Ataque a tiros em duas escolas deixa 4 mortos em Aracruz, no Espírito Santo; atirador é apreendido


Três professoras e uma aluna de 12 anos morreram e outras 13 pessoas ficaram feridas; suspeito invadiu colégio estadual e em seguida se dirigiu a uma escola particular na mesma região

Por Renata Okumura , Matheus Brum e Glacieri Carraretto
Atualização: Correção:

Duas escolas de Aracruz, na região norte do Espírito Santo, foram alvo de ataques a tiros na manhã desta sexta-feira, 25. Três pessoas morreram – três professoras e uma aluna – e 13 ficaram feridas, entre elas quatro em estado grave. Apreendido à tarde, o suspeito pelos atentados tem 16 anos, é filho de um policial militar e estudou até junho deste ano na Escola Estadual Primo Bitt, a primeira a ser invadida.

Segundo o governador reeleito do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), o adolescente usou uma pistola.40, que pertence à PM, e um revólver 38, além de três carregadores. Na roupa camuflada que vestia havia uma suástica nazista.

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O atirador chegou ao colégio por volta de 9h30. Ele invadiu a sala dos professores e atirou nas pessoas que estavam lá. Duas morreram no local – as professoras de Matemática Cybelle Passos Bezerra Lara, de 45 anos, e de Arte, Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, de 48.

Pouco depois, o adolescente entrou em um carro de cor dourada modelo Duster, que estava com as placas cobertas, e partiu para a segunda escola. No Centro Educacional Praia de Coqueiral, colégio particular, ele se direcionou ao segundo andar do prédio, entrou em uma das salas de aula e começou a atirar em alunos que estavam próximos à entrada da sala. Ao todo, 3 pessoas foram baleadas e uma aluna de 12 anos morreu. A família da menina esteve no local, mas não quis falar com a reportagem.

No sábado, um dia após os ataques, a professora Flávia Amboss Merçon, de 38 anos, morreu em um hospital.

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A apreensão do menor foi anunciada pelo Twitter pelo governador, que decretou luto oficial de três dias no Estado. “Nossas equipes de segurança alcançaram o autor do atentado que, covardemente, atacou duas escolas em Aracruz pela manhã”, escreveu.

Para chegar ao autor dos ataques, a polícia identificou o proprietário do carro usado por ele e cercou a casa. “Os pais dele colaboraram (no momento da apreensão), estavam destruídos. Uma das armas era do pai, da PM. E outra era particular. O adolescente confessou à Polícia Civil, mostrou a roupa, as armas e como fez. Estava bem calmo. Até então, não tem motivo, ele planejou durante dois anos”, afirmou Casagrande em entrevista.

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Na hora dos ataques, o adolescente estava com roupa camuflada, um capuz e rosto coberto por uma máscara de caveira. “Segundo informações preliminares, obtidas por imagens, o criminoso estava sozinho e arrombou um cadeado para ter acesso à primeira escola. Próximo ao acesso do portão, estava a sala dos professores. Ele teve acesso direto à sala, no momento do intervalo, e assim surpreendeu e vitimou os professores”, afirmou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, coronel Márcio Celante.

Movimentação em frente a uma das escolas no Espírito Santo. Foto: Reprodução

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou em redes sociais. “Minha solidariedade aos familiares das vítimas dessa tragédia absurda. E meu apoio ao governador Casagrande na apuração do caso e amparo para as comunidades das duas escolas atingidas.”

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Bahia e Ceará

Entre o fim de setembro e o início de outubro deste ano, houve três casos de violência em escolas do Brasil.

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No dia 26 de setembro, um adolescente de 14 anos usou a arma do pai, um policial militar, e matou uma aluna cadeirante no Colégio Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, no oeste baiano. Dois policiais que estavam nas proximidades da escola atiraram no rapaz, que segue internado. A vítima foi Geane da Silva Brito, de 19 anos, portadora de paralisia cerebral, que via na escola uma ferramenta para inclusão e um local onde se sentia segura e acolhida pela comunidade escolar.

No dia seguinte, na cidade de Morro de Chapéu, na Chapada Diamantina, um adolescente de 13 anos ateou fogo na Escola Municipal Yeda Barradas Carneiro, onde estudava, e feriu a coordenadora com o uso de uma faca. Ele foi apreendido pela Polícia Militar.

No dia 5 de outubro, um adolescente de 15 anos foi apreendido após disparar contra três colegas em uma escola em Sobral, no interior do Ceará. Ele estava com uma arma de fogo registrada no nome de um CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador). Uma das vítimas, de 15 anos, morreu dias depois.

Abaixo, relembre outros ataques em escolas brasileiras

Saudades (SC), 2021

O ataque em Saudades, no oeste de Santa Catarina, deixou cinco pessoas mortas na manhã de 4 de maio de 2021, quando um rapaz de 18 anos invadiu um creche do município com um facão de 68 centímetros. Ele matou duas funcionárias da unidade e três bebês menores de 2 anos.

