Bloqueios de R$ 11 bilhões contra Vale representam metade do caixa da empresa


Mineradora deve sofrer efeitos do desastre em Brumadinho nesta segunda com abertura da Bolsa brasileira. Perdas já foram notadas no exterior

Por Denise Luna, Fernando Nakagawa e Douglas Gavras

SÃO PAULO - Os próximos pregões da Bolsa devem ser turbulentos para a Vale, que já viu seus papéis no exterior derreterem na sexta-feira, após o rompimento da barragem de Brumadinho (MG). Como a Bolsa brasileira não operou no último dia 25, as ações da empresa só começarão a refletir o impacto do desastre nesta segunda-feira, 28. 

Na última sexta-feira, os ADRs (como são chamados os recibos de papéis de ações) da Vale negociados em Nova York fecharam em queda de mais de 8%. A expectativa dos analistas é de que as ações da empresa negociadas na Bolsa brasileira tenham um desempenho parecido nesta segunda, ou pior. 

Moradores de Brumadinho observam a lama que atingiu a cidade. Foto: Washington Alves/Reuters
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“A queda lá fora foi grande, mas ainda não se tinha a dimensão da tragédia. O mercado deve punir a Vale”, diz Fabio Silveira, da Macrosector. O economista-chefe da Eleven Financial Research, Adeodato Netto considera que os efeitos para a companhia são negativos de curto prazo, mas menos relevantes no longo prazo.”

Após o rompimento, no entanto, a agência de classificação de risco S&P anunciou que poderá rebaixar a nota da Vale. Segundo a S&P, o fato de uma tragédia semelhante ter acontecido há tão pouco tempo potencializa os riscos. A nota da Vale, que é BBB- em escala global, entrou em observação. 

Além do reflexo do desastre nas ações, também pesam os pedidos de bloqueio de recursos da empresa para garantir auxílio às vítimas. Somados, os pedidos na Justiça chegam a R$ 11 bilhões. A Vale encerrou o terceiro trimestre do ano passado com cerca de US$ 6,1 bilhões em caixa, lembra Glauco Legat, da consultoria Necton. Os recursos de R$ 11 bilhões representariam 48% do caixa. 

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Veja imagens do rompimento de barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho

1 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
2 | 37

Moradores

Foto: Mauro Pimentel/AFP
3 | 37

Catástrofe ambiental e humana

Foto: Adriano Machado/Reuters
4 | 37

Animais

Foto: Wilton Junior/Estadão
5 | 37

Dificuldade no resgate

Foto: Douglas Magno/AFP
6 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Douglas Magno/AFP
7 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
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Catástrofe ambiental e humana

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Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
22 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão
23 | 37

Presidente Bolsonaro

Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República
24 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Paulo Fonseca/EFE
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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros de Minas Gerais
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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Wilton Junior/Estadão
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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Wilton Junior/Estadão
28 | 37

Batalha pela Vida

29 | 37

Estrada

Foto: Wilton Junior/Estadão
30 | 37

Carro atolado

Foto: Wilton Junior/Estadão
31 | 37

Helicoptero

Foto: Wilton Junior/Estadão
32 | 37

Bombeiros tentam encontrar sobreviventes em Brumadinho

Foto: Washington Alves/Reuters
33 | 37

Corpo encontrado

Foto: Wilton Júnior/Estadão
34 | 37

Ponte

Foto: Antonio Lacerta/EFE
35 | 37

Área devastada

Foto: Wilton Júnior/Estadão
36 | 37

Equipe de resgate

Foto: Antonio Lacerda/EFE
37 | 37

Resgate aéreo

Foto: Giazi Cavalcante/Código 19

“A empresa pode arcar com o valor, mas não deixa de ser uma soma elevada. O mais provável é que a Vale tente substituir esse congelamento por outro tipo de garantia, como fianças bancárias”, avalia Legat. 

