Brasil tem 723 barragens com risco e alto potencial de destruição


Relatório aponta que apenas 3% das estruturas foram vistoriadas por algum órgão fiscalizador em 2017; do total de barragens, 45 estão em situação mais grave

Por Roberta Jansen

RIO  - Pelo menos 723 barragens em todo o País são classificadas, simultaneamente, como apresentando algum tipo de risco e também com dano potencial associado alto. Isso significa que, além de apresentarem problemas estruturais que colocam sob suspeita sua integridade física, elas também estão muito próximas de comunidades, plantios e criações, por exemplo. Os números estão no Relatório de Segurança de Barragens de 2017, da Agência Nacional de Águas (ANA).

Barragem da Vale em Brumadinho (MG) rompeu na sexta-feira, 25 Foto: Mauro Pimentel/AFP

A estrutura de fiscalização das barragens brasileiras – um total de 24.092 – éinsuficiente, como assinala o relatório. Naquele ano, apenas 3% delas foram vistoriadas por algum órgão fiscalizador. Mesmo assim, os órgãos fiscalizadores listaram 45 barragens em situação particularmente preocupante. A maioria tem problemas como baixo nível de conservação e falta de documentação da estabilidade das estruturas.

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“O relatório espelha a situação atual das obras de engenharia no Brasil”, resume o engenheiro João Ferreira Netto, especialista em sistemas logísticos e professor da Escola Superior de Engenharia e Gestão. “Houve uma expansão muito grande dos sistemas no País, mas a manutenção desses sistemas foi deixada de lado, houve uma certa negligência.”

O relatório afirma que a fiscalização, além de pouca, é extremamente pulverizada. É feita por pelo menos 31 órgãos diferentes, em diversas esferas, municipal, estadual e federal. No caso específico das barragens de rejeitos de minério, a supervisão da fiscalização é de responsabilidade da Agência Nacional de Mineração (ANM). O órgão que conta com apenas 20 funcionários para esta função.

No caso específico de Brumadinho, que ruiu na sexta-feira, 25, matando pelo menos 99 pessoas, a ANM informou que a barragem não apresentava pendências documentais. Em termos de segurança operacional estava classificada na categoria de risco baixo e dano potencial associado alto.

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Veja imagens do rompimento de barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho

1 | 37

Tragédia em Minas Gerais

Foto: Washington Alves/Reuters
2 | 37

Moradores

Foto: Mauro Pimentel/AFP
3 | 37

Catástrofe ambiental e humana

Foto: Adriano Machado/Reuters
4 | 37

Animais

Foto: Wilton Junior/Estadão
5 | 37

Dificuldade no resgate

Foto: Douglas Magno/AFP
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Tragédia em Minas Gerais

Foto: Douglas Magno/AFP
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Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
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Presidente Bolsonaro

Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República
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Batalha pela Vida

29 | 37

Estrada

Foto: Wilton Junior/Estadão
30 | 37

Carro atolado

Foto: Wilton Junior/Estadão
31 | 37

Helicoptero

Foto: Wilton Junior/Estadão
32 | 37

Bombeiros tentam encontrar sobreviventes em Brumadinho

Foto: Washington Alves/Reuters
33 | 37

Corpo encontrado

Foto: Wilton Júnior/Estadão
34 | 37

Ponte

Foto: Antonio Lacerta/EFE
35 | 37

Área devastada

Foto: Wilton Júnior/Estadão
36 | 37

Equipe de resgate

Foto: Antonio Lacerda/EFE
37 | 37

Resgate aéreo

Foto: Giazi Cavalcante/Código 19

“A gente precisa que as instituições, os órgãos estaduais, tenham um corpo técnico capaz de fazer fiscalizações, o que observamos hoje é um sucateamento dos órgãos responsáveis pela fiscalização”, afirma o geógrafo Marcelo Laterman, do Greenpeace, que está em Brumadinho.

Para o especialista, justamente por que a fiscalização é falha, as operações em todas as barragens operadas pela Vale deveriam ser imediatamente suspensas até que sua segurança fosse comprovada de forma independente.

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“A Vale tem 167 barragens em cinco Estados diferentes. Será que todas elas são bombas ativadas que podem explodir a qualquer momento? É uma empresa reincidente”, afirmou. Ele se referia ao colapso da barragem do Fundão, em Mariana, em 2015, que deixou 19 mortos e pelo menos 300 famílias desabrigadas.

Para os especialistas, a auditoria feitas pelas próprias empresas é mecanismo válido, mas não poderia ser o único. “A ideia de a empresa ter mecanismos para fazer a própria checagem e reportar aos órgãos públicoscontribui para a gestão da segurança do trabalho, é uma ferramenta a mais”, afirmou o professor Carlos Rogério Cerqueira Júnior, especialista em Ciências do Meio Ambiente da Escola Superior de Engenharia e Gestão.