Suzano (SP), 2019

Um ataque na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, deixou dez mortos, incluindo os dois atiradores, e 11 feridos. Os autores do massacre, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e G.T.M., de 17, eram ex-alunos da instituição. Um dos atiradores acabou matando o comparsa e depois cometeu suicídio.

Medianeira (PR), 2018

Um estudante de 15 anos do ensino médio pegou uma arma e atirou nos colegas em uma escola estadual da pacata cidade de Medianeira, a 60 quilômetros de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Tinha uma lista para livrar os amigos - no fim, dois acabaram baleados. O atentado aconteceu no Colégio Estadual João Manoel Mondrone. Segundo a polícia, o autor do ataque seria alvo de bullying na escola.

Goiânia (GO), 2017

Um adolescente de 14 anos matou a tiros dois colegas e feriu outros quatro em uma sala de aula do Colégio Goyases, em Goiânia, em 20 de outubro de 2017. Filho de policiais militares, ele usou a arma da mãe, que havia levado à escola particular escondida na mochila. Segundo a Polícia Civil, o rapaz sofria bullying e o crime foi premeditado.

João Pessoa (PB), 2012

Dois jovens chegaram à Escola Estadual Enéas Carvalho, em Santa Rita (Região Metropolitana de João Pessoa), em uma moto e invadiram o pátio. Eles usavam uniforme da escola. Um deles atirou contra um adolescente de 15 anos. O atirador disparou outras cinco vezes, atingindo duas garotas. Uma delas, de 17 anos, foi baleada no braço direito. A outra, levou um tiro no pé esquerdo. De acordo com a polícia, o motivo do crime teria sido ciúme.

Realengo (RJ), 2011

Considerado à época como o maior massacre em escolas brasileiras até então, a tragédia em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, deixou 12 crianças mortas. O crime foi cometido por um ex-aluno de 23 anos que levou dois revólveres à Escola Municipal Tasso da Silveira e disparou contra os alunos, todos de 13 a 15 anos. Depois de invadir duas salas de aula, ele foi atingido na barriga pela polícia e disparou um tiro na própria cabeça.

São Caetano do Sul (SP), 2011

Um estudante de apenas 10 anos atirou na professora e se matou em seguida na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, no ABC paulista. Ele usou uma arma do pai, um guarda civil municipal. De acordo com colegas e funcionários da escola ouvidos na época, o menino era muito estudioso, inteligente e calmo.

Taiúva (SP), 2003

Em 27 de janeiro, um estudante de 18 anos disparou 15 tiros contra cerca de 50 estudantes no pátio da Escola Estadual Coronel Benedito Ortiz, em Taiúva, interior do Estado. Ele usou a última bala do revólver calibre 38 para atirar na própria cabeça e morreu. O episódio não deixou vítimas fatais além do rapaz.

Salvador (BA), 2002

Um estudante de 17 anos matou uma colega e feriu outra a tiros no Colégio Sigma, no Bairro de Piatã. O rapaz teria pegado um revólver calibre 38 do pai e escondido a arma na mochila. Os disparos foram feitos depois que a professora pediu para ele fazer um exercício.

Duas escolas de Aracruz, na região norte do Espírito Santo, foram alvo de ataques a tiros na manhã desta sexta-feira, 25. Três pessoas morreram – três professoras e uma aluna – e 13 ficaram feridas, entre elas quatro em estado grave. Apreendido à tarde, o suspeito pelos atentados tem 16 anos, é filho de um policial militar e estudou até junho deste ano na Escola Estadual Primo Bitt, a primeira a ser invadida.

Segundo o governador reeleito do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), o adolescente usou uma pistola.40, que pertence à PM, e um revólver 38, além de três carregadores. Na roupa camuflada que vestia havia uma suástica nazista.

O atirador chegou ao colégio por volta de 9h30. Ele invadiu a sala dos professores e atirou nas pessoas que estavam lá. Duas morreram no local – as professoras de Matemática Cybelle Passos Bezerra Lara, de 45 anos, e de Arte, Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, de 48.

Pouco depois, o adolescente entrou em um carro de cor dourada modelo Duster, que estava com as placas cobertas, e partiu para a segunda escola. No Centro Educacional Praia de Coqueiral, colégio particular, ele se direcionou ao segundo andar do prédio, entrou em uma das salas de aula e começou a atirar em alunos que estavam próximos à entrada da sala. Ao todo, 3 pessoas foram baleadas e uma aluna de 12 anos morreu. A família da menina esteve no local, mas não quis falar com a reportagem.

No sábado, um dia após os ataques, a professora Flávia Amboss Merçon, de 38 anos, morreu em um hospital.

