Bloco Cordão da Bola Preta abre sábado de Carnaval no Rio seguido por multidão


Outros 47 blocos autorizados desfilarão pelas ruas da capital fluminense, segundo a Prefeitura

Por Gabriel Vasconcelos e Vinicius Neder
Atualização:

Foi dada a largada! O Cordão da Bola Preta abriu oficialmente o Carnaval de rua do Rio na manhã deste sábado, 18, após dois anos sem festa devido à pandemia. Os foliões já tomam a Rua Primeiro de Março, no centro da cidade, ao som de Quem não chora não mama, o refrão da marchinha do Bola.

“Musa das musas” do Cordão da Bola Preta, a atriz Paolla Oliveira, e a porta-estandarte do bloco, Leandra Leal, empolgam a multidão no Paço Imperial, no centro do Rio. Depois de marchinhas tradicionais, a banda do Bola tocou sambas-enredo que fizeram história na Marquês de Sapucaí. Do século XVIII, o prédio do Paço teve diferentes funções na história do País e serviu de gabinete do Rei de Portugal, Dom João VI, quando veio com a corte para o Brasil. Hoje, abriga um centro cultural. Além do Bola, outros blocos fazem sua festa na praça anexa, como o Cordão do Boitatá, que volta às ruas no domingo, 19.

Entre os participantes do Bola Preta, está o casal Fernando Pellon, de 66 anos, e Lili Rose, de 60, que vão juntos ao Bola há 39 anos, a idade do relacionamento. “É muita energia represada desses anos sem festa. E me emociono de verdade ao saber que esse, aqui e agora, é o maior e mais importante bloco de carnaval do planeta”, diz Pellon.

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É só o começo para o casal, que tem na lista de blocos o Cordão do Boitatá e o Fogo e Paixão, sempre de manhã. “Somos foliões militantes, mas exclusivamente matutinos!”, diz Lili. O Bola desfila até o início da tarde, com dispersão na sede do Ministério do Trabalho na cidade, na Avenida Antônio Carlos.

Tentando criar um bloco exclusivo dentro dos megablocos, 11 amigos de Bangu, bairro da zona oeste do Rio, formaram o grupo Uga-Uga Catiri, cuja estratégia é passar graxa no próprio corpo para que outros foliões se afastem e o grupo circule livremente nos blocos mais lotados do Rio.

Grupo de amigos passa graxa no corpo para afastar outros foliões e ganhar espaço na multidão Foto: Gabriel Vasconcelos/Estadão
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“Fazemos isso todo ano. Nossos pais e tios já faziam e a gente está aí seguindo a tradição. Ano passado não teve por causa da covid, mas agora voltamos com tudo”, diz o engraxado João Ari, de 32 anos. Hoje, depois do Cordão da Bola Preta, os homens das cavernas seguem para a Banda de Ipanema, na orla da praia homônima.

A foliã Ângela Moraes, de 69 anos, chegou cedo ao Bola e vai sozinha até a dispersão. Ela acompanha o bloco há 58 anos, desde que tinha 12. “Eu vim ao Bola com a minha mãe até ela falecer. Depois passei a vir com a minha filha, que agora só quer saber de (desfilar na) Portela. Largou os blocos. Eu não vou ficar em casa, né?”, diz ela. Questionada sobre o jejum de Carnaval nos últimos dois últimos anos, ela não lamenta. “Ano passado eu pulei carnaval clandestino, na Lapa”, conta às gargalhadas.

Ângela Moraes, de 69 anos, acompanha o bloco Cordão da Bola Preta há 58 anos Foto: Gabriel Vasconcelos/Estadão
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Banda de Ipanema

Pouco após as 16 horas a Banda de Ipanema começou a esquentar os foliões na concentração para seu desfile de 2023. No primeiro carnaval após dois anos de restrições provocadas pela covid-19, a Banda de Ipanema homenageia os profissionais de saúde em seus desfiles neste sábado, 18, e na terça-feira, 21. Para marcar a homenagem, um carro aberto junto ao cortejo leva um grupo de médicos que atuou na divulgação de informações de prevenção durante a pandemia, como a pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ao Estadão, ela destacou que os organizadores do bloco a procuraram, para embasar a decisão de não desfilar em 2021 e 2022.

