Campinas investiga surto de tuberculose de recém-nascidos em maternidade


Por Ricardo Brandt e CAMPINAS

A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) está investigando um surto de tuberculose em recém-nascidos na ala 3 da maternidade do Hospital Madre Theodora. Três casos foram confirmados em bebês gerados este ano na unidade. Pais de 354 crianças nascidas entre janeiro e junho de 2012 nesse setor do hospital começaram a ser chamados por carta para que seus filhos sejam testados. Numa segunda fase, mais 1,3 mil famílias serão convocadas.A secretaria informou que, de acordo com a literatura médica, é o segundo caso descrito de transmissão inter-hospitalar de tuberculose em recém-nascidos no mundo - o primeiro aconteceu na Itália. A origem da contaminação foi uma funcionária do hospital, técnica em enfermagem, que foi diagnosticada com tuberculose. Ela estava de férias e foi afastada antes de voltar ao trabalho para tratamento.A confirmação de contaminação dos recém-nascidos aconteceu em agosto e foi divulgada na manhã de ontem pela Secretaria de Saúde e pela direção do hospital, que é particular.As três crianças, nascidas entre fevereiro e maio, receberam o diagnóstico em atendimento nos hospitais Maternidade Celso Pierro, Hospital Mário Gatti e Centro Médico, de Campinas. De acordo com a coordenadora do Departamento de Vigilância em Saúde (Covisa), Brigina Kemp, os bebês estão sendo tratados e respondem bem. Apenas um continua internado."Tivemos dois casos de bebês diagnosticados com tuberculose e fomos atrás de pessoas próximas com a doença e não achamos. Descobrimos então que, em comum, eles tinham o fato de terem nascido no mesmo local, num período próximo de tempo. Foi quando apareceu o terceiro caso, com as mesmas origens", explicou Brigina.Cura. A tuberculose é uma doença infecciosa que tem cura. Em recém-nascidos, tanto o diagnóstico como o tratamento são mais difíceis. Transmitida pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, é uma doença conhecida por afetar principalmente os pulmões, mas também pode atingir ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). Transmitida pelo ar, por gotículas de saliva, bebês não são transmissores da bactéria.Uma das características mais comuns para identificação da tuberculose em adultos é tosse com duração superior a três semanas. Em bebês, não há tosse. Sintomas como febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento, comuns nos adultos, também não aparecem. Geralmente as crianças apresentam problemas pulmonares, que são tratados e retornam, e dificuldades de ganho de peso.Para análise das crianças nascidas nesse período no Madre Theodora, foi montado pela Secretaria de Saúde um protocolo de diagnóstico em parceria com as universidades de Campinas. Ele prevê, entre outras coisas, análise de curva de crescimento, desenvolvimento dos bebês, raio X de tórax e testes com reagentes."Não há motivo para pânico. Pode ser considerado um surto porque foi uma ocorrência inusitada, em um determinado local, que foi o ambiente hospitalar, em um determinado período de tempo. Não significa que houve grande número de contaminação, mas sim uma transmissão focal", explica a coordenadora da Covisa. O hospital informou que começou a enviar cartas para os pais das crianças nascidas entre janeiro e junho na ala 3 e que tiveram contato direto com a fonte da doença. Em seguida, outros 1 mil recém-nascidos desse período e da mesma ala deverão ser chamados para exames. Todos os 730 funcionários e terceirizados do Madre Theodora estão sendo examinados. "Como se trata de transmissão com foco definido e já contido, não há motivos para preocupações", disse Brigina.O pai de uma recém-nascida em abril na maternidade, que pediu para não ser identificado, afirmou que, assim que soube da notícia pela mulher, ligou para o hospital. "Ficamos preocupados, mas a nenê graças a Deus nunca teve nada. Mas vamos agora ver o que fazer", afirmou o especialista em informática, que ainda não recebeu carta do hospital. A Secretaria Municipal de Saúde emitiu um documento técnico alertando todos os profissionais de saúde da região de Campinas, em centros médicos e hospitais, para verificarem crianças que apresentarem sintomas da doença e tenham nascido na maternidade do Madre Theodora neste ano e as encaminharem para a Covisa.

