duas armas (uma pistola .40 e um revólver 38 pertencentes ao pai policial), o atirador entrou sem dificuldades pelo portão e, em seguida, se dirigiu à sala dos professores, onde fez as suas duas primeiras vítimas fatais e feriu outras nove pessoas.

Apreendido em casa, o menor de idade foi encaminhado para uma unidade prisional na Grande Vitória, onde passou a noite. A Polícia Civil informou que o adolescente deve responder por ato infracional análogo a nove tentativas de homicídio, além dos quatro homicídios. O crime ainda deve ser enquadrado como realizado por motivo fútil e impossibilidade de defesa das vítimas.

Não é a primeira vez que o Espírito Santo vive um caso como este: em agosto deste ano, o ex-aluno de uma escola de Jardim da Penha, bairro nobre da capital capixaba, Henrique Lira Trad, de 18 anos, foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio ao invadir sua antiga escola.

Munido de facas ninjas, flechas e coquetéis molotov, Henrique foi interceptado pela polícia e não chegou a concluir o crime que ameaçou realizar contra funcionários e estudantes da instituição. O processo segue em segredo de Justiça.

O atentado às escolas de Aracruz, no Espírito Santo, na última sexta-feira, 25, deixou quatro pessoas mortas. Duas professoras da Escola Estadual Primo Betti, a primeira a ser invadida, morreram no local e uma morreu no sábado, 26, após ser internada em estado grave e passar por uma cirurgia. A vítima mais nova foi Selena Sagrillo, uma menina de 12 anos que estudava no segundo colégio invadido pelo atirador, o Centro Educacional Praia de Coqueiral.

Os velórios das vítimas aconteceram neste fim de semana e foram marcados por homenagens e protestos. Conheça mais sobre elas:

Selena Sagrillo, de 12 anos

Selena tinha recém completado 12 anos e era aluna da segunda escola a ser invadida pelo atirador em Aracruz. Foto: Arquivo Pessoal/Thais Fanttini Sagrillo Zuccolotto

Selena havia completado 12 anos em outubro. Ela era aluna do 6° ano do ensino fundamental da escola Centro Educacional Praia de Coqueiral, a segunda a ser invadida pelo atirador. Em uma carta aberta, a mãe da menina disse que ela “estava se tornando uma mulher poderosa, alma livre, feminina”.

“A promessa de uma vida inteira foi desfeita. Todo um futuro interrompido. A custo do ódio, do desamor, do terror. Não venho aqui clamar por retaliação, pois de ódio, estou farta. Clamo por piedade e por segurança para nossas crianças serem as milhões de pequenas revoluções que elas poderiam ser”, disse em carta Thais Fanttini Sagrillo Zuccolotto, mãe de Selena. Leia a íntegra aqui.

Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, de 48 anos

Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, uma das vítimas do atentado às escolas de Aracruz, no ES. Foto: Reprodução/Facebook

Maria, mais conhecida pelo seu sobrenome, Penha, lecionava artes na Escola Estadual Primo Bitti sob contrato de designação temporária desde março deste ano. A professora morreu no local logo após o disparo dos tiros. Ela deixou o marido, o eletricista Wellington Banhos, e três filhos: um menino de 11 anos e duas meninas, de 7 e 17 anos.

À imprensa, Wellington contou que soube do ataque por meio da filha mais nova. “Minha filha mandou mensagem para mim, fui ao hospital para verificar e fui para a escola. Eu queria ver ela, abraçar ela. Mas não consegui”, disse.

Cybelle Passos Bezerra Lara, de 45 anos

Cybelle Passos Bezerra Lara, professora morta em ataque às escolas de Aracruz, ES. Foto: Reprodução/Facebook

Assim como Maria da Penha, Cybelle também morreu na escola em que trabalhava, a Primo Betti, após os tiros. Ela era mestre em Matemática pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e lecionava a disciplina na escola desde 2018.

Na mesma semana em que foi morta, Cybelle havia recebido a premiação de Boas Práticas da Educação em um evento que aconteceu na própria escola e contou com a presença do governador reeleito Renato Casagrande (PSB).

Flávia Amoss Merçon Leonardo, de 38 anos

Flávia Amoss Merçon Leonardo, professora vítima de atentado às escolas de Aracruz, no ES. Foto: Reprodução/Facebook

Flávia era professora de Sociologia na Escola Estadual Primo Bitti. Ela tinha título de mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e era doutora em Antropologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela chegou a ser internada no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves (HEJSN), em Serra, e passou por uma cirurgia, mas morreu no dia seguinte ao atentado.