Banda de Ipanema animou os foliões pela orla do Rio Foto: Vinicius Neder/Estadão
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Ícone entre os mais tradicionais blocos de rua do Rio, a Banda de Ipanema desfilou pela primeira vez no carnaval de 1965. Lideraram a criação do bloco os irmãos Albino e Cláudio Pinheiro, ao lado de “boêmios intelectuais” – nas palavras do verbete sobre a banda no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira – como o artista plástico Fredy Carneiro e os cartunistas Jaguar e Ziraldo. A Banda de Ipanema hoje é presidida por Claudio Pinheiro, que, aos 87 anos, destacou a alegria de poder voltar a desfilar com o bloco, após a pandemia.

A marca do bloco, além da irreverência, é manter o desfile à moda antiga dos carnavais do início do século XX, sem carro de som, com um naipe de metais acompanhando os ritmistas. Declarado “patrimônio cultural” pelas autoridades municipal e estadual do Rio, o tradicional bloco já teve como “padrinhos” e “madrinhas” grandes nomes da música, como Clementina de Jesus, Bibi Ferreira, João de Barro, Clara Nunes, João Nogueira, Martinho da Vila, Nélson Cavaquinho, Cartola e Beth Carvalho, informa o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

Foi dada a largada! O Cordão da Bola Preta abriu oficialmente o Carnaval de rua do Rio na manhã deste sábado, 18, após dois anos sem festa devido à pandemia. Os foliões já tomam a Rua Primeiro de Março, no centro da cidade, ao som de Quem não chora não mama, o refrão da marchinha do Bola.

“Musa das musas” do Cordão da Bola Preta, a atriz Paolla Oliveira, e a porta-estandarte do bloco, Leandra Leal, empolgam a multidão no Paço Imperial, no centro do Rio. Depois de marchinhas tradicionais, a banda do Bola tocou sambas-enredo que fizeram história na Marquês de Sapucaí. Do século XVIII, o prédio do Paço teve diferentes funções na história do País e serviu de gabinete do Rei de Portugal, Dom João VI, quando veio com a corte para o Brasil. Hoje, abriga um centro cultural. Além do Bola, outros blocos fazem sua festa na praça anexa, como o Cordão do Boitatá, que volta às ruas no domingo, 19.

Entre os participantes do Bola Preta, está o casal Fernando Pellon, de 66 anos, e Lili Rose, de 60, que vão juntos ao Bola há 39 anos, a idade do relacionamento. “É muita energia represada desses anos sem festa. E me emociono de verdade ao saber que esse, aqui e agora, é o maior e mais importante bloco de carnaval do planeta”, diz Pellon.

É só o começo para o casal, que tem na lista de blocos o Cordão do Boitatá e o Fogo e Paixão, sempre de manhã. “Somos foliões militantes, mas exclusivamente matutinos!”, diz Lili. O Bola desfila até o início da tarde, com dispersão na sede do Ministério do Trabalho na cidade, na Avenida Antônio Carlos.

Tentando criar um bloco exclusivo dentro dos megablocos, 11 amigos de Bangu, bairro da zona oeste do Rio, formaram o grupo Uga-Uga Catiri, cuja estratégia é passar graxa no próprio corpo para que outros foliões se afastem e o grupo circule livremente nos blocos mais lotados do Rio.

Grupo de amigos passa graxa no corpo para afastar outros foliões e ganhar espaço na multidão Foto: Gabriel Vasconcelos/Estadão

“Fazemos isso todo ano. Nossos pais e tios já faziam e a gente está aí seguindo a tradição. Ano passado não teve por causa da covid, mas agora voltamos com tudo”, diz o engraxado João Ari, de 32 anos. Hoje, depois do Cordão da Bola Preta, os homens das cavernas seguem para a Banda de Ipanema, na orla da praia homônima.

A foliã Ângela Moraes, de 69 anos, chegou cedo ao Bola e vai sozinha até a dispersão. Ela acompanha o bloco há 58 anos, desde que tinha 12. “Eu vim ao Bola com a minha mãe até ela falecer. Depois passei a vir com a minha filha, que agora só quer saber de (desfilar na) Portela. Largou os blocos. Eu não vou ficar em casa, né?”, diz ela. Questionada sobre o jejum de Carnaval nos últimos dois últimos anos, ela não lamenta. “Ano passado eu pulei carnaval clandestino, na Lapa”, conta às gargalhadas.