A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) está investigando um surto de tuberculose em recém-nascidos na ala 3 da maternidade do Hospital Madre Theodora. Três casos foram confirmados em bebês gerados este ano na unidade. Pais de 354 crianças nascidas entre janeiro e junho de 2012 nesse setor do hospital começaram a ser chamados por carta para que seus filhos sejam testados. Numa segunda fase, mais 1,3 mil famílias serão convocadas.A secretaria informou que, de acordo com a literatura médica, é o segundo caso descrito de transmissão inter-hospitalar de tuberculose em recém-nascidos no mundo - o primeiro aconteceu na Itália. A origem da contaminação foi uma funcionária do hospital, técnica em enfermagem, que foi diagnosticada com tuberculose. Ela estava de férias e foi afastada antes de voltar ao trabalho para tratamento.A confirmação de contaminação dos recém-nascidos aconteceu em agosto e foi divulgada na manhã de ontem pela Secretaria de Saúde e pela direção do hospital, que é particular.As três crianças, nascidas entre fevereiro e maio, receberam o diagnóstico em atendimento nos hospitais Maternidade Celso Pierro, Hospital Mário Gatti e Centro Médico, de Campinas. De acordo com a coordenadora do Departamento de Vigilância em Saúde (Covisa), Brigina Kemp, os bebês estão sendo tratados e respondem bem. Apenas um continua internado."Tivemos dois casos de bebês diagnosticados com tuberculose e fomos atrás de pessoas próximas com a doença e não achamos. Descobrimos então que, em comum, eles tinham o fato de terem nascido no mesmo local, num período próximo de tempo. Foi quando apareceu o terceiro caso, com as mesmas origens", explicou Brigina.Cura. A tuberculose é uma doença infecciosa que tem cura. Em recém-nascidos, tanto o diagnóstico como o tratamento são mais difíceis. Transmitida pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, é uma doença conhecida por afetar principalmente os pulmões, mas também pode atingir ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). Transmitida pelo ar, por gotículas de saliva, bebês não são transmissores da bactéria.Uma das características mais comuns para identificação da tuberculose em adultos é tosse com duração superior a três semanas. Em bebês, não há tosse. Sintomas como febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento, comuns nos adultos, também não aparecem. Geralmente as crianças apresentam problemas pulmonares, que são tratados e retornam, e dificuldades de ganho de peso.Para análise das crianças nascidas nesse período no Madre Theodora, foi montado pela Secretaria de Saúde um protocolo de diagnóstico em parceria com as universidades de Campinas. Ele prevê, entre outras coisas, análise de curva de crescimento, desenvolvimento dos bebês, raio X de tórax e testes com reagentes."Não há motivo para pânico. Pode ser considerado um surto porque foi uma ocorrência inusitada, em um determinado local, que foi o ambiente hospitalar, em um determinado período de tempo. Não significa que houve grande número de contaminação, mas sim uma transmissão focal", explica a coordenadora da Covisa. O hospital informou que começou a enviar cartas para os pais das crianças nascidas entre janeiro e junho na ala 3 e que tiveram contato direto com a fonte da doença. Em seguida, outros 1 mil recém-nascidos desse período e da mesma ala deverão ser chamados para exames. Todos os 730 funcionários e terceirizados do Madre Theodora estão sendo examinados. "Como se trata de transmissão com foco definido e já contido, não há motivos para preocupações", disse Brigina.O pai de uma recém-nascida em abril na maternidade, que pediu para não ser identificado, afirmou que, assim que soube da notícia pela mulher, ligou para o hospital. "Ficamos preocupados, mas a nenê graças a Deus nunca teve nada. Mas vamos agora ver o que fazer", afirmou o especialista em informática, que ainda não recebeu carta do hospital. A Secretaria Municipal de Saúde emitiu um documento técnico alertando todos os profissionais de saúde da região de Campinas, em centros médicos e hospitais, para verificarem crianças que apresentarem sintomas da doença e tenham nascido na maternidade do Madre Theodora neste ano e as encaminharem para a Covisa.