Em nota, o Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFES disse que “Flávia dedicou sua trajetória acadêmica aos estudos juntos às comunidades pesqueiras e tradicionais do Espírito Santo”. “Aguerrida e doce, sempre acreditou num mundo e num país mais justo e democrático, e sempre esteve à frente em busca dessa conquista. Foi uma pessoa dedicada em tudo que realizou. Uma pesquisadora brilhante e atenta, respeitosa e responsável”, diz o texto.

Entenda o caso de Aracruz

Um adolescente de 16 anos abriu fogo contra professores e estudantes de duas escolas no município de Aracruz, localizado no litoral norte do Espírito Santo. O caso aconteceu na manhã desta sexta-feira, 25.

Flagrado por câmeras de segurança instaladas na escola da rede estadual e primeira a ser atacada, a Primo Bitti, o atirador chegou ao local dirigindo um veículo Renault Duster dourado que tinha as placas cobertas.

Ostentando uma suástica – símbolo nazista – em um dos braços, além de roupa tática e duas armas (uma pistola .40 e um revólver 38 pertencentes ao pai policial), o atirador entrou sem dificuldades pelo portão e, em seguida, se dirigiu à sala dos professores, onde fez as suas duas primeiras vítimas fatais e feriu outras nove pessoas.

Apreendido em casa, o menor de idade foi encaminhado para uma unidade prisional na Grande Vitória, onde passou a noite. A Polícia Civil informou que o adolescente deve responder por ato infracional análogo a nove tentativas de homicídio, além dos quatro homicídios. O crime ainda deve ser enquadrado como realizado por motivo fútil e impossibilidade de defesa das vítimas.

Não é a primeira vez que o Espírito Santo vive um caso como este: em agosto deste ano, o ex-aluno de uma escola de Jardim da Penha, bairro nobre da capital capixaba, Henrique Lira Trad, de 18 anos, foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio ao invadir sua antiga escola.

Munido de facas ninjas, flechas e coquetéis molotov, Henrique foi interceptado pela polícia e não chegou a concluir o crime que ameaçou realizar contra funcionários e estudantes da instituição. O processo segue em segredo de Justiça.

O atentado às escolas de Aracruz, no Espírito Santo, na última sexta-feira, 25, deixou quatro pessoas mortas. Duas professoras da Escola Estadual Primo Betti, a primeira a ser invadida, morreram no local e uma morreu no sábado, 26, após ser internada em estado grave e passar por uma cirurgia. A vítima mais nova foi Selena Sagrillo, uma menina de 12 anos que estudava no segundo colégio invadido pelo atirador, o Centro Educacional Praia de Coqueiral.

Os velórios das vítimas aconteceram neste fim de semana e foram marcados por homenagens e protestos. Conheça mais sobre elas:

Selena Sagrillo, de 12 anos

Selena tinha recém completado 12 anos e era aluna da segunda escola a ser invadida pelo atirador em Aracruz. Foto: Arquivo Pessoal/Thais Fanttini Sagrillo Zuccolotto

Selena havia completado 12 anos em outubro. Ela era aluna do 6° ano do ensino fundamental da escola Centro Educacional Praia de Coqueiral, a segunda a ser invadida pelo atirador. Em uma carta aberta, a mãe da menina disse que ela “estava se tornando uma mulher poderosa, alma livre, feminina”.

“A promessa de uma vida inteira foi desfeita. Todo um futuro interrompido. A custo do ódio, do desamor, do terror. Não venho aqui clamar por retaliação, pois de ódio, estou farta. Clamo por piedade e por segurança para nossas crianças serem as milhões de pequenas revoluções que elas poderiam ser”, disse em carta Thais Fanttini Sagrillo Zuccolotto, mãe de Selena. Leia a íntegra aqui.

Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, de 48 anos

Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, uma das vítimas do atentado às escolas de Aracruz, no ES. Foto: Reprodução/Facebook

Maria, mais conhecida pelo seu sobrenome, Penha, lecionava artes na Escola Estadual Primo Bitti sob contrato de designação temporária desde março deste ano. A professora morreu no local logo após o disparo dos tiros. Ela deixou o marido, o eletricista Wellington Banhos, e três filhos: um menino de 11 anos e duas meninas, de 7 e 17 anos.

