Brumadinho: Divergência entre Vale e parentes das vítimas adia abertura de memorial


Memorial vai homenagear os 270 mortos na tragédia; previsão inicial era de que espaço fosse aberto ao público em janeiro

Por Aline Reskalla

O memorial que vai homenagear os 270 mortos na barragem em Brumadinho (MG) teve a sua inauguração adiada por causa de uma divergência entre parentes das vítimas e a mineradora Vale. A previsão inicial era de que o espaço fosse aberto ao público em janeiro.

As famílias dizem que a empresa tenta impedir que elas administrem o memorial. “O impasse é que infelizmente não conseguimos acertar com a Vale a questão da governança do memorial. Ela quer fazer parte, e nós não aceitamos. Não faz sentido a empresa que matou integrar a governança de um espaço que vai homenagear as vítimas”, afirma a técnica em Química Nayara Cristina Dias Porto Ferreira, 30 anos. Ela integra a diretoria da Avabrum desde a sua fundação, em 2019, e é viúva de Everton Lopes Ferreira, que era operador de empilhadeira da Vale. Ele deixou também uma filha de 11 anos, do seu primeiro relacionamento.

Com 1,2 mil m² de área construída, o espaço foi erguido em terreno cedido pela Vale Foto: Paulo Faria/Legado de Brumadinho
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Já a Vale afirma, em nota, que está “em constante diálogo” com a Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos da Tragédia do Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão (Avabrum), que representa as famílias. Ainda segundo a empresa, o diálogo tem a participação do Ministério Público de Minas sobre todos os aspectos necessários à gestão do espaço e houve escuta ativa dos familiares.

Parte estrutural está nos ajustes finais

Em relação às obras do memorial, a parte estrutural está nos ajustes finais, e a próxima fase é montar a expografia (o conteúdo a ser exposto). Com 1,2 mil m² de área construída, o espaço foi erguido em terreno cedido pela Vale, que custeou as obras, de frente para a serra onde ficava a barragem que desmoronou, no Córrego do Feijão.

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Peças metálicas retiradas dos escombros foram incorporadas no memorial Foto: Paulo Faria/Legado de Brumadinho

O projeto é rico em simbologia. O pavilhão de entrada tem forma distorcida e fragmentada e representa o sonho das vítimas, descreve em seu site o arquiteto mineiro Gustavo Penna, que projetou o memorial. Na sequência, um ambiente escuro, iluminado por frestas no teto apenas, representa a invasão da lama.

No concreto, estão incorporadas algumas peças metálicas retiradas dos escombros, dando sombra e proteção. Foram plantados ainda 272 ipês amarelos, “para que cada lamento possa ser ouvido”, segundo Penna (são 270 mortos no total, mas as famílias também incluem na conta dois bebês, uma vez que duas vítimas estavam grávidas).

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O Projeto Legado de Brumadinho, mantido pela Avabrum, criou o mural digital Amanhã Pode ser Tarde, em homenagem aos quatro anos do rompimento da barragem de Córrego do Feijão, neste 25 de janeiro. “Em janeiro de 2023, no dia 25, o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho completa 4 anos, sem que ninguém tenha sido condenado ou preso. Três vítimas ainda não foram encontradas. Para os familiares das 272 vítimas esse tem sido um tempo de sofrimento e luta por Justiça”, afirmam os coordenadores do projeto, em comunicado.

Conheça algumas histórias dessas vítimas e deixe uma mensagem para os familiares: https://amanhapodesertarde.legadobrumadinho.com.br/

O memorial que vai homenagear os 270 mortos na barragem em Brumadinho (MG) teve a sua inauguração adiada por causa de uma divergência entre parentes das vítimas e a mineradora Vale. A previsão inicial era de que o espaço fosse aberto ao público em janeiro.

As famílias dizem que a empresa tenta impedir que elas administrem o memorial. “O impasse é que infelizmente não conseguimos acertar com a Vale a questão da governança do memorial. Ela quer fazer parte, e nós não aceitamos. Não faz sentido a empresa que matou integrar a governança de um espaço que vai homenagear as vítimas”, afirma a técnica em Química Nayara Cristina Dias Porto Ferreira, 30 anos. Ela integra a diretoria da Avabrum desde a sua fundação, em 2019, e é viúva de Everton Lopes Ferreira, que era operador de empilhadeira da Vale. Ele deixou também uma filha de 11 anos, do seu primeiro relacionamento.