A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) está investigando um surto de tuberculose em recém-nascidos na ala 3 da maternidade do Hospital Madre Theodora. Três casos foram confirmados em bebês gerados este ano na unidade. Pais de 354 crianças nascidas entre janeiro e junho de 2012 nesse setor do hospital começaram a ser chamados por carta para que seus filhos sejam testados. Numa segunda fase, mais 1,3 mil famílias serão convocadas.A secretaria informou que, de acordo com a literatura médica, é o segundo caso descrito de transmissão inter-hospitalar de tuberculose em recém-nascidos no mundo - o primeiro aconteceu na Itália. A origem da contaminação foi uma funcionária do hospital, técnica em enfermagem, que foi diagnosticada com tuberculose. Ela estava de férias e foi afastada antes de voltar ao trabalho para tratamento.A confirmação de contaminação dos recém-nascidos aconteceu em agosto e foi divulgada na manhã de ontem pela Secretaria de Saúde e pela direção do hospital, que é particular.As três crianças, nascidas entre fevereiro e maio, receberam o diagnóstico em atendimento nos hospitais Maternidade Celso Pierro, Hospital Mário Gatti e Centro Médico, de Campinas. De acordo com a coordenadora do Departamento de Vigilância em Saúde (Covisa), Brigina Kemp, os bebês estão sendo tratados e respondem bem. Apenas um continua internado."Tivemos dois casos de bebês diagnosticados com tuberculose e fomos atrás de pessoas próximas com a doença e não achamos. Descobrimos então que, em comum, eles tinham o fato de terem nascido no mesmo local, num período próximo de tempo. Foi quando apareceu o terceiro caso, com as mesmas origens", explicou Brigina.Cura. A tuberculose é uma doença infecciosa que tem cura. Em recém-nascidos, tanto o diagnóstico como o tratamento são mais difíceis. Transmitida pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, é uma doença conhecida por afetar principalmente os pulmões, mas também pode atingir ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). Transmitida pelo ar, por gotículas de saliva, bebês não são transmissores da bactéria.Uma das características mais comuns para identificação da tuberculose em adultos é tosse com duração superior a três semanas. Em bebês, não há tosse. Sintomas como febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento, comuns nos adultos, também não aparecem. Geralmente as crianças apresentam problemas pulmonares, que são tratados e retornam, e dificuldades de ganho de peso.Para análise das crianças nascidas nesse período no Madre Theodora, foi montado pela Secretaria de Saúde um protocolo de diagnóstico em parceria com as universidades de Campinas. Ele prevê, entre outras coisas, análise de curva de crescimento, desenvolvimento dos bebês, raio X de tórax e testes com reagentes."Não há motivo para pânico. Pode ser considerado um surto porque foi uma ocorrência inusitada, em um determinado local, que foi o ambiente hospitalar, em um determinado período de tempo. Não significa que houve grande número de contaminação, mas sim uma transmissão focal", explica a coordenadora da Covisa. O hospital informou que começou a enviar cartas para os pais das crianças nascidas entre janeiro e junho na ala 3 e que tiveram contato direto com a fonte da doença. Em seguida, outros 1 mil recém-nascidos desse período e da mesma ala deverão ser chamados para exames. Todos os 730 funcionários e terceirizados do Madre Theodora estão sendo examinados. "Como se trata de transmissão com foco definido e já contido, não há motivos para preocupações", disse Brigina.O pai de uma recém-nascida em abril na maternidade, que pediu para não ser identificado, afirmou que, assim que soube da notícia pela mulher, ligou para o hospital. "Ficamos preocupados, mas a nenê graças a Deus nunca teve nada. Mas vamos agora ver o que fazer", afirmou o especialista em informática, que ainda não recebeu carta do hospital. A Secretaria Municipal de Saúde emitiu um documento técnico alertando todos os profissionais de saúde da região de Campinas, em centros médicos e hospitais, para verificarem crianças que apresentarem sintomas da doença e tenham nascido na maternidade do Madre Theodora neste ano e as encaminharem para a Covisa.

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