À imprensa, Wellington contou que soube do ataque por meio da filha mais nova. “Minha filha mandou mensagem para mim, fui ao hospital para verificar e fui para a escola. Eu queria ver ela, abraçar ela. Mas não consegui”, disse.

Cybelle Passos Bezerra Lara, de 45 anos

Cybelle Passos Bezerra Lara, professora morta em ataque às escolas de Aracruz, ES. Foto: Reprodução/Facebook

Assim como Maria da Penha, Cybelle também morreu na escola em que trabalhava, a Primo Betti, após os tiros. Ela era mestre em Matemática pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e lecionava a disciplina na escola desde 2018.

Na mesma semana em que foi morta, Cybelle havia recebido a premiação de Boas Práticas da Educação em um evento que aconteceu na própria escola e contou com a presença do governador reeleito Renato Casagrande (PSB).

Flávia Amoss Merçon Leonardo, de 38 anos

Flávia Amoss Merçon Leonardo, professora vítima de atentado às escolas de Aracruz, no ES. Foto: Reprodução/Facebook

Flávia era professora de Sociologia na Escola Estadual Primo Bitti. Ela tinha título de mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e era doutora em Antropologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela chegou a ser internada no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves (HEJSN), em Serra, e passou por uma cirurgia, mas morreu no dia seguinte ao atentado.

Em nota, o Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFES disse que “Flávia dedicou sua trajetória acadêmica aos estudos juntos às comunidades pesqueiras e tradicionais do Espírito Santo”. “Aguerrida e doce, sempre acreditou num mundo e num país mais justo e democrático, e sempre esteve à frente em busca dessa conquista. Foi uma pessoa dedicada em tudo que realizou. Uma pesquisadora brilhante e atenta, respeitosa e responsável”, diz o texto.

Entenda o caso de Aracruz

Um adolescente de 16 anos abriu fogo contra professores e estudantes de duas escolas no município de Aracruz, localizado no litoral norte do Espírito Santo. O caso aconteceu na manhã desta sexta-feira, 25.

Flagrado por câmeras de segurança instaladas na escola da rede estadual e primeira a ser atacada, a Primo Bitti, o atirador chegou ao local dirigindo um veículo Renault Duster dourado que tinha as placas cobertas.

Ostentando uma suástica – símbolo nazista – em um dos braços, além de roupa tática e duas armas (uma pistola .40 e um revólver 38 pertencentes ao pai policial), o atirador entrou sem dificuldades pelo portão e, em seguida, se dirigiu à sala dos professores, onde fez as suas duas primeiras vítimas fatais e feriu outras nove pessoas.

Apreendido em casa, o menor de idade foi encaminhado para uma unidade prisional na Grande Vitória, onde passou a noite. A Polícia Civil informou que o adolescente deve responder por ato infracional análogo a nove tentativas de homicídio, além dos quatro homicídios. O crime ainda deve ser enquadrado como realizado por motivo fútil e impossibilidade de defesa das vítimas.

Não é a primeira vez que o Espírito Santo vive um caso como este: em agosto deste ano, o ex-aluno de uma escola de Jardim da Penha, bairro nobre da capital capixaba, Henrique Lira Trad, de 18 anos, foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio ao invadir sua antiga escola.

Munido de facas ninjas, flechas e coquetéis molotov, Henrique foi interceptado pela polícia e não chegou a concluir o crime que ameaçou realizar contra funcionários e estudantes da instituição. O processo segue em segredo de Justiça.

O atentado às escolas de Aracruz, no Espírito Santo, na última sexta-feira, 25, deixou quatro pessoas mortas. Duas professoras da Escola Estadual Primo Betti, a primeira a ser invadida, morreram no local e uma morreu no sábado, 26, após ser internada em estado grave e passar por uma cirurgia. A vítima mais nova foi Selena Sagrillo, uma menina de 12 anos que estudava no segundo colégio invadido pelo atirador, o Centro Educacional Praia de Coqueiral.

Os velórios das vítimas aconteceram neste fim de semana e foram marcados por homenagens e protestos. Conheça mais sobre elas:

Selena Sagrillo, de 12 anos

Selena tinha recém completado 12 anos e era aluna da segunda escola a ser invadida pelo atirador em Aracruz. Foto: Arquivo Pessoal/Thais Fanttini Sagrillo Zuccolotto

Selena havia completado 12 anos em outubro. Ela era aluna do 6° ano do ensino fundamental da escola Centro Educacional Praia de Coqueiral, a segunda a ser invadida pelo atirador. Em uma carta aberta, a mãe da menina disse que ela “estava se tornando uma mulher poderosa, alma livre, feminina”.