Os analistas ponderam que a Vale está em situação melhor do que na época de Mariana. “Ela reduziu sua dívida. O bloqueio é ruim, mas não compromete o curso da empresa”, diz Adeodato Netto, da Eleven Financial Research. 

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Já Silveira, da Macrosector, considera que os investidores devem pressionar para que haja uma mudança na direção da empresa. “Não duvido que o mercado peça a cabeça do presidente, Fabio Schvartsman.”

A agência de classificação de risco S&P anunciou que poderá rebaixar a nota da Vale. O fato de uma tragédia semelhante ter acontecido há tão pouco tempo potencializa os riscos. A nota, que é BBB- entrou em observação.

SÃO PAULO - Os próximos pregões da Bolsa devem ser turbulentos para a Vale, que já viu seus papéis no exterior derreterem na sexta-feira, após o rompimento da barragem de Brumadinho (MG). Como a Bolsa brasileira não operou no último dia 25, as ações da empresa só começarão a refletir o impacto do desastre nesta segunda-feira, 28. 

Na última sexta-feira, os ADRs (como são chamados os recibos de papéis de ações) da Vale negociados em Nova York fecharam em queda de mais de 8%. A expectativa dos analistas é de que as ações da empresa negociadas na Bolsa brasileira tenham um desempenho parecido nesta segunda, ou pior. 

Moradores de Brumadinho observam a lama que atingiu a cidade. Foto: Washington Alves/Reuters

“A queda lá fora foi grande, mas ainda não se tinha a dimensão da tragédia. O mercado deve punir a Vale”, diz Fabio Silveira, da Macrosector. O economista-chefe da Eleven Financial Research, Adeodato Netto considera que os efeitos para a companhia são negativos de curto prazo, mas menos relevantes no longo prazo.”

Após o rompimento, no entanto, a agência de classificação de risco S&P anunciou que poderá rebaixar a nota da Vale. Segundo a S&P, o fato de uma tragédia semelhante ter acontecido há tão pouco tempo potencializa os riscos. A nota da Vale, que é BBB- em escala global, entrou em observação. 

Além do reflexo do desastre nas ações, também pesam os pedidos de bloqueio de recursos da empresa para garantir auxílio às vítimas. Somados, os pedidos na Justiça chegam a R$ 11 bilhões. A Vale encerrou o terceiro trimestre do ano passado com cerca de US$ 6,1 bilhões em caixa, lembra Glauco Legat, da consultoria Necton. Os recursos de R$ 11 bilhões representariam 48% do caixa. 

Veja imagens do rompimento de barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho

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Foto: Washington Alves/Reuters
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Dificuldade no resgate

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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Douglas Magno/AFP
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Foto: Washington Alves/Reuters
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Foto: Douglas Magno/AFP
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Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
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Foto: Wilton Junior/Estadão
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Batalha pela Vida

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Estrada

Foto: Wilton Junior/Estadão
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Carro atolado

Foto: Wilton Junior/Estadão
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Helicoptero

Foto: Wilton Junior/Estadão
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Bombeiros tentam encontrar sobreviventes em Brumadinho

Foto: Washington Alves/Reuters
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Corpo encontrado

Foto: Wilton Júnior/Estadão
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Ponte

Foto: Antonio Lacerta/EFE
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Área devastada

Foto: Wilton Júnior/Estadão
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Equipe de resgate

Foto: Antonio Lacerda/EFE
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Resgate aéreo

Foto: Giazi Cavalcante/Código 19

“A empresa pode arcar com o valor, mas não deixa de ser uma soma elevada. O mais provável é que a Vale tente substituir esse congelamento por outro tipo de garantia, como fianças bancárias”, avalia Legat. 

Os analistas ponderam que a Vale está em situação melhor do que na época de Mariana. “Ela reduziu sua dívida. O bloqueio é ruim, mas não compromete o curso da empresa”, diz Adeodato Netto, da Eleven Financial Research. 