A apreensão do menor foi anunciada pelo Twitter pelo governador, que decretou luto oficial de três dias no Estado. “Nossas equipes de segurança alcançaram o autor do atentado que, covardemente, atacou duas escolas em Aracruz pela manhã”, escreveu.

Para chegar ao autor dos ataques, a polícia identificou o proprietário do carro usado por ele e cercou a casa. “Os pais dele colaboraram (no momento da apreensão), estavam destruídos. Uma das armas era do pai, da PM. E outra era particular. O adolescente confessou à Polícia Civil, mostrou a roupa, as armas e como fez. Estava bem calmo. Até então, não tem motivo, ele planejou durante dois anos”, afirmou Casagrande em entrevista.

Na hora dos ataques, o adolescente estava com roupa camuflada, um capuz e rosto coberto por uma máscara de caveira. “Segundo informações preliminares, obtidas por imagens, o criminoso estava sozinho e arrombou um cadeado para ter acesso à primeira escola. Próximo ao acesso do portão, estava a sala dos professores. Ele teve acesso direto à sala, no momento do intervalo, e assim surpreendeu e vitimou os professores”, afirmou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, coronel Márcio Celante.

Movimentação em frente a uma das escolas no Espírito Santo. Foto: Reprodução

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou em redes sociais. “Minha solidariedade aos familiares das vítimas dessa tragédia absurda. E meu apoio ao governador Casagrande na apuração do caso e amparo para as comunidades das duas escolas atingidas.”

Bahia e Ceará

Entre o fim de setembro e o início de outubro deste ano, houve três casos de violência em escolas do Brasil.

No dia 26 de setembro, um adolescente de 14 anos usou a arma do pai, um policial militar, e matou uma aluna cadeirante no Colégio Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, no oeste baiano. Dois policiais que estavam nas proximidades da escola atiraram no rapaz, que segue internado. A vítima foi Geane da Silva Brito, de 19 anos, portadora de paralisia cerebral, que via na escola uma ferramenta para inclusão e um local onde se sentia segura e acolhida pela comunidade escolar.

No dia seguinte, na cidade de Morro de Chapéu, na Chapada Diamantina, um adolescente de 13 anos ateou fogo na Escola Municipal Yeda Barradas Carneiro, onde estudava, e feriu a coordenadora com o uso de uma faca. Ele foi apreendido pela Polícia Militar.

No dia 5 de outubro, um adolescente de 15 anos foi apreendido após disparar contra três colegas em uma escola em Sobral, no interior do Ceará. Ele estava com uma arma de fogo registrada no nome de um CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador). Uma das vítimas, de 15 anos, morreu dias depois.

Abaixo, relembre outros ataques em escolas brasileiras

Saudades (SC), 2021

O ataque em Saudades, no oeste de Santa Catarina, deixou cinco pessoas mortas na manhã de 4 de maio de 2021, quando um rapaz de 18 anos invadiu um creche do município com um facão de 68 centímetros. Ele matou duas funcionárias da unidade e três bebês menores de 2 anos.

Suzano (SP), 2019

Um ataque na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, deixou dez mortos, incluindo os dois atiradores, e 11 feridos. Os autores do massacre, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e G.T.M., de 17, eram ex-alunos da instituição. Um dos atiradores acabou matando o comparsa e depois cometeu suicídio.

Medianeira (PR), 2018

Um estudante de 15 anos do ensino médio pegou uma arma e atirou nos colegas em uma escola estadual da pacata cidade de Medianeira, a 60 quilômetros de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Tinha uma lista para livrar os amigos - no fim, dois acabaram baleados. O atentado aconteceu no Colégio Estadual João Manoel Mondrone. Segundo a polícia, o autor do ataque seria alvo de bullying na escola.

Goiânia (GO), 2017

Um adolescente de 14 anos matou a tiros dois colegas e feriu outros quatro em uma sala de aula do Colégio Goyases, em Goiânia, em 20 de outubro de 2017. Filho de policiais militares, ele usou a arma da mãe, que havia levado à escola particular escondida na mochila. Segundo a Polícia Civil, o rapaz sofria bullying e o crime foi premeditado.

João Pessoa (PB), 2012

Dois jovens chegaram à Escola Estadual Enéas Carvalho, em Santa Rita (Região Metropolitana de João Pessoa), em uma moto e invadiram o pátio. Eles usavam uniforme da escola. Um deles atirou contra um adolescente de 15 anos. O atirador disparou outras cinco vezes, atingindo duas garotas. Uma delas, de 17 anos, foi baleada no braço direito. A outra, levou um tiro no pé esquerdo. De acordo com a polícia, o motivo do crime teria sido ciúme.

Realengo (RJ), 2011

Considerado à época como o maior massacre em escolas brasileiras até então, a tragédia em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, deixou 12 crianças mortas. O crime foi cometido por um ex-aluno de 23 anos que levou dois revólveres à Escola Municipal Tasso da Silveira e disparou contra os alunos, todos de 13 a 15 anos. Depois de invadir duas salas de aula, ele foi atingido na barriga pela polícia e disparou um tiro na própria cabeça.

