''Brasil foi classificado de vencedor''


Para o BC, grau de investimento concedido pela Moody's é reconhecimento de que País saiu da crise primeiro

Por Lucinda Pinto e Fabio Graner

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou ontem que a elevação do rating brasileiro pela Moody"s é o "selo" confirmando que o País sai da crise mais rápido e mais forte do que outras economias. "O Brasil foi classificado como um país vencedor", disse em entrevista coletiva, referindo-se à justificativa da Moody"s para elevar o Brasil a grau de investimento. Meirelles destacou que a decisão da Moody"s foi um reconhecimento da resposta acertada do País à crise financeira internacional. A Moody"s era a última das três principais agências de rating - as outras são Standard & Poor"s e Fitch - que ainda não classificava o Brasil como grau de investimento. O presidente do BC acredita que a elevação do rating vai proporcionar uma melhora na qualidade dos investimentos de longo prazo no País, destinados a produção, máquinas, equipamentos e serviços.Ao comentar as considerações feitas pela agência na questão fiscal, ele lembrou que o governo já anunciou publicamente a manutenção da meta de superávit primário para 2010 (de 3,3% do Produto Interno Bruto). "A agência está em seu papel. É natural que faça advertências." Meirelles chamou a atenção para o fato de a Moody''s também ter colocado o Brasil em perspectiva positiva além de dar o upgrade, o que mostra "a força do País". Ele disse, assim, que espera movimentos similares das outras agências, especialmente da S&P, que foi a primeira a colocar o Brasil na condição de investment grade. "Seria natural que nos próximos meses a S&P colocasse o Brasil em perspectiva positiva, afirmou, o que significaria, segundo ele, "empatar o jogo".Em Nova York, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o grau de investimento concedido pela Moody"s é um reconhecimento de que o Brasil é um país "cada vez mais sólido e saudável". Mantega, que se reuniu ontem com integrantes da Moody"s para ouvir explicações sobre a promoção, ressaltou que a elevação da nota se explicou pelo desempenho geral do Brasil, especialmente, nesse período de crise econômica internacional. O ministro destacou que o Brasil teve, nessa crise, uma performance melhor do que a maioria dos países e isso foi percebido pela Moody"s. Segundo Mantega, a principal razão para o upgrade foi a combinação da resposta dada pelo governo à crise com a reação da economia, que se mostrou "resiliente", retomando o crescimento antes de outros países."A Moody"s destacou a capacidade de absorção de choques da economia brasileira e a resposta das autoridades", disse Mantega, que também citou a avaliação positiva da agência sobre a melhora na estrutura da dívida pública, que hoje é mais longa e menos sujeita às oscilações do mercado. O ministro ressaltou ainda que a Moody"s não só elogiou o desempenho imediato do Brasil à crise, mas também as perspectivas futuras para o crescimento da economia. "Está havendo uma retomada sustentável", afirmou.Em relação à questão fiscal, sobre a qual a Moody"s manifestou certa preocupação para o futuro, Mantega disse que apresentou aos técnicos da agência dados mostrando que o quadro fiscal no País está sob controle e que o desempenho fiscal é o melhor entre os países do G-20. "Eles não contestaram e ficaram impressionados", disse o ministro, lembrando que todos os países diminuíram superávits primários e elevaram o déficit nominal para enfrentar a crise. O ministro destacou que o Brasil, em termos relativos, tem apresentado um desempenho melhor do que a maioria dos países com grau de investimento, se distanciando deles.JUROSMeirelles, em São Paulo, comentou ainda que os juros futuros estão altos porque embutem os custos das medidas de estímulo à economia adotadas pelo governo, mas frisou que a estimativa de inflação do mercado para 2010 está abaixo da meta.