Com 1,2 mil m² de área construída, o espaço foi erguido em terreno cedido pela Vale Foto: Paulo Faria/Legado de Brumadinho

Já a Vale afirma, em nota, que está “em constante diálogo” com a Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos da Tragédia do Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão (Avabrum), que representa as famílias. Ainda segundo a empresa, o diálogo tem a participação do Ministério Público de Minas sobre todos os aspectos necessários à gestão do espaço e houve escuta ativa dos familiares.

Parte estrutural está nos ajustes finais

Em relação às obras do memorial, a parte estrutural está nos ajustes finais, e a próxima fase é montar a expografia (o conteúdo a ser exposto). Com 1,2 mil m² de área construída, o espaço foi erguido em terreno cedido pela Vale, que custeou as obras, de frente para a serra onde ficava a barragem que desmoronou, no Córrego do Feijão.

Peças metálicas retiradas dos escombros foram incorporadas no memorial Foto: Paulo Faria/Legado de Brumadinho

O projeto é rico em simbologia. O pavilhão de entrada tem forma distorcida e fragmentada e representa o sonho das vítimas, descreve em seu site o arquiteto mineiro Gustavo Penna, que projetou o memorial. Na sequência, um ambiente escuro, iluminado por frestas no teto apenas, representa a invasão da lama.

No concreto, estão incorporadas algumas peças metálicas retiradas dos escombros, dando sombra e proteção. Foram plantados ainda 272 ipês amarelos, “para que cada lamento possa ser ouvido”, segundo Penna (são 270 mortos no total, mas as famílias também incluem na conta dois bebês, uma vez que duas vítimas estavam grávidas).

O Projeto Legado de Brumadinho, mantido pela Avabrum, criou o mural digital Amanhã Pode ser Tarde, em homenagem aos quatro anos do rompimento da barragem de Córrego do Feijão, neste 25 de janeiro. “Em janeiro de 2023, no dia 25, o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho completa 4 anos, sem que ninguém tenha sido condenado ou preso. Três vítimas ainda não foram encontradas. Para os familiares das 272 vítimas esse tem sido um tempo de sofrimento e luta por Justiça”, afirmam os coordenadores do projeto, em comunicado.

Conheça algumas histórias dessas vítimas e deixe uma mensagem para os familiares: https://amanhapodesertarde.legadobrumadinho.com.br/

O memorial que vai homenagear os 270 mortos na barragem em Brumadinho (MG) teve a sua inauguração adiada por causa de uma divergência entre parentes das vítimas e a mineradora Vale. A previsão inicial era de que o espaço fosse aberto ao público em janeiro.

As famílias dizem que a empresa tenta impedir que elas administrem o memorial. “O impasse é que infelizmente não conseguimos acertar com a Vale a questão da governança do memorial. Ela quer fazer parte, e nós não aceitamos. Não faz sentido a empresa que matou integrar a governança de um espaço que vai homenagear as vítimas”, afirma a técnica em Química Nayara Cristina Dias Porto Ferreira, 30 anos. Ela integra a diretoria da Avabrum desde a sua fundação, em 2019, e é viúva de Everton Lopes Ferreira, que era operador de empilhadeira da Vale. Ele deixou também uma filha de 11 anos, do seu primeiro relacionamento.

Com 1,2 mil m² de área construída, o espaço foi erguido em terreno cedido pela Vale Foto: Paulo Faria/Legado de Brumadinho

Já a Vale afirma, em nota, que está “em constante diálogo” com a Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos da Tragédia do Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão (Avabrum), que representa as famílias. Ainda segundo a empresa, o diálogo tem a participação do Ministério Público de Minas sobre todos os aspectos necessários à gestão do espaço e houve escuta ativa dos familiares.

Parte estrutural está nos ajustes finais

Em relação às obras do memorial, a parte estrutural está nos ajustes finais, e a próxima fase é montar a expografia (o conteúdo a ser exposto). Com 1,2 mil m² de área construída, o espaço foi erguido em terreno cedido pela Vale, que custeou as obras, de frente para a serra onde ficava a barragem que desmoronou, no Córrego do Feijão.

Peças metálicas retiradas dos escombros foram incorporadas no memorial Foto: Paulo Faria/Legado de Brumadinho

O projeto é rico em simbologia. O pavilhão de entrada tem forma distorcida e fragmentada e representa o sonho das vítimas, descreve em seu site o arquiteto mineiro Gustavo Penna, que projetou o memorial. Na sequência, um ambiente escuro, iluminado por frestas no teto apenas, representa a invasão da lama.