São Caetano do Sul (SP), 2011

Um estudante de apenas 10 anos atirou na professora e se matou em seguida na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, no ABC paulista. Ele usou uma arma do pai, um guarda civil municipal. De acordo com colegas e funcionários da escola ouvidos na época, o menino era muito estudioso, inteligente e calmo.

Taiúva (SP), 2003

Em 27 de janeiro, um estudante de 18 anos disparou 15 tiros contra cerca de 50 estudantes no pátio da Escola Estadual Coronel Benedito Ortiz, em Taiúva, interior do Estado. Ele usou a última bala do revólver calibre 38 para atirar na própria cabeça e morreu. O episódio não deixou vítimas fatais além do rapaz.

Salvador (BA), 2002

Um estudante de 17 anos matou uma colega e feriu outra a tiros no Colégio Sigma, no Bairro de Piatã. O rapaz teria pegado um revólver calibre 38 do pai e escondido a arma na mochila. Os disparos foram feitos depois que a professora pediu para ele fazer um exercício.

Duas escolas de Aracruz, na região norte do Espírito Santo, foram alvo de ataques a tiros na manhã desta sexta-feira, 25. Três pessoas morreram – três professoras e uma aluna – e 13 ficaram feridas, entre elas quatro em estado grave. Apreendido à tarde, o suspeito pelos atentados tem 16 anos, é filho de um policial militar e estudou até junho deste ano na Escola Estadual Primo Bitt, a primeira a ser invadida.

Segundo o governador reeleito do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), o adolescente usou uma pistola.40, que pertence à PM, e um revólver 38, além de três carregadores. Na roupa camuflada que vestia havia uma suástica nazista.

O atirador chegou ao colégio por volta de 9h30. Ele invadiu a sala dos professores e atirou nas pessoas que estavam lá. Duas morreram no local – as professoras de Matemática Cybelle Passos Bezerra Lara, de 45 anos, e de Arte, Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, de 48.

Pouco depois, o adolescente entrou em um carro de cor dourada modelo Duster, que estava com as placas cobertas, e partiu para a segunda escola. No Centro Educacional Praia de Coqueiral, colégio particular, ele se direcionou ao segundo andar do prédio, entrou em uma das salas de aula e começou a atirar em alunos que estavam próximos à entrada da sala. Ao todo, 3 pessoas foram baleadas e uma aluna de 12 anos morreu. A família da menina esteve no local, mas não quis falar com a reportagem.

No sábado, um dia após os ataques, a professora Flávia Amboss Merçon, de 38 anos, morreu em um hospital.

A apreensão do menor foi anunciada pelo Twitter pelo governador, que decretou luto oficial de três dias no Estado. “Nossas equipes de segurança alcançaram o autor do atentado que, covardemente, atacou duas escolas em Aracruz pela manhã”, escreveu.

Para chegar ao autor dos ataques, a polícia identificou o proprietário do carro usado por ele e cercou a casa. “Os pais dele colaboraram (no momento da apreensão), estavam destruídos. Uma das armas era do pai, da PM. E outra era particular. O adolescente confessou à Polícia Civil, mostrou a roupa, as armas e como fez. Estava bem calmo. Até então, não tem motivo, ele planejou durante dois anos”, afirmou Casagrande em entrevista.

Na hora dos ataques, o adolescente estava com roupa camuflada, um capuz e rosto coberto por uma máscara de caveira. “Segundo informações preliminares, obtidas por imagens, o criminoso estava sozinho e arrombou um cadeado para ter acesso à primeira escola. Próximo ao acesso do portão, estava a sala dos professores. Ele teve acesso direto à sala, no momento do intervalo, e assim surpreendeu e vitimou os professores”, afirmou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, coronel Márcio Celante.

Movimentação em frente a uma das escolas no Espírito Santo. Foto: Reprodução

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou em redes sociais. “Minha solidariedade aos familiares das vítimas dessa tragédia absurda. E meu apoio ao governador Casagrande na apuração do caso e amparo para as comunidades das duas escolas atingidas.”

Bahia e Ceará

Entre o fim de setembro e o início de outubro deste ano, houve três casos de violência em escolas do Brasil.

No dia 26 de setembro, um adolescente de 14 anos usou a arma do pai, um policial militar, e matou uma aluna cadeirante no Colégio Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, no oeste baiano. Dois policiais que estavam nas proximidades da escola atiraram no rapaz, que segue internado. A vítima foi Geane da Silva Brito, de 19 anos, portadora de paralisia cerebral, que via na escola uma ferramenta para inclusão e um local onde se sentia segura e acolhida pela comunidade escolar.

