‘Barbárie de Queimadas’ e Linha Direta: conheça história de estupro coletivo na Paraíba


Cinco mulheres foram violentadas durante uma festa de aniversário; duas foram assassinadas

Por Mônica Bernardes
Atualização:

RECIFE - Há 11 anos um crime bárbaro chocou a cidade de Queimadas, no interior da Paraíba. O que era para ser uma comemoração de aniversário se transformou em uma sessão de estupro coletivo de cinco das sete mulheres convidadas. Duas acabaram morrendo. O crime segue sem que a Justiça tenha sido efetivamente aplicada, já que a situação dos dez homens envolvidos varia de semiliberdade, liberdade e fuga. O caso será apresentado na segunda edição do programa Linha Direta, na TV Globo, nesta quinta-feira, 11.

Tudo aconteceu no dia 12 de fevereiro de 2012 durante um churrasco em comemoração ao aniversário de Luciano dos Santos Pereira. De repente, o local foi invadido por um grupo de homens encapuzados que amarraram cinco das sete mulheres e começaram a estuprá-las, numa simulação de assalto. Durante as investigações, ficou comprovado que o crime, na realidade, foi premeditado por Eduardo dos Santos Pereira, irmão do aniversariante, como um “presente” para o aniversariante.

Durante a simulação do assalto – que segundo as investigações havia sido previamente combinada com todos os homens presentes – o som foi ampliado ao volume máximo para que os gritos das vítimas não fossem ouvidos pelos vizinhos. As mulheres foram amarradas e estupradas. Duas, das sete mulheres, foram poupadas, elas eram esposas de dois dos envolvidos no crime. A professora Isabela Pajuçara, 27 anos, e a recepcionista Michelle Domingos, de 29, reconheceram os estupradores e, por isso, foram executadas a tiros.

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Em fevereiro de 2014 aconteceu o julgamento de seis indiciados. Luciano dos Santos Pereira, Fernando de França Silva Júnior, Jacó Sousa, Luan Barbosa Cassimiro, José Jardel Sousa Araújo e Diego Rêgo Domingues. Eles receberam penas que variavam entre 26 e 44 anos de prisão.

Em setembro do mesmo ano foi a vez do julgamento de Eduardo dos Santos Pereira, condenado a 108 anos de prisão pelos crimes de dois homicídios, cinco estupros, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores, porte ilegal de arma e lesão corporal. Apesar disso, dois meses depois deixou o presídio de segurança máxima onde estava caminhando com tranquilidade pela porta da frente da unidade. Desde então segue foragido. Dos quatro policiais que faziam a guarda do local na ocasião, apenas um foi autuado por facilitação da fuga, mas posteriormente liberado sem nenhuma penalização.

Logo após a fuga uma onda de revolta foi levantada pelos movimentos de direitos das mulheres na Paraíba mas, mesmo assim, o caso nunca teve o desfecho esperado pelas vítimas, seus familiares e pela sociedade.

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Situação atual

O irmão de Eduardo, Luciano dos Santos Pereira, foi condenado a 44 anos de prisão e continua preso em regime fechado. Já Diego Rêgo Domingues cumpre os 26 anos e seis meses de pena em regime semiaberto, na Penitenciária de Segurança Média de Mangabeira, localizada em João Pessoa. Em 2020, Jacó Sousa, condenado a 30 anos de prisão, foi assassinado ao retornar a Queimadas, após ter conquistado liberdade condicional. Na ocasião, a polícia não informou se o assassinato teve motivação relacionada ao estupro coletivo.

O Estadão não conseguiu informações sobre a situação penal de Fernando de França Silva Júnior, condenado a 30 anos de prisão, Luan Barbosa Cassimiro e José Jardel Sousa Araújo, condenados a 27 anos de prisão cada um, apesar das tentativas junto à Secretaria de Administração Penitenciária. Três outros envolvidos, que na época do crime, eram adolescentes, cumpriram as medidas socioeducativas e estão em liberdade.

RECIFE - Há 11 anos um crime bárbaro chocou a cidade de Queimadas, no interior da Paraíba. O que era para ser uma comemoração de aniversário se transformou em uma sessão de estupro coletivo de cinco das sete mulheres convidadas. Duas acabaram morrendo. O crime segue sem que a Justiça tenha sido efetivamente aplicada, já que a situação dos dez homens envolvidos varia de semiliberdade, liberdade e fuga. O caso será apresentado na segunda edição do programa Linha Direta, na TV Globo, nesta quinta-feira, 11.

Tudo aconteceu no dia 12 de fevereiro de 2012 durante um churrasco em comemoração ao aniversário de Luciano dos Santos Pereira. De repente, o local foi invadido por um grupo de homens encapuzados que amarraram cinco das sete mulheres e começaram a estuprá-las, numa simulação de assalto. Durante as investigações, ficou comprovado que o crime, na realidade, foi premeditado por Eduardo dos Santos Pereira, irmão do aniversariante, como um “presente” para o aniversariante.

Durante a simulação do assalto – que segundo as investigações havia sido previamente combinada com todos os homens presentes – o som foi ampliado ao volume máximo para que os gritos das vítimas não fossem ouvidos pelos vizinhos. As mulheres foram amarradas e estupradas. Duas, das sete mulheres, foram poupadas, elas eram esposas de dois dos envolvidos no crime. A professora Isabela Pajuçara, 27 anos, e a recepcionista Michelle Domingos, de 29, reconheceram os estupradores e, por isso, foram executadas a tiros.

Em fevereiro de 2014 aconteceu o julgamento de seis indiciados. Luciano dos Santos Pereira, Fernando de França Silva Júnior, Jacó Sousa, Luan Barbosa Cassimiro, José Jardel Sousa Araújo e Diego Rêgo Domingues. Eles receberam penas que variavam entre 26 e 44 anos de prisão.