RIO  - Pelo menos 723 barragens em todo o País são classificadas, simultaneamente, como apresentando algum tipo de risco e também com dano potencial associado alto. Isso significa que, além de apresentarem problemas estruturais que colocam sob suspeita sua integridade física, elas também estão muito próximas de comunidades, plantios e criações, por exemplo. Os números estão no Relatório de Segurança de Barragens de 2017, da Agência Nacional de Águas (ANA).

Barragem da Vale em Brumadinho (MG) rompeu na sexta-feira, 25 Foto: Mauro Pimentel/AFP

A estrutura de fiscalização das barragens brasileiras – um total de 24.092 – éinsuficiente, como assinala o relatório. Naquele ano, apenas 3% delas foram vistoriadas por algum órgão fiscalizador. Mesmo assim, os órgãos fiscalizadores listaram 45 barragens em situação particularmente preocupante. A maioria tem problemas como baixo nível de conservação e falta de documentação da estabilidade das estruturas.

“O relatório espelha a situação atual das obras de engenharia no Brasil”, resume o engenheiro João Ferreira Netto, especialista em sistemas logísticos e professor da Escola Superior de Engenharia e Gestão. “Houve uma expansão muito grande dos sistemas no País, mas a manutenção desses sistemas foi deixada de lado, houve uma certa negligência.”

O relatório afirma que a fiscalização, além de pouca, é extremamente pulverizada. É feita por pelo menos 31 órgãos diferentes, em diversas esferas, municipal, estadual e federal. No caso específico das barragens de rejeitos de minério, a supervisão da fiscalização é de responsabilidade da Agência Nacional de Mineração (ANM). O órgão que conta com apenas 20 funcionários para esta função.

No caso específico de Brumadinho, que ruiu na sexta-feira, 25, matando pelo menos 99 pessoas, a ANM informou que a barragem não apresentava pendências documentais. Em termos de segurança operacional estava classificada na categoria de risco baixo e dano potencial associado alto.

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Estrada

Foto: Wilton Junior/Estadão
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Carro atolado

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31 | 37

Helicoptero

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Corpo encontrado

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Ponte

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“A gente precisa que as instituições, os órgãos estaduais, tenham um corpo técnico capaz de fazer fiscalizações, o que observamos hoje é um sucateamento dos órgãos responsáveis pela fiscalização”, afirma o geógrafo Marcelo Laterman, do Greenpeace, que está em Brumadinho.

Para o especialista, justamente por que a fiscalização é falha, as operações em todas as barragens operadas pela Vale deveriam ser imediatamente suspensas até que sua segurança fosse comprovada de forma independente.

“A Vale tem 167 barragens em cinco Estados diferentes. Será que todas elas são bombas ativadas que podem explodir a qualquer momento? É uma empresa reincidente”, afirmou. Ele se referia ao colapso da barragem do Fundão, em Mariana, em 2015, que deixou 19 mortos e pelo menos 300 famílias desabrigadas.

Para os especialistas, a auditoria feitas pelas próprias empresas é mecanismo válido, mas não poderia ser o único. “A ideia de a empresa ter mecanismos para fazer a própria checagem e reportar aos órgãos públicoscontribui para a gestão da segurança do trabalho, é uma ferramenta a mais”, afirmou o professor Carlos Rogério Cerqueira Júnior, especialista em Ciências do Meio Ambiente da Escola Superior de Engenharia e Gestão.

RIO  - Pelo menos 723 barragens em todo o País são classificadas, simultaneamente, como apresentando algum tipo de risco e também com dano potencial associado alto. Isso significa que, além de apresentarem problemas estruturais que colocam sob suspeita sua integridade física, elas também estão muito próximas de comunidades, plantios e criações, por exemplo. Os números estão no Relatório de Segurança de Barragens de 2017, da Agência Nacional de Águas (ANA).

Barragem da Vale em Brumadinho (MG) rompeu na sexta-feira, 25 Foto: Mauro Pimentel/AFP

A estrutura de fiscalização das barragens brasileiras – um total de 24.092 – éinsuficiente, como assinala o relatório. Naquele ano, apenas 3% delas foram vistoriadas por algum órgão fiscalizador. Mesmo assim, os órgãos fiscalizadores listaram 45 barragens em situação particularmente preocupante. A maioria tem problemas como baixo nível de conservação e falta de documentação da estabilidade das estruturas.

“O relatório espelha a situação atual das obras de engenharia no Brasil”, resume o engenheiro João Ferreira Netto, especialista em sistemas logísticos e professor da Escola Superior de Engenharia e Gestão. “Houve uma expansão muito grande dos sistemas no País, mas a manutenção desses sistemas foi deixada de lado, houve uma certa negligência.”