No dia seguinte, na cidade de Morro de Chapéu, na Chapada Diamantina, um adolescente de 13 anos ateou fogo na Escola Municipal Yeda Barradas Carneiro, onde estudava, e feriu a coordenadora com o uso de uma faca. Ele foi apreendido pela Polícia Militar.

No dia 5 de outubro, um adolescente de 15 anos foi apreendido após disparar contra três colegas em uma escola em Sobral, no interior do Ceará. Ele estava com uma arma de fogo registrada no nome de um CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador). Uma das vítimas, de 15 anos, morreu dias depois.

Abaixo, relembre outros ataques em escolas brasileiras

Saudades (SC), 2021

O ataque em Saudades, no oeste de Santa Catarina, deixou cinco pessoas mortas na manhã de 4 de maio de 2021, quando um rapaz de 18 anos invadiu um creche do município com um facão de 68 centímetros. Ele matou duas funcionárias da unidade e três bebês menores de 2 anos.

Suzano (SP), 2019

Um ataque na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, deixou dez mortos, incluindo os dois atiradores, e 11 feridos. Os autores do massacre, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e G.T.M., de 17, eram ex-alunos da instituição. Um dos atiradores acabou matando o comparsa e depois cometeu suicídio.

Medianeira (PR), 2018

Um estudante de 15 anos do ensino médio pegou uma arma e atirou nos colegas em uma escola estadual da pacata cidade de Medianeira, a 60 quilômetros de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Tinha uma lista para livrar os amigos - no fim, dois acabaram baleados. O atentado aconteceu no Colégio Estadual João Manoel Mondrone. Segundo a polícia, o autor do ataque seria alvo de bullying na escola.

Goiânia (GO), 2017

Um adolescente de 14 anos matou a tiros dois colegas e feriu outros quatro em uma sala de aula do Colégio Goyases, em Goiânia, em 20 de outubro de 2017. Filho de policiais militares, ele usou a arma da mãe, que havia levado à escola particular escondida na mochila. Segundo a Polícia Civil, o rapaz sofria bullying e o crime foi premeditado.

João Pessoa (PB), 2012

Dois jovens chegaram à Escola Estadual Enéas Carvalho, em Santa Rita (Região Metropolitana de João Pessoa), em uma moto e invadiram o pátio. Eles usavam uniforme da escola. Um deles atirou contra um adolescente de 15 anos. O atirador disparou outras cinco vezes, atingindo duas garotas. Uma delas, de 17 anos, foi baleada no braço direito. A outra, levou um tiro no pé esquerdo. De acordo com a polícia, o motivo do crime teria sido ciúme.

Realengo (RJ), 2011

Considerado à época como o maior massacre em escolas brasileiras até então, a tragédia em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, deixou 12 crianças mortas. O crime foi cometido por um ex-aluno de 23 anos que levou dois revólveres à Escola Municipal Tasso da Silveira e disparou contra os alunos, todos de 13 a 15 anos. Depois de invadir duas salas de aula, ele foi atingido na barriga pela polícia e disparou um tiro na própria cabeça.

São Caetano do Sul (SP), 2011

Um estudante de apenas 10 anos atirou na professora e se matou em seguida na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, no ABC paulista. Ele usou uma arma do pai, um guarda civil municipal. De acordo com colegas e funcionários da escola ouvidos na época, o menino era muito estudioso, inteligente e calmo.

Taiúva (SP), 2003

Em 27 de janeiro, um estudante de 18 anos disparou 15 tiros contra cerca de 50 estudantes no pátio da Escola Estadual Coronel Benedito Ortiz, em Taiúva, interior do Estado. Ele usou a última bala do revólver calibre 38 para atirar na própria cabeça e morreu. O episódio não deixou vítimas fatais além do rapaz.

Salvador (BA), 2002

Um estudante de 17 anos matou uma colega e feriu outra a tiros no Colégio Sigma, no Bairro de Piatã. O rapaz teria pegado um revólver calibre 38 do pai e escondido a arma na mochila. Os disparos foram feitos depois que a professora pediu para ele fazer um exercício.

Duas escolas de Aracruz, na região norte do Espírito Santo, foram alvo de ataques a tiros na manhã desta sexta-feira, 25. Três pessoas morreram – três professoras e uma aluna – e 13 ficaram feridas, entre elas quatro em estado grave. Apreendido à tarde, o suspeito pelos atentados tem 16 anos, é filho de um policial militar e estudou até junho deste ano na Escola Estadual Primo Bitt, a primeira a ser invadida.

Segundo o governador reeleito do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), o adolescente usou uma pistola.40, que pertence à PM, e um revólver 38, além de três carregadores. Na roupa camuflada que vestia havia uma suástica nazista.

O atirador chegou ao colégio por volta de 9h30. Ele invadiu a sala dos professores e atirou nas pessoas que estavam lá. Duas morreram no local – as professoras de Matemática Cybelle Passos Bezerra Lara, de 45 anos, e de Arte, Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, de 48.

