A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) da Polícia Civil do Amazonas investiga o assassinato do cantor Igor Moreira, de 29 anos. Ele foi morto em Manaus com 20 tiros na última quarta-feira, 4, quando chegava à casa da sogra acompanhado da noiva e do enteado. A motivação e a autoria do crime ainda são um mistério.
“Estamos na fase inicial de investigação, ouvindo as testemunhas oculares, aquelas que viram o fato. Também estamos buscando câmeras de segurança que possam ter registrado o crime. Estamos tentando montar o quebra-cabeça”, afirmou ao Estadão o titular da DEHS, delegado Ricardo Cunha.
Segundo ele, a Polícia Civil trabalha com diferentes linhas de investigação ainda em sigilo. A reportagem apurou que uma delas é ligada a uma possível dívida de agiotagem do cantor. “Eu não posso falar muito, mas posso confirmar que essa é uma das linhas que estamos checando atualmente”, disse o delegado, que também não informou se já há possíveis suspeitos identificados.
Em uma publicação nas redes sociais, a noiva da vítima (que terá o nome preservado a pedido) afirmou que a suspeita de agiotagem é um caminho errado. “Ele não devia a agiota, como estão falando, não mexia com tráfico nem algo parecido. Deus vai mostrar toda a verdade”, escreveu.
Em outra postagem, ela lamentou a morte do noivo e lembrou que o cantor foi assassinado no dia em que o filho dela completou 8 anos. “Era para ser um dia de celebração pela vida do meu filho, mas infelizmente aconteceu essa fatalidade e não chegamos a comemorar”, disse.
Igor costumava tocar e cantar em casas de show e bares de Manaus. Nas redes sociais, publicava fotos de apresentações desde pelo menos 2015, quando tinha 20 anos. Além do sertanejo, ritmo pelo qual era mais conhecido, o cantor tocava também forró, brega, bolero, MPB, pagode e rock.