Brumadinho: Perguntas e respostas sobre a tragédia na barragem da Vale


Veja questões referentes ao desastre, como o impacto do rompimento da barragem, punição e medidas adotadas para evitar novos acidentes

Por Giovana Girardi

Na última sexta-feira, 25 uma barragem da mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, localizada em Brumadinho, se rompeu, atingindo a área administrativa da empresa e a comunidade da Vila Ferteco. A tragédia deixou, até o momento, 99 mortos, 259 desaparecidos e 176 desabrigados.

Equipes trabalham na lama em busca de vítimas. Foto: Wilton Junior/Estadão

Quais são os impactos do rompimento da barragem até o momento?

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A Barragem 1 tinha cerca de 13 milhões de m³ de rejeitos, que foram despejados sobre a região do Córrego do Feijão, atingindo a área administrativa da empresa, a comunidade da Vila Ferteco e a pousada Nova Estância. A onda de rejeitos chegou até o Rio Paraopeba, a cerca de 8 km da barragem, e começou a se mover em direção ao Rio São Francisco.

Quais medidas estão sendo tomadas para atender as vítimas?

Familiares dos desaparecidos se queixam de abandono por parte da empresa e da falta de informação sobre seus parentes. A Vale anunciou uma doação de R$ 100 mil para cada família de vítima e disse que profissionais de saúde do Hospital Albert Einstein foram chamados para ajudar as vítimas.            

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Já foram aplicadas punições à Vale?

A empresa teve R$ 16 bilhões bloqueados pela Justiça e também recebeu uma multa de R$ 250 milhões do Ibama.

Alguém foi preso?

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Cinco pessoas – dois engenheiros da empresa alemã TÜV SUD, que atestou a estabilidade da barragem, e três funcionários da Vale que estariam envolvidos diretamente no licenciamento da barragem – foram presos na terça-feira, 27. A Justiça decretou a prisão temporária por 30 dias por suspeita de homicídio qualificado, crime ambiental e falsidade ideológica.

As causas já foram identificadas?

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A investigação ainda está sendo feita. A perícia só poderá ir ao local do acidente após o término das buscas pelos bombeiros.

Como é feita a fiscalização dessas barragens?

As inspeções de segurança são feitas pela própria empresa ou por empresas contratadas por ela, como foi o caso da Vale com a TÜV SÜD. A fiscalização cabe à Agência Nacional de Mineração, que tem apenas 35 fiscais capacitados para atuar nas 790 barragens de rejeitos de minérios, semelhantes às do Córrego do Feijão, em Brumadinho, e à do Fundão, em Mariana.

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Quais medidas foram tomadas pelo governo e pela Vale para evitar novos acidentes?

O governo anunciou que órgãos federais fiscalizarão 3.386 barragens que se encontram em alto risco ou têm possibilidade de dano em todo o País. Dessas, 205 são de resíduos de mineração e terão prioridade. A Vale anunciou que vai encerrar as atividades em todas as suas barragens à montante, em um prazo de três anos. Isso deve reduzir a produção da companhia em 10%.

Na última sexta-feira, 25 uma barragem da mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, localizada em Brumadinho, se rompeu, atingindo a área administrativa da empresa e a comunidade da Vila Ferteco. A tragédia deixou, até o momento, 99 mortos, 259 desaparecidos e 176 desabrigados.

Equipes trabalham na lama em busca de vítimas. Foto: Wilton Junior/Estadão

Quais são os impactos do rompimento da barragem até o momento?

A Barragem 1 tinha cerca de 13 milhões de m³ de rejeitos, que foram despejados sobre a região do Córrego do Feijão, atingindo a área administrativa da empresa, a comunidade da Vila Ferteco e a pousada Nova Estância. A onda de rejeitos chegou até o Rio Paraopeba, a cerca de 8 km da barragem, e começou a se mover em direção ao Rio São Francisco.

Quais medidas estão sendo tomadas para atender as vítimas?

Familiares dos desaparecidos se queixam de abandono por parte da empresa e da falta de informação sobre seus parentes. A Vale anunciou uma doação de R$ 100 mil para cada família de vítima e disse que profissionais de saúde do Hospital Albert Einstein foram chamados para ajudar as vítimas.            

Já foram aplicadas punições à Vale?