“A promessa de uma vida inteira foi desfeita. Todo um futuro interrompido. A custo do ódio, do desamor, do terror. Não venho aqui clamar por retaliação, pois de ódio, estou farta. Clamo por piedade e por segurança para nossas crianças serem as milhões de pequenas revoluções que elas poderiam ser”, disse em carta Thais Fanttini Sagrillo Zuccolotto, mãe de Selena. Leia a íntegra aqui.

Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, de 48 anos

Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, uma das vítimas do atentado às escolas de Aracruz, no ES. Foto: Reprodução/Facebook

Maria, mais conhecida pelo seu sobrenome, Penha, lecionava artes na Escola Estadual Primo Bitti sob contrato de designação temporária desde março deste ano. A professora morreu no local logo após o disparo dos tiros. Ela deixou o marido, o eletricista Wellington Banhos, e três filhos: um menino de 11 anos e duas meninas, de 7 e 17 anos.

À imprensa, Wellington contou que soube do ataque por meio da filha mais nova. “Minha filha mandou mensagem para mim, fui ao hospital para verificar e fui para a escola. Eu queria ver ela, abraçar ela. Mas não consegui”, disse.

Cybelle Passos Bezerra Lara, de 45 anos

Cybelle Passos Bezerra Lara, professora morta em ataque às escolas de Aracruz, ES. Foto: Reprodução/Facebook

Assim como Maria da Penha, Cybelle também morreu na escola em que trabalhava, a Primo Betti, após os tiros. Ela era mestre em Matemática pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e lecionava a disciplina na escola desde 2018.

Na mesma semana em que foi morta, Cybelle havia recebido a premiação de Boas Práticas da Educação em um evento que aconteceu na própria escola e contou com a presença do governador reeleito Renato Casagrande (PSB).

Flávia Amoss Merçon Leonardo, de 38 anos

Flávia Amoss Merçon Leonardo, professora vítima de atentado às escolas de Aracruz, no ES. Foto: Reprodução/Facebook

Flávia era professora de Sociologia na Escola Estadual Primo Bitti. Ela tinha título de mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e era doutora em Antropologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela chegou a ser internada no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves (HEJSN), em Serra, e passou por uma cirurgia, mas morreu no dia seguinte ao atentado.

Em nota, o Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFES disse que “Flávia dedicou sua trajetória acadêmica aos estudos juntos às comunidades pesqueiras e tradicionais do Espírito Santo”. “Aguerrida e doce, sempre acreditou num mundo e num país mais justo e democrático, e sempre esteve à frente em busca dessa conquista. Foi uma pessoa dedicada em tudo que realizou. Uma pesquisadora brilhante e atenta, respeitosa e responsável”, diz o texto.

Entenda o caso de Aracruz

Um adolescente de 16 anos abriu fogo contra professores e estudantes de duas escolas no município de Aracruz, localizado no litoral norte do Espírito Santo. O caso aconteceu na manhã desta sexta-feira, 25.

Flagrado por câmeras de segurança instaladas na escola da rede estadual e primeira a ser atacada, a Primo Bitti, o atirador chegou ao local dirigindo um veículo Renault Duster dourado que tinha as placas cobertas.

Ostentando uma suástica – símbolo nazista – em um dos braços, além de roupa tática e duas armas (uma pistola .40 e um revólver 38 pertencentes ao pai policial), o atirador entrou sem dificuldades pelo portão e, em seguida, se dirigiu à sala dos professores, onde fez as suas duas primeiras vítimas fatais e feriu outras nove pessoas.

Apreendido em casa, o menor de idade foi encaminhado para uma unidade prisional na Grande Vitória, onde passou a noite. A Polícia Civil informou que o adolescente deve responder por ato infracional análogo a nove tentativas de homicídio, além dos quatro homicídios. O crime ainda deve ser enquadrado como realizado por motivo fútil e impossibilidade de defesa das vítimas.

Não é a primeira vez que o Espírito Santo vive um caso como este: em agosto deste ano, o ex-aluno de uma escola de Jardim da Penha, bairro nobre da capital capixaba, Henrique Lira Trad, de 18 anos, foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio ao invadir sua antiga escola.

Munido de facas ninjas, flechas e coquetéis molotov, Henrique foi interceptado pela polícia e não chegou a concluir o crime que ameaçou realizar contra funcionários e estudantes da instituição. O processo segue em segredo de Justiça.

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