Ângela Moraes, de 69 anos, acompanha o bloco Cordão da Bola Preta há 58 anos Foto: Gabriel Vasconcelos/Estadão

Banda de Ipanema

Pouco após as 16 horas a Banda de Ipanema começou a esquentar os foliões na concentração para seu desfile de 2023. No primeiro carnaval após dois anos de restrições provocadas pela covid-19, a Banda de Ipanema homenageia os profissionais de saúde em seus desfiles neste sábado, 18, e na terça-feira, 21. Para marcar a homenagem, um carro aberto junto ao cortejo leva um grupo de médicos que atuou na divulgação de informações de prevenção durante a pandemia, como a pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ao Estadão, ela destacou que os organizadores do bloco a procuraram, para embasar a decisão de não desfilar em 2021 e 2022.

Banda de Ipanema animou os foliões pela orla do Rio Foto: Vinicius Neder/Estadão

Ícone entre os mais tradicionais blocos de rua do Rio, a Banda de Ipanema desfilou pela primeira vez no carnaval de 1965. Lideraram a criação do bloco os irmãos Albino e Cláudio Pinheiro, ao lado de “boêmios intelectuais” – nas palavras do verbete sobre a banda no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira – como o artista plástico Fredy Carneiro e os cartunistas Jaguar e Ziraldo. A Banda de Ipanema hoje é presidida por Claudio Pinheiro, que, aos 87 anos, destacou a alegria de poder voltar a desfilar com o bloco, após a pandemia.

A marca do bloco, além da irreverência, é manter o desfile à moda antiga dos carnavais do início do século XX, sem carro de som, com um naipe de metais acompanhando os ritmistas. Declarado “patrimônio cultural” pelas autoridades municipal e estadual do Rio, o tradicional bloco já teve como “padrinhos” e “madrinhas” grandes nomes da música, como Clementina de Jesus, Bibi Ferreira, João de Barro, Clara Nunes, João Nogueira, Martinho da Vila, Nélson Cavaquinho, Cartola e Beth Carvalho, informa o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

Foi dada a largada! O Cordão da Bola Preta abriu oficialmente o Carnaval de rua do Rio na manhã deste sábado, 18, após dois anos sem festa devido à pandemia. Os foliões já tomam a Rua Primeiro de Março, no centro da cidade, ao som de Quem não chora não mama, o refrão da marchinha do Bola.

“Musa das musas” do Cordão da Bola Preta, a atriz Paolla Oliveira, e a porta-estandarte do bloco, Leandra Leal, empolgam a multidão no Paço Imperial, no centro do Rio. Depois de marchinhas tradicionais, a banda do Bola tocou sambas-enredo que fizeram história na Marquês de Sapucaí. Do século XVIII, o prédio do Paço teve diferentes funções na história do País e serviu de gabinete do Rei de Portugal, Dom João VI, quando veio com a corte para o Brasil. Hoje, abriga um centro cultural. Além do Bola, outros blocos fazem sua festa na praça anexa, como o Cordão do Boitatá, que volta às ruas no domingo, 19.

Entre os participantes do Bola Preta, está o casal Fernando Pellon, de 66 anos, e Lili Rose, de 60, que vão juntos ao Bola há 39 anos, a idade do relacionamento. “É muita energia represada desses anos sem festa. E me emociono de verdade ao saber que esse, aqui e agora, é o maior e mais importante bloco de carnaval do planeta”, diz Pellon.

É só o começo para o casal, que tem na lista de blocos o Cordão do Boitatá e o Fogo e Paixão, sempre de manhã. “Somos foliões militantes, mas exclusivamente matutinos!”, diz Lili. O Bola desfila até o início da tarde, com dispersão na sede do Ministério do Trabalho na cidade, na Avenida Antônio Carlos.

Tentando criar um bloco exclusivo dentro dos megablocos, 11 amigos de Bangu, bairro da zona oeste do Rio, formaram o grupo Uga-Uga Catiri, cuja estratégia é passar graxa no próprio corpo para que outros foliões se afastem e o grupo circule livremente nos blocos mais lotados do Rio.

Grupo de amigos passa graxa no corpo para afastar outros foliões e ganhar espaço na multidão Foto: Gabriel Vasconcelos/Estadão

“Fazemos isso todo ano. Nossos pais e tios já faziam e a gente está aí seguindo a tradição. Ano passado não teve por causa da covid, mas agora voltamos com tudo”, diz o engraxado João Ari, de 32 anos. Hoje, depois do Cordão da Bola Preta, os homens das cavernas seguem para a Banda de Ipanema, na orla da praia homônima.