Pouco depois, o adolescente entrou em um carro de cor dourada modelo Duster, que estava com as placas cobertas, e partiu para a segunda escola. No Centro Educacional Praia de Coqueiral, colégio particular, ele se direcionou ao segundo andar do prédio, entrou em uma das salas de aula e começou a atirar em alunos que estavam próximos à entrada da sala. Ao todo, 3 pessoas foram baleadas e uma aluna de 12 anos morreu. A família da menina esteve no local, mas não quis falar com a reportagem.

No sábado, um dia após os ataques, a professora Flávia Amboss Merçon, de 38 anos, morreu em um hospital.

A apreensão do menor foi anunciada pelo Twitter pelo governador, que decretou luto oficial de três dias no Estado. “Nossas equipes de segurança alcançaram o autor do atentado que, covardemente, atacou duas escolas em Aracruz pela manhã”, escreveu.

Para chegar ao autor dos ataques, a polícia identificou o proprietário do carro usado por ele e cercou a casa. “Os pais dele colaboraram (no momento da apreensão), estavam destruídos. Uma das armas era do pai, da PM. E outra era particular. O adolescente confessou à Polícia Civil, mostrou a roupa, as armas e como fez. Estava bem calmo. Até então, não tem motivo, ele planejou durante dois anos”, afirmou Casagrande em entrevista.

Na hora dos ataques, o adolescente estava com roupa camuflada, um capuz e rosto coberto por uma máscara de caveira. “Segundo informações preliminares, obtidas por imagens, o criminoso estava sozinho e arrombou um cadeado para ter acesso à primeira escola. Próximo ao acesso do portão, estava a sala dos professores. Ele teve acesso direto à sala, no momento do intervalo, e assim surpreendeu e vitimou os professores”, afirmou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, coronel Márcio Celante.

Movimentação em frente a uma das escolas no Espírito Santo. Foto: Reprodução

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou em redes sociais. “Minha solidariedade aos familiares das vítimas dessa tragédia absurda. E meu apoio ao governador Casagrande na apuração do caso e amparo para as comunidades das duas escolas atingidas.”

Bahia e Ceará

Entre o fim de setembro e o início de outubro deste ano, houve três casos de violência em escolas do Brasil.

No dia 26 de setembro, um adolescente de 14 anos usou a arma do pai, um policial militar, e matou uma aluna cadeirante no Colégio Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, no oeste baiano. Dois policiais que estavam nas proximidades da escola atiraram no rapaz, que segue internado. A vítima foi Geane da Silva Brito, de 19 anos, portadora de paralisia cerebral, que via na escola uma ferramenta para inclusão e um local onde se sentia segura e acolhida pela comunidade escolar.

No dia seguinte, na cidade de Morro de Chapéu, na Chapada Diamantina, um adolescente de 13 anos ateou fogo na Escola Municipal Yeda Barradas Carneiro, onde estudava, e feriu a coordenadora com o uso de uma faca. Ele foi apreendido pela Polícia Militar.

No dia 5 de outubro, um adolescente de 15 anos foi apreendido após disparar contra três colegas em uma escola em Sobral, no interior do Ceará. Ele estava com uma arma de fogo registrada no nome de um CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador). Uma das vítimas, de 15 anos, morreu dias depois.

Abaixo, relembre outros ataques em escolas brasileiras

Saudades (SC), 2021

O ataque em Saudades, no oeste de Santa Catarina, deixou cinco pessoas mortas na manhã de 4 de maio de 2021, quando um rapaz de 18 anos invadiu um creche do município com um facão de 68 centímetros. Ele matou duas funcionárias da unidade e três bebês menores de 2 anos.

Suzano (SP), 2019

Um ataque na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, deixou dez mortos, incluindo os dois atiradores, e 11 feridos. Os autores do massacre, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e G.T.M., de 17, eram ex-alunos da instituição. Um dos atiradores acabou matando o comparsa e depois cometeu suicídio.

Medianeira (PR), 2018

Um estudante de 15 anos do ensino médio pegou uma arma e atirou nos colegas em uma escola estadual da pacata cidade de Medianeira, a 60 quilômetros de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Tinha uma lista para livrar os amigos - no fim, dois acabaram baleados. O atentado aconteceu no Colégio Estadual João Manoel Mondrone. Segundo a polícia, o autor do ataque seria alvo de bullying na escola.

Goiânia (GO), 2017

Um adolescente de 14 anos matou a tiros dois colegas e feriu outros quatro em uma sala de aula do Colégio Goyases, em Goiânia, em 20 de outubro de 2017. Filho de policiais militares, ele usou a arma da mãe, que havia levado à escola particular escondida na mochila. Segundo a Polícia Civil, o rapaz sofria bullying e o crime foi premeditado.