No concreto, estão incorporadas algumas peças metálicas retiradas dos escombros, dando sombra e proteção. Foram plantados ainda 272 ipês amarelos, “para que cada lamento possa ser ouvido”, segundo Penna (são 270 mortos no total, mas as famílias também incluem na conta dois bebês, uma vez que duas vítimas estavam grávidas).

O Projeto Legado de Brumadinho, mantido pela Avabrum, criou o mural digital Amanhã Pode ser Tarde, em homenagem aos quatro anos do rompimento da barragem de Córrego do Feijão, neste 25 de janeiro. “Em janeiro de 2023, no dia 25, o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho completa 4 anos, sem que ninguém tenha sido condenado ou preso. Três vítimas ainda não foram encontradas. Para os familiares das 272 vítimas esse tem sido um tempo de sofrimento e luta por Justiça”, afirmam os coordenadores do projeto, em comunicado.

Conheça algumas histórias dessas vítimas e deixe uma mensagem para os familiares: https://amanhapodesertarde.legadobrumadinho.com.br/

O memorial que vai homenagear os 270 mortos na barragem em Brumadinho (MG) teve a sua inauguração adiada por causa de uma divergência entre parentes das vítimas e a mineradora Vale. A previsão inicial era de que o espaço fosse aberto ao público em janeiro.

As famílias dizem que a empresa tenta impedir que elas administrem o memorial. “O impasse é que infelizmente não conseguimos acertar com a Vale a questão da governança do memorial. Ela quer fazer parte, e nós não aceitamos. Não faz sentido a empresa que matou integrar a governança de um espaço que vai homenagear as vítimas”, afirma a técnica em Química Nayara Cristina Dias Porto Ferreira, 30 anos. Ela integra a diretoria da Avabrum desde a sua fundação, em 2019, e é viúva de Everton Lopes Ferreira, que era operador de empilhadeira da Vale. Ele deixou também uma filha de 11 anos, do seu primeiro relacionamento.

Com 1,2 mil m² de área construída, o espaço foi erguido em terreno cedido pela Vale Foto: Paulo Faria/Legado de Brumadinho

Já a Vale afirma, em nota, que está “em constante diálogo” com a Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos da Tragédia do Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão (Avabrum), que representa as famílias. Ainda segundo a empresa, o diálogo tem a participação do Ministério Público de Minas sobre todos os aspectos necessários à gestão do espaço e houve escuta ativa dos familiares.

Parte estrutural está nos ajustes finais

Em relação às obras do memorial, a parte estrutural está nos ajustes finais, e a próxima fase é montar a expografia (o conteúdo a ser exposto). Com 1,2 mil m² de área construída, o espaço foi erguido em terreno cedido pela Vale, que custeou as obras, de frente para a serra onde ficava a barragem que desmoronou, no Córrego do Feijão.

Peças metálicas retiradas dos escombros foram incorporadas no memorial Foto: Paulo Faria/Legado de Brumadinho

O projeto é rico em simbologia. O pavilhão de entrada tem forma distorcida e fragmentada e representa o sonho das vítimas, descreve em seu site o arquiteto mineiro Gustavo Penna, que projetou o memorial. Na sequência, um ambiente escuro, iluminado por frestas no teto apenas, representa a invasão da lama.

No concreto, estão incorporadas algumas peças metálicas retiradas dos escombros, dando sombra e proteção. Foram plantados ainda 272 ipês amarelos, “para que cada lamento possa ser ouvido”, segundo Penna (são 270 mortos no total, mas as famílias também incluem na conta dois bebês, uma vez que duas vítimas estavam grávidas).

O Projeto Legado de Brumadinho, mantido pela Avabrum, criou o mural digital Amanhã Pode ser Tarde, em homenagem aos quatro anos do rompimento da barragem de Córrego do Feijão, neste 25 de janeiro. “Em janeiro de 2023, no dia 25, o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho completa 4 anos, sem que ninguém tenha sido condenado ou preso. Três vítimas ainda não foram encontradas. Para os familiares das 272 vítimas esse tem sido um tempo de sofrimento e luta por Justiça”, afirmam os coordenadores do projeto, em comunicado.

Conheça algumas histórias dessas vítimas e deixe uma mensagem para os familiares: https://amanhapodesertarde.legadobrumadinho.com.br/

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