A Marinha do Brasil retornou, na sexta-feira, 3, com a força-tarefa de busca e resgate às vítimas do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins. Entre sexta-feira e este domingo, 5, outros dois corpos foram localizados. Ainda há três pessoas desaparecidas.
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A operação com mergulhos e uso de drones subaquáticos havia sido interrompida devido à necessidade de abertura das comportas da usina hidrelétrica operada pelo Consórcio Estreito Energia (Ceste). Já as buscas através de embarcações e drones aéreos continuam ininterruptamente, informou a Marinha.
“Mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins realizaram a filmagem do momento da inspeção da picape S-10. As imagens evidenciam que não há vítimas no interior do veículo. É possível visualizar o cinto do banco do motorista destravado”, disse ainda a Marinha.
- Às 10h30 de sexta-feira, um corpo foi localizado por drones subaquáticos e resgatado pela Força-Tarefa. Mergulhadores realizaram incursões às proximidades dos destroços da ponte, e trouxeram o corpo à superfície.
- No dia seguinte, sábado, 4, por volta do mesmo horário, a Marinha do Brasil informou que mais um corpo tinha sido resgatado nas proximidades dos destroços da ponte.
Somadas às vítimas encontradas nos últimos dias, 14 óbitos estão confirmados, dentre os 17 desaparecidos iniciais. Três pessoas seguem desaparecidas, de acordo com a última atualização.
A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, localizada sobre o Rio Tocantins, conectava os Estados do Maranhão e Tocantins até o dia 22 de dezembro de 2024, quando desabou no fim da tarde, no momento em que diversos veículos transitavam.
Entre os veículos vítimas do desabamento, foram identificados caminhões-tanque carregados com ácido sulfúrico e defensivos agrícolas. Segundo as análises de qualidade da água do rio feitas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com a participação de vários órgãos ambientais, não há alterações significativas na qualidade da água.
Balsa emergencial para a travessia
A Marinha diz que foi consultada, no dia 30 de dezembro de 2024, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), sobre a possibilidade e disponibilidade de operação de uma balsa portada, de forma emergencial, para fazer a travessia no rio Tocantins de carros de passeios e emergência.
O órgão diz que “entende o caráter emergencial da análise solicitada e que dará total prioridade a esse assunto”, mas alerta para o cumprimento de requisitos de segurança como:
- construção de rampas de acesso em cada margem do rio Tocantins, para embarque e desembarque com segurança dos veículos que serão transportados;
- construção de pontos fixos de amarração, em terra, para que o comboio balsa/empurrador permaneça estabilizado e bem amarrado à margem durante o carregamento/descarregamento
- preparação de local adequado e próprio para o transporte dos motoristas e passageiros dos veículos transportados, uma vez que não poderão realizar a travessia dentro dos seus automóveis, por questões de segurança;
- balsa deverá estar dotada de material de salvatagem compatível.
“Até o momento, a Autoridade Marítima não recebeu os documentos necessários que comprovem a observância das obrigações acima descritas”, afirma.