Já Silveira, da Macrosector, considera que os investidores devem pressionar para que haja uma mudança na direção da empresa. “Não duvido que o mercado peça a cabeça do presidente, Fabio Schvartsman.”

A agência de classificação de risco S&P anunciou que poderá rebaixar a nota da Vale. O fato de uma tragédia semelhante ter acontecido há tão pouco tempo potencializa os riscos. A nota, que é BBB- entrou em observação.

SÃO PAULO - Os próximos pregões da Bolsa devem ser turbulentos para a Vale, que já viu seus papéis no exterior derreterem na sexta-feira, após o rompimento da barragem de Brumadinho (MG). Como a Bolsa brasileira não operou no último dia 25, as ações da empresa só começarão a refletir o impacto do desastre nesta segunda-feira, 28. 

Na última sexta-feira, os ADRs (como são chamados os recibos de papéis de ações) da Vale negociados em Nova York fecharam em queda de mais de 8%. A expectativa dos analistas é de que as ações da empresa negociadas na Bolsa brasileira tenham um desempenho parecido nesta segunda, ou pior. 

Moradores de Brumadinho observam a lama que atingiu a cidade. Foto: Washington Alves/Reuters

“A queda lá fora foi grande, mas ainda não se tinha a dimensão da tragédia. O mercado deve punir a Vale”, diz Fabio Silveira, da Macrosector. O economista-chefe da Eleven Financial Research, Adeodato Netto considera que os efeitos para a companhia são negativos de curto prazo, mas menos relevantes no longo prazo.”

Após o rompimento, no entanto, a agência de classificação de risco S&P anunciou que poderá rebaixar a nota da Vale. Segundo a S&P, o fato de uma tragédia semelhante ter acontecido há tão pouco tempo potencializa os riscos. A nota da Vale, que é BBB- em escala global, entrou em observação. 

Além do reflexo do desastre nas ações, também pesam os pedidos de bloqueio de recursos da empresa para garantir auxílio às vítimas. Somados, os pedidos na Justiça chegam a R$ 11 bilhões. A Vale encerrou o terceiro trimestre do ano passado com cerca de US$ 6,1 bilhões em caixa, lembra Glauco Legat, da consultoria Necton. Os recursos de R$ 11 bilhões representariam 48% do caixa. 

Veja imagens do rompimento de barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho

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Moradores

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Catástrofe ambiental e humana

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Animais

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Dificuldade no resgate

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Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
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Catástrofe ambiental e humana

Foto: Adriano Machado/Reuters
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Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
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Foto: Douglas Magno/AFP
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Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
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Foto: Washington Alves/Reuters
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Foto: Washington Alves/Reuters
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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Presidente Bolsonaro

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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Paulo Fonseca/EFE
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Foto: Wilton Junior/Estadão
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Estrada

Foto: Wilton Junior/Estadão
30 | 37

Carro atolado

Foto: Wilton Junior/Estadão
31 | 37

Helicoptero

Foto: Wilton Junior/Estadão
32 | 37

Bombeiros tentam encontrar sobreviventes em Brumadinho

Foto: Washington Alves/Reuters
33 | 37

Corpo encontrado

Foto: Wilton Júnior/Estadão
34 | 37

Ponte

Foto: Antonio Lacerta/EFE
35 | 37

Área devastada

Foto: Wilton Júnior/Estadão
36 | 37

Equipe de resgate

Foto: Antonio Lacerda/EFE
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Resgate aéreo

Foto: Giazi Cavalcante/Código 19

“A empresa pode arcar com o valor, mas não deixa de ser uma soma elevada. O mais provável é que a Vale tente substituir esse congelamento por outro tipo de garantia, como fianças bancárias”, avalia Legat. 

Os analistas ponderam que a Vale está em situação melhor do que na época de Mariana. “Ela reduziu sua dívida. O bloqueio é ruim, mas não compromete o curso da empresa”, diz Adeodato Netto, da Eleven Financial Research. 