A empresa teve R$ 16 bilhões bloqueados pela Justiça e também recebeu uma multa de R$ 250 milhões do Ibama.

Alguém foi preso?

Cinco pessoas – dois engenheiros da empresa alemã TÜV SUD, que atestou a estabilidade da barragem, e três funcionários da Vale que estariam envolvidos diretamente no licenciamento da barragem – foram presos na terça-feira, 27. A Justiça decretou a prisão temporária por 30 dias por suspeita de homicídio qualificado, crime ambiental e falsidade ideológica.

As causas já foram identificadas?

A investigação ainda está sendo feita. A perícia só poderá ir ao local do acidente após o término das buscas pelos bombeiros.

Como é feita a fiscalização dessas barragens?

As inspeções de segurança são feitas pela própria empresa ou por empresas contratadas por ela, como foi o caso da Vale com a TÜV SÜD. A fiscalização cabe à Agência Nacional de Mineração, que tem apenas 35 fiscais capacitados para atuar nas 790 barragens de rejeitos de minérios, semelhantes às do Córrego do Feijão, em Brumadinho, e à do Fundão, em Mariana.

Quais medidas foram tomadas pelo governo e pela Vale para evitar novos acidentes?

O governo anunciou que órgãos federais fiscalizarão 3.386 barragens que se encontram em alto risco ou têm possibilidade de dano em todo o País. Dessas, 205 são de resíduos de mineração e terão prioridade. A Vale anunciou que vai encerrar as atividades em todas as suas barragens à montante, em um prazo de três anos. Isso deve reduzir a produção da companhia em 10%.

Na última sexta-feira, 25 uma barragem da mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, localizada em Brumadinho, se rompeu, atingindo a área administrativa da empresa e a comunidade da Vila Ferteco. A tragédia deixou, até o momento, 99 mortos, 259 desaparecidos e 176 desabrigados.

Equipes trabalham na lama em busca de vítimas. Foto: Wilton Junior/Estadão

Quais são os impactos do rompimento da barragem até o momento?

A Barragem 1 tinha cerca de 13 milhões de m³ de rejeitos, que foram despejados sobre a região do Córrego do Feijão, atingindo a área administrativa da empresa, a comunidade da Vila Ferteco e a pousada Nova Estância. A onda de rejeitos chegou até o Rio Paraopeba, a cerca de 8 km da barragem, e começou a se mover em direção ao Rio São Francisco.

Quais medidas estão sendo tomadas para atender as vítimas?

Familiares dos desaparecidos se queixam de abandono por parte da empresa e da falta de informação sobre seus parentes. A Vale anunciou uma doação de R$ 100 mil para cada família de vítima e disse que profissionais de saúde do Hospital Albert Einstein foram chamados para ajudar as vítimas.            

Já foram aplicadas punições à Vale?

A empresa teve R$ 16 bilhões bloqueados pela Justiça e também recebeu uma multa de R$ 250 milhões do Ibama.

Alguém foi preso?

Cinco pessoas – dois engenheiros da empresa alemã TÜV SUD, que atestou a estabilidade da barragem, e três funcionários da Vale que estariam envolvidos diretamente no licenciamento da barragem – foram presos na terça-feira, 27. A Justiça decretou a prisão temporária por 30 dias por suspeita de homicídio qualificado, crime ambiental e falsidade ideológica.

As causas já foram identificadas?

A investigação ainda está sendo feita. A perícia só poderá ir ao local do acidente após o término das buscas pelos bombeiros.

Como é feita a fiscalização dessas barragens?

As inspeções de segurança são feitas pela própria empresa ou por empresas contratadas por ela, como foi o caso da Vale com a TÜV SÜD. A fiscalização cabe à Agência Nacional de Mineração, que tem apenas 35 fiscais capacitados para atuar nas 790 barragens de rejeitos de minérios, semelhantes às do Córrego do Feijão, em Brumadinho, e à do Fundão, em Mariana.

Quais medidas foram tomadas pelo governo e pela Vale para evitar novos acidentes?

O governo anunciou que órgãos federais fiscalizarão 3.386 barragens que se encontram em alto risco ou têm possibilidade de dano em todo o País. Dessas, 205 são de resíduos de mineração e terão prioridade. A Vale anunciou que vai encerrar as atividades em todas as suas barragens à montante, em um prazo de três anos. Isso deve reduzir a produção da companhia em 10%.

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