O relatório afirma que a fiscalização, além de pouca, é extremamente pulverizada. É feita por pelo menos 31 órgãos diferentes, em diversas esferas, municipal, estadual e federal. No caso específico das barragens de rejeitos de minério, a supervisão da fiscalização é de responsabilidade da Agência Nacional de Mineração (ANM). O órgão que conta com apenas 20 funcionários para esta função.

No caso específico de Brumadinho, que ruiu na sexta-feira, 25, matando pelo menos 99 pessoas, a ANM informou que a barragem não apresentava pendências documentais. Em termos de segurança operacional estava classificada na categoria de risco baixo e dano potencial associado alto.

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Ponte

Foto: Antonio Lacerta/EFE
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Foto: Giazi Cavalcante/Código 19

“A gente precisa que as instituições, os órgãos estaduais, tenham um corpo técnico capaz de fazer fiscalizações, o que observamos hoje é um sucateamento dos órgãos responsáveis pela fiscalização”, afirma o geógrafo Marcelo Laterman, do Greenpeace, que está em Brumadinho.

Para o especialista, justamente por que a fiscalização é falha, as operações em todas as barragens operadas pela Vale deveriam ser imediatamente suspensas até que sua segurança fosse comprovada de forma independente.

“A Vale tem 167 barragens em cinco Estados diferentes. Será que todas elas são bombas ativadas que podem explodir a qualquer momento? É uma empresa reincidente”, afirmou. Ele se referia ao colapso da barragem do Fundão, em Mariana, em 2015, que deixou 19 mortos e pelo menos 300 famílias desabrigadas.

Para os especialistas, a auditoria feitas pelas próprias empresas é mecanismo válido, mas não poderia ser o único. “A ideia de a empresa ter mecanismos para fazer a própria checagem e reportar aos órgãos públicoscontribui para a gestão da segurança do trabalho, é uma ferramenta a mais”, afirmou o professor Carlos Rogério Cerqueira Júnior, especialista em Ciências do Meio Ambiente da Escola Superior de Engenharia e Gestão.

RIO  - Pelo menos 723 barragens em todo o País são classificadas, simultaneamente, como apresentando algum tipo de risco e também com dano potencial associado alto. Isso significa que, além de apresentarem problemas estruturais que colocam sob suspeita sua integridade física, elas também estão muito próximas de comunidades, plantios e criações, por exemplo. Os números estão no Relatório de Segurança de Barragens de 2017, da Agência Nacional de Águas (ANA).

Barragem da Vale em Brumadinho (MG) rompeu na sexta-feira, 25 Foto: Mauro Pimentel/AFP

A estrutura de fiscalização das barragens brasileiras – um total de 24.092 – éinsuficiente, como assinala o relatório. Naquele ano, apenas 3% delas foram vistoriadas por algum órgão fiscalizador. Mesmo assim, os órgãos fiscalizadores listaram 45 barragens em situação particularmente preocupante. A maioria tem problemas como baixo nível de conservação e falta de documentação da estabilidade das estruturas.

“O relatório espelha a situação atual das obras de engenharia no Brasil”, resume o engenheiro João Ferreira Netto, especialista em sistemas logísticos e professor da Escola Superior de Engenharia e Gestão. “Houve uma expansão muito grande dos sistemas no País, mas a manutenção desses sistemas foi deixada de lado, houve uma certa negligência.”

O relatório afirma que a fiscalização, além de pouca, é extremamente pulverizada. É feita por pelo menos 31 órgãos diferentes, em diversas esferas, municipal, estadual e federal. No caso específico das barragens de rejeitos de minério, a supervisão da fiscalização é de responsabilidade da Agência Nacional de Mineração (ANM). O órgão que conta com apenas 20 funcionários para esta função.

No caso específico de Brumadinho, que ruiu na sexta-feira, 25, matando pelo menos 99 pessoas, a ANM informou que a barragem não apresentava pendências documentais. Em termos de segurança operacional estava classificada na categoria de risco baixo e dano potencial associado alto.

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Batalha pela Vida

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Estrada

Foto: Wilton Junior/Estadão
30 | 37

Carro atolado

Foto: Wilton Junior/Estadão
31 | 37

Helicoptero

Foto: Wilton Junior/Estadão
32 | 37

Bombeiros tentam encontrar sobreviventes em Brumadinho

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33 | 37

Corpo encontrado

Foto: Wilton Júnior/Estadão
34 | 37

Ponte

Foto: Antonio Lacerta/EFE
35 | 37

Área devastada

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36 | 37

Equipe de resgate

Foto: Antonio Lacerda/EFE
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Resgate aéreo

Foto: Giazi Cavalcante/Código 19

“A gente precisa que as instituições, os órgãos estaduais, tenham um corpo técnico capaz de fazer fiscalizações, o que observamos hoje é um sucateamento dos órgãos responsáveis pela fiscalização”, afirma o geógrafo Marcelo Laterman, do Greenpeace, que está em Brumadinho.

