O júri popular condenou ontem à noite, por maioria de votos, o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da missionária Dorothy Stang no dia 12 de fevereiro de 2005. Ele foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado e sem direito de recorrer da sentença em liberdade. A decisão foi comemorada por entidades ligadas aos direitos humanos e pela congregação a qual Stang pertencia. Bida saiu direto do salão do júri para a penitenciária de Americano, na região metropolitana de Belém. Composto por seis mulheres e um homem, o júri entendeu que Bida ordenou o assassinato com requinte de perversidade contra uma idosa de 73 anos "totalmente indefesa". "A justiça foi feita", comentou Rebecca Spires, religiosa que trabalhou com Dorothy Stang. Os defensores públicos Paulo Bona e Alex Noronha, que atuaram na defesa de Bida, informaram que qualquer recurso contra a sentença terá de ser impetrado por advogado contratado pelo réu. "Nós já fizemos a nossa parte, que foi defendê-lo", disse Bona.
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