A foliã Ângela Moraes, de 69 anos, chegou cedo ao Bola e vai sozinha até a dispersão. Ela acompanha o bloco há 58 anos, desde que tinha 12. “Eu vim ao Bola com a minha mãe até ela falecer. Depois passei a vir com a minha filha, que agora só quer saber de (desfilar na) Portela. Largou os blocos. Eu não vou ficar em casa, né?”, diz ela. Questionada sobre o jejum de Carnaval nos últimos dois últimos anos, ela não lamenta. “Ano passado eu pulei carnaval clandestino, na Lapa”, conta às gargalhadas.

Ângela Moraes, de 69 anos, acompanha o bloco Cordão da Bola Preta há 58 anos Foto: Gabriel Vasconcelos/Estadão

Banda de Ipanema

Pouco após as 16 horas a Banda de Ipanema começou a esquentar os foliões na concentração para seu desfile de 2023. No primeiro carnaval após dois anos de restrições provocadas pela covid-19, a Banda de Ipanema homenageia os profissionais de saúde em seus desfiles neste sábado, 18, e na terça-feira, 21. Para marcar a homenagem, um carro aberto junto ao cortejo leva um grupo de médicos que atuou na divulgação de informações de prevenção durante a pandemia, como a pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ao Estadão, ela destacou que os organizadores do bloco a procuraram, para embasar a decisão de não desfilar em 2021 e 2022.

Banda de Ipanema animou os foliões pela orla do Rio Foto: Vinicius Neder/Estadão

Ícone entre os mais tradicionais blocos de rua do Rio, a Banda de Ipanema desfilou pela primeira vez no carnaval de 1965. Lideraram a criação do bloco os irmãos Albino e Cláudio Pinheiro, ao lado de “boêmios intelectuais” – nas palavras do verbete sobre a banda no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira – como o artista plástico Fredy Carneiro e os cartunistas Jaguar e Ziraldo. A Banda de Ipanema hoje é presidida por Claudio Pinheiro, que, aos 87 anos, destacou a alegria de poder voltar a desfilar com o bloco, após a pandemia.

A marca do bloco, além da irreverência, é manter o desfile à moda antiga dos carnavais do início do século XX, sem carro de som, com um naipe de metais acompanhando os ritmistas. Declarado “patrimônio cultural” pelas autoridades municipal e estadual do Rio, o tradicional bloco já teve como “padrinhos” e “madrinhas” grandes nomes da música, como Clementina de Jesus, Bibi Ferreira, João de Barro, Clara Nunes, João Nogueira, Martinho da Vila, Nélson Cavaquinho, Cartola e Beth Carvalho, informa o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

Foi dada a largada! O Cordão da Bola Preta abriu oficialmente o Carnaval de rua do Rio na manhã deste sábado, 18, após dois anos sem festa devido à pandemia. Os foliões já tomam a Rua Primeiro de Março, no centro da cidade, ao som de Quem não chora não mama, o refrão da marchinha do Bola.

“Musa das musas” do Cordão da Bola Preta, a atriz Paolla Oliveira, e a porta-estandarte do bloco, Leandra Leal, empolgam a multidão no Paço Imperial, no centro do Rio. Depois de marchinhas tradicionais, a banda do Bola tocou sambas-enredo que fizeram história na Marquês de Sapucaí. Do século XVIII, o prédio do Paço teve diferentes funções na história do País e serviu de gabinete do Rei de Portugal, Dom João VI, quando veio com a corte para o Brasil. Hoje, abriga um centro cultural. Além do Bola, outros blocos fazem sua festa na praça anexa, como o Cordão do Boitatá, que volta às ruas no domingo, 19.

Entre os participantes do Bola Preta, está o casal Fernando Pellon, de 66 anos, e Lili Rose, de 60, que vão juntos ao Bola há 39 anos, a idade do relacionamento. “É muita energia represada desses anos sem festa. E me emociono de verdade ao saber que esse, aqui e agora, é o maior e mais importante bloco de carnaval do planeta”, diz Pellon.

É só o começo para o casal, que tem na lista de blocos o Cordão do Boitatá e o Fogo e Paixão, sempre de manhã. “Somos foliões militantes, mas exclusivamente matutinos!”, diz Lili. O Bola desfila até o início da tarde, com dispersão na sede do Ministério do Trabalho na cidade, na Avenida Antônio Carlos.

