A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, participou ontem do batizado do neto, Gabriel, que nasceu no dia 9 de setembro na capital gaúcha. A cerimônia, na Catedral Metropolitana, foi reservada à família. À tarde, em entrevista coletiva, ao ser questionada sobre o batizado faltando na antevéspera da eleição, Dilma explicou que a data preferida por sua filha Paula para a cerimônia era quinta, dia de anjo Gabriel. Como na quinta ela teve de ir ao Rio para o debate da TV Globo, a cerimônia foi transferida para ontem. "Fui batizada, crismada e acho que meu neto tinha que ser batizado", comentou. "É a religião da minha família e a minha também", disse a candidata. Dilma comentou o episódio do pedido de vista do ministro Gilmar Mendes durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito do uso do título de eleitor na votação, após falar com o candidato José Serra por telefone. "Não faço ilação, porque eu não tenho provas", respondeu. "Agora, sem sombra de dúvida, se foi, eu acho muito grave, porque é um caso de aparelhamento do Estado flagrante", completou. A ex-ministra acrescentou: "não acredito que o ministro Gilmar Mendes faria isso". Questionada sobre o momento no debate da TV Globo em que abordou doações de campanha, Dilma negou que seu comentário tenha sido um "escorregão". Ela afirmou que todas as doações oficiais estão registradas em seu site, corrigindo a seguir a frase, o que gerou risos na plateia. "As minhas doações são legais, se eles riram (se referindo à reação do público) é porque as deles não são", afirmou."Eles, vocês descubram quem são", acrescentou. Dilma justificou que as luzes fortes do estúdio a impediam de ver de onde partiu a reação do público naquele momento do debate.