O acidente aéreo da manhã de quinta, 9, em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, é mais um a integrar uma lista recente de ocorrências do tipo registradas no Brasil e no mundo nos últimos meses. A relação inclui casos de grande repercussão nacional e internacional, como os ocorridos em Gramado, na Serra Gaúcha, em Vinhedo, no interior paulista, na Coréia do Sul e no Cazaquistão.
Relembre a seguir:
Jeju Air - Coréia do Sul
29 de dezembro de 2024 - Um Boeing 737-8AS da Jeju Air, com 181 pessoas a bordo, sofreu um grave acidente após tentar pousar no Aeroporto Internacional de Muan, na Coreia do Sul, em 29 de dezembro. No momento de aterrissar, a aeronave não parou, saiu da pista e colidiu com um muro. Apenas duas pessoas sobreviveram ao acidente, totalizando 179 mortes confirmadas pela equipe do Corpo de Bombeiros. Relembre o caso aqui.
Azerbaijan Airlines - Cazaquistão
25 de dezembro de 2024 - Um avião comercial da Azerbaijan Airlines, com 67 pessoas a bordo (62 passageiros e cinco tripulantes) caiu em Aktau, no Cazaquistão. Ao todo, 38 pessoas morreram. De acordo com a agência Reuters, a aeronave, fabricada pela Embraer, foi abatida por um sistema de defesa aérea russo. O destino do voo era a cidade de Grozny, na Rússia. Relembre o caso.
Turboélice cai em Gramado (RS)
22 de dezembro - Um avião turboélice bimotor de pequeno porte caiu em Gramado, na Serra Gaúcha, no entorno da Avenida das Hortênsias. As 10 pessoas que estavam a bordo morreram, todas da mesma família, inclusive o piloto. Outras 17 pessoas que estavam em solo precisaram de atendimento médico.
O avião havia decolado do Aeroporto de Canela, cidade vizinha a Gramado, com destino a Paulínia, no interior de São Paulo. No momento do acidente, chovia e havia forte nevoeiro, o que pode ter dificultado a visibilidade.
Quem estava no comando da aeronave era o empresário Luiz Claudio Galeazzi. Relembre o caso.
Manicoré (AM)
20 de dezembro de 2024 - Um avião de pequeno porte, que desapareceu no interior do Amazonas, no dia 20 de dezembro, foi encontrado cinco dias depois, junto com os corpos do piloto Rodrigo Boer Machado e do passageiro Breno Braga Leite. A aeronave estava em uma zona rural.
O avião teria saído de Ariquemes, em Rondônia, e seguia para Ji-Paraná, no mesmo Estado. O piloto teria relatado problemas na aeronave. Ele havia passado o sinal de GPS para que parentes acompanhassem o voo e, também, alertou que poderia ficar sem sinal por até dois dias.
Depois de dois dias sem informações, a família fez contato com a Força Aérea Nacional (FAB). A Aeronáutica apurou que o avião teria saído da rota quando seguia para Manaus, com o último registro em Manicoré. Relembre o caso.
Aviões da FAB
22 de outubro e 1º de novembro de 2024 - Dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) colidiram durante um treinamento de cadetes da Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga, interior de São Paulo, em 1º de novembro. Informações iniciais apontam que o leme de uma aeronave se chocou com a hélice da outra, resultando em sérios danos a ambas.
Um dos pilotos conseguiu pousar em segurança, enquanto outro direcionou a aeronave para uma área desabitada e conseguiu realizar o procedimento de ejeção. Não houve vítimas fatais.
Menos de 10 dias antes, outro acidente envolvendo aeronaves da FAB foi registrado. Em 22 de outubro, um caça caiu perto da Base Aérea de Parnamirim, na região metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte. Na ocasião, também não houve vítimas, e o piloto também conseguiu se salvar por meio do sistema de ejeção da aeronave Relembre os casos.
Paraibuna (SP)
23 de outubro de 2024 - Avião de pequeno porte caiu na região rural de Paraibuna, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, durante uma forte tempestade. A aeronave se chocou contra um morro e pegou fogo após o impacto, segundo o Corpo de Bombeiros. A empresa aérea Abaeté Aviação confirmou que havia cinco colaboradores na aeronave e diz que todos morreram: comandante, piloto, médica, enfermeiro e mecânico (Relembre o caso).
Acidente da Voepass, em Vinhedo (SP)
9 de agosto de 2024 - O ATR-72, da Voespass, caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, em 9 de agosto do ano passado. A aeronave tinha decolado de Cascavel, no Paraná, e desceria no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Faltando poucos quilômetros para chegar ao destino, perdeu a sustentação, entrou em estol e caiu. Nenhum dos 62 ocupantes - 58 passageiros e quatro tripulantes - sobreviveu ao acidente.
Relatório elaborado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apontou que o ART-72 voou em condições de gelo severo, e que o piloto havia apontado uma falha no sistema de degelo da aeronave. Isto é, mecanismo que retira o gelo das asas do avião. O relatório é preliminar e não aponta esta possível falha como a causa do acidente. As investigações feitas pelos militares prosseguem.
A Voepass afirma que que a aeronave estava com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) válido, com todos os sistemas requeridos em funcionamento e que os pilotos estavam aptos para realizar o voo, com todas as certificações de pilotagem válidas e treinamentos atualizados. Relembre o caso.