Em setembro do mesmo ano foi a vez do julgamento de Eduardo dos Santos Pereira, condenado a 108 anos de prisão pelos crimes de dois homicídios, cinco estupros, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores, porte ilegal de arma e lesão corporal. Apesar disso, dois meses depois deixou o presídio de segurança máxima onde estava caminhando com tranquilidade pela porta da frente da unidade. Desde então segue foragido. Dos quatro policiais que faziam a guarda do local na ocasião, apenas um foi autuado por facilitação da fuga, mas posteriormente liberado sem nenhuma penalização.

Logo após a fuga uma onda de revolta foi levantada pelos movimentos de direitos das mulheres na Paraíba mas, mesmo assim, o caso nunca teve o desfecho esperado pelas vítimas, seus familiares e pela sociedade.

Situação atual

O irmão de Eduardo, Luciano dos Santos Pereira, foi condenado a 44 anos de prisão e continua preso em regime fechado. Já Diego Rêgo Domingues cumpre os 26 anos e seis meses de pena em regime semiaberto, na Penitenciária de Segurança Média de Mangabeira, localizada em João Pessoa. Em 2020, Jacó Sousa, condenado a 30 anos de prisão, foi assassinado ao retornar a Queimadas, após ter conquistado liberdade condicional. Na ocasião, a polícia não informou se o assassinato teve motivação relacionada ao estupro coletivo.

O Estadão não conseguiu informações sobre a situação penal de Fernando de França Silva Júnior, condenado a 30 anos de prisão, Luan Barbosa Cassimiro e José Jardel Sousa Araújo, condenados a 27 anos de prisão cada um, apesar das tentativas junto à Secretaria de Administração Penitenciária. Três outros envolvidos, que na época do crime, eram adolescentes, cumpriram as medidas socioeducativas e estão em liberdade.

RECIFE - Há 11 anos um crime bárbaro chocou a cidade de Queimadas, no interior da Paraíba. O que era para ser uma comemoração de aniversário se transformou em uma sessão de estupro coletivo de cinco das sete mulheres convidadas. Duas acabaram morrendo. O crime segue sem que a Justiça tenha sido efetivamente aplicada, já que a situação dos dez homens envolvidos varia de semiliberdade, liberdade e fuga. O caso será apresentado na segunda edição do programa Linha Direta, na TV Globo, nesta quinta-feira, 11.

Tudo aconteceu no dia 12 de fevereiro de 2012 durante um churrasco em comemoração ao aniversário de Luciano dos Santos Pereira. De repente, o local foi invadido por um grupo de homens encapuzados que amarraram cinco das sete mulheres e começaram a estuprá-las, numa simulação de assalto. Durante as investigações, ficou comprovado que o crime, na realidade, foi premeditado por Eduardo dos Santos Pereira, irmão do aniversariante, como um “presente” para o aniversariante.

Durante a simulação do assalto – que segundo as investigações havia sido previamente combinada com todos os homens presentes – o som foi ampliado ao volume máximo para que os gritos das vítimas não fossem ouvidos pelos vizinhos. As mulheres foram amarradas e estupradas. Duas, das sete mulheres, foram poupadas, elas eram esposas de dois dos envolvidos no crime. A professora Isabela Pajuçara, 27 anos, e a recepcionista Michelle Domingos, de 29, reconheceram os estupradores e, por isso, foram executadas a tiros.

Em fevereiro de 2014 aconteceu o julgamento de seis indiciados. Luciano dos Santos Pereira, Fernando de França Silva Júnior, Jacó Sousa, Luan Barbosa Cassimiro, José Jardel Sousa Araújo e Diego Rêgo Domingues. Eles receberam penas que variavam entre 26 e 44 anos de prisão.

Em setembro do mesmo ano foi a vez do julgamento de Eduardo dos Santos Pereira, condenado a 108 anos de prisão pelos crimes de dois homicídios, cinco estupros, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores, porte ilegal de arma e lesão corporal. Apesar disso, dois meses depois deixou o presídio de segurança máxima onde estava caminhando com tranquilidade pela porta da frente da unidade. Desde então segue foragido. Dos quatro policiais que faziam a guarda do local na ocasião, apenas um foi autuado por facilitação da fuga, mas posteriormente liberado sem nenhuma penalização.

Logo após a fuga uma onda de revolta foi levantada pelos movimentos de direitos das mulheres na Paraíba mas, mesmo assim, o caso nunca teve o desfecho esperado pelas vítimas, seus familiares e pela sociedade.

Situação atual

O irmão de Eduardo, Luciano dos Santos Pereira, foi condenado a 44 anos de prisão e continua preso em regime fechado. Já Diego Rêgo Domingues cumpre os 26 anos e seis meses de pena em regime semiaberto, na Penitenciária de Segurança Média de Mangabeira, localizada em João Pessoa. Em 2020, Jacó Sousa, condenado a 30 anos de prisão, foi assassinado ao retornar a Queimadas, após ter conquistado liberdade condicional. Na ocasião, a polícia não informou se o assassinato teve motivação relacionada ao estupro coletivo.

O Estadão não conseguiu informações sobre a situação penal de Fernando de França Silva Júnior, condenado a 30 anos de prisão, Luan Barbosa Cassimiro e José Jardel Sousa Araújo, condenados a 27 anos de prisão cada um, apesar das tentativas junto à Secretaria de Administração Penitenciária. Três outros envolvidos, que na época do crime, eram adolescentes, cumpriram as medidas socioeducativas e estão em liberdade.

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