João Pessoa (PB), 2012

Dois jovens chegaram à Escola Estadual Enéas Carvalho, em Santa Rita (Região Metropolitana de João Pessoa), em uma moto e invadiram o pátio. Eles usavam uniforme da escola. Um deles atirou contra um adolescente de 15 anos. O atirador disparou outras cinco vezes, atingindo duas garotas. Uma delas, de 17 anos, foi baleada no braço direito. A outra, levou um tiro no pé esquerdo. De acordo com a polícia, o motivo do crime teria sido ciúme.

Realengo (RJ), 2011

Considerado à época como o maior massacre em escolas brasileiras até então, a tragédia em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, deixou 12 crianças mortas. O crime foi cometido por um ex-aluno de 23 anos que levou dois revólveres à Escola Municipal Tasso da Silveira e disparou contra os alunos, todos de 13 a 15 anos. Depois de invadir duas salas de aula, ele foi atingido na barriga pela polícia e disparou um tiro na própria cabeça.

São Caetano do Sul (SP), 2011

Um estudante de apenas 10 anos atirou na professora e se matou em seguida na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, no ABC paulista. Ele usou uma arma do pai, um guarda civil municipal. De acordo com colegas e funcionários da escola ouvidos na época, o menino era muito estudioso, inteligente e calmo.

Taiúva (SP), 2003

Em 27 de janeiro, um estudante de 18 anos disparou 15 tiros contra cerca de 50 estudantes no pátio da Escola Estadual Coronel Benedito Ortiz, em Taiúva, interior do Estado. Ele usou a última bala do revólver calibre 38 para atirar na própria cabeça e morreu. O episódio não deixou vítimas fatais além do rapaz.

Salvador (BA), 2002

Um estudante de 17 anos matou uma colega e feriu outra a tiros no Colégio Sigma, no Bairro de Piatã. O rapaz teria pegado um revólver calibre 38 do pai e escondido a arma na mochila. Os disparos foram feitos depois que a professora pediu para ele fazer um exercício.

Duas escolas de Aracruz, na região norte do Espírito Santo, foram alvo de ataques a tiros na manhã desta sexta-feira, 25. Três pessoas morreram – três professoras e uma aluna – e 13 ficaram feridas, entre elas quatro em estado grave. Apreendido à tarde, o suspeito pelos atentados tem 16 anos, é filho de um policial militar e estudou até junho deste ano na Escola Estadual Primo Bitt, a primeira a ser invadida.

Segundo o governador reeleito do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), o adolescente usou uma pistola.40, que pertence à PM, e um revólver 38, além de três carregadores. Na roupa camuflada que vestia havia uma suástica nazista.

O atirador chegou ao colégio por volta de 9h30. Ele invadiu a sala dos professores e atirou nas pessoas que estavam lá. Duas morreram no local – as professoras de Matemática Cybelle Passos Bezerra Lara, de 45 anos, e de Arte, Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, de 48.

Pouco depois, o adolescente entrou em um carro de cor dourada modelo Duster, que estava com as placas cobertas, e partiu para a segunda escola. No Centro Educacional Praia de Coqueiral, colégio particular, ele se direcionou ao segundo andar do prédio, entrou em uma das salas de aula e começou a atirar em alunos que estavam próximos à entrada da sala. Ao todo, 3 pessoas foram baleadas e uma aluna de 12 anos morreu. A família da menina esteve no local, mas não quis falar com a reportagem.

No sábado, um dia após os ataques, a professora Flávia Amboss Merçon, de 38 anos, morreu em um hospital.

A apreensão do menor foi anunciada pelo Twitter pelo governador, que decretou luto oficial de três dias no Estado. “Nossas equipes de segurança alcançaram o autor do atentado que, covardemente, atacou duas escolas em Aracruz pela manhã”, escreveu.

Para chegar ao autor dos ataques, a polícia identificou o proprietário do carro usado por ele e cercou a casa. “Os pais dele colaboraram (no momento da apreensão), estavam destruídos. Uma das armas era do pai, da PM. E outra era particular. O adolescente confessou à Polícia Civil, mostrou a roupa, as armas e como fez. Estava bem calmo. Até então, não tem motivo, ele planejou durante dois anos”, afirmou Casagrande em entrevista.

Na hora dos ataques, o adolescente estava com roupa camuflada, um capuz e rosto coberto por uma máscara de caveira. “Segundo informações preliminares, obtidas por imagens, o criminoso estava sozinho e arrombou um cadeado para ter acesso à primeira escola. Próximo ao acesso do portão, estava a sala dos professores. Ele teve acesso direto à sala, no momento do intervalo, e assim surpreendeu e vitimou os professores”, afirmou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, coronel Márcio Celante.