Já Silveira, da Macrosector, considera que os investidores devem pressionar para que haja uma mudança na direção da empresa. “Não duvido que o mercado peça a cabeça do presidente, Fabio Schvartsman.”

A agência de classificação de risco S&P anunciou que poderá rebaixar a nota da Vale. O fato de uma tragédia semelhante ter acontecido há tão pouco tempo potencializa os riscos. A nota, que é BBB- entrou em observação.

SÃO PAULO - Os próximos pregões da Bolsa devem ser turbulentos para a Vale, que já viu seus papéis no exterior derreterem na sexta-feira, após o rompimento da barragem de Brumadinho (MG). Como a Bolsa brasileira não operou no último dia 25, as ações da empresa só começarão a refletir o impacto do desastre nesta segunda-feira, 28. 

Na última sexta-feira, os ADRs (como são chamados os recibos de papéis de ações) da Vale negociados em Nova York fecharam em queda de mais de 8%. A expectativa dos analistas é de que as ações da empresa negociadas na Bolsa brasileira tenham um desempenho parecido nesta segunda, ou pior. 

Moradores de Brumadinho observam a lama que atingiu a cidade. Foto: Washington Alves/Reuters

“A queda lá fora foi grande, mas ainda não se tinha a dimensão da tragédia. O mercado deve punir a Vale”, diz Fabio Silveira, da Macrosector. O economista-chefe da Eleven Financial Research, Adeodato Netto considera que os efeitos para a companhia são negativos de curto prazo, mas menos relevantes no longo prazo.”

Após o rompimento, no entanto, a agência de classificação de risco S&P anunciou que poderá rebaixar a nota da Vale. Segundo a S&P, o fato de uma tragédia semelhante ter acontecido há tão pouco tempo potencializa os riscos. A nota da Vale, que é BBB- em escala global, entrou em observação. 

Além do reflexo do desastre nas ações, também pesam os pedidos de bloqueio de recursos da empresa para garantir auxílio às vítimas. Somados, os pedidos na Justiça chegam a R$ 11 bilhões. A Vale encerrou o terceiro trimestre do ano passado com cerca de US$ 6,1 bilhões em caixa, lembra Glauco Legat, da consultoria Necton. Os recursos de R$ 11 bilhões representariam 48% do caixa. 

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Moradores

Foto: Mauro Pimentel/AFP
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Catástrofe ambiental e humana

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Animais

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Dificuldade no resgate

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

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Presidente Bolsonaro

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Foto: Paulo Fonseca/EFE
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Tragédia em Minas Gerais

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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Wilton Junior/Estadão
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Tragédia em Minas Gerais

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Batalha pela Vida

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Estrada

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Carro atolado

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Helicoptero

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Bombeiros tentam encontrar sobreviventes em Brumadinho

Foto: Washington Alves/Reuters
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Corpo encontrado

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Ponte

Foto: Antonio Lacerta/EFE
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Área devastada

Foto: Wilton Júnior/Estadão
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Equipe de resgate

Foto: Antonio Lacerda/EFE
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Resgate aéreo

Foto: Giazi Cavalcante/Código 19

“A empresa pode arcar com o valor, mas não deixa de ser uma soma elevada. O mais provável é que a Vale tente substituir esse congelamento por outro tipo de garantia, como fianças bancárias”, avalia Legat. 

Os analistas ponderam que a Vale está em situação melhor do que na época de Mariana. “Ela reduziu sua dívida. O bloqueio é ruim, mas não compromete o curso da empresa”, diz Adeodato Netto, da Eleven Financial Research. 

Já Silveira, da Macrosector, considera que os investidores devem pressionar para que haja uma mudança na direção da empresa. “Não duvido que o mercado peça a cabeça do presidente, Fabio Schvartsman.”

A agência de classificação de risco S&P anunciou que poderá rebaixar a nota da Vale. O fato de uma tragédia semelhante ter acontecido há tão pouco tempo potencializa os riscos. A nota, que é BBB- entrou em observação.

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