No ano passado, Vágner Mancini chamou Breitner para uma conversa. "Nós vamos te emprestar para a Portuguesa Santista", disse o então técnico do Santos. "Não vou", respondeu na hora o garoto de 19 anos. No dia seguinte, Breitner voltou para o time sub-20. "Preferia continuar treinando no profissional e mostrando que era capaz. Achava melhor do que ir para a Portuguesa."Breitner Overath respondeu com estilo ao "rebaixamento". Foi campeão do Paulista da categoria e artilheiro, com 16 gols em 12 jogos. Hoje, é o próximo menino a ser aproveitado por Dorival Júnior. "Agora posso dizer que estava certo. Já paguei caro por ter personalidade."Essa personalidade ele mostrou ao entrar contra o Rio Branco, na estreia do Paulista. Jogou bem e quase fez um gol de cabeça, mesmo com 1,70m. "Nem dormi naquela noite, imaginando a bola entrando..."Nos treinos, Dorival o prepara para ser ala. "Meu pai sempre fala para eu entrar na área. Ele diz: "Vai lá que a bola acaba sobrando para você"." O pai é Farina, ponta do Flamengo nos anos 70. Foi dele a ideia de batizar o filho em homenagem a dois atletas da Alemanha campeã mundial em 1974. Breitner nasceu em Barcelona, Venezuela. E não descarta servir ao país de nascença se chamado.
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