Movimentação em frente a uma das escolas no Espírito Santo. Foto: Reprodução

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou em redes sociais. “Minha solidariedade aos familiares das vítimas dessa tragédia absurda. E meu apoio ao governador Casagrande na apuração do caso e amparo para as comunidades das duas escolas atingidas.”

Bahia e Ceará

Entre o fim de setembro e o início de outubro deste ano, houve três casos de violência em escolas do Brasil.

No dia 26 de setembro, um adolescente de 14 anos usou a arma do pai, um policial militar, e matou uma aluna cadeirante no Colégio Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, no oeste baiano. Dois policiais que estavam nas proximidades da escola atiraram no rapaz, que segue internado. A vítima foi Geane da Silva Brito, de 19 anos, portadora de paralisia cerebral, que via na escola uma ferramenta para inclusão e um local onde se sentia segura e acolhida pela comunidade escolar.

No dia seguinte, na cidade de Morro de Chapéu, na Chapada Diamantina, um adolescente de 13 anos ateou fogo na Escola Municipal Yeda Barradas Carneiro, onde estudava, e feriu a coordenadora com o uso de uma faca. Ele foi apreendido pela Polícia Militar.

No dia 5 de outubro, um adolescente de 15 anos foi apreendido após disparar contra três colegas em uma escola em Sobral, no interior do Ceará. Ele estava com uma arma de fogo registrada no nome de um CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador). Uma das vítimas, de 15 anos, morreu dias depois.

Abaixo, relembre outros ataques em escolas brasileiras

Saudades (SC), 2021

O ataque em Saudades, no oeste de Santa Catarina, deixou cinco pessoas mortas na manhã de 4 de maio de 2021, quando um rapaz de 18 anos invadiu um creche do município com um facão de 68 centímetros. Ele matou duas funcionárias da unidade e três bebês menores de 2 anos.

Suzano (SP), 2019

Um ataque na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, deixou dez mortos, incluindo os dois atiradores, e 11 feridos. Os autores do massacre, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e G.T.M., de 17, eram ex-alunos da instituição. Um dos atiradores acabou matando o comparsa e depois cometeu suicídio.

Medianeira (PR), 2018

Um estudante de 15 anos do ensino médio pegou uma arma e atirou nos colegas em uma escola estadual da pacata cidade de Medianeira, a 60 quilômetros de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Tinha uma lista para livrar os amigos - no fim, dois acabaram baleados. O atentado aconteceu no Colégio Estadual João Manoel Mondrone. Segundo a polícia, o autor do ataque seria alvo de bullying na escola.

Goiânia (GO), 2017

Um adolescente de 14 anos matou a tiros dois colegas e feriu outros quatro em uma sala de aula do Colégio Goyases, em Goiânia, em 20 de outubro de 2017. Filho de policiais militares, ele usou a arma da mãe, que havia levado à escola particular escondida na mochila. Segundo a Polícia Civil, o rapaz sofria bullying e o crime foi premeditado.

João Pessoa (PB), 2012

Dois jovens chegaram à Escola Estadual Enéas Carvalho, em Santa Rita (Região Metropolitana de João Pessoa), em uma moto e invadiram o pátio. Eles usavam uniforme da escola. Um deles atirou contra um adolescente de 15 anos. O atirador disparou outras cinco vezes, atingindo duas garotas. Uma delas, de 17 anos, foi baleada no braço direito. A outra, levou um tiro no pé esquerdo. De acordo com a polícia, o motivo do crime teria sido ciúme.

Realengo (RJ), 2011

Considerado à época como o maior massacre em escolas brasileiras até então, a tragédia em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, deixou 12 crianças mortas. O crime foi cometido por um ex-aluno de 23 anos que levou dois revólveres à Escola Municipal Tasso da Silveira e disparou contra os alunos, todos de 13 a 15 anos. Depois de invadir duas salas de aula, ele foi atingido na barriga pela polícia e disparou um tiro na própria cabeça.

São Caetano do Sul (SP), 2011

Um estudante de apenas 10 anos atirou na professora e se matou em seguida na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, no ABC paulista. Ele usou uma arma do pai, um guarda civil municipal. De acordo com colegas e funcionários da escola ouvidos na época, o menino era muito estudioso, inteligente e calmo.

Taiúva (SP), 2003

Em 27 de janeiro, um estudante de 18 anos disparou 15 tiros contra cerca de 50 estudantes no pátio da Escola Estadual Coronel Benedito Ortiz, em Taiúva, interior do Estado. Ele usou a última bala do revólver calibre 38 para atirar na própria cabeça e morreu. O episódio não deixou vítimas fatais além do rapaz.

Salvador (BA), 2002

Um estudante de 17 anos matou uma colega e feriu outra a tiros no Colégio Sigma, no Bairro de Piatã. O rapaz teria pegado um revólver calibre 38 do pai e escondido a arma na mochila. Os disparos foram feitos depois que a professora pediu para ele fazer um exercício.

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