Embora pleiteie a abertura da Copa de 2014, Belo Horizonte é a única cidade-sede do Mundial que não revelou a estimativa de gastos para a reforma de seu estádio - isso só vai ser divulgado no ano que vem, provavelmente em março, no início das obras.O projeto do Mineirão também sofreu alterações por causa do corte - de cerca de R$ 400 milhões - na verba destinada pelo governo de Minas Gerais para as obras da Copa. Não vão ser construídos, como estava previsto, dois hotéis, um centro de convenção, um shopping center e lojas de artigo esportivo no entorno do estádio. "Foi retirada uma parte do projeto que não é considerada necessária pela Fifa. Tiramos os acessórios. A reforma do estádio não sofreu nenhuma alteração", explicou o arquiteto Gustavo Penna, responsável pela modernização do Mineirão, que terá capacidade para 69.950 espectadores. "Toda reforma é um chute, porque não se sabe o que vai acontecer. Você quebra uma parede e descobre alguma coisa. Toda reforma é um saquinho de surpresa", disse.Segundo ele, as exigências feitas pela Fifa vão ser mantidas. O gramado, por exemplo, será rebaixado em 3,5 metros para eliminar os "pontos cegos" - locais de visibilidade ruim do campo - e o estacionamento dentro do Mineirão vai sofrer expressiva ampliação - passará de 3 mil para 5 mil vagas.Uma das obras mais caras é a do Mané Garrincha, em Brasília, cotado para receber o jogo inaugural da Copa. O orçamento inicial de R$ 520 milhões já saltou para R$ 700 milhões, com recursos do Estado. Inaugurado em 1974, em homenagem ao ex-craque do Botafogo e da seleção brasileira, o estádio terá capacidade para 70 mil pessoas numa região que não apresenta times na elite do futebol brasileiro.