Tentando criar um bloco exclusivo dentro dos megablocos, 11 amigos de Bangu, bairro da zona oeste do Rio, formaram o grupo Uga-Uga Catiri, cuja estratégia é passar graxa no próprio corpo para que outros foliões se afastem e o grupo circule livremente nos blocos mais lotados do Rio.

Grupo de amigos passa graxa no corpo para afastar outros foliões e ganhar espaço na multidão Foto: Gabriel Vasconcelos/Estadão

“Fazemos isso todo ano. Nossos pais e tios já faziam e a gente está aí seguindo a tradição. Ano passado não teve por causa da covid, mas agora voltamos com tudo”, diz o engraxado João Ari, de 32 anos. Hoje, depois do Cordão da Bola Preta, os homens das cavernas seguem para a Banda de Ipanema, na orla da praia homônima.

A foliã Ângela Moraes, de 69 anos, chegou cedo ao Bola e vai sozinha até a dispersão. Ela acompanha o bloco há 58 anos, desde que tinha 12. “Eu vim ao Bola com a minha mãe até ela falecer. Depois passei a vir com a minha filha, que agora só quer saber de (desfilar na) Portela. Largou os blocos. Eu não vou ficar em casa, né?”, diz ela. Questionada sobre o jejum de Carnaval nos últimos dois últimos anos, ela não lamenta. “Ano passado eu pulei carnaval clandestino, na Lapa”, conta às gargalhadas.

Ângela Moraes, de 69 anos, acompanha o bloco Cordão da Bola Preta há 58 anos Foto: Gabriel Vasconcelos/Estadão

Banda de Ipanema

Pouco após as 16 horas a Banda de Ipanema começou a esquentar os foliões na concentração para seu desfile de 2023. No primeiro carnaval após dois anos de restrições provocadas pela covid-19, a Banda de Ipanema homenageia os profissionais de saúde em seus desfiles neste sábado, 18, e na terça-feira, 21. Para marcar a homenagem, um carro aberto junto ao cortejo leva um grupo de médicos que atuou na divulgação de informações de prevenção durante a pandemia, como a pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ao Estadão, ela destacou que os organizadores do bloco a procuraram, para embasar a decisão de não desfilar em 2021 e 2022.

Banda de Ipanema animou os foliões pela orla do Rio Foto: Vinicius Neder/Estadão

Ícone entre os mais tradicionais blocos de rua do Rio, a Banda de Ipanema desfilou pela primeira vez no carnaval de 1965. Lideraram a criação do bloco os irmãos Albino e Cláudio Pinheiro, ao lado de “boêmios intelectuais” – nas palavras do verbete sobre a banda no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira – como o artista plástico Fredy Carneiro e os cartunistas Jaguar e Ziraldo. A Banda de Ipanema hoje é presidida por Claudio Pinheiro, que, aos 87 anos, destacou a alegria de poder voltar a desfilar com o bloco, após a pandemia.

A marca do bloco, além da irreverência, é manter o desfile à moda antiga dos carnavais do início do século XX, sem carro de som, com um naipe de metais acompanhando os ritmistas. Declarado “patrimônio cultural” pelas autoridades municipal e estadual do Rio, o tradicional bloco já teve como “padrinhos” e “madrinhas” grandes nomes da música, como Clementina de Jesus, Bibi Ferreira, João de Barro, Clara Nunes, João Nogueira, Martinho da Vila, Nélson Cavaquinho, Cartola e Beth Carvalho, informa o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

Foi dada a largada! O Cordão da Bola Preta abriu oficialmente o Carnaval de rua do Rio na manhã deste sábado, 18, após dois anos sem festa devido à pandemia. Os foliões já tomam a Rua Primeiro de Março, no centro da cidade, ao som de Quem não chora não mama, o refrão da marchinha do Bola.

“Musa das musas” do Cordão da Bola Preta, a atriz Paolla Oliveira, e a porta-estandarte do bloco, Leandra Leal, empolgam a multidão no Paço Imperial, no centro do Rio. Depois de marchinhas tradicionais, a banda do Bola tocou sambas-enredo que fizeram história na Marquês de Sapucaí. Do século XVIII, o prédio do Paço teve diferentes funções na história do País e serviu de gabinete do Rei de Portugal, Dom João VI, quando veio com a corte para o Brasil. Hoje, abriga um centro cultural. Além do Bola, outros blocos fazem sua festa na praça anexa, como o Cordão do Boitatá, que volta às ruas no domingo, 19.