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou ontem que a elevação do rating brasileiro pela Moody"s é o "selo" confirmando que o País sai da crise mais rápido e mais forte do que outras economias. "O Brasil foi classificado como um país vencedor", disse em entrevista coletiva, referindo-se à justificativa da Moody"s para elevar o Brasil a grau de investimento. Meirelles destacou que a decisão da Moody"s foi um reconhecimento da resposta acertada do País à crise financeira internacional. A Moody"s era a última das três principais agências de rating - as outras são Standard & Poor"s e Fitch - que ainda não classificava o Brasil como grau de investimento. O presidente do BC acredita que a elevação do rating vai proporcionar uma melhora na qualidade dos investimentos de longo prazo no País, destinados a produção, máquinas, equipamentos e serviços.Ao comentar as considerações feitas pela agência na questão fiscal, ele lembrou que o governo já anunciou publicamente a manutenção da meta de superávit primário para 2010 (de 3,3% do Produto Interno Bruto). "A agência está em seu papel. É natural que faça advertências." Meirelles chamou a atenção para o fato de a Moody''s também ter colocado o Brasil em perspectiva positiva além de dar o upgrade, o que mostra "a força do País". Ele disse, assim, que espera movimentos similares das outras agências, especialmente da S&P, que foi a primeira a colocar o Brasil na condição de investment grade. "Seria natural que nos próximos meses a S&P colocasse o Brasil em perspectiva positiva, afirmou, o que significaria, segundo ele, "empatar o jogo".Em Nova York, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o grau de investimento concedido pela Moody"s é um reconhecimento de que o Brasil é um país "cada vez mais sólido e saudável". Mantega, que se reuniu ontem com integrantes da Moody"s para ouvir explicações sobre a promoção, ressaltou que a elevação da nota se explicou pelo desempenho geral do Brasil, especialmente, nesse período de crise econômica internacional. O ministro destacou que o Brasil teve, nessa crise, uma performance melhor do que a maioria dos países e isso foi percebido pela Moody"s. Segundo Mantega, a principal razão para o upgrade foi a combinação da resposta dada pelo governo à crise com a reação da economia, que se mostrou "resiliente", retomando o crescimento antes de outros países."A Moody"s destacou a capacidade de absorção de choques da economia brasileira e a resposta das autoridades", disse Mantega, que também citou a avaliação positiva da agência sobre a melhora na estrutura da dívida pública, que hoje é mais longa e menos sujeita às oscilações do mercado. O ministro ressaltou ainda que a Moody"s não só elogiou o desempenho imediato do Brasil à crise, mas também as perspectivas futuras para o crescimento da economia. "Está havendo uma retomada sustentável", afirmou.Em relação à questão fiscal, sobre a qual a Moody"s manifestou certa preocupação para o futuro, Mantega disse que apresentou aos técnicos da agência dados mostrando que o quadro fiscal no País está sob controle e que o desempenho fiscal é o melhor entre os países do G-20. "Eles não contestaram e ficaram impressionados", disse o ministro, lembrando que todos os países diminuíram superávits primários e elevaram o déficit nominal para enfrentar a crise. O ministro destacou que o Brasil, em termos relativos, tem apresentado um desempenho melhor do que a maioria dos países com grau de investimento, se distanciando deles.JUROSMeirelles, em São Paulo, comentou ainda que os juros futuros estão altos porque embutem os custos das medidas de estímulo à economia adotadas pelo governo, mas frisou que a estimativa de inflação do mercado para 2010 está abaixo da meta.

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou ontem que a elevação do rating brasileiro pela Moody"s é o "selo" confirmando que o País sai da crise mais rápido e mais forte do que outras economias. "O Brasil foi classificado como um país vencedor", disse em entrevista coletiva, referindo-se à justificativa da Moody"s para elevar o Brasil a grau de investimento. Meirelles destacou que a decisão da Moody"s foi um reconhecimento da resposta acertada do País à crise financeira internacional. A Moody"s era a última das três principais agências de rating - as outras são Standard & Poor"s e Fitch - que ainda não classificava o Brasil como grau de investimento. O presidente do BC acredita que a elevação do rating vai proporcionar uma melhora na qualidade dos investimentos de longo prazo no País, destinados a produção, máquinas, equipamentos e serviços.Ao comentar as considerações feitas pela agência na questão fiscal, ele lembrou que o governo já anunciou publicamente a manutenção da meta de superávit primário para 2010 (de 3,3% do Produto Interno Bruto). "A agência está em seu papel. É natural que faça advertências." Meirelles chamou a atenção para o fato de a Moody''s também ter colocado o Brasil em perspectiva positiva além de dar o upgrade, o que mostra "a força do País". Ele disse, assim, que espera movimentos similares das outras agências, especialmente da S&P, que foi a primeira a colocar o Brasil na condição de investment grade. "Seria natural que nos próximos meses a S&P colocasse o Brasil em perspectiva positiva, afirmou, o que significaria, segundo ele, "empatar o jogo".Em Nova York, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o grau de investimento concedido pela Moody"s é um reconhecimento de que o Brasil é um país "cada vez mais sólido e saudável". Mantega, que se reuniu ontem com integrantes da Moody"s para ouvir explicações sobre a promoção, ressaltou que a elevação da nota se explicou pelo desempenho geral do Brasil, especialmente, nesse período de crise econômica internacional. O ministro destacou que o Brasil teve, nessa crise, uma performance melhor do que a maioria dos países e isso foi percebido pela Moody"s. Segundo Mantega, a principal razão para o upgrade foi a combinação da resposta dada pelo governo à crise com a reação da economia, que se mostrou "resiliente", retomando o crescimento antes de outros países."A Moody"s destacou a capacidade de absorção de choques da economia brasileira e a resposta das autoridades", disse Mantega, que também citou a avaliação positiva da agência sobre a melhora na estrutura da dívida pública, que hoje é mais longa e menos sujeita às oscilações do mercado. O ministro ressaltou ainda que a Moody"s não só elogiou o desempenho imediato do Brasil à crise, mas também as perspectivas futuras para o crescimento da economia. "Está havendo uma retomada sustentável", afirmou.Em relação à questão fiscal, sobre a qual a Moody"s manifestou certa preocupação para o futuro, Mantega disse que apresentou aos técnicos da agência dados mostrando que o quadro fiscal no País está sob controle e que o desempenho fiscal é o melhor entre os países do G-20. "Eles não contestaram e ficaram impressionados", disse o ministro, lembrando que todos os países diminuíram superávits primários e elevaram o déficit nominal para enfrentar a crise. O ministro destacou que o Brasil, em termos relativos, tem apresentado um desempenho melhor do que a maioria dos países com grau de investimento, se distanciando deles.JUROSMeirelles, em São Paulo, comentou ainda que os juros futuros estão altos porque embutem os custos das medidas de estímulo à economia adotadas pelo governo, mas frisou que a estimativa de inflação do mercado para 2010 está abaixo da meta.

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