Para o especialista, justamente por que a fiscalização é falha, as operações em todas as barragens operadas pela Vale deveriam ser imediatamente suspensas até que sua segurança fosse comprovada de forma independente.

“A Vale tem 167 barragens em cinco Estados diferentes. Será que todas elas são bombas ativadas que podem explodir a qualquer momento? É uma empresa reincidente”, afirmou. Ele se referia ao colapso da barragem do Fundão, em Mariana, em 2015, que deixou 19 mortos e pelo menos 300 famílias desabrigadas.

Para os especialistas, a auditoria feitas pelas próprias empresas é mecanismo válido, mas não poderia ser o único. “A ideia de a empresa ter mecanismos para fazer a própria checagem e reportar aos órgãos públicoscontribui para a gestão da segurança do trabalho, é uma ferramenta a mais”, afirmou o professor Carlos Rogério Cerqueira Júnior, especialista em Ciências do Meio Ambiente da Escola Superior de Engenharia e Gestão.

RIO  - Pelo menos 723 barragens em todo o País são classificadas, simultaneamente, como apresentando algum tipo de risco e também com dano potencial associado alto. Isso significa que, além de apresentarem problemas estruturais que colocam sob suspeita sua integridade física, elas também estão muito próximas de comunidades, plantios e criações, por exemplo. Os números estão no Relatório de Segurança de Barragens de 2017, da Agência Nacional de Águas (ANA).

Barragem da Vale em Brumadinho (MG) rompeu na sexta-feira, 25 Foto: Mauro Pimentel/AFP

A estrutura de fiscalização das barragens brasileiras – um total de 24.092 – éinsuficiente, como assinala o relatório. Naquele ano, apenas 3% delas foram vistoriadas por algum órgão fiscalizador. Mesmo assim, os órgãos fiscalizadores listaram 45 barragens em situação particularmente preocupante. A maioria tem problemas como baixo nível de conservação e falta de documentação da estabilidade das estruturas.

“O relatório espelha a situação atual das obras de engenharia no Brasil”, resume o engenheiro João Ferreira Netto, especialista em sistemas logísticos e professor da Escola Superior de Engenharia e Gestão. “Houve uma expansão muito grande dos sistemas no País, mas a manutenção desses sistemas foi deixada de lado, houve uma certa negligência.”

O relatório afirma que a fiscalização, além de pouca, é extremamente pulverizada. É feita por pelo menos 31 órgãos diferentes, em diversas esferas, municipal, estadual e federal. No caso específico das barragens de rejeitos de minério, a supervisão da fiscalização é de responsabilidade da Agência Nacional de Mineração (ANM). O órgão que conta com apenas 20 funcionários para esta função.

No caso específico de Brumadinho, que ruiu na sexta-feira, 25, matando pelo menos 99 pessoas, a ANM informou que a barragem não apresentava pendências documentais. Em termos de segurança operacional estava classificada na categoria de risco baixo e dano potencial associado alto.

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Carro atolado

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Helicoptero

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Bombeiros tentam encontrar sobreviventes em Brumadinho

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Resgate aéreo

Foto: Giazi Cavalcante/Código 19

“A gente precisa que as instituições, os órgãos estaduais, tenham um corpo técnico capaz de fazer fiscalizações, o que observamos hoje é um sucateamento dos órgãos responsáveis pela fiscalização”, afirma o geógrafo Marcelo Laterman, do Greenpeace, que está em Brumadinho.

Para o especialista, justamente por que a fiscalização é falha, as operações em todas as barragens operadas pela Vale deveriam ser imediatamente suspensas até que sua segurança fosse comprovada de forma independente.

“A Vale tem 167 barragens em cinco Estados diferentes. Será que todas elas são bombas ativadas que podem explodir a qualquer momento? É uma empresa reincidente”, afirmou. Ele se referia ao colapso da barragem do Fundão, em Mariana, em 2015, que deixou 19 mortos e pelo menos 300 famílias desabrigadas.

Para os especialistas, a auditoria feitas pelas próprias empresas é mecanismo válido, mas não poderia ser o único. “A ideia de a empresa ter mecanismos para fazer a própria checagem e reportar aos órgãos públicoscontribui para a gestão da segurança do trabalho, é uma ferramenta a mais”, afirmou o professor Carlos Rogério Cerqueira Júnior, especialista em Ciências do Meio Ambiente da Escola Superior de Engenharia e Gestão.

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