Entre os participantes do Bola Preta, está o casal Fernando Pellon, de 66 anos, e Lili Rose, de 60, que vão juntos ao Bola há 39 anos, a idade do relacionamento. “É muita energia represada desses anos sem festa. E me emociono de verdade ao saber que esse, aqui e agora, é o maior e mais importante bloco de carnaval do planeta”, diz Pellon.

É só o começo para o casal, que tem na lista de blocos o Cordão do Boitatá e o Fogo e Paixão, sempre de manhã. “Somos foliões militantes, mas exclusivamente matutinos!”, diz Lili. O Bola desfila até o início da tarde, com dispersão na sede do Ministério do Trabalho na cidade, na Avenida Antônio Carlos.

Tentando criar um bloco exclusivo dentro dos megablocos, 11 amigos de Bangu, bairro da zona oeste do Rio, formaram o grupo Uga-Uga Catiri, cuja estratégia é passar graxa no próprio corpo para que outros foliões se afastem e o grupo circule livremente nos blocos mais lotados do Rio.

Grupo de amigos passa graxa no corpo para afastar outros foliões e ganhar espaço na multidão Foto: Gabriel Vasconcelos/Estadão

“Fazemos isso todo ano. Nossos pais e tios já faziam e a gente está aí seguindo a tradição. Ano passado não teve por causa da covid, mas agora voltamos com tudo”, diz o engraxado João Ari, de 32 anos. Hoje, depois do Cordão da Bola Preta, os homens das cavernas seguem para a Banda de Ipanema, na orla da praia homônima.

A foliã Ângela Moraes, de 69 anos, chegou cedo ao Bola e vai sozinha até a dispersão. Ela acompanha o bloco há 58 anos, desde que tinha 12. “Eu vim ao Bola com a minha mãe até ela falecer. Depois passei a vir com a minha filha, que agora só quer saber de (desfilar na) Portela. Largou os blocos. Eu não vou ficar em casa, né?”, diz ela. Questionada sobre o jejum de Carnaval nos últimos dois últimos anos, ela não lamenta. “Ano passado eu pulei carnaval clandestino, na Lapa”, conta às gargalhadas.

Ângela Moraes, de 69 anos, acompanha o bloco Cordão da Bola Preta há 58 anos Foto: Gabriel Vasconcelos/Estadão

Banda de Ipanema

Pouco após as 16 horas a Banda de Ipanema começou a esquentar os foliões na concentração para seu desfile de 2023. No primeiro carnaval após dois anos de restrições provocadas pela covid-19, a Banda de Ipanema homenageia os profissionais de saúde em seus desfiles neste sábado, 18, e na terça-feira, 21. Para marcar a homenagem, um carro aberto junto ao cortejo leva um grupo de médicos que atuou na divulgação de informações de prevenção durante a pandemia, como a pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ao Estadão, ela destacou que os organizadores do bloco a procuraram, para embasar a decisão de não desfilar em 2021 e 2022.

Banda de Ipanema animou os foliões pela orla do Rio Foto: Vinicius Neder/Estadão

Ícone entre os mais tradicionais blocos de rua do Rio, a Banda de Ipanema desfilou pela primeira vez no carnaval de 1965. Lideraram a criação do bloco os irmãos Albino e Cláudio Pinheiro, ao lado de “boêmios intelectuais” – nas palavras do verbete sobre a banda no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira – como o artista plástico Fredy Carneiro e os cartunistas Jaguar e Ziraldo. A Banda de Ipanema hoje é presidida por Claudio Pinheiro, que, aos 87 anos, destacou a alegria de poder voltar a desfilar com o bloco, após a pandemia.

A marca do bloco, além da irreverência, é manter o desfile à moda antiga dos carnavais do início do século XX, sem carro de som, com um naipe de metais acompanhando os ritmistas. Declarado “patrimônio cultural” pelas autoridades municipal e estadual do Rio, o tradicional bloco já teve como “padrinhos” e “madrinhas” grandes nomes da música, como Clementina de Jesus, Bibi Ferreira, João de Barro, Clara Nunes, João Nogueira, Martinho da Vila, Nélson Cavaquinho, Cartola e Beth Carvalho, informa o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

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